segunda-feira, 21 de março de 2022

Dois ficam feridos após avião monomotor fazer pouso forçado em Bragança Paulista

Segundo Corpo de Bombeiros, a aeronave perdeu potência e fez o pouso forçado dentro de um condomínio de luxo. As vitimas, uma aluna e um instrutor, foram socorridos para o Hospital Universitário São Francisco.

Avião faz pouso forçado e deixa dois feridos em Bragança Paulista (Foto: Filipe Granado/Jornal Em Pauta)
Duas pessoas ficaram feridas após o avião monomotor Piper PA-28-140 Cherokee, prefixo PT-BOK, da Charlie 0 - Aeronautical Training Center, fazer um pouso forçado na manhã desta segunda-feira (21) em um condomínio de luxo em Bragança Paulista (SP).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave perdeu potência e o piloto fez o pouso forçado dentro do condomínio. As vitimas são uma aluna e um instrutor.

Ela teve escoriações e ele teve um corte no nariz e apresentou dores na lombar. Eles estavam conscientes e foram socorridos pelos bombeiros e pelo Samu ao Hospital Universitário São Francisco (HUSF). O g1 apurou que ambos têm quadro estável.

(Foto: Celso Ricardo/Jornal Mais Bragança)
A aeronave de prefixo PT-BOK está em situação regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pertence à empresa de treinamento de voo Charlie 0. A aeronave tem licença para treinamentos e não tem autorização para operar táxi aéreo.

O que dizem empresa e o Cenipa


Procurada pela reportagem, a empresa Charlie 0 informou que a aeronave fazia um voo de instrução quando sofreu uma pane que exigiu o pouso forçado. Não há indícios do que pode ter causado a pane, segundo a empresa.

De acordo com o comunicado, os médicos investigam a possibilidade de fratura e analisam a necessidade de cirurgia.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), foi acionada e atuou no local.

Foram registradas fotografias e partes da aeronave foram levadas para análise. Não há um prazo para que a investigação seja concluída.


Via g1 Vale do Paraíba e Região e Mais Bragança

Infográfico: veja como foi a queda do avião na China e dados sobre a aeronave

Aeronave com 132 pessoas a bordo despencou 7.878 metros em 156 segundos. Queda aconteceu em Guangxi, região montanhosa no sul da China.


Queda de avião com 132 a bordo na China intriga especialistas: 'Do ponto de vista técnico, não deveria ter acontecido'

Acidentes na fase de cruzeiro do voo são mais raros e segurança da aviação chinesa está entre as melhores do mundo.

Foto de arquivo mostra Boeing 737-800, envolvido em acidente na China
(Foto: Hector Retamal / AFP)
A queda do avião Boeing 737-800 com 132 pessoas a bordo na China chamou a atenção de especialistas de aviação. Eles ressaltam que acidentes com a aeronave deste modelo são raros, ainda mais na fase de cruzeiro do voo — entre o final da subida da aeronave e o início da descida no aeroporto de destino. O histórico de segurança do setor aéreo do país também figura entre os melhores do mundo na última década.

— Normalmente, o avião está no piloto automático durante a fase de cruzeiro. Portanto, é muito difícil entender o que aconteceu. Do ponto de vista técnico, algo assim não deveria ter acontecido — disse à Reuters o especialista em aviação Li Xiaojin.

A Boeing apontou em um relatório divulgado no ano passado que apenas 13% dos acidentes comerciais fatais em todo o mundo entre 2011 e 2020 ocorreram durante a fase de cruzeiro, enquanto 28% dos acidentes com mortes ocorreram na aproximação final e 26% no pouso.

O 737-800 tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do modelo 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após acidentes fatais em 2018 na Indonésia e 2019 na Etiópia.

— A Administração de Aviação da China (CAAC, em inglês) tem regulamentos de segurança muito rígidos e só precisamos esperar por mais detalhes para ajudar a esclarecer a causa plausível do acidente — disse à Reuters Shukor Yusof, chefe da consultoria de aviação Endau Analytics, com sede na Malásia.

Destroços do avião Boeing 737 que caiu na China (Foto: Reprodução/CGTNOfficial)
Segundo as autoridades locais, o último acidente aéreo fatal na China foi em 2010, quando 44 das 96 pessoas a bordo de um jato modelo Embraer E-190 da Henan Airlines caiu próximo do aeroporto de Yichun, em uma situação de baixa visibilidade.

