segunda-feira, 9 de junho de 2008

Helicóptero de resgate médico cai no Texas. Quatro morrem.

Pouco depois pegar um paciente em Huntsville, um helicóptero médico Bell 407, da PHI Air Medical, caiu na Floresta Nacional Sam Houston na manhã de domingo (08), matando todos os quatro ocupantes.

O piloto não relatou nenhuma dificuldade e o helicóptero caiu na mata perto de Lake Raven, 1000 deixando um rasto de destroços, disseram as autoridades.

"O helicóptero ficou totalmente desintegrado após o impacto", disse John Sampa, da polícia do estado.

O helicóptero Bell 407 foi parte de uma frota operada no Texas e em outros estados pela PHI Air Medical.

O pedido de um vôo aéreo veio do Huntsville Memorial Hospital, disse o porta-voz da PHI Air Medical, Jonathan Collier.

A equipe médica do ar, baseada em Campo Coulter em Bryan, pegou o paciente por volta das 2:45 da madrugada.

Wayne Kirby, 63 é piloto da PHI há 32 anos.

"Dois minutos depois que decolou, eles perderam comunicações", disse John Sampa.

O protocolo diz que o piloto deve fazer contato a cada 15 minutos. Quando o expedidor não ouviu mais nenhum contato a partir das 3 horas da manhã, uma busca foi iniciada.

O GPS a bordo do helicóptero mostrou a sua última posição. O Departamento de Segurança Pública do Texas avistou os destroços da aeronave na Fazenda Campbell Gene, na floresta nacional, uma vasta área que abrange mais de 167.000 hectares, nos Condados de Montgomery, São Jacinto e Walker.

Os destroços se espalharam por mais de uma milha.

A NTSB (National Transportation Safety) enviou um investigador ao local no domingo à tarde.

De 2002 a 2004, houve 55 acidentes com aeronaves de serviço médico.

Fontes: Chron.com / ASN

Seis morrem em acidente aéreo em Ohio, EUA

Um pequeno avião Cessna caiu domingo (08) à tarde numa área residencial em Freemont, Ohio, EUA e matou as seis pessoas a bordo, incluindo o piloto, um ex-legislador do estado que ofereceu o passeio a cinco pessoas após um almoço de caridade.

O republicano Gene Damschroder Sr., de 86 anos, serviu na Câmara do Estado de Ohio de 1973 a 1983.

Ninguém ficou ferido em solo e nenhuma edificação ficou danificada. Ainda é muito cedo para dizer o que causou o acidente. O National Weather Service afirmou que não havia mau tempo na região.

O Lions Clube de Fremont realizava, no domingo, um almoço onde pilotos realizavam vôos a partir do Aeroporto de Fremont Aeroporto para exibir seus aviões.

Depois do evento, Damschroder ofereceu aos visitantes uma oportunidade para voar pelo custo do combustível, de acordo com um cartaz no aeroporto. Esses passeios não estavam relacionados com o evento do Lions Clube.

Também morreram no acidente: Bill Ansted, 62; Allison Ansted, 23; Danielle Gerwin, 31; Emily Gerwin, 4, e Matt Clearman, 25.

"Ele voa desde a Segunda Guerra Mundial. Ele tem voado a sessenta anos", afirmou o filho do piloto, Rex Damschroder. "Voar era a sua vida."

Fontes: The News Tribune (Ohio) / ASN - Foto: AP

Turbina de aviao da Rico explode no Amazonas

Um problema técnico em uma das turbinas provocou pânico no vôo 4844 da Rico Linhas Aéreas, por volta das 12h30 de sábado (07). O problema ocorreu no municipio de Tefé (a 525 quilometros de Manaus).

O avião, um Boeing 737-200 deixou Manaus às 10h30 hs. com destino a Tabatinga e escala em Tefé, com aproximadamente cem pessoas a bordo. Entre elas o prefeito de Atalaia do Norte, Rosário Conte Galati, e o vice-prefeito de Tabatinga, Carlos Donizete. "A turbina explodiu e o pneu do trem de pouso furou. O avião começou a cair e o que se via era gente em estado de pânico", informou Rosário Galati, por telefone. "Tivemos que retornar para Tefé, dez minutos depois de termos embarcado. Graças a Deus e a perícia do comandante, estamos vivos", desabafou.

