sexta-feira, 17 de junho de 2011

Iron Maiden: Bruce Dickinson promove segurança nos aviões

Vocalista da banda britânica também é piloto
Bruce Dickinson, vocalista da banda britânica Iron Maiden, gravou um vídeo de segurança para a Autoridade para a Aviação Civil no Reino Unido. O músico é também piloto de aviões: "Olá, eu sou o Bruce Dickinson e estou neste vídeo para dizer para vocês que a carga que levam para um avião pode fazer a diferença quanto à segurança durante o voo", diz o cantor.

Veja o vídeo abaixo:


Fonte: blitz.aeiou.pt

FAB alerta para risco de acidentes com balões durante festas juninas

Entre maio de julho, crescem 40% casos de balões perto de aeroportos.

Maiores registros são em Cumbica e Campinas (SC) e Galeão (RJ).

Entre os meses de maio e julho, crescem mais de 40% o número de comunicados mensais de aeroportos e pilotos de aviões brasileiros sobre a proximidade ou risco de colisão com balões nos céus do Brasil.

A informação é da Aeronáutica, que demonstra preocupação com acidentes graves que possam envolver balões e aeronaves, como um caso registrado em Jundiaí, no interior de São Paulo, no último dia 13, quando um avião fez manobras próximo a um balão em chamas.

“Nesta época de festas juninas e religiosas, São Pedro, São João, Nossa Senhora de Fátima, as pessoas costumam soltar muitos balões, e aumentam os riscos de colisão com helicópteros e aeronaves. Pode ocasionar um algo grave, até com a explosão. É uma brincadeira que pode gerar acidentes de grandes proporções”, disse ao G1 o tenente-coronel Carlos Antônio Motta de Souza, responsável pelo programa de Perigo Baloeiro do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

“Os balões são pesados e podem medir até 30 metros. Se chegam a colidir com uma aeronave, podem impedir a visibilidade, encobrir o pára-brisa, provocar a perda de controle e causar danos graves no avião e no motor”, acrescenta o oficial.

“Vamos supor que um balão de 15 quilos, que é um balão pequeno, colida com um avião que esteja voando a uma velocidade de 300 km/h. O impacto vai ser em torno de 3,5 toneladas. Ma se esse balão tiver um peso de 50 quilos e a colisão ocorrer com um avião a 400 ou 450 km/h, o impacto já sobe para cerca de 100 toneladas. É um impacto muito grande que com certeza vai derrubar essa aeronave e causar um acidente de grandes proporções”, compara ele.

Dados da Infraero, empresa que administra os aeroportos, apontam que, em 10 anos, entre 1993 e 2004, foram registradas 8 colisões entre aeronaves e balões no ar.

Pelos dados do Cenipa de 2010, os piores registros são nos aeroportos de Congonhas, Cumbica e Campinas, todos em São Paulo, e no Aeroporto Internacional de Galeão, no Rio de Janeiro.

No ano passado, 18 balões foram avistados por aeronaves próximos ao aeroporto de Congonhas, com risco de colisão. Em Cumbica, foram 52 casos, conforme a Aeronáutica. O aeroporto de Campinas registrou em 2010 outros 27 casos de risco de colisões . No Galeão, foram 19.

O coronel não lembra de nenhum acidente grave no espaço aéreo brasileiro desde que o Cenipa começou a monitorar a situação. Em terra, o acidente de maior gravidade ocorreu em 31 de maio de 1998, quando um balão caiu sobre um avião que estava taxiando para decolar no aeroporto de Cumbica. “O balão caiu encima da aeronave e houve um princípio de incêndio com explosão”, diz o coronel.

A Aeronáutica trabalha na prevenção das tragédias junto aos órgãos de segurança pública dos estados para evitar que balões sejam soltos. “Soltar balão é crime e fazemos campanhas junto à população para prevenir”, diz Souza.

Fonte: Tahiane Stochero (G1)

Valor da multa da Anac para pilotos do Legacy é de R$ 3,5 mil

A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou, nesta quinta-feira (16), o valor das multas aplicadas contra os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino e a empresa ExcelAir, dona do jato Legacy que se chocou com o avião da Gol em setembro de 2006, matando 154 pessoas. O processo é direcionado ao piloto Lepore, que era o comandante do jatinho no momento da colisão aérea, e à tripulação, no caso, Paladino. Ele terá de pagar o valor de R$ 3,5 mil por falta de documentos. A decisão da Anac também prevê multa de R$ 7 mil para a ExcelAir. Cabe recurso da decisão.