Especialistas também destacam que, embora bom, o sistema de aviação da China também é menos transparente do que o de países como os Estados Unidos e Austrália, onde os reguladores divulgam relatórios detalhados sobre incidentes não fatais. Conforme Greg Waldron, editor-chefe na Ásia da publicação Flightglobal.

— Isso dificulta ter uma noção da verdadeira situação das transportadoras chinesa. Há preocupação de que haja alguma subnotificação ou lapsos de segurança no país — lamentou.

Uso suspenso


A companhia aérea China Eastern Airlines, que operava a aeronave envolvida no acidente, suspendeu o uso todos os Boeing 737-800. A empresa acionou um mecanismo de resposta para emergências e enviou uma equipe de trabalho para o local do acidente.

Conforme a Administração de Aviação chinesa, o contato com a aeronave foi perdido quando ela sobrevoava a cidade de Wuzhou. Às 14h20, no horário local, o avião voava a uma altura de 8,8 mil metros. Dois minutos e 15 segundos depois, ele já estava a 2.700 metros de altitude, conforme dados do site de monitoramento Flightradar24. Vinte segundos depois, a altura já era de apenas 900 metros.

O presidente Xi Jinping pediu aos investigadores que determinem a causa do acidente o mais rápido possível e garantam a segurança "absoluta" da aviação, informou a emissora estatal CCTV.

Via O Globo e agências internacionais

Mais de 7.000 km/h: avião North American X-15 dos anos 1950 é o mais rápido da história

North American X-15 foi o avião mais rápido da história ao atingir 7.272 km/h
(Foto: Dilvugação/Nasa)
Um avião desenvolvido nos anos 1950 é o dono do recorde de velocidade em voo. O North American X-15 fez o seu primeiro voo em 1959, mas foi em outubro de 1967 que atingiu a sua velocidade máxima, chegando a 7.272 km/h. A marca equivale a 6,7 vezes a velocidade do som.

O North American X-15 é também o avião que chegou mais alto na história, atingindo a altitude de 107,9 quilômetros em relação ao nível do mar. A Força Aérea dos Estados Unidos considera que acima de 80 quilômetros o avião já entra no espaço.

Assim, os pilotos do North American X-15 que superaram essa marca receberam o título de astronautas. Doze pilotos comandaram em voo o avião mais rápido da história. Entre eles, está Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua. Ele fez sete voos a bordo do X-15 antes de sua histórica missão à Lua. 

Primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong foi um dos 12 pilotos do North American X-15
(Imagem: Smithsonian Institution)
O North American X-15 auxiliou o projeto espacial dos Estados Unidos em diversos aspectos. Era um avião de pesquisa para voos hipersônicos que ajudou a desenvolver diversas tecnologias. As informações obtidas com o programa X-15 contribuíram para o desenvolvimento dos programas de voos espaciais das naves Mercury, Gemini e Apollo, além do programa do ônibus espacial. 

Três unidades produzidas


Três aviões do modelo foram produzidos. Apesar das marcas superlativas, eles realizaram um total de apenas 199 voos entre 1959 e 1968. A primeira unidade voou sem nenhum incidente, enquanto a terceira foi destruída em uma queda após o piloto ficar desorientado na reentrada na atmosfera.

A aeronave responsável por atingir a maior velocidade da história foi a segunda a ser produzida. O avião teve de ser reconstruído após um acidente no pouso e teve sua capacidade de propulsão aumentada, o que permitiu que se tornasse o avião mais rápido da história. A aeronave recebeu a designação de X-15A2 e hoje está no Museu da Força Aérea da Base Aérea de Wright-Patterson, no estado de Ohio (EUA). 

Lançado em voo pelo B-52


Por causa do grande consumo de combustível de seu motor de foguete, o X-15 era lançado no ar de uma aeronave B-52 em voo a cerca de 45.000 pés (13,7 quilômetros) de altitude e a velocidades superiores a 800 km/h. Dependendo da missão, o motor fornecia empuxo para os primeiros 80 a 120 segundos de voo, quando atingia a velocidade e altitude máximas.

O North American X-15 precisava ser lançado em voo por um avião B-52
(Imagem: Smithsonian Institution)
O restante do voo, de oito a 12 minutos, era feito sem potência e terminava em um pouso planado com velocidade de aproximadamente 320 km/h. Como era um avião para testes e desenvolvimento de novas tecnologias, não havia a necessidade de percorrer grandes distâncias. 

