segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Internet durante o voo ainda é privilégio para poucos

Quase nenhuma companhia aérea oferece o serviço de Wi-Fi, que começou a ser implementado há mais de uma década em aviões. Preços para se conectar são pouco transparentes e nem todos os passageiros têm acesso a tomadas.


Nas alturas, deve-se dispor das mesmas comodidades que em solo. Esse é o objetivo da indústria da aviação, e ele envolve, sobretudo, a comunicação. Hoje, ficar constantemente online num dispositivo móvel, às vezes até em mais de um ao mesmo tempo, é algo absolutamente normal para muitas pessoas. Há cada vez mais pontos de acesso à internet disponíveis nas cidades, e, na Europa, por exemplo, a conexão Wi-Fi em trens de alta velocidade já é quase padrão.

Há mais de uma década que a aviação tenta oferecer conexão à internet, mas o sucesso, até agora, foi limitado. O número de companhias aéreas que podem prometer a seus clientes uma conexão segura em longas distâncias ainda é muito pequeno.

A Lufthansa é pioneira nessa área, tendo adotado a prática pela primeira vez em 2003, mas tido que suspendê-la em 2006. Desde dezembro de 2010, a empresa disponibiliza um novo Flynet, seu serviço de comunicação a bordo, em parceria com a Deutsche Telekom e a Panasonic. Atualmente, mais de 90% dos voos de longa distância da empresa têm Wi-Fi, o que representa a maior frota aérea do mundo com internet.

A Emirates também está em processo similar e já adaptou 60% de suas 200 aeronaves para o uso da internet. Mas essas são as duas únicas companhias aéreas de grande porte em que os passageiros têm chances de continuarem em comunicação total com o mundo mesmo nas alturas – se estiverem dispostos a pagar por isso. De resto, mais de uma década após as primeiras tentativas, o quadro ainda é um tanto quanto confuso.

No início, a cobertura global de satélites também era assim. Entretanto, apenas a China permanece um ponto branco no mapa, pois não permite o recebimento do sinal de internet via satélite.

Fora isso, não há nenhum impedimento técnico à navegação pela internet nas alturas mundo afora – pelo menos em tese. Na prática, o sinal sempre pode ser perdido, embora na maioria das vezes a conexão seja surpreendentemente estável a uma velocidade de até 870 quilômetros por hora e a 12 mil metros de altura. A única dificuldade é descobrir antes da viagem quais linhas aéreas oferecem o quê.

Poucas tomadas


A Lufthansa, por exemplo, ainda terá que adaptar seus mais novos carros-chefe, o Boeing 747-8 e o Airbus A380. Mesmo nos aviões equipados há tempos com o Flynet, às vezes, a conexão não funciona.

A eletricidade pode representar um obstáculo para a navegação a bordo. Apenas os voos de Primeira Classe e Classe Executiva da Lufthansa possuem tomadas em todos os assentos. Aos viajantes da Classe Econômica restam apenas as baterias como fonte de energia. A American Airlines e a Delta, por sua vez, são as que oferecem mais tomadas.

Quando o assunto é Wi-Fi a bordo, até hoje muitas companhias aéreas se arriscam pouco. Algumas, como a Air France/KLM, continuam realizando testes, avião por avião, algo que a maioria das outras empresas já concluiu há anos.

Outras, como a australiana Qantas, que disponibilizou a navegação sobre as nuvens em seis de seus A380, voltaram a abolir o sistema. "Era muito pouco utilizado, porque quase todos os trajetos dos nossos A380 são voos noturnos", justificou um porta-voz da empresa.

Preços pouco transparentes


Na maioria das linhas aéreas, a política de preços para o acesso online também é muito pouco transparente. São poucas as que informam claramente o valor do acesso à internet durante todo o percurso.

Na média, o custo é de 19,95 euros (cerca de 60 reais) por um voo ou por 24 horas com conexões inclusas – algo que já é cobrado pela Lufthansa, por exemplo. As tarifas da Aer Lingus e da Air France/KLM são semelhantes, enquanto que a American Ailines cobra 19 dólares (cerca de 43 reais) pelo mesmo serviço.