Segundo a Anac, o valor das multas não tinham sido divulgados anteriormente porque só agora, nesta segunda-feira (13), que o recurso da defesa dos pilotos e da empresa aérea foram analisados e negados. A punição foi mantida e só a partir deste momento que a multa passou a ter aplicabilidade.

Ainda de acordo com a Anac, a defesa dos pilotos e da ExcelAir poderão entrar com novo recurso em dez dias. O prazo passa a valer a partir do recebimento da multa pelo correio. A agência informou ainda que o teto de multa administrativa passível de aplicação em processos administrativos é de R$ 10 mil. A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do voo 1907 contesta a informação, dizendo que o teto de multas pode chegar a R$ 200 mil.

Revolta

De acordo com a associação, a Anac havia sinalizado para o advogado Dante D’Aquino, que representa a entidade, que a pena contra a tripulação do Legacy poderia incluir a restrição de pilotar em espaço aéreo brasileiro e um pedido para a Federal Aviation Administration (FAA), órgão norte-americano que regulamenta a aviação civil, para que o brevê de Paladino e de Lepore fosse cassado para uso no Brasil. Com a decisão, os dois pilotos podem voar em espaço aéreo brasileiro.

Os familiares das vítimas demonstraram indignação com os valores das multas. "O valor é uma piada. A ANAC, durante o processo, sempre nos disse que iria tomar medidas efetivas, falando em valores expressivos na aplicação das multas e também na proibição de os pilotos voarem em espaço aéreo brasileiro. Além disso, o órgão disse que faria uma recomendação à FAA (agência similar à ANAC nos Estados Unidos) pra que cassassem o brevê deles", disse Rosane Gutjahr, diretora da associação.

D’Aquino também disse ter ficado surpreso com o baixo valor da punição. "Jamais iremos nos conformar com uma penalidade de R$ 3,5 mil para uma conduta que ocasionou a morte de 154 pessoas."

Processo administrativo

A Anac informou que a autuação não tem relação com os processos sobre o acidente que correm na Justiça Federal de Mato Grosso e na Justiça Militar. A decisão, ainda segundo a agência, não indica que a Anac considere os pilotos inocentes ou culpados no acidente com o Boeing da Gol.

De acordo com a Anac, trata-se de uma punição administrativa pela falta do Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM), um documento que comprova que a empresa está autorizada a voar em determinada altura.

Fonte: Glauco Araújo (G1)

Anac multa pilotos do Legacy por falta de documento em acidente em 2006

Decisão permite que Lepore e Paladino voem em espaço aéreo brasileiro.

Eles não são considerados culpados pela colisão com Boeing, diz agência.

Pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino estavam no jato Legacy
A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu, nesta segunda-feira (13), multar, por falta de documentos, os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino e a empresa ExcelAir, dona do jato Legacy que se chocou com o avião da Gol em setembro de 2006, matando 154 pessoas. Cabe recurso.

De acordo com a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do voo 1907, a Anac havia sinalizado para o advogado Dante D’Aquino, que representa a entidade, que a pena contra a tripulação do Legacy poderia incluir a restrição de pilotar em espaço aéreo brasileiro e um pedido para a Federal Aviation Administration (FAA), órgão norte-americano que regulamenta a aviação civil, para que o brevê de Paladino e de Lepore fosse cassado para uso no Brasil. Com a decisão, os dois pilotos podem voar em espaço aéreo brasileiro.

O valor da multa não foi divulgado pela Anac. A autuação não tem relação com os processos sobre o acidente que correm na Justiça Federal de Mato Grosso e na Justiça Militar. A Anac informou que a punição não indica que a agência considere os pilotos inocentes ou culpados no acidente com o Boeing da Gol.

De acordo com a Anac, trata-se de uma punição administrativa pela falta do Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM), um documento que comprova que a empresa está autorizada a voar em determinada altura.

Os advogados de defesa dos pilotos e da empresa aérea entraram com recurso após a decisão preliminar, de abril deste ano, em autuar os três. O recurso foi analisado pela Anac, que manteve a punição.

A direção da associação de familiares informou que frustrou as famílias, que esperavam pelo impedimento para os pilotos norte-americanos atuarem em espaço aéreo brasileiro. "O reconhecimento das falhas por parte da Anac é de suma importância para nós, mas pedimos uma punição efetiva no sentido de cassação do brevê dos pilotos. Só uma multa não resolve e vai contra o que, até agora, a Anac estava sinalizando como punição mais firme contra os pilotos", disse Rosane Gutjahr, que perdeu o marido no acidente aéreo e é diretora da associação.

