terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A farra da FAB

Ministério Público investiga fraude na folha de pagamento da Aeronáutica depois de descobrir que oito mil militares demitidos nos últimos dez anos permanecem ativos em cadastro interno

ROMBO
Fraudes na FAB podem chegar a R$ 3 bilhões, valor correspondente 
a 70% do investimento previsto para o setor em 2012

O Ministério Público Federal está debruçado no que pode ser um dos maiores escândalos de desvio de verbas já descobertos envolvendo a Força Aérea Brasileira. Cerca de oito mil militares que foram demitidos nos últimos dez anos continuam ativos no cadastro interno da FAB e de órgãos federais, como o Ministério do Trabalho e da Previdência. Na enorme lista de soldados fantasmas – que corresponde a 12% do efetivo da Aeronáutica – constam até mortos, segundo documentos obtidos com exclusividade por ISTOÉ e que estão sendo analisados pelo procurador da República Valtan Timbó Furtado, do 7º Ofício Criminal, de Brasília. Depois de analisar os papéis, que incluem laudos internos da Aeronáutica e do Ministério da Defesa, o procurador encontrou elementos suficientes para investigar a FAB por crime contra o patrimônio e estelionato. “Vou pedir à Polícia Federal que instaure o inquérito”, disse Furtado à ISTOÉ. O rombo pode alcançar R$ 3 bilhões, valor equivalente a 70% de todo o investimento da Força Aérea previsto para 2012 e 20% do orçamento da Defesa. Na mira do procurador estão chefes de bases aéreas, comandantes do Estado-Maior da Aeronáutica e dos departamentos e diretorias de pessoal a eles subordinados.

Informada do caso em abril, a presidenta da República, Dilma Rousseff, ordenou uma devassa nas contas da Aeronáutica. Mas pediu sigilo para evitar ferir suscetibilidades. A suspeita da fraude aconteceu quando um grupo de ex-soldados decidiu recorrer à Justiça para tentar reingressar na FAB. Eles são parte de um contingente de 12 mil homens que entraram na Força Aérea entre 1994 e 2001, por meio de concurso público para o cargo de soldado especializado. A função fazia parte do Programa de Modernização da Administração de Pessoal, idealizado pelo brigadeiro José Elislande Bayo, que mais tarde seria secretário de Finanças da Aeronáutica. Em documento interno, classificado como reservado, Bayo atacou a “cultura viciada de improviso” e “métodos ultrapassados”. Para combater esses problemas, propôs a reestruturação de quadros e a criação da “figura do soldado especializado”, que poderia “dispensar o recrutamento para o serviço militar obrigatório”.

A ideia parecia boa, mas por algum motivo não funcionou. Dos 12 mil soldados especializados que prestaram concurso, apenas quatro mil foram aproveitados. Os demais acabaram desligados da FAB sem nenhuma justificativa, ao término de seis anos engajados. Como o edital não previa temporalidade, cerca de três mil desses soldados reuniram-se numa associação, a Anese, Associação Nacional dos Ex-Soldados Especializados, e passaram a cobrar o direito de reingresso. Foi quando descobriram que seus cadastros continuavam ativos, apesar da demissão. Luiz Carlos Oliveira Ferreira, por exemplo, trabalhou no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos até 2001. Seu desligamento foi publicado em boletim interno, mas a FAB não comunicou a dispensa ao TCU, ao Ministério do Trabalho ou à Previdência. Quem consulta a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) verifica que Ferreira e tantos outros, como os ex-soldados Williams de Souza, André Miguel Braga Longo, Alexandre Gregório, Edmilson Brasil e Anviel Rodrigues, nunca foram demitidos de fato. “A FAB cometeu todo tipo de fraude cadastral”, acusou o ex-soldado Marcelo Lopes, que integra a direção da Anese em Brasília.

NA JUSTIÇA
Cerca de 3 mil soldados reuniram-se numa associação, a Anese, 
e passaram a cobrar o direito de reingresso à FAB

Robson Sampaio, da Anese do Rio, cita o caso de Alexandre Gregório, que após deixar a Aeronáutica prestou concurso para a Prefeitura do Rio e se surpreendeu ao descobrir que suas guias do CNIS, da Rais e do Caged estavam em nome de Denílson Nogueira, que consta como ativo no Parque de Material Bélico de São Paulo. Outro caso é o de Edmilson Brasil, que constam no Caged como aposentado, embora tenha sido demitido da FAB e hoje trabalhe na empresa Tecnoval Laminados. “Isso é caso de polícia. É preciso investigar a fundo essa fraude bilionária”, afirma Sampaio. As fraudes, segundo ele, também envolvem duplicidade de certificado de reservista de milhares de militares, como os ex-soldados especializados Teodoro dos Santos Gomes, Sandro Roberto de Souza, Nuil Benigno Andrade Ferreira e Alessandro Baptista. Eles descobriram que foram emitidos certificados em seus nomes tanto pelo Exército como pela Aeronáutica. Até mortos figuram como ativos na FAB, como Paulo Fabrício Cavalcante Vieira, morto em outubro de 2000 numa troca de tiros.

Questionada por ISTOÉ, a FAB negou o desvio de recursos e garantiu que os soldados especializados foram desligados da folha de pagamento da Aeronáutica. Em nota, a assessoria de imprensa alegou que os militares deixaram de constar da RAIS “desde quando deixaram de receber remunerações pela Aeronáutica”, o que não é verdade. Da mesma forma, a FAB alega que o fato de os soldados desligados estarem “ativos” no CNIS, no Caged e no CBO “não implica o pagamento de benefício pecuniário e tampouco recebimento de qualquer dotação orçamentária”. A justificativa não explica, por exemplo, o caso de Paulo André Schinaider da Silva. ISTOÉ obteve uma cópia da ficha interna do banco de dados da FAB, chamada SGIPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal). O soldado, admitido em 1998 e desligado em 2004, consta no cadastro sigiloso como “militar inativo”. Ou seja, aposentado. Portanto, beneficiário da previdência militar. Schinaider, porém, garante que não recebe o dinheiro. “Quero saber para onde está indo minha aposentadoria como militar. Para a minha conta é que não é!”, diz Schinaider. Ao procurar a FAB, o ex-soldado gravou com uma câmera escondida um funcionário informando que houve uma reunião para discutir sobre como desligar os soldados do sistema da FAB. “Ele disse que não havia como e que uma tenente ficou responsável por enviar ao Ministério do Trabalho e à Previdência pedidos de retificação da RAIS. Mas isso não muda nada lá dentro”, afirma Schinaider.