A situação é mais complicada quando companhias aéreas, como Emirates, Oman Air, Qatar Airways, Singapore Airlines e TAP, exigem uma taxa para volumes de dados específicos. Ninguém consegue saber de antemão por quanto tempo exatamente poderá usar a internet a bordo e para quê. 

Telefonemas a bordo 


Em dezembro de 2013, as autoridades mundo afora permitiram o uso de dispositivos móveis em "modo avião" também na decolagem e na aterrissagem. A partir daí, a mobilidade entrou nas discussões sobre a utilização de tais dispositivos a bordo.

A British Airways foi a primeira entre inúmeras companhias europeias a implementar o serviço de forma consistente e permitir que seus passageiros usassem a função "modo avião" desde que embarcam na aeronave. Os britânicos calculam que isso represente cerca de meia hora a mais de uso dos aparelhos por voo.

Quanto aos telefonemas a bordo, as regras variam. Na Lufthansa, é estritamente proibido usar o Skype ou o celular para fazer ligações. Entretanto, em breve deverá ser possível enviar mensagens SMS durante o voo. A Lufthansa recomenda o uso de seu antiquado Skyphone – um telefone via satélite disponível em sua frota de A340 e 747 –, ao custo de 9,95 dólares (cerca de 23 reais) por minuto.

Enquanto empresas como a Emirates e a Oman Air relatam há anos experiências positivas de telefonemas a bordo através de celulares, calculados com base em tarifas normais de roaming internacional, outras linhas aéreas e muitos passageiros rechaçam tal possibilidade – sem sequer a terem experimentado.

Fonte: Klaus Ulrich (dw.de)

No Brasil, maioria dos acidentes acontece com aeronaves menores

Segundo dados do Cenipa, de 2003 a 2013, quase 600 pessoas morreram em quedas de aviões pequenos.

Acidentes com aviões de carreira costumam ganhar mais destaque, mas no Brasil, são aeronaves como a que caiu neste sábado (30) no Bacacheri, em Curitiba, no Paraná, que não realizam voos comerciais regulares, que respondem por 98% dos acidentes. Os dados são do Cenipa, órgão de investigação de aviação do país, com base em acidentes de 2003 a 2012. 

O balanço mostra que, dos 1.026 acidentes ocorridos neste período, apenas 2% envolviam companhias que fazem voos regulares, com aviões maiores. A maioria destes acidentes foi com táxis-aéreos, aeronaves agrícolas e de instrução de voo. Em 2013, segundo dados da Anac, apenas 3% das aeronaves registradas no país eram de grandes aviões.

Os aviões menores também mataram mais pessoas. No período analisado, de 2003 a 2012, 581 pessoas morreram neste tipo de aeronave, ou 59% do total. Já nos grandes aviões, foram 402. 

Fonte: Bem Paraná

Vídeo mostra avião pegando fogo após cair em bairro de Curitiba

Aeronave caiu na tarde de sábado (30) e atingiu uma casa no Bacacheri.

Três pessoas morreram e uma permanece internada em estado grave.


Clique AQUI para assistir o vídeo.

A leitora Vanessa Cotrim flagrou o momento em que o avião que caiu em Curitiba, na tarde de sábado (30), pegou fogo. A aeronave modelo Cessna 177 tinha acabado de decolar do Aeroporto do Bacacheri e atingiu uma residência. Das quatro pessoas que estavam no avião, três morreram. O quarto ocupante está internado em estado grave na UTI do Hospital do Trabalhador desde sábado. Vanessa estava passando de carro pelo local com uma amiga e relatou que viu o momento da queda e que tentou ajudar no incêndio. "Foi tudo muito rápido. Quando vi, as chamas já tinham tomado conta do avião. Muita gente correu para ajudar com extintores de carros, água, mas o fogo só foi controlado com a chegada dos bombeiros", disse. "Foi uma cena muito triste", acrescentou a leitora.

Os corpos do piloto Cleber Luciano Gomes, e de Silvio Roberto Romanelli, que ocupava a posição de copiloto, foram sepultados na tarde de domingo em Rolândia e Londrina, no norte do estado. O ocupante Mounir Saleh Brahim morreu na noite de domingo (31) e será velado e sepultado na tarde desta segunda-feira (1º) no Cemitério Municipal de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

O monomotor era de Londrina. O proprietário disse ao G1 que a aeronave já havia realizado duas viagens no mesmo dia e que tinha passado por manutenção há pouco mais de 20 dias.