De acordo com o prefeito, os problemas técnicos nas aeronaves da Rico têm sido constantes no interior do Estado. "Esta é a segunda vez que escapo de um acidente em vôos da Rico. A primeira foi há oito meses, quando o aviâo estalou todinho na viagem que fiz para Manaus", recordou o prefeito de Atalaia do Norte.

APELO

Prefeito, vice-prefeito e a maioria dos passageiros que passaram minutos de pânico no Boeing 737-200, tiveram de ficar num restaurante de Tefé, a espera de outra aeronave. O problema é que nao havia mais voos para Tabatinga, um outro, também da Rico havia saído mais cedo.

"Nós, prefeitos dessa região do Amazonas, estamos preocupados com as condições dos aviões da Rico. Estamos voando nesse avião que não tem mais condiçao de vôo. Fazemos um apelo a ANAC e ao Governo Federal, pois precisamos de uma outra companhia urgente para cá", insistiu Rosário Galati

Muitas crianças e pessoas da terceira idade ficaram em transe durante o incidente em Tefé. Segundo testemunhas, uma das aeromoças passou mal e sequer conseguia ficar em pé.

Fonte: A Crítica, Manaus, 08 de Junho de 2008

A pergunta de 418 milhões de dólares

Por que a proposta de 738 milhões da TAM pela Varig foi recusada e a de 320 milhões da Gol foi aceita?

Reportagem: Felipe Patury e Fábio Portela

Dedicatória – "Para o amigo Marco Audi, um abraço do Lula"

(1) Larissa, filha de Roberto Teixeira; (2) Cristiano Martins, genro de Teixeira; (3) o chinês Lap Chan, do fundo Matlin Patterson; (4) Valeska, filha de Teixeira; (5) Marco Audi, da VarigLog; (6) Lula; (7) Guilherme Laager, então presidente da Varig; (8) Eduardo Gallo, da VarigLog; (9) Santiago Born, do Matlin Patterson; (10) Roberto Teixeira

De todas as indagações sobre as circunstâncias que cercaram a venda da Varig para a Gol, uma parece ser a de resposta mais difícil. Por que, tendo uma oferta de 1,2 bilhão de dólares pela companhia feita pela TAM, a VarigLog, então dona da Varig, optou por uma proposta de 320 milhões de dólares? Pela simples aritmética, essa resposta vale 900 milhões de dólares. A suspeita, no entanto, é a de que a busca dessa explicação pode trazer à tona fatos desabonadores para altas autoridades do governo Lula e para o próprio presidente, cujo nome foi usado por interessados no negócio – em especial por aqueles que conseguiram que a venda fosse feita ao comprador que oferecia menos. O documento cujo trecho ilustra a página ao lado mostra que a TAM chegou a oficializar por escrito sua proposta em que aceita a avaliação inicial de 1,2 bilhão de dólares. A proposta andou. Foram feitas as diligências financeiras próprias desse tipo de negociação e a TAM decidiu que, para prosseguir, estaria disposta a desembolsar 738 milhões de dólares para se tornar dona da tradicional marca Varig e de seu patrimônio. Pela simples aritmética, a diferença inicial de 900 milhões de dólares cai para 418 milhões. Mas isso não muda em nada o valor da resposta sobre por que a pior oferta foi a vencedora.