Uma análise da assessoria jurídica, mantida a sete chaves pelo comando, também atestou a falha no cadastro de soldados e alunos das escolas de formação de oficiais e sargentos, recomendando à FAB que passe a comunicar “os ingressos e saídas de praças e alunos” ao Tribunal de Contas. Descobriu-se que, embora os desligamentos dos soldados constem de boletim interno da FAB, os mesmos não foram informados aos órgãos de controle, nem ao Ministério do Trabalho ou à Previdência Social. Destacado para cuidar do assunto, o ex-deputado José Genoino, assessor especial do ministro Celso Amorim, admitiu em reunião com ex-soldados o “nó jurídico e material”. Resta saber se esse nó pode ser desatado e a quem beneficia. Em 2004, o TCU condenou Jayro José da Silva, ex-gestor de finanças da Subdiretoria de Pagamento de Pessoal, a devolver quase R$ 4,6 milhões em decorrência de uma fraude no cadastro. Ouvido por ISTOÉ, o coronel, que foi expulso da FAB, diz que assumiu a responsabilidade sozinho. “Perdi minha carreira, meu emprego e minha honra. Aguentei tudo para proteger muita gente”, disse. Questionado sobre quem seriam esses oficiais, Silva foi lacônico. “Melhor não mexer nisso.”

PROVA DO DESCONTROLE
Foram emitidos certificados de reservista, em nome do militar Alessandro Baptista, tanto pela Aeronáutica quanto pela Marinha, o que aumenta as suspeitas de irregularidades

Documento da Previdência (acima) mostra que, embora tenha sido demitido da FAB, o militar André Longo continua com cadastro ativo na Aeronáutica. O MP, em ofício encaminhado ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (abaixo), alerta para as irregularidades na dispensa de soldados


Fonte: Claudio Dantas Sequeira - Imagens via IstoÉ

Anac divulga medidas para evitar colapso de aeroportos no fim do ano

Fiscalização será ampliada em 12 terminais, com reforço de 290 agentes


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta segunda-feira o planejamento para a operação dos aeroportos brasileiros durante o período de final de ano. De acordo com a agência, 17,4 milhões de pessoas devem passar pelos terminais este mês - um aumento de 8% em relação a 2011. A fiscalização será ampliada em 12 aeroportos, com reforço de 290 agentes da Anac - até o ano passado apenas seis aeroportos eram fiscalizados pela agência.

A Anac também apresentou medidas acordadas com as companhias aéreas para evitar o caos de filas e atrasos nos aeroportos. Todos os guichês das companhias aéreas devem estar funcionando, de acordo com o planejamento. A expectativa é de um aumento de 10% no número de funcionários das companhias trabalhando no período. As companhias se comprometeram a evitar overbooking nos voos do período e a ampliar o número de aviões reservas - no total serão 11 para as quatro principais empresas nos dias de maior movimento.

"O transporte aéreo já é um transporte de massa, superando desde o ano passado o movimento das rodoviárias para destinos interestaduais", afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt. "O grande truque para fazer os aeroportos funcionarem durante o período é o trabalho em equipe, conjunto entre todos os setores envolvidos."

A Infraero e as concessionárias dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília, também adotaram medidas para evitar tumulto nos saguões. O número de funcionários da Polícia Federal e da Receita Federal também será ampliado nestes terminais no período.

A expectativa é de que o movimento no aeroporto de Guarulhos aumente em 10% em relação ao ano passado. A projeção é de 2,8 milhões de passageiros em dezembro. Já Brasília deve receber 1,4 milhão de passageiros. Os terminais também receberam investimentos de infraestrutura em sanitários, elevadores, escadas rolantes e assentos para melhorar o conforto dos passageiros. Viracopos também terá novos ônibus para o transporte de passageiros entre o terminal e as aeronaves.

Fonte: AE via IstoÉ - Foto via IstoÉ

Corpo 'que caiu do céu' intriga polícia britânica

Investigadores tentam há mais de três meses solucionar mistério envolvendo identidade de um homem que morreu ao cair de um avião em pleno voo no Reino Unido

Investigadores tentam, há mais de três meses, solucionar o mistério envolvendo a identidade de um homem que, aparentando ter 20 anos, morreu ao cair de um avião em pleno voo no Reino Unido.

Até agora, a polícia sabe muito pouco sobre o caso e acredita que o jovem seria um imigrante ilegal de Angola. Ele teria embarcado na aeronave na capital angolana, Luanda, ao entrar sem ser percebido no minúsculo compartimento do trem de pouso.

Como proteção à baixa temperatura e à alta pressão, o jovem teria tomado uma única precaução. Segundo os investigadores, ele encheu os ouvidos com pedaços de lenços de papel. Porém, oito horas depois, quando o avião já se aproximava da cidade de Mortlake, no sudoeste de Londres, para pousar no Aeroporto Internacional de Heathrow, o homem "caiu do céu", segundo relatos de moradores da região. 


"Eram 7h42. Acordamos com um barulho infernal", afirmou Lizzie Calfe. O corpo do homem foi encontrado próximo à casa da britânica, com graves ferimentos. Apesar de o incidente ter acontecido três meses atrás, ela, como muitos de seus vizinhos, quer descobrir a verdadeira história do homem - e por que ele decidiu por uma jornada tão desesperadora e sem volta.

"É difícil esquecer (...) quando começo a me lembrar do episódio, penso: ele tinha uma família", lamenta Calfe.

Tatuagem


A polícia metropolitana londrina ainda tentar juntar, em vão, as peças do quebra-cabeça. "Pode ser que seus parentes não saibam que ele está desaparecido e estão desesperados para encontrá-lo", disse o sargento Jeremy Allsup, que ainda não conseguiu descobrir a identidade do homem.

O "passageiro ilegal" carregava algumas cédulas da moeda de Angola e caiu em um ponto quando o avião, da companhia aérea British Airways, sobrevoava uma das principais avenidas de Mortlake. A polícia, porém, já divulgou pistas que podem levar à sua real identidade.

O rosto do homem, que ficou destruído com o impacto, foi reconstruído para ajudar os detetives a solucionar o caso. O que se sabe, de fato, é que ele tinha uma tatuagem em seu braço esquerdo com as iniciais ZG. "Se essa imagem for divulgada para um familiar ou amigo da vítima, possivelmente eles conseguirão identificá-lo", disse Allsup.