Sumiço de pertences

A Justiça Federal definiu a data da audiência do processo que apura o sumiço de pertences das vítimas do acidente do Gol. As testemunhas vão prestar depoimento em 23 de agosto, na 20ª Vara Federal.

Uma das testemunhas é Maurício Saraiva, que perdeu a mulher no acidente com o Boeing da Gol. Alguns dias após o acidente, antes mesmo de o corpo ser encontrado, ele recebeu uma ligação do celular da esposa. "Me chamaram de Pretinho, que era como ela me chamava. A pessoa, do outro lado da linha, disse que havia recebido o celular para consertar, lá no Rio de Janeiro", disse.

Fonte: Glauco Araújo (G1) - Foto: Reprodução/TV Globo

Novo avião da Boeing vai cruzar o Atlântico usando biocombustível

O novo avião 747-8 da norte-americana Boeing, modelo cargueiro, vai atravessar o oceano Atlântico este fim-de-semana com biocombustível nos seus depósitos. O aparelho será apresentado na feira aeronáutica internacional de Le Bourget, nos arredores de Paris.


O avião, com motores fabricados pela General Electrics, vai fazer a viagem com uma mistura de 15 por cento de biocombustível – fabricado a partir da planta camelina, cultivada em Montana e processada pela Honeywell's UOP - e 85 por cento de querosene tradicional, revelou ontem o fabricante, em comunicado.

“A Boeing não precisa fazer quaisquer alterações ao avião, aos motores ou aos procedimentos operacionais antes da descolagem” para utilizar biocombustível, garantiu.

O 747-8 deverá chegar ao aeroporto de Le Bourget às 15h00, depois de uma viagem de 8029 quilómetros. Este avião, que entrará ao serviço no Verão, estará em exposição na feira aeronáutica de Le Bourget nos dias 21 e 22 de Junho. Depois, deverá viajar até ao Luxemburgo, para uma visita de dois dias. O primeiro dos novos aviões será entregue à companhia luxemburguesa Cargolux.

“Este voo histórico é um incentivo aos esforços da aviação para reduzir as emissões de dióxido de carbono e para melhorar a eficiência energética em todas as fases da nossa indústria”, comentou Elizabeth Lund, vice-presidente para o Desenvolvimento de Aviões Comerciais da Boeing.

A empresa explica que a ASTM International, organismo que regulamenta os combustíveis para a aviação na América do Norte, aprovou recentemente uma alteração às especificações actuais de forma a incluir combustíveis com origem biológica. Assim, passará a ser possível usar estes novos combustíveis sem uma licença especial.

Fonte: Helena Geraldes (Publico.pt) - Foto: Anthony Bolante/Reuters/arquivo

Empresa lança helicóptero-avião capaz de voar a mais de 400 km/h

Um helicóptero híbrido capaz de voar a mais de 400 km/h deve ser uma das atrações do Salão Aéreo de Paris, entre 20 e 26 de junho.


Por ser uma aeronave que voa tão rápidamente quanto um avião, mas com a manobrabilidade de um helicóptero, os fabricantes do Eurocopter X3 o estão chamando de "divisor de águas".

A Eurocopter diz que o X3 pode ser usado para operações de busca e resgate e qualquer outra missão em que a velocidade seja primordial.

Além das hélices horizontais que possibilitam a decolagem e pouso verticais, o híbrido tem também duas turbo-hélices montadas em pequenas asas que permitem velocidades acima de 400 km por hora. Muito mais rápido que helicópteros comuns.


Fonte: Terra - Foto: Divulgação

Aeroclube de Bauru (SP) recebe aviões apreendidos

As três aeronaves foram doadas pela Polícia Federal e serão utilizadas para as aulas do curso de mecânica de aviação

Para muitos, sucata é sinônimo de algo velho e que não possui mais qualquer utilidade. Entretanto, esse conceito mudou no Aeroclube de Bauru após a doação de três aviões apreendidos pela Polícia Federal (PF). As aeronaves, que estão sucateadas, serão bastante úteis e representarão um diferencial ao curso de mecânica de aviação no local.

Os aviões doados foram construídos na década de 70 e são dos modelos Sertanejo - com capacidade para quatro pessoas - e um Navajo - para oito. “Eram aeronaves executivas, que foram apreendidas pela Polícia Federal pelo envolvimento com o crime, provavelmente contrabando. Após ficarem apreendidas por muito tempo, acabaram ficando sucateadas”, explica o responsável técnico de manutenção do Aeroclube, Paulo Francisco da Silva.