Por quê? Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo, publicada na última quarta-feira, começou a responder à pergunta de 418 milhões de dólares e a outras que cercam a operação, mas o enigma não terá solução satisfatória sem que se abram investigações sobre as circunstâncias da transação. O que existe são versões. A primeira é a de Marco Antonio Audi, líder dos três empresários brasileiros proprietários da VarigLog, empresa então dona da Varig. Ele contou ao jornal paulista que foi pressionado a fechar o negócio pela pior oferta por seu sócio estrangeiro na empreitada, um chinês chamado Lap Chan, representante do fundo americano de investimento Matlin Patterson. Até aqui se tem apenas uma confusão empresarial difícil de entender e chata de ler até mesmo em páginas especializadas em negócios. Ocorre que, como em quase todos os países do mundo, no Brasil as transações envolvendo empresas aéreas só deslancham quando elas recebem sinal verde de órgãos do governo e da agência reguladora da atividade, no caso a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil. A tendência natural e esperada dos empresários nesses casos é procurar advogados com experiência e "trânsito" no governo e na agência reguladora. Audi diz que fez uma pesquisa de mercado e decidiu-se pelo nome do advogado paulista Roberto Teixeira, que vem a ser um amigo de trinta anos e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse ponto, o que parecia ser apenas uma história de um negócio privado nebuloso começa a ter, segundo os relatos publicados pelo Estado de S. Paulo, as feições de uma transação mais complexa, com tentáculos públicos, um daqueles casos típicos de Brasília que envolvem favores e empurrões oficiais vindos de cima em troca de não se sabe bem o quê.

Teixeira, ao centro, no elevador do Planalto com os donos da Gol, Nenê Constantino (à esq.) e Constantino Junior: sem escalas para a sala de Lula - Foto: José Cruz (ABR)

Entra em cena a ex-diretora da Anac Denise Abreu, demitida do cargo no ano passado no auge das repercussões negativas do caos aéreo para o governo. Denise, militante de esquerda na juventude, alinhada, portanto, com o atual governo, contou aos repórteres do jornal ter sido pressionada pelo governo, em especial por Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, para cortar caminhos em favor do grupo que queria vender a Varig para a Gol pela pior proposta. As pressões, na verdade, antecederam a venda da Varig para a Gol, pois era preciso antes legitimar a própria compra da VarigLog para o grupo de empresários liderados por Marco Antonio Audi, que, como se viu acima, tinha como sócio endinheirado um chinês com capital americano. A Anac relutava em chancelar a transação, pois havia a suspeita clara de que Audi e companhia eram apenas testas-de-ferro dos americanos. Os brasileiros estariam no negócio somente para atender ao Código Brasileiro de Aeronáutica, que impede o controle acionário de empresas aéreas por estrangeiros. Denise Abreu conta então que, embora dirigisse uma agência reguladora, por princípio independente do executivo, recebeu pressões para ignorar a lei e aprovar rapidamente o negócio, sem verificar as credenciais nacionais do capitalista comprador. Dilma Rousseff teria sido o instrumento do governo nessas pressões. "Numa reunião, a ministra se insurgiu contra as (duas) exigências, dizendo que isso não era da alçada de uma agência reguladora, mas do Banco Central e da Receita", afirma Denise.

A ministra Dilma Rousseff admitiu ter acompanhado com interesse o negócio, mas nega ter pressionado Denise Abreu. Três outros ex-diretores da Anac – Leur Lomanto, Jorge Velozo e Josef Barat – apareceram para corroborar as acusações de Denise Abreu. A mesma atitude teve o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero. A VEJA, Denise diz ter vindo a público apenas para se proteger. Ela alega ter decidido conceder a entrevista depois que soube da circulação de um dossiê contendo contas bancárias das quais seria a titular. "Enquanto os ataques se limitavam a destruir minha auto-estima profissional e me enxovalhar, mantive-me quieta, embora emocionalmente destruída. Mas quando inventaram um dossiê falso contra mim, colocando em jogo a minha integridade, o quadro mudou. Tenho o dever de proteger a minha imagem e a da minha família."

Antes que se avance na conclusão de que se tratou de uma negociata, é preciso ter em mente que a maneira de trabalhar do governo Lula lembra em muito os tempos autoritários do governo militar. O governo decide que a Varig tem tradição, tem milhares de funcionários e é preciso salvá-la. "A engrenagem abaixo então começa a trabalhar a toda nesse rumo, atropelando as leis e o bom senso", lembra um poderoso ex-ministro do governo dos generais. A observação é boa. Ajuda a entender o interesse e os métodos do governo no caso. Mas não ajuda a compreender por que a proposta pior venceu. Permanecem, portanto, sem explicação as razões pelas quais Audi, seus sócios brasileiros e mesmo os americanos donos do dinheiro e o representante chinês decidiram que não precisavam de 418 milhões de dólares. Volta à cena o advogado Roberto Teixeira, aquele amigo e compadre do presidente Lula. Segundo Denise Abreu, a ex-diretora da Anac, Teixeira, sua filha Valeska e o marido dela, também advogado, não apenas defendiam seus constituintes, mas o faziam a toda hora lembrando os funcionários de sua intimidade com o presidente da República. "Podemos ir embora, papai já está no gabinete do presidente", teria dito Valeska para demonstrar suas relações privilegiadas com Lula, de quem, de fato, é afilhada.