Aeronave não possui caixa preta


O responsável pelas investigações, major Eduardo Michelin, do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), relatou que esse modelo de aeronave não possui caixa preta. Para ajudar nas investigações, os peritos da Aeronáutica recolheram peças e alguns documentos que ficaram espalhados pelo local. A equipe trabalha com a hipótese de problema no motor ou falha humana.

"Vamos analisar diversas coisas, desde o testemunho de pessoas que viram a aeronave caindo, pois alguns moradores disseram que a hélice não estava funcionando, o peso do avião, o tipo de combustível utilizado até se de repente o piloto errou”, diz o major. “Só depois da análise das peças é que poderemos cravar um motivo, por enquanto, todas as hipóteses serão consideradas”, explica Michelin.

Segundo o tenente coronel Marcos Santos, do Cindacta II, o monomotor foi fabricado para suportar diversas viagens em um só dia. Como o avião passou por manutenção, o tenente coronel do Cindacta II alega que as investigações devem apurar, inclusive, como esse serviço foi realizado. “É preciso analisar qual foi a empresa que fez a manutenção, quem foi o responsável e se o trabalho foi realizado corretamente. Se de repente confirmar que a queda foi provocada por falha no motor, possivelmente a revisão foi falha”, alega.


Fonte: Adriana Justi (G1 PR) - Foto: Thais Kaniak/G1 Paraná

Passageiros se negam a embarcar em avião da TAM que apresentou problema


Em Foz do Iguaçu, o avião da TAM chegou a decolar, mas teve que voltar ao aeroporto. No dia seguinte, a mesma aeronave levaria os passageiros ao Rio de Janeiro, mas muitos se negaram a embarcar.

Clique AQUI e assista a reportagem.

Avião que fez pouso de manutenção em Cabo Verde chega a Lisboa

Aeronave da TAP saiu do Recife no fim da noite do sábado (30).

Comandante recebeu alerta sobre fumaça na cabine.


O voo da TAP que fez um pouso de manutenção na Ilha do Sal, em Cabo Verde, no continente africano, chegou a Lisboa por volta das 8h15 desta segunda-feira (1º), horário de Brasília. Segundo a assessoria de imprensa da companhia aérea, o voo decolou às 5h52 com os 262 passageiros. Na madrugada do domingo (31), o comandante do avião recebeu um sinal do sistema de detecção de fumaça na cabine, forçando o pouso.

O avião saiu do Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul, no fim da noite do sábado (30) e deveria ter chegado a Lisboa às 11h do domingo (horário local). Na ocasião, a companhia informou que “não houve pouso de emergência” e que a parada ocorreu “por questão se segurança”. Uma equipe técnica foi enviada à Ilha do Sal para analisar a aeronave antes da decolagem.

Fonte: G1 PE - Foto ilustrativa: observador.pt

Nome de comprador não é legível em contrato de jato usado por Campos


A proposta que selou a compra, por US$ 8,5 milhões (R$ 19 milhões), do jato que caiu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) não cita nome nem informações sobre quem adquiriu a aeronave e não foi registrada em cartório.

O documento, obtido pela Folha, traz só uma assinatura ao lado do local e data da proposta de compra (Recife, 15 de maio de 2014), o que é inusual para um negócio de quase R$ 20 milhões.

O empresário pernambucano que foi apresentado pelo antigo dono do jato como o comprador, João Lyra de Mello Filho, recebeu da reportagem uma cópia do documento, mas não quis comentar se a assinatura na proposta era dele.

Imagem: Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

João Lyra é dono de uma financeira em Recife, já foi multado por lavagem de dinheiro e não tem capacidade financeira de assumir uma dívida de US$ 8,5 milhões, segundo a Cessna.

O fabricante do jato recusou o nome dele para herdar o financiamento por falta de capacidade econômica. No contrato, o comprador se dispõe a pagar "todos os custos operacionais diretos e fixos da aeronave", incluindo manutenção e salários dos pilotos.

