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domingo, 23 de março de 2025

Curiosas cenas mostram avião Embraer 195-E2 envolto por diversos dutos

Cena do vídeo apresentado abaixo
Uma empresa especializada em prevenção de mofo e corrosão publicou um vídeo mostrando como ela faz para proteger as aeronaves Embraer 195-E2 da KLM Cityhopper, enquanto elas estão estocadas por causa do problema com os motores Pratt & Whitney.

“Já se perguntou como manter uma aeronave em perfeitas condições, mesmo durante armazenamento prolongado?”, questiona a empresa Cocoon Holland B.V., ao publicar o seguinte vídeo:


Na legenda do vídeo, a empresa explica o seguinte:

O armazenamento de aeronaves não se trata apenas de estacionar um avião – é sobre preservar sua integridade para operações futuras. Desde a Primeira Guerra Mundial, as pessoas aprenderam que apenas colocar as coisas em qualquer lugar resulta em nunca mais poder usá-las novamente.

Aqui estamos nós, no local, instalando nosso Sistema de Armazenamento Cocoon – garantindo que os componentes críticos deste Embraer permaneçam secos, livres de corrosão e prontos para ação a qualquer momento.

O Sistema de Armazenamento Cocoon é um sistema que permite que equipamentos valiosos sejam armazenados, por assim dizer. Este sistema cria um casulo plástico hermeticamente selado ao redor do equipamento.

Dentro dessa camada de plástico, há um clima condicionado (possibilitado pelo sistema de circulação de ar seco da Munters e pelo sistema de monitoramento de dados da ELPRO Global) que controla a umidade e a mantém estável em cerca de 38%. Ferrugem, mofo e desidratação de borrachas e plásticos são assim eliminados.

Nosso sistema também remove o ozônio do ar. Isso é importante porque há ozônio em tudo.

Ao aplicar o sistema de armazenamento, os clientes se beneficiam do fato de que:

– Nenhuma desmontagem é necessária;

– A circulação de ar é mantida abaixo do ‘limite de ferrugem’;

– É uma solução sob medida para cada tamanho.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Hoje na História: 12 de março de 2004 - O voo inaugural do jato Embraer E190

No dia 12 de março de 2004, a aeronave Embraer E190, prefixo PP-XMA, do conglomerado aeroespacial brasileiro, voou pela primeira vez.

O modelo original Embraer E190, nas cores da JetBlue
A Embraer viu uma lacuna no mercado para uma aeronave regional com recursos de linha principal e surgiu com o ERJ-190, ou E190. O tipo não era uma aeronave nova para a empresa, mas sim uma evolução de uma conhecida família de aeronaves que começou sua vida em 1997 sob a denominação de E170, formalmente apresentada no Paris Air Show de 1999.

Os dois modelos foram posteriormente renomeados como Embraer E170 e E190 e evoluíram para as aeronaves E175 e E195. Em essência, os modelos E190/195 são trechos maiores dos modelos E170/175 equipados com uma nova asa maior, um estabilizador horizontal maior, duas saídas de emergência sobre as asas e dois motores turbofan GE 34-8E-10 montados embaixo.

Cliente de Lançamento


O cliente lançador do E190 foi a JetBlue (B6), que encomendou 100 aeronaves e levou 100 opções, opinião não compartilhada por outros portais como a Wikipedia, que cita a companhia aérea suíça Crossair como cliente lançador com um pedido de 30 aeronaves.

O site de monitoramento FlightRadar24 indica que 596 E190s estão ou estiveram em serviço com várias companhias aéreas grandes ou menores, incluindo Qantas (QF), Breeze (MXY), Myanmar Airways (8M), Guizhou Airlines (G4) e WDL Aviation (WL).

Mais sobre o Embraer E190


A brasileira Azul Linhas Aéreas também opera esse modelo de aeronave
O E190 é uma aeronave de fuselagem estreita e corredor único com envergadura de 28,72 mt, comprimento de 36,24 mt e altura de 10,57 mt. Ele é alimentado por dois motores turbofan General Electric CF34-10E que fornecem uma confiança de 18500 libras.

Os pesos operacionais da aeronave são: máximo de decolagem 51800kg (114199lbs), peso vazio 13063kg (28800lbs), combustível máximo 12971kg (28596lbs). A velocidade máxima chega a Mach 0,82 (871 km/h ou 541 mph) a 41.000 pés (12.000 mt), e o alcance máximo é de 2.450 milhas náuticas (4.537 km). Requer uma corrida de 2100mt (6890ft) para decolagem e 1244mt (4081ft) para pousar.

O E190 pode acomodar de 100 a 114 passageiros em uma configuração de classe única ou 96 em uma configuração de classe dupla, oito na primeira/executiva ou premium e 88 na classe econômica.

Em 7 de março de 2022, a Embraer confirmou sua intenção de entrar no mercado de carga, oferecendo E-190 e E-195 convertidos em cargueiros. O fabricante de aeronaves espera que os primeiros façam seus primeiros voos em 2024.