Ele explica ainda que as aeronaves não possuem qualquer condição de voltar a voar, porém, informa que terão imensa utilidade em solo. Desde o começo desta semana, as aeronaves já passaram a ser utilizadas nas aulas do curso de mecânica de aviação realizadas no Aeroclube, que é autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para Paulo Francisco, os alunos irão poder “desmontar e montar” esses aviões e, com isso, haverá melhorias qualitativas no processo de formação. “Nunca tivemos um avião completo para isso. Os alunos podem ver as estruturas, trens de pouso, motores e tudo mais. É muito importante que tenham contato com tudo o que aprendem nos livros”.

O responsável técnico de manutenção do Aeroclube complementa que “esses aviões trarão um diferencial ao curso de mecânica, pois, pelo custo, quase nenhum curso possui uma aeronave para ser analisada na prática”.

O curso de mecânica é realizado em 20 meses e dividido em três módulos: básico, habilitação em célula (CEL) e habilitação em grupo motopropulsor (GMP). A turma atual, que já é a quarta, está no segundo módulo das aulas.

Para o professor do curso, José Renato Andreoli, a aquisição dos três aviões representará um ganho qualitativo no ensino. “Quando o curso termina, os alunos precisam fazer um estágio de três anos em uma oficina de aviação. É lá que muitos entram em contato com os aviões de verdade. Essa vai ser uma oportunidade para que conheçam as estruturas e mexam nelas durante as aulas mesmo”.

Finalizado o curso, há uma prova teórica e um teste prático da Anac, conhecido como “check”. Na avaliação, o candidato precisa inspecionar uma determinada aeronave de acordo com todos os itens indicados no manual do fabricante. “Com essa experiência, eles estarão mais preparados para a prova”, completa o professor.

Informação

Quem comemorou bastante a doação das três aeronaves foi o aluno do curso José Hygino, 24 anos. O jovem, que se formou em dezembro do ano passado em engenharia mecatrônica, veio fazer o curso em busca de mais informações técnicas.

“Podendo trabalhar nesses aviões, tenho certeza que vou conseguir muito mais esse complemento de informação que vim buscar. É exatamente essa prática que eu queria. Na faculdade, vemos muitos cálculos e, por isso, quis fazer esse curso. Para conhecer esse ambiente”, conta Hygino.

Alex Sandro Murari, 31 anos, já trabalha como auxiliar mecânico de aviação. Ele conta que já fez vários outros cursos menos aprofundados, porém, todos bastante teóricos. “Sempre senti essa falta. Nos cursos, vemos muitas coisas nos livros. Mas, quando entramos em uma oficina é bem diferente. Então, é muito bom já ver e saber mexer nesses aviões que foram doados”, finaliza.

Mercado de trabalho

Para os mecânicos de aviação, o mercado de trabalho na área é bastante positivo. Segundo eles, além dos grandes eventos sediados no Brasil nos próximos anos - Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016 -, a mão-de-obra ainda é escassa.

“A formação de mecânicos de avião é muito pequena. Então, falta mão-de-obra na área. Quem se formar, terá muitas oportunidades no mercado de trabalho”, conta o responsável técnico de manutenção do Aeroclube, Paulo Francisco da Silva.

Para o professor do curso de aviação mecânica, José Renato Andreoli, “a expansão das empresas aéreas e o aumento das pessoas que utilizam o avião como meio de transporte trazem consequência ao setor de mecânica e também ampliam o mercado de trabalho. Por isso é importante uma formação de qualidade”.

Fonte: Vitor Oshiro (jcnet.com.br) - Foto: www.aeroclubebauru.com.br

Desempenho do avião contribuiu para acidente da Air France

Essa é argumentação de ação simultânea de dois escritórios, um no Brasil e outro na França, responsabilizando a Air France e o Airbus A330 pelo acidente

Gelo acumulado nas sondas pitots teria provocado súbita parada do avião


O design e o desempenho do Airbus A330 que fazia o trecho Rio-Paris teriam tido um papel decisivo e não-negligenciável nos acontecimentos que levaram à catástrofe. Essa é argumentação de ação simultânea de dois escritórios, um no Brasil e outro na França, responsabilizando a Air France e o Airbus A330 pelo acidente.

Os escritórios franco-brasileiros Martin-Chico Internacional e Azevedo Sette Advogados impetraram a ação contra a Air France e a Airbus no último dia 20 de maio, na corte de Toulouse, na França, em regime de urgência. Foram analisados os dados transmitidos à Air France pelo sistema ACARS nos quatro últimos minutos antes do desaparecimento do voo AF 447, no dia 1º de junho de 2009. Segundo os advogados da causa, a teoria a respeito da catástrofe é inédita e contrapõe o Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, na sigla em francês) sobre o assunto.