Mas a pista mais importante parece ter sido encontrada nos bolsos do jovem. Ele carregava um celular que contém números de sua família e amigos e possivelmente os contactaria em poucas horas, tão logo o avião aterrissasse no Reino Unido.

O telefone, no entanto, está bloqueado. Detalhes do chip foram encaminhados às autoridades angolas que, de posse do DNA do homem, sua arcada dentária e fotos, também tenta descobrir sua identidade, até agora, sem sucesso.

Para o sargento Allsup, a polícia angolana tem concentrado poucos esforços na solução da morte, uma vez que, apesar de ter recebido indicações da vítima, ainda não deu sinais de que investigará o caso. A Embaixada da Angola em Londres não fez comentários sobre o incidente.

Quebra-cabeça

Enquanto isso, outros ainda tentam descobrir informações sobre a identidade do homem. Gama Mossi, um angolano que recebeu asilo político do Reino Unido em 2000, organizou reuniões com outros exilados de seu país perto do local onde o imigrante ilegal caiu.

"É crucial para nós fazermos pressão sobre o governo de Angola para liberar informações à imprensa do meu país", afirma.

Para Mossi, crítico do governo, provavelmente o homem fugiu do país porque "não tinha emprego, era um nada na sociedade angolana. Não tinha nada a perder, como milhões de angolanos. A nossa voz não tem peso", critica.

Segundo o sargento Allsup, "ainda não sabemos como vamos resolver esse caso. Se não conseguirmos identificá-lo, teremos de enterrá-lo no Reino Unido".

Mas, para o angolano Mossi, o pior ainda está por vir. "É muito importante em nossa cultura sabermos de quem se trata, uma vez que, pelas nossas tradições, uma pessoa só está morta quando ela é enterrada da maneira tradicional. Se ele for enterrado aqui, sem nome nem sobrenome, é como se ele ainda estivesse vivo. Uma alma em trânsito", afirma.


Fonte: BBC Brasil via G1

Anac manda fiscal que só conhece Boeing avaliar novo piloto de Airbus

Agência diz seguir normas internacionais e não vê perigo à aviação do país.

Inspetor vê risco e recusa trabalho; órgão mundial recomenda rever prática.

Brasil conta com 71 inspetores civis e 56 militares para checar 14 mil pilotos a cada ano;
demanda só aumenta - Foto: EJ Escola de Aviação/Divulgação

Inspetores responsáveis por avaliar pilotos que pretendem tirar a licença para pilotar aviões - documento conhecido como "brevê" - e comandar voos de companhias aéreas brasileiras estão sendo convocados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizar os testes em aeronaves nas quais não são habilitados.

Em um dos casos, um checador que só conhece o sistema da Boeing foi convocado para testar pilotos que irão comandar voos de Airbus. O exame seria, inclusive, na sede da Airbus, em Miami. Alegando perigo de acidentes aéreos, o inspetor recursou o trabalho.

A Anac confirma a situação, mas garante que o procedimento não traz riscos e segue normas da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO, da sigla em inglês). O órgão internacional diz que apenas prevê procedimentos e não tem poder de punição, mas recomendou à agência brasileira rever a prática.

A Boeing disse que não iria se manifestar sobre o assunto. A Airbus fez alguns questionamentos ao G1 sobre o tema, mas até a divulgação desta reportagem, não se posicionou sobre o caso.

Convocação por similaridade

Segundo a Anac, os avaliadores são convocados por similaridade com o grupo de aeronaves. "Inspetores de aeronaves como Airbus podem checar aeronaves como Boeing, pois tratam-se de aeronaves de grande porte/similares", diz a nota da agência.

Os sistemas das aeronaves das duas fabricantes atuam de forma diferente.

Carlos Montino de Oliveira, presidente da Associação de Servidores da Anac, no entanto, diz que a prática é frequente e gera riscos para a segurança aérea. "O manual que regula as normas para cheques na Anac é confuso. A situação da escala de inspetores vai contra os princípios da administração pública, especialmente os de publicidade e direito à informação".

A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (APPA) também critica o procedimento adotado e reclama ainda da demora de até três meses para a liberação de licenças e da falta de transparência no processo de habilitações.

O Brasil conta com 71 inspetores civis e outros 56 militares, cedidos pela Aeronáutica, para realizar cheques anuais de 14,3 mil pilotos comerciais. Só em 2010, mais 2.693 licenças para novos pilotos privados, comerciais e de linhas aéreas foram expedidas. O número de novos contratados pelas companhias brasileiras cresceu 23% no mesmo ano.

'Medo de errar'

Um inspetor civil que é piloto de Boeing e checador de novos comandantes de aeronaves da mesma construtora foi chamado pela Anac para avaliar, na sede de treinamentos da Airbus, em Miami, nos Estados Unidos, se dois novos pilotos de Airbus A-320 da Avianca poderiam receber o brevê para realizar voos no Brasil. O servidor, que pediu para não ser identificado pela reportagem, recusou o trabalho.

Ele afirma ter alertado a Superintendência de Segurança Operacional (SSO) e ao Diretor de Operações de Aeronaves, Carlos Pellegrino, que o procedimento de convocar profissionais sem conhecimentos técnicos adequados para realizar exames de novos pilotos colocaria em risco a aviação e infringiria normas da Organização da Aviação Civil Internacional. Procurada para comentar o episódio, a Avianca não se manifestou.

Ao decidir não avaliar pilotos de aeronave diferente da que costuma pilotar, o inspetor diz que relembrou acidentes aéreos recentes com modelos Airbus, como tragédias de voos da TAM, que deixou 199 mortos no Aeroporto de Congonhas em 2007, e da Air France, que resultou na morte de 228 pessoas em 2009, ao cair no Oceano Atlântico. Ele afirma que teve medo de errar.

Outros colegas responsáveis pela avaliação de pilotos também questionaram procedimento adotado pela Anac e apontaram falta de inspetores para dar conta da demanda. "Isso não acontecia até este ano. É decorrente da escassez de profissionais", diz um checador. A Anac contava com quatro grupos diferentes de inspetores para avaliar os pilotos de linha aérea de aeronaves Boeing, Airbus, Embraer e ATR. Segundo servidor ouvido pelo G1, as escalas da agência começaram a misturar os grupos.