Os vendedores do jato, Alexandre e Fabrício Andrade, são os donos do grupo A. F. Andrade, de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que já teve a maior usina de álcool no país, mas está em recuperação judicial, com dívidas que somam R$ 341 milhões.

Caixa Dois


A ausência do nome é um indício de que o jato pode ter sido comprado com recursos de caixa dois de empresários ou do partido, segundo policiais ouvidos pela Folha. Segundo essa hipótese, o comprador não colocou o nome na proposta de compra porque sabia da suposta ilicitude do negócio.

O "Jornal Nacional" revelou na última terça-feira (26) que empresas fantasmas e uma peixaria foram usadas para fazer pagamentos no total de R$ 1,7 milhão para os donos da aeronave. O PSB tem repetido, por diversas vias, que os eventuais problemas são de quem comprou o jato, não do partido.

Há também a suspeita de que a venda foi apenas uma simulação para evitar que o uso da aeronave na campanha possa caracterizar o crime de uso de táxi aéreo pirata. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proíbe que donos de jatos o aluguem; só empresas de táxi aéreo podem prestar esse serviço, por questões de segurança.

Segundo a proposta, o jato foi vendido por US$ 8,5 milhões. Na data do contrato, 15 de maio, o comprador se dispunha a pagar US$ 327,8 mil ao grupo A. F. Andrade. O grupo receberia, 15 dias depois, mais US$ 139,8 mil, de acordo com o documento obtido pela Folha.

Papel de pão


Três advogados ouvidos pela reportagem, dois deles sob condição de que seus nomes não fossem citados, classificaram o documento de "papel de pão", gíria para designar algo sem validade.

"Contrato sem o nome do comprador não tem validade jurídica. É um contrato de gaveta", disse Luciano de Souza Godoy, professor de direito civil da FGV (Fundação Getulio Vargas) em São Paulo.

O documento, segundo ele, parece até ser falso para uma compra de US$ 8,5 milhões. "Nunca vi alguém fechar um negócio desse valor com uma proposta sem o nome do comprador e sem registro em cartório", afirmou Godoy.

A informalidade da linguagem sugere que o contrato não foi escrito por advogado: "Me proponho a comprar a aeronave Cessna Citation XLS+número de série 6066, prefixo PR-AFA (a aeronave') por US$ 8.500.000", registra o primeiro parágrafo.

Eduardo Campos morre em acidente aéreo
Foto: Davi Ribeiro - 14.ago.14/Folhapress 

Outro lado


Advogado diz que documento é válido

O advogado Ricardo Tepedino, que defende o grupo A. F. Andrade, diz que a proposta de compra do jato tem validade jurídica porque o empresário João Lyra de Mello Filho já reconheceu que fez a compra e ficou de encontrar empresas com capacidade financeira para pagar o arrendamento junto à Cessna.

Isso não ocorreu até a data do acidente, no último dia 13 de agosto, quase 90 dias após a proposta inicial. "Os sócios do grupo A. F. Andrade me disseram que viram o Lyra assinar o documento", afirma o advogado.

De acordo com Tepedino, a hipótese de simulação de venda para burlar a legislação aeronáutica é completamente infundada. "Se fosse uma simulação de venda não haveria uma cláusula de indenização caso o negócio não fosse concluído", afirma.

Procurado pela Folha, o empresário João Lyra de Mello Filho não quis comentar o documento nem confirmou se a assinatura na proposta era a dele. O corretor que intermediou a venda do avião usado pela campanha de Eduardo Campos, Guilherme Machado, não foi encontrado para comentar a proposta. 

Fonte: Mario Sergio Carvalho (UOL/Folha de S.Paulo)

Acidente no voo 3054: TAM não comenta ação; pista é segura, afirma Infraero

Nenhuma das empresas envolvidas quis comentar o processo em que a Airbus diz que a TAM e a Infraero também são responsáveis pelo acidente de 2007.

A fabricante europeia limitou-se a dizer que tem como política não falar de "litígios em andamento".

A companhia aérea brasileira usou o mesmo argumento. Em 2007, ela havia dito que o avião não tinha problemas mecânicos.