Desafios do projeto


Por causa de sua capacidade de alta velocidade, o North American X-15 teve que ser projetado para suportar temperaturas aerodinâmicas de mais de 650 graus Celsius. Para resistir ao calor, a aeronave foi fabricada com uma liga especial de níquel de alta resistência chamada Inconel X.

O avião também enfrentou diversos desafios em relação à aerodinâmica e ao controle de voo em altitudes elevadas, já que o ar extremamente rarefeito dificultava a atuação das superfícies de comando. 

Para voar na região fora da atmosfera da Terra, o X-15 usou um sistema de controle de reação. Foguetes de impulso de peróxido de hidrogênio no nariz da aeronave forneciam controle de inclinação e guinada, enquanto os das asas forneciam controle de rotação. 

O desenvolvimento do X-15 começou em 1954 em um programa de pesquisa conjunta patrocinado pela antiga Naca, antecessora da Nasa, pela Força Aérea e pela Marinha dos Estados Unidos, em conjunto com a iniciativa privada. A North American foi selecionada como contratante principal para o projeto. 

O North American X-15 era um avião pequeno. Com capacidade para apenas um tripulante, a aeronave tinha 15,2 metros de comprimento, 3,9 metros de altura e 6,7 metros de envergadura.

Por Vinícius Casagrande (UOL)

Hoje na História: 21 de março de 1962 - Um urso negro chamado “Yogi” foi ejetado de um supersônico em voo teste

O urso Yogi e a capsula que ele usou durante o voo e a ejeção
Em 21 de março de 1962, um urso negro do sexo feminino de 2 anos chamado “Yogi” foi ejetado de um Convair B-58A Hustler supersônico pela Força Aérea dos Estados Unidos para testar a cápsula de escape da aeronave. 

Ejetado a 35.000 pés (10.668 metros) de um B-58 voando a Mach 1,3 (aproximadamente 870 milhas por hora / 1.400 quilômetros por hora), o urso pousou ileso 7 minutos e 49 segundos depois, no deserto do Texas. O pessoal técnico da Força Aérea correu para o local de pouso e abriu a tampa do casulo.

Testes anteriores com seres humanos resultaram em fatalidades, então foi decidido continuar com assuntos animais enquanto os problemas eram resolvidos. Os ursos negros ('Ursus americanus') foram usados ​​para esses testes porque seus órgãos internos são organizados de forma semelhante aos humanos.

Uma cápsula de fuga é lançada da posição de Oficial de Sistemas de Defesa
de um Convair B-58 Hustler (Foto: Força aérea dos Estados Unidos)
O foguete impulsionador carregou a cápsula 225 pés (69 metros) acima do B-58 antes de começar sua descida.

Infelizmente, embora os ursos tenham sobrevivido aos testes de ejeção, eles foram mortos para que seus órgãos pudessem ser examinados. Isso não seria aceitável hoje.

Aconteceu em 21 de março de 2011: Acidente do Antonov An-12 da Trans Air Congo

Em 21 de março de 2011, uma aeronave de transporte Antonov An-12 não aeronavegável da Trans Air Congo caiu em um bairro densamente povoado de Pointe Noire, na República do Congo, durante a aproximação final para aterrissar. Todos os quatro ocupantes da aeronave e 19 pessoas no solo morreram. Mais quatorze pessoas no terreno ficaram feridas.


O Antonov An-12BP, prefixo AN-AGK, da Trans Air Congo (foto acima), estava em um voo doméstico de carga de Brazzaville para o Aeroporto Pointe Noire, na República do Congo, com cinco passageiros e quatro tripulantes conforme informado. 

Por volta das 15h30, hora local, em 21 de março (14h30 UTC), durante a aproximação final à pista 17 do aeroporto, em condições meteorológicas relatadas como boas, a aeronave capotou invertida e caiu no solo no distrito de Mvoumvou, de Pointe Noire, explodindo em chamas. 


Quatro membros da tripulação estavam a bordo. Inicialmente, foi relatado que cinco passageiros 'ilegais' também estavam a bordo, mas posteriormente foi declarado que não era o caso. O uso do Antonov An-12 para o transporte de passageiros é proibido na República do Congo.

Houve relatos conflitantes sobre o número de mortos e feridos, com números de 16, 17, e 19 relatados. Em 23 de março, o prefeito de Pointe-Noire, Roland Bouiti-Viaudo, afirmou que 23 corpos foram recuperados até o momento. 