Outro ponto defendido é que as mensagens revelam uma sequência importante de disfunções críticas na zona de turbulência e isso teria deixado o avião sem controle e em despressurização acelerada.

Os pilotos teriam agido 'às cegas', já que os ADIRU, elementos indispensáveis para a navegação segura do Airbus 330, puseram o avião em "alternate mode". Nesse modo, os pilotos não tinham informações básicas como o direcionamento, altitude do avião, limites de manobra e, em geral, sem muitas das proteções disponíveis na aeronave.

A defesa das famílias das vítimas reforça ainda mais sua teoria quando analisa outros elementos relacionados ao acidente como a dispersão grande dos corpos nus das vítimas, dos escombros do aparelho e a certificação de que houve mortes antes do contato com a água. "De acordo com esses estudos, a despressurização grave poderia ter sido resultada de um desprendimento do estabilizador vertical que poderia ter provocado um a explosão acarretando a destruição de parte da fuselagem", analisam os advogados em nota.


A estrutura teria tido um papel fundamental que colaborou para o acidente. "O mau funcionamento das sondas Pitot (imagem acima) já era conhecido há dez anos, assim como a fragilidade estrutural da fixação do estabilizador na fuselagem dos aviões da Airbus", defendem os escritórios franco-brasileiros Martin-Chico International e Azevedo Sette Advogados.

Fonte: Agência Estado via Exame.com

Corpos de vítimas do voo 447 chegam à capital francesa

Os corpos de 104 das 228 vítimas do acidente com o voo 447 da Air France, ocorrido há dois anos, chegaram nesta sexta-feira à capital francesa, onde acontecerá um longo processo de identificação.

Os três primeiros caminhões funerários chegaram por volta das 9h locais (4h de Brasília) ao Instituto Médico Legal (IML) de Paris, onde estavam alguns familiares das vítimas.

Escoltado por policiais, furgão com parte dos restos mortais das vítimas do voo 447 chega a Paris

Os contêineres com os corpos foram transportados por estrada durante a noite a partir de Bayonne, sudoeste da França, onde chegaram na quinta-feira a bordo do navio "Ile-de-Sein", que também transportou destroços do avião.

O IML será responsável pelos exames técnicos e das arcadas dentárias, assim como pela extração de mostras de DNA, que possibilitarão a identificação das vítimas.

As operações mobilizarão três médicos legistas, dois radiologistas e dois ortodontistas.

Cinquenta corpos haviam sido encontrados após o acidente, que aconteceu em junho de 2009. Assim, mais de 70 permaneceram no fundo do oceano.

"A comissão de identificação validará (...) este trabalho de identificação para permitir que as famílias de recebam e enterrem seus mortos", disse uma fonte policial.

"Será preciso estabelecer pelo menos uma semana, ou até duas, antes de apresentar elementos", segundo o comando da polícia, para quem "o objetivo é entregar o quanto antes e o mais rápido possível os corpos às famílias".

O chefe do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar Nacional, François Daoust, havia estimado no dia 13 de junho que o trabalho de identificação levaria "semanas, e até meses".

O processo de identificação divide as famílias. Já indignadas no final de maio com o "desenrolar caótico da investigação técnica, elas têm opiniões divergentes sobre a decisão da justiça de resgatar seus entes para identificação.

"A operação suscitou polêmica, já que alguns queriam e outros não. Tínhamos pedido à juíza que indicasse em quais condições de dignidade o resgate dos corpos seria organizado", explicou o vice-presidente da Associação Ajuda Mútua e Solidariedade AF447, Robert Soulas.

Dados

Quase dois anos após a queda do avião que fazia o voo 447, o BEA divulgou no último dia 27 de abril os primeiros dados registrados nas caixas-pretas.

O relatório aponta que o avião caiu por 3 minutos e 22 segundos antes de tocar a superfície do oceano a uma velocidade de cerca de 200 km/h.

Segundo o BEA, o relatório descreve "de maneira factual a sequência dos acontecimentos que levaram ao acidente". As primeiras análises definitivas serão apresentadas somente no fim de julho. "Só depois de um trabalho longo e minucioso de investigação é que as causas do acidente serão determinadas e as recomendações de segurança serão emitidas, o que é a principal missão do BEA", informou o órgão.

Fonte: AFP via Folha.com / Foto: Fred Dufour (France Presse)