Por Jorge Tadeu com informações do Airways Magazine

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Hoje na História: 9 de fevereiro de 1973 - 51 anos da entrega do primeiro Embraer EMB-110 Bandeirante

O primeiro protótipo do EMB-110 antes de seu primeiro voo
Neste 9 de fevereiro, o Embraer EMB-110 "Bandeirante", está completando 51 anos de operação. A aeronave é um bimotor turboélice destinada ao uso civil e militar, com capacidade para vinte e um passageiros, desenvolvida e fabricada no Brasil pela Embraer entre os anos de 1973 e 1991.

No final da década de 1960, o governo brasileiro desencadeou uma política de expansão da indústria nacional, época em que havia a necessidade de se obter um avião de propósito geral, para uso civil e militar, a ser utilizado no transporte de cargas e passageiros. Desta forma promoveu estudos para a criação de uma nova aeronave, de baixo custo operacional, capaz de ligar regiões remotas e dotadas com pouca infraestrutura.

Coube a uma equipe do Centro Técnico Aeroespacial, liderada inicialmente pelo projetista francês Max Holste, com a supervisão do engenheiro aeronáutico Ozires Silva, a missão de desenvolver o produto. O projeto, que foi chamado de IPD-6504, teve início em 1965 e se desenvolveu durante três anos, até o primeiro voo, em 22 de outubro de 1968. A Embraer ainda não havia sido criada, o que aconteceria no ano seguinte, em 19 de agosto de 1969, tendo como primeiro presidente, Ozires Silva.


Em maio de 1971 foi iniciada a produção em série do avião, com a primeira entrega em 9 de fevereiro de 1973, para a Força Aérea Brasileira, que encomendou oitenta unidades. A aeronave foi vendida para diversos países. De um total de 498 aviões fabricados, 245 foram para o exterior, incluindo forças armadas. Em alguns países ganhou o apelido de "Bandit".

Utilizado para o transporte de passageiros, carga, busca e salvamento, reconhecimento fotográfico, originou também uma versão de patrulha marítima, o Bandeirante Patrulha, apelidado 'Bandeirulha'.

Protótipo nº 1, de três produzidos, cuja denominação era EMB-100 ou FAB YC-95 (Musal)
O protótipo do Bandeirante está em exposição no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos (MUSAL), na base aérea que tem o mesmo nome, no bairro do Campos dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro. O terceiro modelo produzido está exposto no Parque Santos Dumont, na cidade de São José dos Campos.

Via Wikipédia

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Hoje na História: 14 de janeiro de 1973 - Vasp compra avião Bandeirante para voar entre cidades de São Paulo

Em 14 de janeiro de 1973, o jornal Folha de São Paulo anunciou em sua primeira página a compra pela Vasp do avião Bandeirantes da Embraer.


"O presidente da Vasp, Luís Rodovil Rossi, recebeu o aval do governador de São Paulo, Laudo Natel, para adquirir aeronaves do modelo Bandeirante e reestabelecer o tráfego aéreo em várias regiões do estado.

Esse avião é produzido pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) em São José dos Campos (SP) e é indicado para operar em aeroportos como os existentes no interior de São Paulo.

É um bimotor turbo-hélice para 12 passageiros, com turbinas PTGA-27. A sua velocidade de cruzeiro é de 435 km/h.

Os Bandeirantes deverão também substituir as antigas aeronaves Douglas DC-3 em outras linhas da Vasp."


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Cenipa conclui análise de caixas-preta do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão

Avião caiu ao tentar fazer pouso de emergência; 38 pessoas morreram. FAB prestou apoio nas investigações e recebeu representantes de Cazaquistão, Azerbaijão e Rússia.

Avião fabricado pela Embraer cai no Cazaquistão (Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu nesta segunda-feira (6) a análise das caixas-pretas do avião da Embraer que caiu no Cazaquistão em 25 de dezembro.

Os equipamentos chegaram a solo brasileiro em 1º de janeiro e começaram a ser analisados no dia seguinte.

Segundo interlocutores envolvidos na investigação, neste sábado (4) foi concluída a "extração, aquisição e validação dos dados contidos nos dois gravadores".

A aeronave, fabricada pela Embraer, decolou de Baku (Azerbaijão) no dia 25 de dezembro e caiu ao tentar pousar em Aktau, no Cazaquistão.

O avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia, mas foi forçado a realizar um pouso de emergência perto da cidade de Aktau. Ao todo, 38 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), investigadores do Cazaquistão, do Azerbaijão e da Rússia vieram ao Brasil para monitorar os trabalhos.

Esse investigadores acompanharam o processo de degravação dos dados e, segundo interlocutores, ainda neste sábado, começaram a retornar para os seus países de origem.

Os dados extraídos serão entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão – agência responsável pela análise e investigação do acidente.

Ainda não há detalhes sobre o que foi ouvido nas gravações.

"Toda a análise e as conclusões que serão publicadas no Relatório Final dessa investigação aeronáutica são de exclusiva responsabilidade da Autoridade de Investigação do Cazaquistão", informou a FAB na ocasião de chegada das caixas-pretas.