O número de feridos foi 14. Em 23 de março, a Agence Nationale de l'Aviation Civile du Congo divulgou uma atualização informando que apenas quatro tripulantes estavam na aeronave. Eles foram mortos, assim como 19 no chão.

Um vídeo do acidente mostra o Antonov rolando para estibordo e mergulhando invertido no solo. No vídeo, a aeronave parece estar configurada corretamente para o pouso, com trem de pouso e flaps estendidos, mas apenas os motores nº 1 e 2 parecem estar operando, deixando a fumaça característica. 


Uma falha de ambos os motores na mesma asa para o tipo de aeronave envolvido poderia levar à perda de controle , devido ao leme não ter autoridade suficiente para conter o empuxo assimétrico. 

A aeronave envolvida era um Antonov An-12 de construção soviética com registro congolês TN-AGK. Era equipada com quatro motores turboélice Ivchenko AI-20. Construída em 1963, a aeronave não estava mais em condições de aeronavegabilidade, segundo lista publicada em 2006 pela Organização de Aviação Civil Internacional.


Uma comissão mista foi criada pelo governo congolês para investigar o acidente. Os membros da comissão incluem membros do Governo, polícia e representantes da indústria da aviação na República do Congo.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, The Aviation Herald e baaa-acro.com)

Vídeo: Catástrofes Aéreas - Acidente com o voo 801 da Transbrasil

Aconteceu em 21 de março de 1989: Voo Transbrasil 801 - O fogo que veio do céu

Em 21 de março de 1989, o Boeing 707 que realizava o voo de carga 801 da Transbrasil a partir de Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, no Amazonas, para o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, caiu numa densamente povoada favela em Guarulhos, a 2 km de distância da pista. O acidente resultou na morte de todos os 3 membros da tripulação e 22 pessoas no solo, juntamente com mais de 200 feridos.

Leia o relato completo desse acidente clicando aqui

Aconteceu em 21 de março de 1931: O desaparecimento de Avro Ten Southern Cloud


O 'Southern Cloud' foi um dos cinco Avro 618 Ten que voavam em serviços aéreos diários entre cidades australianas para a Australian National Airways no início dos anos 1930.

Em 21 de março de 1931, o Avro Ten (Fokker F.VIIb/3m) Southern Cloud, prefixo VH-UMF, da Australian National Airways, partiu às 8h10 de Sydney para Melbourne, na Austrália. A bordo estavam seis passageiros e dois tripulantes, incluindo o piloto Travis "Shorty" Shortridge. As condições meteorológicas durante o percurso eram perigosas e muito piores do que o previsto. A aeronave nunca chegou ao seu destino e desapareceu.

Avro Ten Southern Cloud, prefixo VH-UMF, da Australian National Airways, envolvido no acidente
A Australian National Airways (ANA) foi uma das primeiras companhias aéreas comerciais, criação dos pioneiros da aviação Charles Kingsford Smith e Charles Ulm. Kingsford Smith era a versão australiana de Charles Lindbergh, piloto recordista e evangelista da aviação. 

Ulm, o parceiro de confiança de Kingsford Smith, acompanhou-o em muitos voos históricos, incluindo a travessia de 10 dias do Pacífico da América para a Austrália em 1928 em um tri-motor Fokker chamado Southern Cross.

Um avião irmão, o Southern Moon, repousa fora de um hangar da Australian National Airways 
O avião Southern Cloud era uma versão de produção licenciada do Fokker no qual o Southern Cross foi baseado, mas havia uma diferença crítica entre os dois. 

Para a viagem transpacífico, Kingsford Smith e Ulm tinham equipamento de rádio bidirecional e estavam em contato com navios e estações costeiras. O Southern Cloud, como a maioria dos aviões comerciais da época, não tinha rádio.

No dia de seu voo desastroso, o capitão Travis Shortridge e o aprendiz de piloto-engenheiro, Charles Dunell, guiaram o tromotor pela pista do Aeródromo Mascot de Sydney e para o céu com seis dos oito assentos ocupados. 

Entre os passageiros estavam Bill O'Reilly, um jovem contador que estava expandindo sua prática em Melbourne; Elsie May Glasgow, que estava voltando para casa depois de um feriado com sua irmã em Sydney; e o americano Clyde Hood, produtor de teatro. Para uma previsão do tempo, Shortridge contou com o Sydney Morning Herald daquele dia, que compilou seu relatório do tempo na noite anterior.

