Evandro e Rodrigo ficaram em poder de narcotraficantes por 40 dias.
A mulher do piloto disse que ele telefonou para ela nesta madrugada.
Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Agnelli
foram libertados nesta quinta - Foto: Reprodução/ TVCA
Quarenta dias após o sequestro, o piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Frais Agnelli foram libertados pelos criminosos, supostamente narcotraficantes, e entraram em contato com os familiares na madrugada desta quinta-feira (30). A mulher de Evandro, Márcia Abreu, contou ao G1 que o marido entrou em contato com ela por telefone e disse que estava em Guarajará-Mirim (RO), na divisa com a Bolívia. Eles procuraram a Polícia Militar daquela cidade e devem chegar ainda hoje em Mato Grosso. O avião de pequeno porte ainda não foi localizado.
"Ele disse que os dois estavam bem e que era para eu ficar calma", contou. Eles estavam em poder de criminosos desde o dia 20 do mês passado, quando foram sequestrados no aeroporto municipal de Pontes e Lacerda, a 483 km da capital, junto com a aeronave de propriedade da então candidata ao governo de Mato Grosso, Janete Riva.
Para a mulher, Evandro contou que os sequestradores não agiram com violência durante o período em que ficaram reféns deles. "Ele disse que eles só os ameaçaram com arma no aeroporto de Pontes e Lacerda e que, depois disso, não maltrataram mais eles", contou Márcia. Depois de soltar as vítimas em uma região de mata, os sequestradores devolveram os telefones celulares que durante todo o período ficaram desligados. Ela disse estar aliviada com a libertação do marido e do companheiro dele.
A assessoria do deputado estadual José Riva (PSD), marido de Janete Riva, informou que a liberação ocorreu de forma espontânea após suposto desentendimento entre os sequestrados por conta da venda da aeronave e que, depois de entrar em contato com a polícia, os pilotos também telefonaram para a família do parlamentar. O deputado adiantou que um avião irá buscá-los em Rondônia nesta quinta-feira.
Durante o período em que foram mantidos reféns dos criminosos, os pilotos foram obrigados a fazer voos para o transporte de drogas. Após o crime, a polícia de Mato Grosso foi à Bolívia várias vezes,mas não obteve sucesso nas buscas.
Fonte: Pollyana Araújo
(G1 MT)