Organização recomenda rever procedimentos

Documento nº 8335 da Organização da Aviação Civil Internacional, manual de procedimentos para inspeções e certificações de pilotos e aviões, informa que o inspetor "deve ter pelo menos a mesma qualificação" que o piloto que será submetido à avaliação. O texto aponta ainda que, para inspeções em voo, o fiscal deve saber operar a mesma aeronave ou um avião com características operacionais semelhantes.

Inspetores convocados para checar aeronaves que não conhecem dizem que há risco, 
mas Anac não vê problemas no procedimento - Foto: Rede Globo

Procurada pelo G1, a organização afirma que os "seus documentos preveem procedimentos internacionais de atuação, mas que cabe a cada país decidir como as recomendações devem ser incorporadas internamente de acordo com a legislação local". A ICAO diz não ter poder de punição, pois "não é uma agência reguladora ou uma autoridade".

Mesmo assim, a diferença de visão entre os checadores em relação às normas internacionais e os procedimentos adotados é algo que "a Anac deve rever e decidir o que deve ser feito", recomenda a organização.

Associação pede maior lisura

George Sucupira, presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (APPA), critica a Anac. "Há um conflito de informações dentro da Anac que, muitas vezes, impede que os processos de habilitações e cheques andem com rapidez", afirma. "Isso é perigoso e gera desconfiança. Cada avião que cai é uma pedra no meu caixão, um dia de luto para toda a comunidade da aviação".

Preocupada com a situação, a APPA enviou uma carta à Anac pedindo maior lisura nos processos de renovações e primeiras licenças. "Há mais de sete mil processos parados, e o tempo médio de espera é de três meses. Ficamos numa encruzilhada de ações judiciais", diz Sucupira.

Em nota, a Anac confirmou que recebeu a carta e está realizando reuniões com a APPA sobre as demandas. Depois da greve dos servidores, entre julho e agosto, a agência disse que traçou projetos internos para gerenciar o grande número de processos e que indefere muitas requisições devido à não apresentação de documentos corretos.

A Anac afirma que "as habilitação possuem sua situação divulgada para seus usuários diretamente no portal de licenças e as decisões são enviadas aos usuários via mensagem eletrônica" e salienta que "a aviação trabalha dentro de um sistema" e que o exame "não pode ser visto como atividade isolada", pois os pilotos passam por centros de instrução e trabalham em empresas que possuem programas de treinamento autorizados.


Fonte: Tahiane Stochero (G1)

Avião não tripulado dispara mísseis com precisão cirúrgica

A Força Aérea norte-americana aprimorou uma aeronave não tripulada de capacidades que podem impressionar. O Reaper pode voar por 14 horas ininterruptas (42 com uso de tanques extras de combustível), disparar mísseis Hellfire em alvos terrestres, atingir velocidades de 370 km/h e seu teto operacional pode alcançar 15 quilômetros. Novos aprimoramentos permitirão que a aeronave pouse sozinha e dispare mísseis em aviões inimigos, tripulados ou não.


Até aqui, aeronaves não tripuladas tinham limitações operacionais que as faziam ideais apenas para atividades de reconhecimento, coleta de informações sobre o inimigo e vigilância. Com o Reaper, o paradigma muda: agora, aviões não tripulados podem ser desenvolvidos especificamente para uso em operações de ataque.

O Reaper é controlado via terra por uma estação que conta sempre com uma equipe de três pessoas. O avião transmite, constantemente, suas leituras e dados para o time, que é composto por um piloto, responsável pela navegação do aparelho, operador, que se encarrega das leituras dos sensores e monitoramento do comportamento do avião e um coordenador de missão, que tem a função de gerenciar todo o andamento da missão.

A aposta no modelo de aeronave não tripulada para operações de ataque é tão grande que as forças norte-americanas já investem US$ 87 milhões (cerca de R$ 175 milhões segundo a tocação atual) em operações de upgrade nos 80 Reapers que já estão a seu serviço. Cada uma dessas aeronaves custou US$ 36 milhões (R$ 72 milhões), quando foram compradas, há menos de dois anos. Com esta atualização, os Reapers terão mais mobilidade, capacidade de defesa diante de outros aviões e conseguirão pousar sozinhos, independentemente das condições climáticas e de combate.

Fonte: Gizmodo via Filipe Garrett (TechTudo) - Foto: Reprodução

Avião agrícola cai no interior do RS e piloto é resgatada com vida

Mulher guiava aeronave, que caiu em lavoura de Santa Vitória do Palmar.

Vítima teve fratura na perna direita e foi encaminha ao hospital da cidade.


Um avião agrícola caiu em Santa Vitória do Palmar, no Sul do Rio Grande do Sul, por volta das 9h desta segunda-feira (10). Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu durante o procedimento de dedetização de uma lavoura de arroz na localidade de Mirim. Na aeronave estava apenas a piloto, de 27 anos, que foi resgatada no local.

Ainda de acordo com os bombeiros, o local onde o avião caiu era de difícil acesso e atrasou o resgate. No entanto, a piloto foi retirada ainda consciente dos destroços. O avião ficou parcialmente destruído, mas a polícia ainda não sabe precisar as causas do acidente.

No primeiro momento, a piloto foi encaminhada para a Santa Casa de Santa Vitória do Palmar em estado regular. Natural de Guaporé, ela fazia o primeiro voo em um avião agrícola e havia passado uma semana em treinamento. Daniela Petuco foi transferida durante a tarde para a traumatologia da Santa Casa de Rio Grande. Ela sofreu fraturas na mão, mandíbula, clavícula e tornozelo, além de diversos cortes.

Fonte: G1 - Foto: SAMU/Santa Vitória do Palmar

Avião em que cantora mexicana viajava é encontrado 'destruído'

As autoridades do México encontraram neste domingo (9) 'totalmente destruído' o avião particular no qual viajavam a cantora mexicano-americana Jenni Rivera (foto ao lado) e seis pessoas mais, que não sobreviveram ao choque, informaram fontes oficiais.

'A informação que temos é essa: não há um só sobrevivente', disse à rede 'Televisa' o diretor-geral da Aeronáutica Civil do país, Alejandro Argundín.

O alto funcionário mexicano explicou que a aeronave foi achada no rancho conhecido como El Tejocote, na comunidade conhecida como La Colorada, do município de Iturbide, no estado de Nuevo León (norte).


A aeronave, modelo Learjet 25, prefixo N345MC, registrado para a empresa Starwood Management LLC, ficou 'destroçada, totalmente fragmentada' e seus restos espalhados por uma região de '250 ou 300 metros quadrados'.