A cabine de passageiros do Southern Cloud
O avião estava no ar há uma hora quando um relatório meteorológico atualizado chegou à sede da companhia aérea em Sydney. A  nuvem do sul  foi direcionada para chuva forte, ventos fortes, nuvens baixas e condições ciclônicas. A única coisa que alguém no solo podia fazer, entretanto, era se preocupar. Sem rádio, o  Southern Cloud  estava inacessível.

Quando o avião não conseguiu chegar a Melbourne, uma busca massiva começou. Os voos da ANA foram suspensos para que os pilotos e aeronaves da linha pudessem percorrer uma ampla área ao longo da rota de voo esperada da  nuvem. 

A Real Força Aérea Australiana ajudou na busca por 18 dias que envolveu mais de 20 aeronaves. A ANA continuou por mais várias semanas. De áreas distantes, garimpeiros, crianças em idade escolar, pastores e até mesmo uma agente do correio da comunidade relataram ter visto ou ouvido o avião desaparecido.


O coproprietário da companhia aérea Charles Kingsford Smith juntou-se à busca e "pode ​​ter sobrevoado o local do acidente, mas com a aeronave queimada seria muito difícil distingui-la do ar e, portanto, a descoberta não foi feita".

Foi o primeiro grande desastre aéreo da Austrália. A Australian National Airways fechou mais tarde naquele ano como resultado desta e de outra derrota. Um filme inspirado no acidente, 'O Segredo dos Céus', foi lançado em 1934.

Tom Sonter, de 26 anos, operário de construção da Snowy Mountains Scheme, que estava aproveitando o tempo livre de seu trabalho em um projeto hidrelétrico patrocinado pelo governo, estava caminhando na área densamente florestada hoje conhecida como Parque Nacional Kosciuszko em 26 de outubro de 1958. 

Destroços do avião acidentado encontrados em 1958
Um caminhante enérgico e aficionado por fotografia, ele estava procurando um atalho de volta ao acampamento quando sua atenção foi atraída para um monte de terra que parecia fora do lugar.

“Havia um pequeno pedaço de aço cutucando as folhas das mudas”, diz Sonter, agora com 85 anos. O metal tinha o formato inconfundível da cauda de um avião. “Não falei uma palavra nem fiz nenhum som, mas meu cérebro gritou: 'É um avião'.”

O local do acidente foi em terreno montanhoso densamente arborizado dentro das Montanhas Snowy, cerca de 25 km (16 milhas) a leste da rota direta Sydney-Melbourne. As investigações concluíram que as condições meteorológicas severas no momento do voo provavelmente contribuíram para o acidente.

Um homem chamado Stan Baker tinha sido escalado para voar na viagem fatídica, mas cancelou e viajou de trem. Como resultado do desaparecimento da aeronave, ele nutria um medo permanente de voar - o que se provou justificável quando ele foi morto no acidente da Australian National Airways Douglas DC-4 em 1950.

No livro de Don Bradman, 'Farewell to Cricket', ele menciona que voou em Southern Cloud com o piloto Shortridge de Adelaide a Melbourne e depois a Goulburn não muito antes da tragédia. Ele descreveu a viagem como uma "jornada acidentada".

Carcaça do motor e outros destroços do avião acidentado

Os restos mortais encontrados no  local do acidente Southern Cloud foram enterrados na cidade de Cooma, onde o projeto de desenvolvimento hidrelétrico tinha sua sede.

Em 1962, a carcaça do motor da aeronave e alguns outros grandes pedaços de destroços foram montados em um pavilhão memorial, projetado para se assemelhar a uma asa de avião e instalado em um dos parques da cidade.

Pavilhão erguido na cidade de Cooma com partes e objetos encontrado no avião
Essa pode ter sido a última  história da  Southern Cloud, exceto que o local do acidente acabou como um destino de viagem de um dia em um guia de caminhada. 

Em 1984, os Frews, então professores e pais de duas crianças pequenas, leram sobre o local e decidiram fazer a caminhada até o local de descanso final do primeiro avião comercial do mundo a desaparecer. 

“Não sabíamos muito sobre o avião além de seu guia”, disse Catherine Frew, mas a família caminhou até o local.