Em junho de 2006, a Anac finalmente avalizou a venda da VarigLog, legalizando a existência da empresa que viria a ser dona da Varig. Um mês depois, à frente da VarigLog, o então desconhecido Audi é apresentado ao Brasil como um empresário de grande tino comercial ao arrematar a Varig por 24 milhões de dólares – cuja origem, via o chinês Lap Chan, era o fundo americano. Mais uma vez a história estiolaria se não entrasse em cena, de novo, com todo o seu esplendor, o estado regulador. Quanto valia a Varig? Com suas dívidas de 4,8 bilhões de dólares com o governo, não valia nada. Sem as dívidas, valia uma fortuna. O empresário Audi diz que o advogado Teixeira foi o instrumento mais efetivo em Brasília para livrar a Varig das dívidas, tornando-a atrativa no mercado. "Teixeira chegou a sugerir pagamento de propinas a funcionários públicos, mas eu nunca aceitei. Só paguei dinheiro a ele a título de honorários", afirma Audi. O empresário conta que, em Brasília, o advogado amigo do presidente abria portas com muita facilidade – "como um deus", nas palavras de Audi. Pelos canais de Teixeira, Audi foi recebido pelos ex-ministros Waldir Pires (Defesa) e Luiz Marinho (Trabalho), além da ministra Dilma Rousseff. Com o assessoramento jurídico de Teixeira e de outros escritórios de advocacia, Audi e seus sócios conseguiram se livrar das dívidas bilionárias da velha Varig, estimadas em 4,8 bilhões de dólares. Ficaram apenas com a parte boa – e lucrativa – da companhia: suas rotas internacionais. Logo, apareceram diversos interessados com propostas para comprar a Varig.

A partir desse ponto, o advogado Teixeira e o empresário Marco Antonio Audi, que estiveram do mesmo lado da trincheira no processo de legalização da VarigLog aos olhos da Anac, começam a tomar rumos diferentes na história. O chinês Lap Chan também adquire outros ares, e seus interesses, antes coincidentes com os dos sócios brasileiros, subitamente passam a ser conflitantes com os deles. Audi e o advogado Teixeira, a quem o empresário afirma ter pago, no total, 5 milhões de dólares para resolver os problemas da Varig-Log em Brasília, começam a se estranhar. Qual é a razão da briga, agora que todos conseguiram o que tanto queriam em Brasília? Seja qual for o motivo da cizânia, o certo é que tem sua origem ali a resposta à pergunta de 418 milhões de dólares. O azedume começou justamente quando chegou a melhor hora para todos: a de vender o maior patrimônio da VarigLog, a própria Varig que o grupo arrematara por uma bagatela e planejava desde o começo passar à frente com grande lucro.

O que se sabe é que Audi e seus sócios brasileiros começaram a negociar com a TAM. Lap Chan, com a ajuda de Teixeira, conversava com a Gol. A briga ficou feia. O fundo americano e seu chinês decidiram tomar a empresa de Audi e companhia. Cessaram toda a injeção adicional de recursos e foram à Justiça em busca do bloqueio das atividades da VarigLog. A Justiça entregou o comando da companhia a Lap Chan. Diante disso, a Anac quer agora que o fundo Matlin Patterson reduza sua participação na empresa, atraindo sócios capitalistas brasileiros. A parte mais explosiva da história ainda não é conhecida. Ela tem a ver com os 418 milhões de dólares da diferença entre a proposta da TAM e a da Gol – e trará em seu bojo um escândalo incomensurável se ficar provada a ingerência no episódio do advogado Teixeira, amigo e compadre do presidente da República.