Via Ricardo Abreu (TV Globo e g1)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

'Interferência externa' causou queda de avião que matou 38 no Cazaquistão, aponta investigação preliminar

Agências afirmam que sistema de defesa russo pode ter atingido a aeronave em meio a relatos de drones ucranianos na região. Rússia não confirmou participação no incidente e disse aguardar conclusões da investigação. Vídeo mostra buracos na fuselagem do avião.


A Azerbaijan Airlines, companhia aérea nacional do Azerbaijão, afirmou nesta sexta-feira (27) que uma "interferência externa e técnica" causou a queda do avião Embraer ERJ-190AR, prefixo 4K-AZ65, no Cazaquistão, segundo investigação preliminar da empresa sobre o incidente que matou 38 pessoas.

A companhia aérea disse também que anunciou suspensões de voos do Azerbaijão para oito cidades russas "por potenciais riscos de segurança", em decisão tomada em conjunto com a Autoridade estatal de Aviação Civil do país.

As cidades russas que tiveram as vias aéreas fechadas para voos a partir de Baku são Sochi, Mineralnye Vody, Volgogrado, Ufa, Samara, Saratov, Nizhny Novgorod e Vladikavkaz. A Azerbaijan Airlines já havia suspendido voos para outras duas cidades russas, Grozny e Makhachkala, na quarta (25), dia do incidente.

Avião fabricado pela Embraer cai no Cazaquistão no dia 25 de dezembro de 2024
(Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
"A decisão [de suspender voos] foi tomada com base nos resultados preliminares da investigação sobre o acidente do Embraer 190, que operava o voo J2-8243 de Baku para Grozny, causado por interferência física e técnica, e considerando os potenciais riscos à segurança de voo", afirmou comunicado da companhia aérea.

A queda de avião da Embraer, que voava de Baku, capital do Azerbaijão, para a cidade russa de Grozny, é atribuída ao sistema de defesa aéreo russo, que teria abatido a aeronave após confundir com drone ucraniano, segundo agências.

Imagens divulgadas nesta sexta-feira mostram buracos na fuselagem da parte traseira do avião. (Veja no vídeo aqui)

Novas imagens mostram buracos na fuselagem de avião da Embraer que caiu no
Cazaquistão em 25 de dezembro de 2024 (Foto: Reprodução/Lada.kz via AP)
A Rússia não assumiu a autoria pela queda do avião. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta sexta-feira que uma investigação russa sobre o incidente está em andamento e ofereceu ajuda ao Azerbaijão nas investigações do país vizinho. A agência responsável pela aviação civil da Rússia disse que o avião tentou pousar durante ataque de drones ucraniano.

Segundo a Reuters, quatro integrantes da investigação que está sendo feita pelo Azerbaijão, de onde o voo saiu, afirmaram à agência que um sistema de defesa russo fez disparos que atingiram o avião — havia relatos de que drones militares ucranianos sobrevoavam a região onde houve a queda, perto do sul da Rússia. (Leia mais abaixo)

A aeronave, da Azerbaijan Airlines, caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão. Das 67 pessoas a bordo, 38 morreram e 29 sobreviveram. (Veja o momento da queda no vídeo abaixo)


Um oficial do governo dos Estados Unidos afirmou à Reuters que "indicações preliminares" apontam para o sistema de defesa russo como causa do incidente.

Segundo resultados preliminares da investigação dos EUA, o avião foi atingido por um Pantsir-S, um sistema de defesa aéreo russo, disseram ainda as fontes à Reuters. Além do choque, o GPS do avião também foi paralisado por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny, também de acordo com a agência.

As fontes afirmaram ainda que o ataque ao avião não foi intencional, e que militares russos achavam se tratar de drones ucranianos.

Questionado sobre a hipótese, o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão disse que seu governo "não confirma nem nega" que o míssil russo tenha sido a causa da queda.

Imagens do avião divulgadas na quarta-feira mostraram orifícios na cauda, e um site de monitoramento de voos indicou também que a aeronave sofreu interferência no GPS que a fez oscilar de altitude por mais de uma hora.


Na quarta-feira, a Rússia chegou a dizer que o avião se chocou contra pássaros e, depois, que enfrentou forte neblina.

O chefe do Parlamento do Cazaquistão, Ashimbayev Maulen, também afirmou nesta quinta-feira que as causas da queda seguiam desconhecidas, mas prometeu que nenhum dos três países ocultará informações.

"Nenhum desses países está interessado em esconder informações. Todas as informações serão disponibilizadas ao público," afirmou Maulen.

O que se sabe sobre a queda


Especialistas periciam no dia 26 de dezembro de 2024 destroços do avião da Embraer que caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão (Foto: Ministério de Emergências do Cazaquistão/Reuters)

➡️ Do total de pessoas a bordo, 62 eram passageiros e cinco eram membros da tripulação. Entre eles, havia cidadãos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão, informou a agência de notícias russa Interfax.