Catherine Frew e sua família descem o caminho íngrime do memorial
Em seus 48 anos de casamento, Ron e Catherine Frew escreveram 10 livros juntos sobre uma ampla variedade de assuntos, desde mountain bike até a história da Primeira Guerra Mundial. Quando Ron Frew se tornou o presidente da Sociedade Histórica de Tumbarumba em 2004, ele e Catherine voltaram sua atenção para descobrir mais sobre a Nuvem do  Sul  e as pessoas afetadas pelo desastre.

“Nossa visão da história é esta: as pessoas são importantes”, Catherine me disse. “Não se trata apenas de encontros, são as pessoas envolvidas e suas histórias.” 

Os Frews falaram com as filhas e sobrinhas-netas e sobrinhos dos mortos no acidente e com aqueles que estavam por perto quando o local do acidente foi descoberto e, claro, com Tom Sonter. Eles organizaram jantares e reuniões memoriais e, em 2011, providenciaram para que aqueles descendentes (que eram fisicamente capazes) escalassem o local do acidente.

Ron Frew afirma que a exposição Southern Cloud no museu da Sociedade Histórica de Tumbarumba abriga o maior número de artefatos. Essa coleção continua a crescer à medida que os residentes da área encontram evidências em galpões e celeiros da caça de souvenirs que ocorreu após a descoberta do avião perdido.

No dia seguinte à minha visita ao museu, os Frews me levaram ao local do acidente. A partir do estacionamento na Floresta Kosciuszko, a trilha é uma superfície pavimentada de 11 quilômetros que leva a uma escalada de 30 minutos em terra íngreme. Não tenho certeza se alguém fazendo a escalada sem guia veria os destroços enferrujados, camuflados como estão pelo crescimento da floresta. O que se destaca, porém, é a folha de alumínio de mais de um metro de altura.

O memorial no local do acidente do Southern Cloud
Flores de porcelana rosa, o tipo às vezes visto em lápides, estão muito gastas, mas ainda empoleiradas no lado esquerdo inferior. Quando eu estava na Austrália, este memorial foi o último mistério associado à  Southern Cloud. 

“Ninguém parece saber quem ou quando isso foi colocado lá”, Catherine me disse. Ela o viu em 1984, quando ela e sua família fizeram a escalada pela primeira vez. Mas os visitantes anteriores não sabiam nada sobre isso. 

Embora ninguém hoje saiba quem o construiu e instalou, descobri que quem quase certamente o financiou foi o aventureiro australiano Dick Smith. Em 1983, Smith havia acabado de completar o primeiro voo de helicóptero solo ao redor do mundo, o que o colocaria no livro dos recordes e poliria sua reputação já estabelecida na Austrália.

Por Jorge Tadeu (com Air & Space, nma.gov.au /Wikipedia e ASN)

Corpos encontrados após queda de avião militar dos EUA na Noruega

(Sentido horário) Capitão Matthew J. Tomkiewicz, 27 (canto superior esquerdo), Capitão Ross A. Reynolds, 27, Sargento de artilharia. James W. Speedy, 30 e Cpl. Jacob M. Moore, 24 (Fotos: Twitter/ Instituto Naval dos EUA24)
Os corpos dos quatro fuzileiros navais que morreram na queda de um avião durante um exercício da Otan na Noruega foram recuperados e transportados para a cidade mais próxima, anunciou a defesa norueguesa neste domingo(20).

"Os quatro membros da tripulação foram recuperados do local do acidente por um helicóptero de resgate norueguês 330 Squadron Sea King. Os corpos permanecerão em Bodø (norte) até serem transportados para os Estados Unidos", disseram as forças armadas em comunicado. 

O avião do tipo Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais, com quatro americanos a bordo, desapareceu do radar na sexta-feira devido ao mau tempo, informaram os serviços de resgate locais.

(Foto: Lance Cpl. Elias E. Pimentel III/U.S. Marine Corps via AP)
O mau tempo complicou a operação de busca e resgate, que não pôde ser realizada no sábado. De acordo com as primeiras investigações, o avião se "chocou" contra a montanha.

A aeronave estava participando de uma missão de treinamento chamada "Cold Response", envolvendo 200 aeronaves e cerca de 50 navios.

Os exercícios, que durarão até 1º de abril, visam testar a capacidade da Noruega de receber reforços externos em caso de agressão de um terceiro país, nos termos do artigo 5º da Carta da Otan, que obriga seus membros a socorrer qualquer um dos seus signatários.

Via AFP e NY Post

Passageiro de avião morre após passar mal em voo internacional que foi desviado para o Recife

Segundo Azul Linhas Aéreas, voo AD8750, entre Campinas e Lisboa, foi desviado para a capital pernambucana, na noite de domingo (20), 'em função de uma emergência médica a bordo'.