'Estamos iniciando o protocolo de coleta das peças, dos fragmentos que ficaram na região, que é muito complicada, muito ampla', acrescentou Argudín.


Por sua vez, em entrevista à mesma rede de televisão o secretário de Transportes e Comunicações (SCT), Gerardo Ruiz Esparza, disse que as evidências encontradas 'fazem supor que se trata do avião no qual viajava a cantora Jenni Rivera'.

O ministro explicou que 'o golpe foi tão forte que praticamente o avião não está reconhecível'.

O ministro assinalou não ter por enquanto o detalhe da matrícula do aparelho para sua plena identificação, mas admitiu que 'pelo lugar no qual caiu, pelas condições em que se encontram os destroços que se trata da aeronave na qual a artista viajava.

O titular da SCT remeteu à investigação aberta do caso 'para credenciar com provas totalmente evidentes' que é a aeronave das sete pessoas.

'Tudo está totalmente destruído, é muito lamentável dizer isso', acrescentou.


Além da artista, estavam na aeronave Arturo Rivera, representante da artista, seu advogado, Mario Macias, o maquiador Jacob Llenares, uma pessoa identificada como 'Gerardo N.', e os pilotos, Miguel Pérez e Alejandro Torres.

A aeronave pertencia à empresa americana Starwood Management. O avião saiu do aeroporto internacional de Monterrey às 3h15 (horário local, 7h15 de Brasília) e tinha como destino o aeroporto de Toluca, mas perdeu contato a uma distância de 61,8 milhas de Monterrey.

Na noite de sábado a artista Jenni Rivera fez um grande show na Arena Monterrey, após o qual pegou o avião no qual perdeu a vida.


Rivera era considerada uma das mais importantes artistas femininas da música regional mexicana, vendeu mais de 22 milhões de discos e recebeu seis prêmios Billboard de música Latina.

Fontes: EFE via G1 - Imagens: Reprodução

Aeronave faz pouso forçado e PM prende piloto com mandado de prisão

Piloto tem passagens por tráfico de drogas e estelionato em vários estados.

Aeronave caiu na zona rural de Ibiá, em Minas Gerais.


Uma aeronave fez um pouso forçado na tarde desta segunda-feira (10), em uma fazenda na zona rural de Ibiá, no Alto Paranaíba. Segundo o piloto, o fato provavelmente ocorreu após um curto-circuito na parte elétrica. Os dois ocupantes, o piloto de 67 anos e um passageiro de 23, conseguiram sair antes que ela pegasse fogo e não se feriram.

Com a chegada da polícia, o piloto foi preso após a PM verificar que a licença para pilotar estava vencida desde 1995, e ainda por não apresentar documentação de propriedade do avião, o Cessna 182 Skyline, prefixo PT-IMJ. Além disso, a polícia constatou que ele tem passagens por tráfico, roubo e estelionato em vários estados e um mandado de prisão contra ele. O suspeito foi encaminhado para a delegacia e segue preso na cadeia da cidade.

A Polícia Militar (PM) informou, ainda, que o piloto seguia de Matupá, no Mato Grosso, para Jaboticabal, no estado de São Paulo para fazer exames para renovar a licença. O jovem que o acompanhava foi liberado e a Polícia Federal (PF) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, irá até o município nesta terça-feira (11) para investigar o caso. Ainda de acordo com a PM, o piloto era de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, e o passageiro de Cuiabá, no Mato Grosso.

Fonte: G1 - Foto: Polícia Militar/Divulgação

Acidente com um Boeing 767 no Zimbabue fazia parte de uma simulação

O suposto acidente que um Boeing 767 proveniente de Londres sofreu ao aterrissar no aeroporto internacional de Harare não passou de uma simulação planejada para testar as respostas a situações de emergência, indicou um funcionário da Aeronáutica Civil do Zimbábue.

Uma hora e meia antes, o diretor da Aeronáutica Civil, David Chawota, havia anunciado que o Boeing 767 da Air Zimbabwe havia sofrido um acidente ao aterrissar em Harare.

Fonte: AFP

Dois ficam feridos após queda de monomotor em Oliveira, MG

Segundo PM, piloto tentou fazer um pouso forçado em uma fazenda.

Vítimas foram levadas para o Pronto Atendimento da cidade.

Monomotor saiu de São João del Rei com destino a Divinópolis, diz polícia 

Duas pessoas ficaram feridas após a queda de um avião monomotor em uma comunidade rural em Oliveira, no Centro-Oeste do estado, na tarde desta segunda-feira (10). Segundo as primeiras informações da Polícia Militar (PM), o piloto tentou fazer um pouso forçado em uma fazenda, mas o avião caiu.

A PM disse que o avião tinha como rota Pará de Minas, Piedade dos Gerais e Oliveira. Segundo testemunhas, o monomotor Cessna 150M, de prefixo PR-RIG, tentou fazer um pouso forçado em uma plantação de milho em uma fazenda na Comunidade do Fundão, na zona rural de Oliveira.

Ainda de acordo com a PM, o piloto, de 55 anos, e o passageiro, de 29 anos, foram socorridos e levados para o Pronto Atendimento de Oliveira onde receberam os primeiros socorros. Os dois foram transferidos para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e passam por exames na manhã desta terça-feira (11). 



Fonte: G1 - Foto: Sérgio Henrique Dinis/Jornal UAI! / TV Alterosa

Avião da Ryanair esteve prestes a cair em setembro

A revista alemã "Der Spiegel" revela que o avião que cobria a rota Manchester-Memmingen, com 141 pessoas a bordo, teve sérias dificuldades para aterrar, no passado dia 23 de setembro.


O painel de controlo da cabine ficou repentinamente vermelho, e os sinais de alarme começaram a aparecer, conta a publicação alemã, sobre o que parece ter sido um atribulado voo da companhia low cost Ryanair. Ao que parece, o avião terá estado prestes a chocar com a pista de aterragem. Tudo aconteceu porque os pilotos tentaram respeitar a hora de aterragem, realizando uma manobra perigosa na fase de aproximação à pista, que esteve a ponto de lhes custar a vida.

O voo partia de Manchester e levava 141 pessoas a bordo, escapando "milagrosamente" do desastre durante uma tentativa quase falhada de aterragem no aeroporto de Memmingen, na Alemanha. A apenas 140 metros do solo, o avião começou a descer "com uma velocidade excessiva", de acordo com uma reconstituição realizada pela revista "Der Spiegel". Terá sido apenas no último momento antes do embate no chão que os pilotos conseguiram levantar a parte dianteira do avião. No cockpit viveram-se momentos de pânico.