Segurador da TAM e autor do processo contra a Airbus, o Itaú disse que não iria se pronunciar.

A Infraero, administradora do aeroporto de Congonhas, mencionado pela Airbus no processo, informou não ser parte na ação, razão pela qual decidiu não comentar.

De toda forma, disse que a pista "cumpria à época e cumpre hoje os requisitos de segurança da aviação civil".

Perícia feita pela Polícia Federal, no entanto, constatou que o coeficiente de atrito da pista estava aquém dos parâmetros recomendados.

A Folha informou a Infraero dessas conclusões. A estatal manteve o posicionamento de que a pista seguia as normas de segurança.

Em relatório de 2009, a Polícia Federal afirmou que o acidente em Congonhas em 2007, nas circunstâncias em que se deu, teria acontecido mesmo com a pista em condições perfeitas.

Fonte: UOL/Folha de S.Paulo

Airbus culpa TAM, Infraero e pilotos por acidente que matou 199 em Congonhas

A fabricante Airbus disse à Justiça que os dois pilotos, a TAM e as condições de Congonhas são os responsáveis pelo acidente em que um avião, ao tentar pousar no aeroporto paulistano, cruzou toda a pista e explodiu contra um prédio, em 17 de julho de 2007.

Foi o maior desastre da história com uma empresa aérea brasileira: 199 mortos.

É a primeira vez que vêm à tona declarações da Airbus sobre as causas do acidente. A empresa europeia fabrica o A320, modelo que se acidentou. Em público, ela nunca havia atribuído culpa aos envolvidos -a TAM é sua maior cliente na América Latina.

As declarações estão em processo cível a que a Airbus responde na Justiça. A ação foi movida pela Itaú Seguros, seguradora da TAM e, como tal, incumbida de pagar as indenizações em razão da tragédia.

A Itaú está processando a Airbus para tentar reaver o que gastou; para isso, argumenta ter havido falha no projeto da aeronave, o que a fabricante nega. A ação tem valor de R$ 350 milhões. Ainda não há sentença. 

Ao se defender no processo, a Airbus sustenta que o comandante Kleyber Aguiar Lima e o copiloto Henrique Stefanini Di Sacco, que morreram na tragédia, são os principais culpados. E TAM e Congonhas, administrado pela Infraero, contribuíram para que o desastre ocorresse.

Bombeiros tentam apagar fogo causado por acidente com avião da TAM em Congonhas
Foto: Rogério Cassimiro - 17.jul.2007/Folhapress

Os pilotos, segundo a fabricante, não usaram o procedimento correto para um avião com um reversor inoperante, caso do A320 naquele dia.

O reversor é um dispositivo nas turbinas que ajuda a aeronave a frear -desde quatro dias antes do acidente, estava desativado.

Em 2006, a Airbus havia determinado que, mesmo com um reversor sem operar, os dois manetes (que controlam a potência do avião) teriam de ser puxados para trás logo depois da aterrissagem.

Esse movimento, que aciona os reversores, deveria ser feito mesmo com um deles inoperante, para evitar que a assimetria dos manetes pudesse descontrolar o avião.

O comandante Lima, afirma a Airbus em sua defesa, colocou um dos manetes em posição errada, a de aceleração, o que fez o avião não parar logo depois de pousar. 

É a mesma conclusão a que chegou a Polícia Federal em relatório de 2009.

Sem provas


A Aeronáutica, que investigou o acidente, não achou provas que apontassem responsabilidade dos pilotos. Elencou apenas hipóteses: erro dos pilotos ou do projeto da aeronave, que não alertou a tripulação da assimetria.

A Airbus nega ter havido erro seu. E diz que o copiloto Di Sacco poderia ter visto a assimetria e avisado o comandante, mas não o fez. Contribuiu para isso a sua falta de experiência, segundo a fabricante.

Os erros dos pilotos foram possíveis, continua a Airbus, em razão do "ambiente permissivo e desorganizado na companhia aérea e pela desorganização administrativa em que se encontrava a aviação civil no Brasil -essas as concausas do acidente".

Nenhuma das envolvidas (Airbus, TAM, Infraero e Itaú) quis falar sobre o processo -a Infraero se resumiu a dizer que a pista de Congonhas estava e está em boas condições. 

