O terrorista Abdel Baset al-Megrahi chega acompanhdo por Seif al-Islam el-Khadafi, filho do líder líbio Muammar al-Khadafi
Um porta-voz da Casa Branca qualificou nesta sexta-feira de perturbadora a forma como o líbio Abdel Basset Ali al-Megrahi, único condenado pelo atentado de Lockerbie, foi recebido ao retornar ao seu país, na quinta-feira.
Al-Megrahi foi recebido por centenas de pessoas acenando bandeiras líbias no aeroporto da capital, Trípoli. Antes, os governos americano e britânico disseram ter pedido à Líbia para que ele não fosse recepcionado como um herói.
"É perturbador ver imagens sugerindo que Megrah foi recebido como um herói e não um assassino condenado", disse o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.
"Este tipo de recepção manda uma mensagem errada e é profundamente ofensiva às famílias das centenas de pessoas que perderam suas vidas no atentado de Lockerbie."
Duzentas e setenta pessoas morreram no atentado, em que uma bomba explodiu em um avião da empresa aérea Pan American World Airways enquanto ele sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie, em 1988. Das vítimas fatais, 189 delas americanas.
Próximos dias
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, disse que "obviamente a visão de um assassino em massa recebendo uma recepção de herói em Trípoli é profundamente lamentável", disse ele.
"É muito importante que a Líbia saiba que a forma como seu governo vai lidar com o caso nos próximos dias será muito importante para definir como o mundo enxerga a volta do país à comunidade das nações civilizadas", afirmou o britânico.
Um porta-voz do governo da Grã-Bretanha afirmou que o premiê Gordon Brown havia escrito ao líder líbio, Muamar Khadafi, pedindo para que o governo do país tratasse o caso com sensibilidade.
A decisão de libertar Megrahi por motivos humanitários, já que o líbio sofre de câncer de próstata em estado terminal, teria sido do governo escocês e não do britânico, segundo o porta-voz.
Silêncio de Khadafi
Khadafi ainda não se pronunciou sobre o caso.
O correspondente da BBC em Trípoli Christian Fraser disse que integrantes do governo não se juntaram à recepção ao condenado, embora ele tenha sido recebido no aeroporto por um filho de Khadafi, Seif Al-Islam Khadafi.
Um editorial do jornal estatal Al-Jamahiriyah desta sexta-feira criticou o julgamento de Megrahi, classificando-o de "refém político".
A filha de Megrahi disse que ele está descansando em casa.
Familiares das vítimas disseram estar considerando uma manifestação contra Khadafi no próximo mês, quando ele visitar Nova York.
Uma visita da família real britânica à Líbia, agendada para o próximo mês, também estaria sendo reavaliada.
Megrahi foi condenado, em 2001 por ter participado do ataque a bomba contra o voo 103 da Pan Am.
No atentado contra o voo 103 da Pan Am, em 1988, 270 pessoas morreramAl-Megrahi foi recebido por centenas de pessoas acenando bandeiras líbias no aeroporto da capital, Trípoli. Antes, os governos americano e britânico disseram ter pedido à Líbia para que ele não fosse recepcionado como um herói.
"É perturbador ver imagens sugerindo que Megrah foi recebido como um herói e não um assassino condenado", disse o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.
"Este tipo de recepção manda uma mensagem errada e é profundamente ofensiva às famílias das centenas de pessoas que perderam suas vidas no atentado de Lockerbie."
Duzentas e setenta pessoas morreram no atentado, em que uma bomba explodiu em um avião da empresa aérea Pan American World Airways enquanto ele sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie, em 1988. Das vítimas fatais, 189 delas americanas.
Próximos dias
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, disse que "obviamente a visão de um assassino em massa recebendo uma recepção de herói em Trípoli é profundamente lamentável", disse ele.
"É muito importante que a Líbia saiba que a forma como seu governo vai lidar com o caso nos próximos dias será muito importante para definir como o mundo enxerga a volta do país à comunidade das nações civilizadas", afirmou o britânico.
Um porta-voz do governo da Grã-Bretanha afirmou que o premiê Gordon Brown havia escrito ao líder líbio, Muamar Khadafi, pedindo para que o governo do país tratasse o caso com sensibilidade.
A decisão de libertar Megrahi por motivos humanitários, já que o líbio sofre de câncer de próstata em estado terminal, teria sido do governo escocês e não do britânico, segundo o porta-voz.
Silêncio de Khadafi
Khadafi ainda não se pronunciou sobre o caso.
O correspondente da BBC em Trípoli Christian Fraser disse que integrantes do governo não se juntaram à recepção ao condenado, embora ele tenha sido recebido no aeroporto por um filho de Khadafi, Seif Al-Islam Khadafi.
Um editorial do jornal estatal Al-Jamahiriyah desta sexta-feira criticou o julgamento de Megrahi, classificando-o de "refém político".
A filha de Megrahi disse que ele está descansando em casa.
Familiares das vítimas disseram estar considerando uma manifestação contra Khadafi no próximo mês, quando ele visitar Nova York.
Uma visita da família real britânica à Líbia, agendada para o próximo mês, também estaria sendo reavaliada.
Megrahi foi condenado, em 2001 por ter participado do ataque a bomba contra o voo 103 da Pan Am.
Fonte: BBC Brasil via Terra - Fotos: AP
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