Já há vários meses que a Ryanair está no centro de diversas polémicas por questões de segurança. No passado mês de julho, três aviões da companhia low cost, que partiram de Madrid, tiveram de realizar uma aterragem em Valência por falta de combustível. Outro problema aconteceu em setembro, quando um voo teve de voltar para trás devido a problemas com a pressurizarão da cabina.

Fonte: Graciosa Silva (DN Globo) - Foto: dpa

Angolano cai de avião e morre junto a aeroporto em Londres

Não é a primeira vez que acontece, mas dá sempre arrepios. Um homem - trata-se quase invariavelmente de um corpo masculino - aparece morto no pavimento de uma vila ou aldeia próxima de um aeroporto. O instinto é pensar que foi crime, mas depressa se compreende a verdade. O corpo tombou de um avião. 

Retrato computadorizado, elaborado pela polícia, do homem que caiu em Mortlake

Um caso recente teve lugar em Mortlake, zona residencial próxima do aeroporto de Heathrow, em Londres. Em Setembro, numa ensolarada manhã de domingo, um ruído surdo anunciou a queda de um corpo num passeio, entre carros e casas ("Deve ter caído mesmo a direito", observou um residente. O passeio não é largo).


Era o corpo de um africano. Apresentava-se deformado - a polícia não especificou - e tinha no bolso algumas moedas angolanas, o que leva a pensar ter vindo desse país.

Muitas formas de morrer

Todos os anos há dezenas de situações deste tipo. Pessoas desesperadas, a fugir de qualquer coisa ou a tentar emigrar para um país rico. Há dezenas de casos por ano, sobretudo oriundos de países africanos, cujos aeroportos controlam mal o acesso às aeronaves.

Uma vez mais, as autoridades explicaram os riscos extremos - outros tantos modos possíveis de perder a vida - inerentes a essa forma de viajar clandestinamente. Pode-se ser esmagado pelo trem de aterragem a recolher. Nos compartimentos de bagagens não há pressurização, oxigénio ou aquecimento. O normal é morrer logo durante a primeira hora de vôo, por hipotermia ou de outra forma.

Se por acaso o passageiro clandestino ainda se encontrar vivo quando a viagem se aproximar do fim, estará quase de certeza inconsciente. Quando o trem de aterragem começar a abrir, a probabilidade de ele tombar no vazio é alta.

Flores foram retiradas

Foi quase de certeza o que aconteceu ao pobre homem de Angola (ainda não identificado) cujo aparecimento parece ter constituído um trauma para os residentes de Mortlake.

Eles dizem que ainda não conseguem deixar de pensar no assunto. Mas quando alguns angolanos residentes em Londres foram pôr umas flores no local, as flores depressa foram retiradas.

Para que não se torne um local de peregrinação, explicam os residentes.

Fonte: Luis M. Faria (expresso.sapo.pt)

China condena à morte três acusados de tentar sequestrar avião


Um tribunal da região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, condenou nesta terça-feira à morte três pessoas que tentaram sequestrar um avião comercial no dia 29 de junho, e sentenciou outro acusado à prisão perpétua, anunciou a agência estatal de notícias "Xinhua".

O breve comunicado oficial não identificou nem deu detalhes sobre os condenados, que faziam parte de um grupo de seis pessoas que tentou assumir o controle de um voo da companhia Tianjin Airlines que tinha como destino a capital de Xinjiang, Urumqi. As autoridades então disseram que os sequestradores eram uigures (minoria muçulmana que vive em Xinjiang), mas este e outros dados foram postos em dúvida por grupos de exilados dessa etnia. Os outros dois envolvidos morreram na tentativa de sequestro, que foi abortado pela tripulação e os passageiros, segundo a imprensa oficial.


O governo chinês defende que na região de Xinjiang, povoada por uigures e outras etnias de etnia muçulmana há séculos, operam grupos separatistas e terroristas que reivindicam a independência da região. No entanto, uigures no exílio denunciam que Pequim utiliza a "desculpa do terrorismo" para reprimir a religião e cultura de seu povo.

Fonte: EFE via O Dia - Fotos: Reprodução

A escolha da FAB

Documentos obtidos por ISTOÉ revelam preferência da Aeronáutica pelo caça americano F-18. A tendência é de que Dilma Rousseff atenda aos anseios dos militares

CÉU DE BRIGADEIRO
O caça F-18 Super Hornet, além de ter um desempenho melhor, segundo a FAB, 
custa quase a metade do valor orçado pela Dassault

Um relatório de análise da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac) da Força Aérea Brasileira (FAB), obtido com exclusividade por ISTOÉ, deve provocar uma reviravolta na concorrência para a compra dos caças, que se arrasta desde o governo FHC. O documento mostra que, contrariando as especulações em torno do programa F-X2, a FAB optou pelo caça americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing. Entre os concorrentes estão o modelo francês Rafale e o sueco Gripen NG. O relatório estava pronto havia dois anos, mas tinha sido engavetado pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, o ministro levou ao Palácio do Planalto a preferência pelo Rafale, uma opção política que não considerou as análises técnicas contidas no documento produzido pela Aeronáutica. O ex-presidente Lula chegou a tornar pública uma preferência pelos franceses e com frequência emitia sinais de exagerada proximidade com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. Diante da predileção da FAB pelo avião americano, resta saber agora qual será a decisão final da presidenta Dilma Rousseff. A tendência é acompanhar o relatório técnico. Dilma revelou a assessores que está disposta a bater o martelo sobre os caças antes do vencimento das propostas comerciais no próximo dia 31. O que lhe interessa, tem dito a presidenta, é saber qual negócio oferecerá mais vantagens ao desenvolvimento do País. E a FAB garante que a compra do modelo americano é a mais vantajosa.