Imagem: Editoria de arte/Folhapress

Fonte: Ricardo Gallo (UOL/Folha de S.Paulo)

Leia tudo sobre o desastre aéreo em Congonhas clicando AQUI.

Sala vip de aeroporto tem vinho e manicure, e custa até R$ 800 por visita

Sala vip da Star Alliance no terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos (SP).
O espaço tem cerca de 1.350 m² e pode acomodar até 295 pessoas.
Foto: Divulgação - Clique AQUI e veja mais fotos.

Quem viaja de avião na primeira classe ou na executiva tem, além de poltronas confortáveis, acesso a um benefício geralmente desconhecido dos demais passageiros. As companhias aéreas costumam dar, a esses clientes, entrada gratuita em salas vips em vários aeroportos pelo mundo, com direito a bebidas, petiscos e acesso à internet.

Mesmo quem não paga tão caro para viajar de avião, porém, pode ter acesso às salas vips ou lounges, como algumas vezes são chamados esses espaços. Nesse caso, é preciso pagar uma taxa, ser associado a um programa de fidelidade ou usuário de um cartão de crédito com anuidade cara.

Outra forma de entrar nas salas vips é pagando diretamente por isso, mas o preço pode chegar a R$ 800 por visita.

Veja onde estão e como ter acesso às salas vips


American Express

Onde estão as salas: aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos (SP), Santos Dumont (RJ) e Guararapes (PE). No exterior, salas em vários aeroportos. Quem pode usar: no Brasil, clientes dos cartões The Platinum Card, American Express Gold Card e Gold Corporate. No exterior, o acesso é limitado para associados ao The Platinum Card. 

MasterCard Black

Onde estão as salas: sala própria no Aeroporto de Guarulhos (SP) e salas Priority Pass em vários aeroportos pelo mundo. Quem pode usar: a sala de Guarulhos é acessada por clientes com cartões MasterCard Black; as salas Priority Pass podem ser usadas, no Brasil, por clientes com cartões Black, e, no exterior, por clientes com cartões Platinum.

oneworld

Onde estão as salas: em vários aeroportos pelo mundo. Quem pode usar: membro da oneworld nas categorias Emerald ou Sapphire; passageiros da primeira classe ou da classe executiva de qualquer companhia aérea membro da oneworld. Existem algumas exceções de acordo com a companhia aérea. 

Pritority Pass

Onde estão as salas: são mais de 700 em vários aeroportos pelo mundo. Quem pode usar: clientes do programa (Plano Standard: US$ 99 por ano, mais US$ 27 por cada visita; Standard Plus: US$ 249 por ano, com direito a dez visitas, mais US$ 27 por casa visita extra; Prestige: US$ 399 por ano, com visitas livres).

Smiles/Gol

Onde estão as salas: aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Quem pode usar: membros do Smiles Diamante ou Ouro, voando em voos da Gol; passageiro da classe Comfort da Gol. Clientes Prata ou Smiles também podem usar as salas pagando uma taxa (Prata: R$ 40 para voos domésticos e US$ 40 para internacionais; Smiles: R$ 40 e US$ 45).

Star Alliance

Onde estão as salas: vários aeroportos, entre eles os de Guarulhos (SP), Ezeiza (Buenos Aires, Argentina) e Los Angeles (EUA). Quem pode usar: passageiros que viajam na primeira classe ou na classe executiva de empresas que são membros da Star Alliance; clientes com status Star Alliance Gold (o status é adquirido de maneira diferente de acordo com a companhia aérea).

TAM

Onde estão as salas: aeroportos de Guarulhos (SP) e Santos Dumont (RJ). Quem pode usar: passageiros TAM Fidelidade Vermelho, Vermelho Plus e Black, LANPASS Premium Silver, Comodoro e Comodoro Black, passageiros que viajam com a TAM na Business Class, passageiros LAN da Premium Business, clientes oneworld Sapphire e Emerald.

Villa GRU

Onde está a sala: Aeroporto de Guarulhos (SP). Quem pode usar: qualquer passageiro que fizer reserva e pagar o valor de R$ 800.

