De acordo com metas de eficiência da Anac, terminal precisa melhorar desempenho em mais de 30%
O Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, foi considerado o menos eficiente entre os 16 grandes terminais do país. De acordo com um levantamento realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o aeroporto teve pontuação igual a 27,06 no indicador que relaciona a quantidade de passageiros e o volume de carga ao custo de operação dos terminais. Um índice muito baixo se comparado ao melhor desempelho - do aeroporto de Brasília - com pontuação de 111,3.
Nesta segunda-feira, entram em vigor as metas de eficiência propostas pela Anac para os aeroportos de todo o país e que serão utilizadas como critérios para o reajuste das tarifas. Caso não cumpram a meta proposta pela agência reguladora em um ano, os terminais não terão a reposição integral do IPCA. Segundo o levantamento, o Galeão precisa melhorar sua eficiência em 30,78%, ou seja, tem a meta mais elevada entre os 16 terminais da categoria 1 - aqueles que contam com mais facilidades, como estacionamentos e elevadores.
O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), afirmou nesta segunda-feira que o Galeão "é uma vergonha para o Rio de Janeiro" e defendeu, mais uma vez, que a administração deste e de outros aeroportos do país seja concedida a empresas privadas. Para melhorar o desempenho de forma mais imediata, o terminal precisa cortar gastos ou elevar o número de passageiros e volume de carga.
Como funciona o cálculo
As metas de eficiência para os aeroportos do país foram fixadas com base em um parâmetro internacional chamado Work Load Units (WLU), um indicador anual que divide o número de embarques e desembarques e o volume de cargas pelos custos do aeroporto, levando em conta número de funcionários, receita e outros dados operacionais e administrativos. Segundo a Anac, todos os aeroportos do Brasil precisam melhorar o desempenho, sem exceção.
Novas tarifas
Uma portaria da Anac publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira estabelece os novos valores das tarifas de embarque que vão vigorar a partir do dia 14 de março. De acordo com a agência reguladora, as tarifas não eram reajustadas desde 2005. A tarifa de embarque doméstico será ajustada em 5,28% e passa de 19,60 para 20,65 reais nos aeroportos de categoria 1. No embarque internacional, o aumento será de 1,58% e chegará a 36,57 reais.
Para estimular a desconcentração de voos em horários de pico e evitar que a infraestrutura aeroportuária seja subutilizada em certas horas do dia, os administradores aeroportuários são autorizados a conceder descontos. Os critérios, contudo, devem ser divulgados com antecedência mínima de 30 dias.
Fonte: Veja.com - Foto: Divulgação