➡️ De acordo com o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Bozymbaev, ao menos 38 pessoas morreram no acidente.

➡️ O avião havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia. A companhia aérea declarou que a aeronave Embraer 190, que realizava o voo J2-8243, foi forçada a realizar um pouso de emergência a aproximadamente 3 km da cidade cazaque de Aktau.
A aeronave havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino
 a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia (Foto: Arte/ g1)
O órgão regulador de aviação da Rússia disse, em comunicado, que informações preliminares apontam que o piloto decidiu fazer um pouso de emergência após uma colisão com um pássaro.

“Preliminarmente: após uma colisão com pássaros, devido a uma emergência a bordo, o comandante decidiu ir para um aeródromo alternativo – Aktau foi escolhido”, afirmou o órgão, no Telegram.

Apesar disso, a queda ocorreu pouco depois que ataques de drones atingiram o sul da Rússia. Inclusive, o aeroporto russo mais próximo da rota de voo do avião havia sido fechado na manhã desta quarta-feira.

As autoridades do Cazaquistão informaram que uma comissão governamental foi criada para investigar o ocorrido, e que seus membros foram designados para voar até o local e garantir que as famílias das vítimas e dos feridos recebam apoio. O Cazaquistão afirmou que cooperaria com o Azerbaijão na investigação.

Após a queda, a Azerbaijan Airlines suspendeu todos os voos para Grozny, na Rússia, até que a investigação sobre o acidente seja concluída.

O site de monitoramento Flighradar24 mostrou que a aeronave chegou a oscilar de altitude por 74 minutos. Veja o gráfico abaixo:

Avião oscilou de altitude antes de cair no Cazaquistão (Imagem: Flighradar24/Reprodução)
Os passageiros que ficaram feridos foram vistos saindo de uma parte da fuselagem que permaneceu intacta.

Um vídeo mostrou o avião pegando fogo antes de atingir o solo. O Ministério de Emergências do Cazaquistão informou em comunicado que os bombeiros controlaram o incêndio e que os sobreviventes foram levados para um hospital próximo.

(Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
Em nota, a Embraer informou que lamenta o acidente e que está apoiando as autoridades.

"Estamos profundamente tristes com a ocorrência de hoje, próximo a Aktau, no Cazaquistão. Os nossos pensamentos e sinceras condolências vão para as famílias, amigos, colegas e entes queridos afetados pelo ocorrido. Estamos acompanhando de perto a situação e continuamos totalmente empenhados em apoiar as autoridades competentes", escreveu a empresa.

Drone mostra o local da queda de um avião de passageiros da Azerbaijan Airlines perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, em 25 de dezembro de 2024 (Foto: Azamat Sarsenbayev/Reuters)
O presidente russo Vladimir Putin expressou suas condolências a Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão, pela perda de vidas no acidente, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"Infelizmente, o presidente do Azerbaijão, Aliyev, foi forçado a deixar São Petersburgo (onde participava de uma cúpula). Putin já ligou para ele e expressou suas condolências em relação ao acidente do avião azeri em Aktau", disse Peskov, do Kremlin.

"Simpatizamos profundamente com aqueles que perderam seus parentes e amigos neste acidente aéreo e desejamos uma rápida recuperação a todos que conseguiram sobreviver."

Via g1, Record, ASN

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Aconteceu em 6 de dezembro de 1984: Voo Provincetown-Boston Airlines 1039 - Escalada do Pesadelo


Em 6 de dezembro de 1984, o avião de fabricação brasileira Embraer EMB-110P1 Bandeirante, prefixo N96PB, da Provincetown-Boston Airlines - PBA (foto abaixo), operava o voo 1039, um voo regular de passageiros do Aeroporto Internacional de Jacksonville, em Jacksonville, na Flórida, para o Aeroporto Internacional de Tampa, na Flórida. A bordo da aeronave estava 11 passageiros e dois tripulantes.

A Provincetown-Boston Airlines era uma companhia aérea regional com sede em Provincetown, em Massachusetts. A companhia aérea foi suspensa em 10 de novembro de 1984 por violar as regras federais de segurança da aviação e começou a retornar ao serviço em 25 de novembro. Antes de ser suspensa, a companhia aérea transportava mais passageiros do que qualquer outra companhia aérea suburbana nos Estados Unidos.


O EMB 110 foi operado dentro dos limites projetados de peso bruto e centro de gravidade na data do acidente. A aeronave foi adquirida pela PBA em outubro de 1981 e operada continuamente pela PBA até o acidente, acumulando 5.662 horas de operação e 7.858 ciclos até a data do acidente. 

O capitão Thomas Ashby (34) foi contratado pela PBA em 1974. No momento do acidente, ele havia acumulado aproximadamente 10.000 horas de voo, incluindo aproximadamente 400 horas no EMB 110. O primeiro oficial Louis Fernandez (25) foi contratado em 1984, e acumulou aproximadamente 3.000 horas de voo, incluindo 500 horas no EMB 110.