PRÓ-RAFALE
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim havia engavetado o relatório da FAB

Questões como preço, custo de manutenção, prazo de entrega e desempenho operacional são exploradas a fundo pelo relatório. O documento da FAB mostra, por exemplo, que o F-18 tem um custo de US$ 5,4 bilhões para o pacote de 36 aeronaves. É quase a metade dos US$ 8,2 bilhões orçados no Rafale. O Gripen NG, oferecido a US$ 4,3 bilhões, é o mais barato dos três, mas trata-se de um avião em desenvolvimento nunca testado em combate na versão oferecida, pondera a FAB. O caça francês, além de mais caro que os demais, possui valor de hora-voo de US$ 20 mil. O dobro do jato americano (US$ 10 mil) e três vezes o do sueco (US$ 7 mil). Para justificar a preferência pelos caças americanos, o relatório traz outro dado nunca mencionado nas discussões anteriores sobre o FX-2: o armamento empregado no Super Hornet é mais econômico e possui maior diversidade que o de seus concorrentes. No documento, a FAB alerta também para a necessidade de uma solução imediata sobre o programa de caças, em razão do risco de vulnerabilidade a que o Brasil estará exposto em breve. “A importância estratégica do F-X2 torna-se evidente diante de um quadro de obsolescência”, alerta a FAB.


Outro documento também obtido pela reportagem da ISTOÉ poderá pesar na decisão da presidenta. Trata-se de uma minuta de cooperação estratégica firmada em sigilo entre a Embraer e a Boeing, pela qual a companhia americana – maior fabricante mundial de aeronaves – se compromete a entregar o maior programa de off-set (contrapartida) já oferecido pelos EUA a qualquer país fora da Otan. O acordo estabelece, por exemplo, apoio à comercialização dos Super Tucanos A-29 e do avião de transporte KC-390 em mercados inacessíveis ao Brasil. Também está prevista a construção conjunta de um avião de treinamento para pilotos, que poderá ser vendido a países da América Latina, a integração de armamentos nos Super Tucanos e o desenvolvimento de um jato multiemprego de quinta geração para ser comercializado em nível mundial. Num gesto inédito, a Boeing se compromete ainda a abrir um centro tecnológico no Brasil. Oficialmente, a Embraer diz desconhecer o documento, mas garante que está capacitada para trabalhar em parceria com quaisquer dos fornecedores. Num encontro recente com o comandante da FAB, Juniti Saito, a presidenta Dilma foi enfática. “Precisamos ajudar a Embraer”, disse. Não ficou claro se ela já havia decidido pelo F-18, mas assessores garantem que a análise técnica nunca pesou tanto.

Fonte: Claudio Dantas Sequeira (Revista IstoÉ) - Fotos: MC3 Jason Johnston / Marcos de Paula/AE

Homem é detido por ameaça de bomba em avião no centro da China

Um homem foi detido na Província de Henan, centro da China, por ser suspeito de uma ameaça falsa de bomba que forçou dois aviões de passageiros a atrasar sua decolagem na semana passada, informou a polícia de aeroporto na quinta-feira.

Zhou Anwei, nativo da cidade de Zhoukou de 23 anos, foi então preso e confessou que fez ameaças falsas sobre uma bomba cronometrada que supostamente estava em um avião operado pela China Southern Airlines (CZ) partindo da cidade de Guangzhou, com destino à cidade de Zhengzhou, capital da Província de Henan, no último sábado, de acordo com Chen Minglong, vice-diretor do Departamento de Segurança Pública do Aeroporto de Henan da Aviação Civil.

Dois voos da CZ atrasaram sua decolagem para mais verificações depois que Zhou telefonou para a polícia falando trêz vezes sobre a bomba, causando perdas econômicas diretas de 350 mil yuans (US$ 56 mil) para a companhia de aviação.

Zhou disse à polícia que foi inspirado por uma série de falsas bombas relatadas anteriormente na internet. Ele afirmou que fez as ameças com o fim de convencer sua família a oferecer-lhe apoio financeiro, pois seus parentes recusaram-se a lhe dar dinheiro depois que foi demitido de seu emprego apenas alguns dias antes do incidente.

Zhou foi preso um dia depois que a polícia local lançou a perseguição e agora está detido, disse a polícia.

Várias ameaças de bomba causar pouso de aviões chineses nos últimos meses. 

No início de outubro, um suspeito foi detido depois de fabricar uma ameaça terrorista em um avião voando para Beijing a partir de Istambul. O avião foi forçado a fazer uma aterrissagem de emergência.

No final de agosto, um avião da Air China com destino a Nova York retornou a Beijing depois de receber uma mensagem ameaçadora. Não foram encontrados itens perigosos no avião.

Fonte: Agência Xinhua via CRI Online

Pequeno avião fica preso em cabos de alta tensão na Coreia do Sul


Um pequeno avião (um ultraleve ainda não identificado) ficou preso em cabos de alta tensão na Coreia do Sul e o piloto ficou suspenso entre os cabos de 23 mil volts durante duas horas na última sexta-feira (7). 

Após desligarem a eletricidade, as equipes de resgate conseguiram retirar o piloto, identificado apenas como Kim, após uma delicada operação, uma vez que havia o risco de o aparelho ultraleve cair e arrastar tanto os membros da equipe de resgate como o próprio piloto.


Fonte: Diário Digital (pt) - Foto: Reprodução

Italiano salta do avião um segundo antes da decolagem

O Serviço de Segurança do aeroporto da cidade italiana de Pisa está investigando um incidente que ocorreu no domingo (9).

Um avião da Ryanair, com destino à Sicília, já tinha quase entrado na pista para a decolagem, quando um dos passageiros abriu a porta traseira e pulou primeiro na asa e depois no chão. O pessoal a bordo não conseguiu detê-lo. As causas do incidente estão sendo apuradas. Tais ações poderão ser relacionadas com doença mental, de que o homem padece.

Apesar da sua originalidade, não é a primeira vez que este incidente ocorre. Em 4 de agosto, um passageiro da companhia aérea Air Asia, que realizava o voo da cidade malaia de Miri em direção a Kuala Lumpur, por alguma razão desconhecida, saltou para fora do avião pela saída de emergência quando o avião começava a decolar.

Fonte: Rádio Voz da Rússia - Imagem: Reprodução

Dono da Avianca faz proposta de R$ 4 bi para comprar aérea portuguesa


O grupo Synergy, dono da Avianca no Brasil, apresentou nesta segunda-feira (10) sua proposta ao governo português para adquirir a companhia aérea TAP. Caso a negociação seja concluída, a empresa passaria a liderar o mercado de voos do Brasil para a Europa.

Segundo o "Jornal de Negócios", de Portugal, a oferta do grupo, controlado pelo empresário Germán Efromovich, totaliza € 1,5 bilhão (cerca de R$ 4 bilhões), dos quais € 1,2 bilhão servirão para assumir o passivo financeiro da estatal portuguesa.

