Exército americano trata estresse dos soldados para evitar mais suicídios
Diante das cifras recordes de suicídios e da onda de depressão entre seus soldados, o Exército dos Estados Unidos está preparando pouco a pouco formações especializadas e destinadas a tornar seus militares mais resistentes ao estresse emocional relacionado a situações de guerra.
A partir de 1º de outubro, todos os militares em serviço, os reservistas e os soldados da Guarda Nacional deverão passar por um "exame de resistência" que definirá seu estado emocional e psíquico.
"Você acha que, no geral, não tem amigos?" ou "Sente-se frequentemente deixado de lado?" são algumas das 170 perguntas que serão feitas aos soldados no exame.
Os resultados serão em seguida transmitidos aos comandos militares, que escolherão as formações que melhor se adaptarão a suas necessidades.
"Esta iniciativa sem precedentes visa ensinar aos soldados como enfrentar as provas e os acontecimentos negativos, e superá-los e ficar mais fortes", explica a apresentação do programa.
As respostas dadas serão confidenciais e não pesarão de modo algum sobre as carreiras dos soldados, assegurou a general de brigada Rhonda Cornum, supervisora do programa.
"Nós percebemos que estávamos gastando muitos recursos e energia com soldados que passavam por experiências negativas, mas não fazíamos nada para preveni-las", explicou.
O programa começará a ser aplicado no momento em que houver alarme entre os altos comandos em função do aumento constante dos suicídios entre os soldados posicionados no Afeganistão e Iraque, invadiso pelos Estados Unidos em 2001 e 2003, respectivamente.
Em 2008, 128 militares se suicidaram, contra 115 um ano antes. No curso dos seis primeiros meses de 2009 estima-se que a cifra de soldados que se suicidaram chega a 88, contra 67 para o mesmo período de 2008.
O programa a ser aplicado se baseia numa série de pesquisas iniciadas há 20 anos pelo psicólogo Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia.
Seligman formou equipes para reduzir os estados depressivos e a angústia de crianças de 10 a 12 anos e de jovens de 18 a 20 anos.
Um grupo de 50 suboficiales já iniciou sua formação, enquanto que outros 150 militares começarão em breve a se preparar, informou a general Cornum, uma cirurgiã que ficou gravemente ferida quando o helicóptero em que viajava foi derrubado em plena Guerra do Golfo.
Segundo ela, 4.000 soldados já passaram pela "prova de resistência" e os resultados dão uma média de 3,7 pontos em uma escala de 5, uma cifra considerada alta, já que revela a presença de uma forte estresse emocional.
Por sua parte, Martin Seligman assegura que as dúvidas de que o programa funcione aplicado a uma população militar - integrada por indivíduos que resistema falar de suas emoções - foram dissipadas.
O entusiasmo manifestado pela primeira onda de soldados submetidas ao projeto comprova isso, afirmou.
Fonte: AFP
A partir de 1º de outubro, todos os militares em serviço, os reservistas e os soldados da Guarda Nacional deverão passar por um "exame de resistência" que definirá seu estado emocional e psíquico.
"Você acha que, no geral, não tem amigos?" ou "Sente-se frequentemente deixado de lado?" são algumas das 170 perguntas que serão feitas aos soldados no exame.
Os resultados serão em seguida transmitidos aos comandos militares, que escolherão as formações que melhor se adaptarão a suas necessidades.
"Esta iniciativa sem precedentes visa ensinar aos soldados como enfrentar as provas e os acontecimentos negativos, e superá-los e ficar mais fortes", explica a apresentação do programa.
As respostas dadas serão confidenciais e não pesarão de modo algum sobre as carreiras dos soldados, assegurou a general de brigada Rhonda Cornum, supervisora do programa.
"Nós percebemos que estávamos gastando muitos recursos e energia com soldados que passavam por experiências negativas, mas não fazíamos nada para preveni-las", explicou.
O programa começará a ser aplicado no momento em que houver alarme entre os altos comandos em função do aumento constante dos suicídios entre os soldados posicionados no Afeganistão e Iraque, invadiso pelos Estados Unidos em 2001 e 2003, respectivamente.
Em 2008, 128 militares se suicidaram, contra 115 um ano antes. No curso dos seis primeiros meses de 2009 estima-se que a cifra de soldados que se suicidaram chega a 88, contra 67 para o mesmo período de 2008.
O programa a ser aplicado se baseia numa série de pesquisas iniciadas há 20 anos pelo psicólogo Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia.
Seligman formou equipes para reduzir os estados depressivos e a angústia de crianças de 10 a 12 anos e de jovens de 18 a 20 anos.
Um grupo de 50 suboficiales já iniciou sua formação, enquanto que outros 150 militares começarão em breve a se preparar, informou a general Cornum, uma cirurgiã que ficou gravemente ferida quando o helicóptero em que viajava foi derrubado em plena Guerra do Golfo.
Segundo ela, 4.000 soldados já passaram pela "prova de resistência" e os resultados dão uma média de 3,7 pontos em uma escala de 5, uma cifra considerada alta, já que revela a presença de uma forte estresse emocional.
Por sua parte, Martin Seligman assegura que as dúvidas de que o programa funcione aplicado a uma população militar - integrada por indivíduos que resistema falar de suas emoções - foram dissipadas.
O entusiasmo manifestado pela primeira onda de soldados submetidas ao projeto comprova isso, afirmou.
Fonte: AFP
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