O voo 1039 da PBA estava programado para partir de Jacksonville às 18h08, horário padrão do leste. Às 18h12, o voo 1039 recebeu autorização de decolagem e iniciou sua corrida na pista 31. Às 18h13, o EMB 110 subiu acima do final de partida da pista 31, o voo 1039 foi instruído a mudar para a partida frequência de controle, que ele reconheceu com "OK, até logo".

Trinta segundos depois, testemunhas avistaram a aeronave em descida acentuada. O estabilizador horizontal, elevadores, conjunto do cone de cauda e parte da barbatana ventral separaram-se da aeronave durante o voo. 

Às 18h14, o EMB 110 caiu aproximadamente 7.800 pés (2.400 m) além do final da Pista 31. A aeronave foi destruída pelo impacto e um incêndio pós-acidente; todos os 11 passageiros e ambos os membros da tripulação morreram por "forças de impacto severas que excederam a tolerância humana".

Jornal Tampa Bay Times
O National Transportation Safety Board (NTSB) investigou o acidente e descobriu que o estabilizador horizontal se separou inteiro do EMB 110, pousando a 1.100 pés do local do acidente principal. O cone da cauda e a nadadeira ventral se separaram junto com o estabilizador horizontal. 

Os elevadores esquerdo e direito se separaram do estabilizador horizontal devido a fraturas nos suportes das dobradiças, típicas de separações por sobretensão. Como resultado, a investigação e análise do NTSB concentrou-se substancialmente na determinação da sequência e das razões para as separações estruturais. 


As hipóteses consideradas pelo NTSB incluíram:
  • sobrecarga estrutural imposta pela turbulência;
  • falha estrutural como resultado de fraqueza estrutural preexistente;
  • o aparecimento de um fenómeno aerodinâmico destrutivo como resultado de danos pré-existentes;
  • o aparecimento de vibrações destrutivas produzidas pelo desequilíbrio de uma hélice danificada; e
  • a aplicação de cargas aerodinâmicas excessivas como resultado de um ou mais mau funcionamento do sistema de controle de voo.
A falta de um gravador de voz na cabine (CVR) e de um gravador de dados de voo (FDR) a bordo do EMB 110 prejudicou a capacidade do NTSB de investigar o acidente. No momento do acidente do voo 1039, a Administração Federal de Aviação havia emitido um aviso de proposta de regulamentação que exigiria a instalação de CVRs/FDRs em aeronaves multimotores turboélice de passageiros, mas nenhuma regra desse tipo foi finalizada ainda. 

O NTSB concluiu que "a instalação de um FDR e CVR teria fornecido pistas significativas sobre a causa deste acidente e remediado as ações necessárias para evitar a recorrência."

Com base em suas investigações, o NTSB foi capaz de determinar múltiplas causas potenciais de um mau funcionamento do sistema de controle do elevador ou do sistema de compensação do elevador, qualquer uma das quais poderia ter levado a tripulação a tomar ações corretivas que resultariam em uma haste de controle do elevador sobrecarregada e, por fim, na separação. dos elevadores e estabilizador horizontal. 


O NTSB emitiu seu relatório final em 24 de junho de 1986. Em seu relatório, fez a seguinte declaração sobre a provável causa do acidente: 

"O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes determina que a causa provável deste acidente foi um mau funcionamento do sistema de controle do elevador ou do sistema de compensação do elevador, que resultou em um problema de controle de inclinação do avião. A reação da tripulação de voo para corrigir o problema de controle de inclinação sobrecarregou a haste de controle esquerda do profundor, o que resultou em deflexão assimétrica do elevador e falha por excesso de tensão na estrutura de fixação do estabilizador horizontal. O Conselho de Segurança não foi capaz de determinar o problema preciso com o sistema de controle de inclinação."


O acidente foi o terceiro em seis meses para o PBA, que recentemente retomou o serviço após ser encalhado pela FAA por violações de segurança. A crise abalou a confiança do público na PBA e as reservas de clientes caíram 75%. Após o pedido de falência, a companhia aérea foi comprada pela People Express em 1986.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e baaa-acro

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Embraer quer construir primeiro avião do mundo pilotado por IA

A brasileira Embraer apresentou um conceito de um avião totalmente autônomo, sustentável e que seria pilotado por uma IA.


Você viajaria em um avião pilotado pela inteligência artificial? Pois saiba que isso pode se tornar realidade no futuro. A empresa brasileira Embraer está planejando desenvolver uma aeronave futurista e sem piloto. A função ficaria com uma IA.

Avião não teria cabine para o piloto


O conceito do novo avião foi apresentado em um evento da National Business Aviation Association em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos. O projeto é fruto de uma parceria com a Bombardier.

Segundo a Embraer, a ideia é criar uma aeronave totalmente autônoma, o que eliminaria a necessidade da presença de uma cabine para o piloto. A alternativa estudada é criar um lounge dianteiro para os passageiros.

Conceito de avião futurista pilotado por IA (Imagem: Embraer)
O espaço seria dividido em três partes, com uma espaçosa área de lazer e aspectos futuristas, como janelas com tela sensível ao toque. Além disso, a aeronave usaria combustível sustentável (a eletrificação também é uma possibilidade).