Um passageiro passou mal em um avião Airbus A-330-900 da Azul Linhas Aéreas que saiu de Campinas, em São Paulo, para Lisboa, em Portugal e obrigou a aeronave a desviar a rota para o Recife. Segundo a companhia, mesmo com o atendimento médico de urgência, ele não resistiu e morreu.

Por meio de nota divulgada nesta segunda (21), a companhia aérea informou que o voo AD8750 foi desviado para o Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre, na noite de domingo (20), “em função de uma emergência médica a bordo”.

Ainda na nota, a Azul informou que o cliente recebeu os primeiros socorros durante o voo e após o pouso na capital pernambucana. A companhia lamentou “o ocorrido” e destacou que está “prestando toda a assistência necessária aos familiares”. O nome do passageiro não foi informado pela companhia aérea.

Também por meio de nota, a Aena, empresa responsável pela administração do Aeroporto do Recife, informou que o avião a foi desviado para atendimento médico de um passageiro que passou mal a bordo. A Aena também informou que mais informações poderiam ser obtidas com a companhia aérea.

Aeroporto Internacional do Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)
Por meio de nota, a Polícia Federal em Pernambuco (PF) informou que o avião chegou ao Recife às 23h50. O passageiro que passou mal e morreu era um português de 75 anos.

Ainda de acordo com a PF, a ocorrência foi registrada. Caso fique constatado óbito por causas naturais, ela será arquivada. Caso contrário, a corporação iniciará uma investigação por meio de inquérito policial.

O corpo do português foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), na Zona Oeste do Recife.

A PF disse que o seguro foi acionado e o translado do corpo está sendo providenciado. O avião seguiu viagem para Lisboa por volta da 1h desta segunda.

Via g1

Os segundos finais do voo MU5735 da China Eastern Airlines

 

China Eastern Airlines suspende voos com mesmo modelo de avião que caiu

O avião tinha seis anos de atividade e era um Boeing 737-89P, um dos mais comuns do mundo.


A China Estern Airlines suspendeu todos os voos com o mesmo modelo de aeronave daquele que caiu na manhã desta segunda-feira com 132 passageiros a bordo, noticia a televisão estatal chinesa.

O avião tinha seis anos de atividade e era um Boeing 737-89P, um dos mais comuns do mundo, informa o The Guardian.

De acordo com a agência oficial de notícias chinesa, Xinhua, os bombeiros de Wuzhou enviaram para o local 117 operacionais e 23 viaturas, tendo ainda mais 538 bombeiros de outras partes de Guangxi ido para o terreno.

A jornalista da ITV News na Ásia escreveu no Twitter que "a dimensão do incêndio revela poucas hipóteses de encontrar sobreviventes", publicando algumas imagens.

Boeing 737-800 tem bom histórico de segurança de voo

O Boeing 737-89P, prefixo B-1791, da China Eastern Airlines, envolvido no acidente, no
aeroporto Guangzhou Baiyun, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto: Jueyu Tang / JetPhotos)
Um avião Boeing 737 da China Eastern caiu nesta segunda-feira (21) no sul da China, segundo a agência de aviação civil do país.

O modelo era um Boeing 737-800 que estava em operação há 6 anos, de acordo com o Flightradar24. A aeronave transportava 132 pessoas de Kunming para Guangzhou.

O modelo 737-800 tem bons registros de segurança. Ele não é do mesmo modelo que o Boeing 737 MAX, responsável por dois grandes acidentes, em 2018 na Indonésia e em 2019 na Etiópia. O modelo 737 MAX não está em operação na China há mais de 3 anos.

O histórico de segurança na indústria aérea da China está entre os melhores do mundo. Segundo Aviation Safety Network, o último acidente fatal envolvendo um jato foi em 2010, quando 44 pessoas morreram na queda de um jato Embraer E-190 da Henan Airlines, que caiu por baixa visibilidade ao se aproximar do aeroporto de Yichun.

Em 1994, um trimotor Tupolev Tu-154 da China Northwest sofreu um acidente após a decolagem, matando todos os 160 passageiros que estavam a bordo, sendo o maior desastre aéreo da China segundo a Aviation Safety Network.