Memorando no qual a TAM admite comprar a Varig por 1,2 bilhão de dólares. No fim da negociação, a TAM se propôs a pagar 738 milhões de dólares pela companhia. Surpreendentemente, a Gol levou a Varig pela metade do preço

As acusações contra Teixeira

Nas negociações que envolveram a Varig e a VarigLog, Roberto Teixeira teria tido atuação muito mais destacada que a de advogados comuns. Além de cuidar de processos jurídicos, ele teria tratado de assuntos relativos às empresas com pelo menos quatro ministros e apresentado seus clientes a três deles.


Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil

O advogado e os sócios brasileiros da VarigLog relataram a ela os obstáculos postos pela Anac para que eles operassem a companhia



Nelson Jobim, ministro da Defesa

O ministro contou a executivos do setor aéreo que Teixeira pediu a ele que interferisse nas disputas societárias da VarigLog





Luiz Marinho, ex-ministro do Trabalho

Teixeira orientou seus clientes a convencê-lo de que a compra da Varig evitaria que milhares de aeroviários perdessem o emprego



Waldir Pires, ex-ministro da Defesa

Em uma visita de cortesia, Teixeira e os donos da VarigLog apresentaram seu plano de negócios para a companhia
Fotos: Sergio Lima (Folha Imagem) e André Dusek (AE)



Como o caso abalroou o governo

25 de janeiro de 2006
À beira da falência, a Varig vende sua subsidiária de transporte de carga, a VarigLog, ao fundo americano Matlin Patterson e a seus sócios brasileiros por 48 milhões de dólares

24 de junho de 2006
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprova a venda da VarigLog. A empresa dá um prêmio de 750 000 dólares a Teixeira, a quem atribui o sucesso da operação

20 de julho de 2006
Assessorada por Teixeira, a VarigLog compra a Varig por 24 milhões de dólares. Fica com as rotas da companhia, mas não herda suas dívidas bilionárias

28 de março de 2007
Teixeira e o fundo Matlin Patterson planejam a venda da Varig para a Gol por 320 milhões de dólares. A TAM queria comprar o mesmo ativo por 738 milhões de dólares. Foi preterida

4 de abril de 2007
A Casa Civil é acusada de pressionar diretores da Anac a aprovar a legalização da VarigLog apesar de a maioria de seu capital ser estrangeiro

Fonte: Veja de 11/06/2008

Varig recusou proposta melhor

A venda da Varig para a Gol em 2006 foi fechada por um valor 418 milhões de dólares menor do que o oferecido pela TAM pela companhia aérea negociada. A razão pela qual a VarigLog, então dona da Varig, aceitou vender a empresa para a Gol por 320 milhões de dólares – quando poderia tê-la negociado com a TAM por 738 milhões – é objeto de investigação de uma reportagem de VEJA desta semana.

Conforme comprova um documento reproduzido pela revista, a TAM chegou a oficializar por escrito uma proposta de compra da Varig por 1,2 bilhão de dólares. Após as diligências financeiras próprias desse tipo de negociação, a TAM diminuiu a oferta. Decidiu que estaria disposta a desembolsar 738 milhões de dólares para se tornar dona da tradicional marca Varig e de seu patrimônio. O valor é 418 milhões de dólares maior do que o pago pela Gol – mas foi recusado.

Por que os então donos da companhia rejeitaram uma proposta mais de duas vezes maior do que a que aceitaram? O enigma não terá solução satisfatória sem que se abram investigações sobre as circunstâncias da transação, já que o que existe até agora são versões.

Denise e Dilma – O que se sabe até aqui, segundo revelou ao jornal O Estado de S. Paulo durante a semana a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, é que houve pressão do governo, em especial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, para que a Anac cortasse caminhos em favor do grupo que queria vender a Varig para a Gol pela pior proposta.

Além de ser uma interferência indevida do Executivo em uma agência reguladora – por princípio independente –, a pressão da Casa Civil pode ter também violado a lei brasileira. Segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica, empresas aéreas nacionais não podem ser controladas por estrangeiros. À época da venda, a Anac suspeitava que o grupo então dono da Varig, liderado pelo empresário Marco Antonio Audi, era na verdade uma fachada do fundo americano Matlin Patterson, sócio dos brasileiros.