Ao contrário dos jatos tradicionais, os motores seriam posicionados verticalmente com entradas de ar posicionadas acima e nas laterais da fuselagem. As informações são do Times Now: News.

Ideia e inspirar modelos inovadores


Apesar da apresentação, a Embraer afirmou que a aeronave visa inspirar inovações futuras, e não ser um projeto ativo.

Segundo a empresa, o avião conceito “mostra os limites do que é possível e as potenciais inovações futuras”.

O objetivo, segundo a companhia brasileira, é motivar a indústria a continuar desenvolvendo ideias inovadoras.

“Neste momento, não há compromissos da Embraer Aviação Executiva para desenvolver e fabricar a aeronave”, finalizou a empresa.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Embraer investirá em novas instalações para manutenção de jatos comerciais no Texas (EUA)

Dois hangares no Aeroporto Perot Field Fort Worth Alliance aumentarão a capacidade de manutenção para os E-Jets nos EUA. O início das operações do novo centro de serviços está previsto para o primeiro trimestre de 2025


A Embraer anunciou na terça-feira (24) a expansão de sua rede de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) com o objetivo de apoiar a crescente frota de E-Jets nos Estados Unidos. A empresa irá inaugurar um novo centro de serviços próprio no Aeroporto Perot Field Alliance, em Fort Worth, Texas.

Em parceria com a cidade de Fort Worth, o Condado de Denton e o Estado do Texas, a Embraer espera iniciar as operações no primeiro trimestre de 2025, em um hangar já existente. Um segundo hangar será construído posteriormente, com previsão de conclusão em 2027. Com as novas instalações, a Embraer prevê um aumento significativo na capacidade instalada para atender aos clientes de E-Jets nos Estados Unidos.

“Essa expansão aumentará significativamente a capacidade, os recursos e a cobertura de nossa rede de serviços, oferecendo excelência em serviços aos nossos clientes e à crescente frota de E-Jets na América do Norte. Além disso, a expansão é parte da estratégia de crescimento da Embraer nos Estados Unidos”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

O novo centro de serviços de Fort Worth irá integrar a rede global de serviços da Embraer, que inclui 80 centros autorizados e 12 centros próprios em todo o mundo. A cidade de Fort Worth foi selecionada como finalista para o projeto, que está sujeito à aprovação de incentivos propostos pelas autoridades governamentais locais.

Com informações da Embraer

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

5 características únicas do Embraer A-29 Super Tucano

(Foto: Matt Morgan/Wikimedia Commons)
O Embraer EMB Super Turano (A-29) é uma aeronave multimissão projetada e desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer. O A-29 é conhecido por sua flexibilidade e manobrabilidade em todo o espectro de missões, incluindo ataque, reconhecimento e treinamento.

Projetado para suportar ambientes e condições de solo extremos, a presença global da aeronave vem aumentando. Este artigo observa algumas características únicas do A-29 Super Tucano.

1. Projetado para ambientes austeros


Pode suportar condições extremas de solo e ambientais
  • Pistas semi-preparadas
  • Bases operacionais avançadas
  • Ambientes desérticos/arenosos
  • Operação quente e alta
  • Altitudes de alta densidade
  • Condições de alta umidade
O Embraer EMB Super Tucano foi projetado para operar em todos os tipos de ambientes e condições de solo. De altitudes de alta densidade e ambientes desérticos a campos de pouso semipreparados, o A-29 é uma máquina robusta. A aeronave foi certificada para uma variedade de aplicações civis e militares, permitindo aos operadores em todo o mundo mais flexibilidade.

(Foto: Embraer)
Segundo a Embraer, “Atende aos mais rigorosos requisitos civis e militares para uso operacional seguro e econômico. Alta resistência à fadiga, trem de pouso robusto para operações em pistas semipreparadas, para-brisa resistente a impactos de pássaros, protegido contra corrosão para suportar ambientes agressivos.”

2. Uma presença mundial


Usado por 16 forças aéreas
  • Número de aeronaves encomendadas: 260
  • Número de horas de voo: mais de 500.000 horas
  • Número de horas de voo de combate: quase 60.000 horas
A Embraer afirma que o A-29 Super Tucano é o líder mundial em sua categoria, o que é evidente por sua presença mundial. Atualmente, 16 forças aéreas globais usam o tipo e a lista continua a crescer à medida que mais pedidos são atendidos. Um total de 260 aeronaves foram encomendadas e mais de meio milhão de horas de voo foram voadas no tipo.


As características únicas da aeronave a tornam uma escolha flexível, acessível e de baixo risco para as forças aéreas. A aquisição e manutenção de aeronaves de baixo risco permitem maior flexibilidade de missão e otimização da frota. Sua capacidade multimissão, combinada com os mais recentes sistemas de tecnologia, faz uma grande diferença para operações militares em todo o mundo.