Fotos do avião da China Eastern Airlines após a queda na China

 

Imagens de destroços do avião divulgados pela tv estatal chinesa (Foto: CGTN)
Imagens de destroços do avião divulgados pela tv estatal chinesa (Foto: CGTN)
Equipes de emergência se preparam para viajar para o local de um acidente de avião perto de Wuzhou, na região autônoma de Guangxi Zhuang, no sudoeste da China, nesta segunda-feira (21) (Foto: CCTV via AP)
Equipes de emergência viajam para o local de um acidente de avião perto de Wuzhou, na região autônoma de Guangxi Zhuang, no sudoeste da China, nesta segunda-feira (21) (Foto: CCTV via AP)

Funcionário da China Eastern segura uma placa esperando para levar parentes das vítimas do voo MU5735 da China Eastern para uma área isolada, no Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun em Guangzhou, capital da província de Guangdong, no sul da China, nesta segunda-feira (21) (Foto: Chinatopix Via AP)
Pessoas se sentam em uma área temporariamente isolada para os parentes das vítimas do voo MU5735 da China Eastern, no Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun em Guangzhou, capital da província de Guangdong, no sul da China, nesta segunda-feira (21) (Foto: Chinatopix Via AP)

Avião da China Eastern Airlines com 132 pessoas a bordo cai na China

Um Boeing 737, da China Eastern Airlines, ia de Kunming e Guangzhou e caiu na região montanhosa de Guangxi, no sul.

Imagem estática de câmera de segurança mostra a queda vertical do avião
O Boeing 737-89P(WL), prefixo B-1791, da China Eastern Airlines, caiu nesta segunda-feira (21) no sul da China, segundo a agência de aviação civil do país. 

A aeronave realizando o voo MU-5735 de Kunming para Guangzhou (China) com 123 passageiros e 9 tripulantes a bordo, estava em rota a 8900 metros/FL291 cerca de 130nm a oeste de Guangzhou se aproximando do topo da descida quando a aeronave de repente perdeu altitude e atingiu o solo a cerca de 119 nm a oeste de Guangzhou em terreno montanhoso. Uma operação de busca e salvamento está em andamento. Ainda não há informação sobre o número de vítimas.


O vídeo abaixo, obtido pela agência Newsflare com um veículo da imprensa local, mostra o momento em que a aeronave despenca do céu. O vídeo foi obtido pela agência Newsflare e divulgado pela Reuters. A Newsflare informa que a imagem é de câmera de segurança da empresa de mineração Wuzhou Beichen Mining, instalada a 5,8 km do local da queda do avião, e foi obtido pela imprensa local chinesa.


A queda aconteceu em Guangxi, região montanhosa no sul da China, e provocou um incêndio nas montanhas, segundo a TV estatal chinesa. A agência de aviação civil da China confirmou o episódio e informou que o voo fazia a rota entre as cidades de Kunming e Guangzhou.


A aeronave, um Boeing 737-800, tem bom histórico de segurança de voo. A Boeing informou que está coletando mais informações com autoridades locais para iniciar uma investigação sobre o caso.


A TV estatal chinesa informou que a operação de resgate está a caminho do local (veja vídeo no início da reportagem). A emissora havia divulgado inicialmente que o avião transportava 133 pessoas, mas depois corrigiu para 132. Desse total, nove fazem parte da tripulação da aeronave. A queda aconteceu por volta das 14h30 no horário local.

A China Eastern Airlines colocou seu site em preto e branco, como costuma fazer quando há acidentes envolvendo seus aviões.

Site da China Eastern Airlines em preto e branco, com a companhia faz quando
há acidentes envolvendo seus aviões (Imagem: Reprodução/ site da companhia)
A aeronave, um Boeing 737-800, tinha seis anos, de acordo com o site Flight Radar, que monitora voos em todo o mundo. Ainda segundo o site, o avião perdeu contato com as torres quando sobrevoava a cidade de Wuzhou, no sul do país.

No momento, o voo estava a uma altitude de aproximadamente 8.870 metros. Apenas 15 segundos mais tarde, a altitude registrada pelo Flight Radar caiu para 2.766 metros e, 20 segundos depois, para apenas 900 metros.


A aviação civil da China é considerada uma das mais seguras do mundo, e o último acidente no país ocorreu em 2010, quando 44 pessoas morreram na queda de um Embraer E-190, da Henan Airlines, quando o voo se aproximava do aeroporto de Yichun.

As ações da Boeing caíram 8% nesta segunda-feira (21) após a notícia.

Por Jorge Tadeu (com g1, The Aviation Herald e flightradar)