O amigo do presidente – Para piorar, toda a negociação foi conduzida pelo advogado paulista Roberto Teixeira, amigo e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a assessoria do advogado, os donos da Varig conseguiram se desfazer das dívidas de 4,8 bilhões de dólares que a companhia tinha com o governo. Uma outra reportagem do Estado, publicada neste sábado, confirma que a Casa Civil pressionou a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para que livrasse a Varig de seus débitos.

Fonte: Veja Online (07/06/08)

Marrocos encomenda 24 aviões F-16 americanos

O Governo de Marrocos oficializou a sua encomenda de 24 aviões de combate F-16 ao construtor "Lockheed Martin" dos Estados Unidos por 233 milhões e 600 mil dólares americanos, noticiou sábado a imprensa local.

De acordo com os jornais locais, que citam o construtor aeronáutico americano, os primeiros aviões serão entregues em 2011.

Em Dezembro último, o Pentágono anunciou a intenção de vender a Marrocos 24 aviões F-16, bem como equipamentos e serviços associados por um montante global estimado em dois biliões e 400 milhões de dólares americanos.

Marrocos é o 25º país no mundo a adquirir F-16.

Fonte: Panapress

Brasileiro levou VarigLog sem gastar

Toda a guerra de pressões políticas e lobbies na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começou com um negócio nebuloso: a formação da sociedade entre estrangeiros e brasileiros para comprar a empresa de cargas VarigLog, entre 2005 e 2006. Segundo a Justiça paulista, o negócio foi arquitetado para burlar a legislação brasileira, que proíbe estrangeiros de serem donos de mais de 20% do capital votante de uma companhia aérea.

O que vem a público agora é que os três sócios brasileiros que aparecem como controladores da VarigLog, com 80% do capital votante, não desembolsaram um real para comprar a empresa. A parte deles foi comprada com dinheiro emprestado, numa operação financeira costurada pelo sócio estrangeiro, o fundo de investimentos americano Matlin Patterson.

O sócio do fundo, Lap Chan, nascido na China e criado no Brasil, contou ao Estado, há três meses, que ele mesmo procurou um banco para emprestar o dinheiro aos brasileiros para que eles comprassem a VarigLog. Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo receberam um empréstimo de US$ 1 milhão cada um. “Consegui um empréstimo para eles no banco JP Morgan”, contou Lap.

A garantia dada ao empréstimo foram ações da Volo Brasil - empresa criada pelos brasileiros para comprar a VarigLog. Uma vez formado o grupo, foi travada uma feroz batalha jurídica e política para aprovar a composição acionária na Anac. Segundo a ex-diretora da agência, Denise Abreu, o jogo de pressões envolveu o escritório do advogado Roberto Teixeira e a Casa Civil. A aprovação permitiu que a VarigLog pudesse comprar a Varig.

Os sócios estrangeiros e brasileiros contam a mesma versão para explicar a origem do capital, mas divergem sobre quem montou a sociedade. Na versão de Lap, a iniciativa partiu dele.

“O Haftel é meu amigo desde os quatro anos. Estudamos juntos no Saint Paul’s. O Gallo é amigo do meu sócio Santiago Born. E o Audi foi recomendação do escritório de advocacia XBB”, disse.

Ele contou que na época contratou detetives para investigar Audi. Mas mesmo desconfiando de Audi, Lap achava que não teria problemas porque era ligado aos outros dois sócios brasileiros. Hoje, os três brasileiros brigam com Lap pela VarigLog.

Audi, dono de uma empresa de helicópteros, conta uma história diferente. Ele nega ser “laranja” e diz que há tempos sonhava em comprar a Varig. Quando a Varig entrou em colapso, pediu ajuda ao amigo e consultor Marcos Mantovani para buscar um sócio capitalista para comprar a empresa.

Mantovani é acusado de participar do esquema de desvio de verbas do BNDES, que envolve o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. “Foi o Mantovani que me apresentou o Lap, não posso esconder a verdade”, disse Audi.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Nasa começa a polir espelho de supertelescópio

A Nasa já conseguiu tirar do papel todo o projeto do Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble, e já começou há alguns meses a polir os segmentos do espelho gigante que servirá como "lente de aumento" do novo observatório orbital. Segundo Jonathan Gardner, chefe do Laboratório de Cosmologia Observacional da agência espacial, nada deve deter agora os planos de colocar o Webb em órbita até 2013.