Fidelidade a empresa aérea garante o benefício


Clientes dos programas de fidelidade das empresas aéreas passam a ter acesso às salas vips conforme vão voando e, assim, acumulando pontos.

A brasileira TAM, por exemplo, tem salas nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), que podem ser usadas por clientes com cartões TAM Fidelidade Vermelho, Vermelho Plus e Black, além de LANPass Premium Silver, Comodoro e Comodoro Black.

A Gol mantém salas vips do seu programa de fidelidade, o Smiles, nos aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Elas podem ser visitadas por passageiros das categorias Smiles Diamante e Ouro.

Para chegar à categoria TAM Vermelho Plus, por exemplo, é preciso acumular 50 mil pontos em voos da TAM ou das companhias associadas à oneworld dentro do período de 12 meses. Para se ter uma ideia, um voo de São Paulo a Nova York (EUA) pela TAM equivale a 5.000 pontos.

Clientes de alguns cartões de crédito também podem ter o benefício. A MasterCard tem uma sala especial em Guarulhos (SP) exclusiva para consumidores padrão Black. No Bradesco, esse cartão é voltado para quem tem renda superior a R$ 20 mil, e a anuidade custa R$ 790.

Os clientes dos cartões The Platinum Card (anuidade de R$ 1.200), American Express Gold Card (R$ 399) e Gold Corporate (R$ 250), da American Express, têm acesso a salas no Brasil e no exterior.

Alianças permitem acumular pontos mais rapidamente 


Associar-se a uma aliança, como a oneworld e a Star Alliance, é outra forma de abrir caminho para as salas vips.

Também nesses casos, é preciso viajar muito para conseguir alcançar as categorias mais exclusivas desses programas, que dão direito ao benefício. Mas a tarefa é mais simples, porque o consumidor acumula pontos viajando por qualquer companhia que integre a aliança.

Sala em Guarulhos é para qualquer viajante, mas custa R$ 800 por visita


Também é possível pagar diretamente para ter acesso às salas vips.

O Aeroporto de Guarulhos inaugurou, em abril deste ano, a Villa GRU. A sala é voltada para clientes de alto poder aquisitivo que viajam por qualquer companhia aérea, em qualquer classe. Mas o ingresso não é para qualquer um: custa R$ 800 por visita.

Outra opção é o Priority Pass. Como o nome diz, é um "passe" que dá ao cliente acesso a mais de 700 salas em vários aeroportos pelo mundo. O plano mais barato custa US$ 99 (cerca de R$ 222) por ano. Além dessa taxa, o consumidor precisa desembolsar mais US$ 27 (R$ 60) por cada visita que fizer a uma sala vip.

O plano mais caro custa US$ 399 (R$ 893) por ano e tem visitas livres, ou seja, o cliente não precisa pagar mais nada para usar as salas.

Poltronas de couro, chuveiros, manicure e vinho


As salas vips permitem que os passageiros usufruam de um conforto que dificilmente é encontrado nas áreas comuns dos aeroportos. Poltronas de couro, banheiros com chuveiro, petiscos e acesso gratuito à internet fazem parte dos serviços básicos oferecidos.

Em alguns casos, quem viaja de primeira classe pode entrar em áreas ainda mais exclusivas dentro das próprias salas, que dão direito a bebidas alcoólicas, como vinhos e champanhes, por exemplo. No Villa GRU, os diferenciais são os serviços de manicure e spa.

Mas nem sempre compensa pagar para ter acesso ao serviço, diz o fundador do site Melhores Destinos, Leonardo Marques. "As salas são interessantes principalmente para quem faz voos longos ou conexões demoradas. Mas, pelo preço cobrado, elas só compensam para quem viaja para o exterior pelo menos três vezes por ano", diz. 

As mordomias das melhores companhias aéreas do mundo


Serviço de bordo requintado, check-in facilitado, poltronas confortáveis. Esses são alguns dos motivos que levaram Emirates, Qatar, Singapore, All Nippon Airways (ANA) e Asiana a serem eleitas as melhores companhias aéreas do mundo no "Skytrax World Airline Awards". Clique AQUI e veja alguns dos diferenciais dessas empresas.

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Fonte: Aiana Freitas (UOL)