3. Uma aeronave altamente sobrevivente


Características de sobrevivência ativa e passiva
  • Alta letalidade e eficácia de ataque
  • Autoproteção abrangente
  • Altamente manobrável
  • Maior consciência situacional
O A-29 Super Turano oferece várias soluções operacionais dentro de uma única plataforma, permitindo mais flexibilidade operacional. A aeronave é altamente sobrevivente devido ao seu desempenho confiável, identificação precisa de alvos e sistemas de comunicação abrangentes.


A filosofia de manutenção sob condição não compromete a segurança da aeronave. Segundo a Embraer: “Infraestrutura mínima e suporte de solo necessários. Identificação rápida de falhas e facilidade de correção. Uso intensivo do conceito de manutenção sob condição. Programa de Manutenção baseado em MSG-3 garantindo Alta Segurança Operacional e Custos Mínimos.”

(Foto: MAS1357/Wikimedia Commons)
A aeronave é equipada com recursos de sobrevivência ativa e passiva que garantem a segurança do voo e aumentam a confiabilidade da missão. Segundo a Embraer: “… A capacidade é aprimorada ainda mais pelo avançado sistema aviônico HMI integrado a uma estrutura robusta capaz de operar em pistas não pavimentadas, com altos níveis de recursos de sobrevivência ativa e passiva.”

4. A única aeronave 3 em 1 por design


Oferece soluções de alto desempenho em três segmentos
  1. Ataque leve
  2. Reconhecimento armado
  3. Treinador tático
A Embraer afirma que o A-29 é a única aeronave projetada para esse propósito com soluções de alto desempenho em três segmentos. Ataque leve, reconhecimento armado e treinamento tático. Como uma plataforma de ataque leve, a aeronave oferece apoio aéreo aproximado (CAS), interdição aérea, patrulha aérea e coordenação aérea tática e avançada.

(Foto: InsectWorld/Shutterstock)
A plataforma de reconhecimento armado oferece vigilância de fronteira, escolta aérea, ISR armado e patrulhamento de zona exclusiva. Como um treinador tático, o A-29 pode realizar missões de treinamento avançado, incluindo treinamento de caça de liderança, treinamento JTAC e FAC e treinamento operacional de pilotos.

5. Operações diurnas e noturnas


Projetado com uma pegada baixa
  • Dificilmente detectável por radares
  • Baixos níveis de ruído
  • Assinatura visual baixa
  • Identificação do alvo
  • Coleta de informações
O A-29 Super Turano é capaz de executar operações diurnas e noturnas de forma eficiente e eficaz. A aeronave é projetada para identificar e detectar alvos com precisão, mesmo à noite. Além disso, sua própria assinatura visual e pegada de ruído dificultam sua detecção.

(Foto: ThalesAntonio/Shutterstock)
A Embraer afirma: “O A-29 Super Turano é, por design, uma aeronave de baixa pegada, dificilmente detectável por radares, com baixo nível de ruído e assinatura visual.”

A Embraer mostra que sistemas eficientes a bordo da aeronave permitem detectar veículos terrestres a até 31 NM (57 km). Os sensores de última geração entregam resultados superiores em missões de reconhecimento.

Com informações do Simple Flying

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Hoje na História: 19 de agosto de 1969 - A Fundação da Embraer

A Embraer completa 54 anos e segue como referência na aviação mundial.

Família ERJ 145 se tornou um divisor de águas na aviação regional e deu novo impulso para a Embraer
A Embraer está completando 54 anos hoje, dia 19 de agosto, mantendo a posição de referência nos segmentos de aviação comercial regional, aviação executiva e defesa.

Em 1953, o oficial da Aviação do Exército, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.

A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.

Neste contexto, foi aprovado em 25 de junho de 1965, o projeto governamental IPD-6504, para a produção de uma aeronave que atendesse as necessidades do transporte aéreo comercial brasileiro, principalmente em pequenas cidades, visando a produção de um avião que se adaptasse à infraestrutura aeroportuária do país na época. A especificação técnica do projeto era para a produção de uma aeronave pequena, com capacidade para oito passageiros, de asa baixa, turbopropelida e bimotor. 

Embraer EMB-100, projeto IPD-6504, primeiro protótipo do Bandeirante, cujo primeiro voo foi em 22 de outubro de 1968. A aeronave foi restaurada e encontra-se preservada no Museu Aeroespacial, na cidade do Rio de Janeiro
O projeto e montagem foram realizados nas instalações do CTA e o primeiro protótipo teve seu voo inaugural em 22 de outubro de 1968. Sua produção envolveu cerca de trezentas pessoas, lideradas pelo engenheiro aeronáutico e então major da FAB, Ozires Silva.

No ano seguinte seria criada a Embraer com a finalidade de produzir o modelo em série, denominado Embraer EMB-110, sendo Ozires Silva o primeiro presidente da empresa, cargo que exerceria até 1986.

Mais dois protótipos foram produzidos pela Embraer, com a denominação EMB 100 Bandeirante, passando depois as aeronaves a receber a denominação EMB 110, para a produção em série.