"Temos o dinheiro, temos tempo e temos o plano", afirmou o astrofísico durante uma apresentação detalhada do projeto no fim de maio em um congresso no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro. "Os EUA estão dando US$ 4,5 bilhões para o projeto. Os europeus não contam quanto estão gastando, mas têm o foguete que vai lançá-lo e contribuem para diversos instrumentos - eu diria que algo na escala de 10% a 15% (do orçamento americano)."

O James Webb - batizado em homenagem ao diretor da Nasa na década de 1960 - terá diâmetro quase três vezes maior que o Hubble e permitirá enxergar galáxias a 13,4 bilhões de anos-luz de distância, quase no limite do Universo.

"No ano passado acabamos de desenvolver todas as invenções e novas tecnologias de que precisávamos, e neste ano terminamos o projeto", diz Gardner. "E já começamos a construir o espelho primário, recortado em metal berílio, porque é a coisa que leva mais tempo."

As outras partes do telescópio, como o escudo que vai protegê-lo da radiação solar e o satélite que vai guiá-lo, devem começar a ser construídas em 2009.

O James Webb tem aspecto bem diferente do Hubble por fora, que por fora é como um grande tubo. O sistema de funcionamento, porém, é o mesmo: um espelho côncavo primário que agrupa os feixes de luz da imagem, ampliando-a, e um espelho secundário que direciona os raios para ajustes finais e para a os instrumentos de detecção e análise.

O que tornará o Webb mais potente, em parte, é seu tamanho maior, só que isso implica engenharia diferenciada. "O foguete Ariane (que lançará o Webb) tem 5 m de largura, e para colocar um espelho de 6,6 m nele, teremos que dobrá-lo."

O novo telescópio, porém, terá outro salto de qualidade em relação ao Hubble: ele será capaz de enxergar muito melhor no infravermelho - a forma em que a luz das galáxias mais distantes do Universo chega à Terra. Para isso, porém, o telescópio terá de funcionar a uma baixíssima temperatura (-225C), que será garantida por seu escudo solar de cinco camadas -basicamente, é o guarda-sol mais refrescante já projetado.

"Infravermelho é calor. Se quisermos usar o telescópio para observar no infravermelho, temos que protegê-lo de seu calor para evitar interferências", explica Gardner. "Se não fizermos isso, será como usar um telescópio durante o dia aqui na Terra."

Já se passaram mais de cinco anos desde a concepção original do James Webb, e agora restam mais cinco anos até seu lançamento. Pode parecer muito tempo, mas agenda dos mais de 2.000 cientistas que trabalham no projeto vai estar cheia até lá. O esforço tem de ser concentrado todo nesse período, por uma razão simples: o Webb não poderá falhar no espaço.

Se o telescópio parar de funcionar a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, tudo se acabará. "Não temos planos de mandar humanos tão longe para consertá-lo", diz Gardner. É totalmente diferente de trabalhar com o Hubble, que está com uma de suas câmaras quebradas: ele será arrumado por astronautas em outubro. Até 2013, diz Gardner, a maior parte do tempo dos cientistas será gasta com exaustivos testes de cada uma das peças do Webb.

Fonte: Folha Online - Imagem: NASA

Avião desaparecido no Chile desde sábado ainda não foi encontrado

O avião desaparecido no Chile

O avião Cessna 208B Grand Caravan, prefixo CC-CTR, operado pela Patagonia Airlines continua desaparecido no Chile.

O último contato com a aeronave - que tinha dez ocupantes a bordo - ocorreu no sábado (07) na região de Yeco.

As buscas pela aeronave terminaram às 18:00 hs. deste domingo devido à má visibilidade e às chuvas que ocorreram na área.

Nesta segunda-feira o trabalho de busca também pode ser prejudicado pelo anúncio de chuvas na área de monitoramento.

O avião que é branco pode ter caído num campo coberto por neve, o que naturalmente dificulta a sua localização.

