Duas empresas aéreas, 2 controladoras e um fundo de investimento também prometem brigar pela concessão no Rio
Vista aérea da região do Aeroporto Internacional de Campinas
Pelos menos cinco grandes empresas — duas aéreas, duas construtoras e um fundo de investimentos — manifestaram interesse em brigar pela concessão dos aeroportos internacionais de Viracopos, em Campinas, e Galeão, no Rio de Janeiro.
A decisão do governo em privatizar os terminais foi anunciada há duas semanas e os grupos aguardam os resultados dos estudos coordenados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que irão definir o modelo de concessão. A análise ficará pronta no primeiro trimestre de 2009. O governo pretende que a reforma e ampliação dos aeroportos estejam concluídas até a Copa de 2014.
Uma das maiores interessadas na privatização é a A-port, criada em dezembro do ano passado para investir e administrar aeroportos da América Latina, incluindo o Brasil e Caribe. A A-port é resultado da associação internacional da Camargo Correa Investimentos e Infra-Estrutura S.A. com a holding suíça Unique (Flughafen Zurich AG) e o grupo chileno Gestión e Ingerieria IDC S.A. A Unique administra o Aeroporto de Zurique, um dos principais da Europa. Já o Gestión administra diversos terminais com a Unique na América Latina.
Sediada no Brasil, a A-port conta com uma plataforma que inclui operações de aeroportos no Chile, Colômbia e Honduras, além da concessionária SAOParking, que administra o estacionamento do Aeroporto de Congonhas.
“Temos experiência e estamos interessados em todos os projetos no Brasil, vamos olhar tudo. Estamos aqui para ser um dos maiores competidores”, afirmou à Agência Estado o diretor de novos negócios da Camargo Corrêa Investimentos em Infra-Estrutura, Ricardo Bisordi.
A Odebrecht, que está formalizando um consórcio para disputar a privatização do Aeroporto de Lisboa, também tem interesse em concorrer à concessão de terminais brasileiros, mas a empresa ainda é reticente ao comentar o assunto. Procurada ontem, informou que não faria comentários.
No páreo
A TAM e a Azul Linhas Aéreas também estão no páreo. O presidente da Azul, David Neeleman, anunciou na última quart[/ABRETEXTO]a-feira, no batismo do primeiro avião da empresa, que tem interesse na privatização de Galeão e Viracopos. Investir no Brasil, disse o executivo à Agência Estado, “é uma decisão que depende do governo. Nos Estados Unidos não há muitos aeroportos administrados pelo governo. A maior parte fica por conta das empresas.”
Na semana passada, em encontro com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), o presidente da TAM, David Barioni Neto, afirmou que via com bons olhos a privatização dos aeroportos e não descartou a possibilidade de a TAM Participações vir a disputar a concessão no futuro.
O Advent International, maior fundo de investimentos no País, é outro grupo de olho na privatização depois de comprar a Aeroportos Dominicanos Siglo S.A. (Aerodom), operadora aeroportuária da República Dominicana. O escritório no Brasil já o terceiro maior da gestora no mundo, atrás apenas do de Boston e Londres, e conta com 13 profissionais. A empresa também está presente na América do Norte, Europa, Japão e outros países latinos.
Fonte: Maria Teresa Costa (Cosmo Online) - Foto: Flávio Grieger (AAN)