Além do CTA, criado em 1946, mas que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), é considerado outro precursor da Embraer, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Criado também por Casimiro Montenegro em 1950, a proposta para sua criação havia sido apresentada por ele em 1945 a um grupo de oficiais do Estado Maior da Aeronáutica.

Fundada no ano de 1969, como uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Aeronáutica, seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.

Criatura e criador: o avião Bandeirante em inspeção com Ozires em primeiro plano
O fabricante brasileiro, criado em 1969, para produzir o Bandeirante em série, foi um dos raros casos de uma empresa criada para viabilizar um avião. Coincidentemente, 1 ano e um mês depois, a Airbus foi criada com o mesmo objetivo, produzir um avião em desenvolvimento, no caso, o A300.

Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do CTA. De certo modo, a Embraer nasceu dentro do CTA. 

No ano de 1980, adquiriu o controle acionário da Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária, atual divisão de aviação agrícola. Durante as décadas de 1970 e 1980, a empresa conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.

A Embraer e Bandeirante ainda hoje se destacam como um dos mais ambiciosos projetos brasileiros, especialmente na área do transporte aéreo, assim como no segmento industrial de tecnologia de ponta.

O EMB-110 Bandeirante foi o primeiro avião produzido pela Embraer
Ao longo de cinco décadas a Embraer desenvolveu diversos aviões que se tornaram referência ao redor do mundo, como o EMB-120 Brasília, EMB-312 Tucano, as famílias ERJ-145 e E-Jet, Phenom 300, Praetor 600, entre outros.

Em dezembro de 1994, a Embraer foi privatizada e iniciou um novo ciclo de crescimento, fortalecendo sua presença e competitividade nos mercados de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. Por duas décadas a Embraer foi líder mundial na aviação comercial, com aviões a jatos de até 150 assentos. Atualmente, o Phenom 300 segue sendo o avião executivo leve mais entregue do mundo, título que mantém há dez anos consecutivos. Por vários anos ainda foi o jato executivo mais vendido, entre todos os segmentos e modelos.

O EMB-110 Bandeirante e o EMB-120 Brasília foram referência na aviação regional, viabilizando o crescimento do segmento nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Na Europa, o Bandeirante foi o avião que deu início a gigante de ultrabaixo custo Ryanair.

Na segunda metade da década de 1990 a família ERJ-145 protagonizou uma intensa disputa pela liderança do mercado de aviação regional norte-americano, levando ao embate internacional entre Brasil e Canadá, que se acusavam mutuamente se apoio ilegal a seus respectivos fabricantes aeronáuticos. Na ocasião, a Embraer liderava a balança comercial brasileira, como a empresa com maior valor de exportação.

E-Jet se tornou líder no mercado de aviação comercial regional em todo o mundo
Nos anos 2000 o lançamento da família E-Jet se tornou um divisor de águas para a Embraer e para a própria aviação comercial. O E175 se tornou o jato de até 80 lugares mais vendido dos Estados Unidos, onde lidera praticamente sozinho o mercado de aviação regional. O período foi marcado pelo surgimento de diversos projetos similares, mas a crise criada pelos atentados de 2001, nos Estados Unidos, levou ao fim da totalidade dos futuros concorrentes, mantendo os E-Jets sozinhos no mercado por mais de 15 anos.

Outra mudança importante ocorreu no início dos anos 2000, com o lançamento do Legacy, o primeiro jato executivo da Embraer, baseado na plataforma do ERJ-135. O modelo abriu o caminho para a criação da Embraer Aviação Executiva, que em 2005 lançou a família Phenom, que revolucionou o mercado e se tornou referência entre jatos leves.

Há 10 anos o Phenom 300 é o avião executivo leve mais entregue do mundo
O Tucano, lançado na década de 1980, por vários anos estabeleceu os padrões no treinamento avançado entre forças aéreas de diversos países, incluindo Brasil, Egito, França e Reino Unido. O Super Tucano, lançado dez anos depois, viabilizou o avanço dos aviões turboélices de ataque leve e de treinamento avançado ao redor do mundo. O mais ambicioso projeto da Embraer, o C-390 Millennium, surgiu para rivalizar com nada menos que o veterano e bem-sucedido C-130 Hercules, da Lockheed Martin e que é empregado por mais de 60 países e conta com aproximadamente 2.600 aviões produzidos. O avião sofreu uma redução no pedido formalizado com a Força Aérea Brasileira, mas obteve vendas simbólicas no exterior, com Portugal, Holanda e Hungria se destacando por sua presença na Otan.

Criado para a FAB, o C-390 disputa o mercado mundial de cargueiros táticos e
obteve vendas na Holanda, Portugal e Hungria
Mais recentemente, a Embraer estabeleceu uma estrutura dedicada para a área de Serviços e Suporte, criou a EVE, especializada no conceito de aeronaves urbana elétricas (eVTOL, em inglês) e atua também áreas de radares, embarcações, espaço e ciberespaço.

Em 2022, após 53 anos, a Embraer entregou aproximadamente 8.000 aviões. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine), Forbes e Wikipédia