O chefe de estado-maior da Terceira Brigada Aérea, George Gebauer, informou que o lugar onde supostamente caiu o Cessna 208 é de difícil acesso, pois junta a existência de uma espessa mata nativa e más condições atmosféricas, fatores que complicam o resgate da tripulação.

"Ontem à tarde havia muitas nuvens e chuvas na área que é bastante arborizada, disse Gabauer.

O oficial não foi inteiramente otimista sobre as condições enfrentadas pela tripulação. "Nós não temos certeza", disse ele, quando é consultado sobre a possibilidade de sobrevivência dos dez ocupantes do avião.

"O único contato que temos tido até agora é o farol de emergência, mas nós já estamos limitando a maior parte da área, principalmente no estuário do rio Palena", acrescentou.

Por seu lado, o governador de Palena, Fernando Aguila, em conversa com a Rádio Cooperativa, afirmou que "temos informações que cinco passageiros são de Chaiten e Palena" e estamos aguardando informações da Força Aérea para comunicar aos os parentes, que estão indignados com essa falta de informações sobre o paradeiro da tripulação."

Fonte: Terra Networks Chile - Foto: Foto: Werner Vera

Avião cai em floresta na Alemanha

No sábado (07), às 11:53 (hora local) um avião particular Robin DR 400/160 Chevalier, prefixo D-EDIM, caiu em Hegenscheid, na Alemanha, matando o piloto de 43 anos.

As testemunhas ouvidas relataram ter ouvido um ruído estranho no motor pouco antes de ele cair a algumas centenas de metros do aeroporto da cidade de fronteira entre Iserlohn e Altena, em um terreno coberto por uma floresta.

A aeronave ficou completamente destruída.

Fontes: Wiebold TV News (Alemanha) / ASN

Um morto e um ferido em acidente no Arkansas, EUA

Um acidente com um avião Cessna 150M, prefixo N3266V, aconteceu pouco antes do meio-dia do sabado (07) quando ele cai numa rua próxima ao Aeroporto Municipal de Forrest City, em Arkansas, EUA.

A passageira, Betty Sanders morreu no hospital. O piloto, Vester Wroten, permanece no hospital em estado estável.

Uma testemunha ocular, Mike Shepherd, amigo de Wroten, disse que ele e Sanders voaram para para o Nordeste de Arkansas no sábado pela manhã e retornaram para o Aeroporto de Forrest City.

Eles decolavam para outro vôo quando o acidente aconteceu. A testemunha disse que viu o avião decolar em um ângulo íngreme sob fortes ventos. Momentos depois, ele viu o acidente. "O telefone tocou e um homem avisou que um avião caiu e eu sabia que era ele. Esse foi o único avião que tinha decolado", disse Mike Shepherd.

O monomotor Cessna caiu em um campo de algodão. A parte central do avião estava partida ao meio e a cabine de cabeça para baixo.

Investigadores passaram horas no local do acidente procurando pistas sobre a causa.

"Eu poderia dizer que ele estava em apuros. Eu pensava que ele poderia obter uma retenção do mesmo, mas evidentemente, ele não conseguiu. Eu apenas vi que o vento era muito forte e ele não pôde controlar isso ", disse Shepherd.

Os amigos disseram que ele era um piloto experiente que voou para a Patrulha Aérea Civil.

A polícia do Estado do Arkansas e a FAA (Federal Aviation Administration) estão investigando o acidente.

Este é o segundo avião a cair nessa área, no espaço de um mês. Em 15 de maio, Michael Poe, de Forrest City, morreu em um acidente em Wheatley, Arkansas.

Fontes: eyewitnessnews.com / ASN - Foto: Sharon Mitchusson Hillis

Avião perde a asa e cai em Illinois, EUA

Um Lancair IV semelhante ao acidentado

Na sexta-feira às 15:40 (hora local) um avião Lancair IV, aparentemente, perdeu uma asa e caiu a três milhas ao sul de New Douglas, em Illinois, EUA.

A asa direita foi encontrado a cerca de um quarto de milha ao norte do local do acidente e os destroços foram espalhados por cerca de uma milha ao norte do local da queda.

O piloto morreu na queda.

Fonte: ASN