Investimento

Segundo o jornal português "Diário Económico", o grupo Sinergy está disposto a investir € 4 bilhões nos próximos cinco anos se ganhar a licitação.

A publicação cita uma fonte próxima a Efromovich e considera que o investimento será destinado à renovação da frota. Luís Mór, vice-presidente da TAP, reconheceu na sexta-feira que a empresa vai "precisar de mais aviões".

A Parpública, holding que controla as participações empresariais do Estado português na empresa, avaliará a proposta de aquisição nos próximos cinco dias. Segundo o site do "Jornal de Negócios", a oferta ficou abaixo do esperado pelo governo, que tende a estender as negociações.

Fonte: UOL Notícias - Foto: Divulgação

Governo abre processo contra TAM por não cuidar de bagagem frágil

O governo federal quer acabar com a prática das empresas aéreas de exigir do passageiro a assinatura de um termo de isenção de responsabilidade pelas bagagens com o rótulo “frágil”. 

Em nota, o Ministério da Justiça informou ter instaurado processo administrativo contra a TAM Linhas Aéreas para apurar “irregularidade e prática abusiva” por esse tipo de exigência.

De acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, há indícios de infração aos direitos básicos do passageiro e de prática comercial abusiva no fornecimento do serviço.

O governo avalia que a empresa aérea não tem o direito de exigir a assinatura de qualquer termo que isente sua responsabilidade pelo transporte das bagagens, e considera ser “dever do fornecedor” prevenir e reparar todos os danos causados ao consumidor. 

A partir do recebimento da notificação sobre o processo administrativo, a TAM terá dez dias para apresentar defesa. Caso a infração seja constatada, a empresa poderá ser multada em até R$ 6,2 milhões, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de comunicação da TAM manifestou, por e-mail, que a companhia aérea “prestará todos os esclarecimentos necessários ao Ministério da Justiça”.


Fonte: Agência Brasil (UOL Notícias) - Foto ilustrativa: Reprodução

Aérea promove 'duelo' entre Messi e Kobe dentro de avião; veja

A empresa aérea Turkish Airlines lançou uma campanha publicitária com dois dos maiores nomes do esporte na atualidade: o argentino Lionel Messi, eleito por três anos seguidos como o melhor jogador de futebol do mundo, e o norte-americano Kobe Bryant, considerado um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos.

Em apenas um dia, o vídeo já foi visto por mais de 1 milhão de pessoas. No comercial, Kobe e Messi disputam a atenção de um garoto dentro do avião. Os dois fazem malabarismos com a bola, mas acabam 'perdendo' para a aeromoça que surge com um sorvete.

A empresa, considerada uma das melhores do mundo, segundo o 'Oscar' da aviação ("Skytrax World Airline Awards"), opera no Brasil no aeroporto de Guarulhos (Cumbica).

Assista ao 'duelo' entre Lionel Messi e Kobe Bryant dentro de um avião:

   

Fonte: UOL

Obras no pátio de estacionamento do Aeroporto Santos Dumont em 2013 poderão restringir voos

Aperto. Aeronaves de pequeno porte (em primeiro plano) no Santos Dumont: desde novembro, jatinhos, táxis aéreos e aviões executivos só podem permanecer ali por três horas
Foto: Domingos Peixoto (O Globo)

Depois dos engarrafamentos em terra - e também no mar, por causa das embarcações enfileiradas em frente às praias, esperando vaga para atracar no porto - o carioca pode começar 2013 enfrentando congestionamentos de aviões. Novas regras para o espaço aéreo do Santos Dumont, que entraram em vigor em novembro, e o anúncio pela Infraero de obras importantes para o terminal poderão ter impacto direto no movimento do aeroporto.

Uma das medidas, que já está valendo, limita a três horas o tempo de permanência que uma aeronave da aviação geral (jatinhos particulares, táxi aéreo e aviões executivos) pode ficar estacionada na pista do Santos Dumont. A segunda é mais complexa: o pátio de estacionamento do aeroporto passará por uma ampliação, prevista para ter início em janeiro de 2013, ano em que a cidade começa a testar sua infraestrutura para a realização de grandes eventos.

A previsão é que o pátio fique fechado durante a execução das obras, que podem durar seis meses, impedindo que os aviões continuem utilizando o trecho para manobras durante os pousos e decolagens. Sem esse pátio, os jatos da aviação comercial terão que usar a pista auxiliar para taxiar, aumentando o tempo de permanência no local e, consequentemente, provocando filas de aeronaves que buscam aproximação do aeroporto para aterrissar, além de causar reflexos nas filas de embarque de passageiros.

- De que haverá impacto, nós não temos dúvidas. O tamanho do problema é que ainda estamos dimensionando. O que posso afirmar é que, na segurança, ninguém mexe - afirmou o coronel da Aeronáutica Ary Rodrigues Bertolino, diretor do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado ao Ministério da Defesa e ao comando da Aeronáutica.

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Avião transformado em sala de aula na Geórgia

Segundo o portal “Green Savers”, Gari Chapidze, diretor de uma escola em Rustavi na Geórgia, comprou um avião Yakovlev 42 e transformou-o na sala de aula mais impressionante do país e, quem sabe, do mundo.

Embora não admita quanto dinheiro gastou na aquisição do avião, Chapidze adianta que a remodelação do espaço demorou vários meses.

A preocupação com a possibilidade de alguns pais não aceitarem esta invulgar sala de aula foi algo que Gari Chapidze sentiu no início, mas a sala revelou-se num autêntico sucesso, como se pode ver pelas imagens.











Fonte: Transportes em Revista / Site Desastres Aéreos - Fotos: Divulgação

Avião da Air France fez aterrissagem de emergência em Minsk

Um avião da Air France, com 90 passageiros a bordo, que fazia o voo AF-1644 Paris-Moscou, fez uma aterrissagem de emergência em Minsk, na Bielorrússia, no domingo (9). 

A aeronave Airbus A319-111, prefixo F-GRXC, aterrissou no aeroporto Minsk-2 às 12h09 (hora local). 

Foram alertados os serviços de emergência aeroportuários mas sua assistência não chegou a ser necessária. 

Às 18h30 (hora de Minsk) espera-se um outro avião de Paris que transportará os passageiros do aparelho avariado para Moscou.

Fonte: Rádio Voz da Rússia / Aviation Herald - Foto: planepictures.net