domingo, 4 de outubro de 2009

Pilotos e empresas prometem lutar pelo Campo de Marte

Entidades que representam pilotos e empresas de aviação com sede no Campo de Marte, zona norte, o mais antigo aeroporto paulistano, prometem partir para a briga para tentar barrar a transformação do espaço na estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), São Paulo-Rio. O edital de licitação do TAV deve ser lançado no fim do mês, após o término da consulta pública. Especialistas avaliam que a obra, a ser 70% custeada com dinheiro público, não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014, somente para os Jogos Olímpicos, em 2016.

Hoje as duas principais entidades, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) e a Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas e Usuários do Campo de Marte (Acecam), fazem uma reunião que deve definir um plano de ação contra a proposta federal, de reduzir o local a um heliponto, para liberar espaço para a estação e pátios de manobras do TAV. Não estão descartadas ações na Justiça e no Ministério Público contra a proposta.

Há consenso de que o governo está "esquecendo" do principal setor interessado: a aviação geral. "É equívoco sem tamanho transformar o aeroporto em heliponto, mais um dos 480 da capital Estamos falando da paralisação dos negócios", diz o comandante Ricardo Nogueira, vice-presidente da Abag. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve se pronunciar sobre após a consulta pública sobre o TAV, que termina no dia 15. Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na semana passada que o "destino de Marte deve ser os helicópteros".

Segundo Nogueira, aeronaves, hangares e empresas, se "despejados" de Marte, o quinto maior aeroporto do País em movimento (atrás de Cumbica, Congonhas, Santos Dumont e Galeão) não terão para onde ir. Atuando no limite, com 283 operações de pousos e decolagens por dia em 2008 (ano em que registrou 103 mil movimentos), o Marte foi o aeroporto que absorveu praticamente todo o movimento de pequenos aviões e helicópteros após o acidente com o A320 da TAM em Congonhas, em 2007, onde as operações de pequenas aeronaves foram limitadas de dez para quatro por hora.

"O Aeroporto Internacional de Guarulhos não tem vocação para essa atividade e nem espaço para recebê-la", diz o piloto. Pequenos jatos e turboélices particulares descem lá caso haja cancelamento de voos por parte das grandes empresas aéreas. "Outras opções não existem: Jundiaí tem pistas e terminal saturados; Campinas, Viracopos e Campos dos Amarais não têm estruturas específicas. O aeroporto de Sorocaba, idem. E São José dos Campos é longe". O Campo de Marte foi selecionado em agosto pela ANTT para sediar a estação paulistana do TAV - obra que custará R$ 34,6 bilhões - em detrimento de outra opção, o Terminal Barra Funda, que não teria espaço para abrigar os pátios dos trens.

Fonte: AE via Cruzeiro On Line - Foto: usp.br

Problemas no Aeroporto de Joinville (SC)

Com poucas opções e restrições a voos, movimento encolhe no aeroporto de Joinville

Entre a esperança e a realidade

A Infraero é otimista e acredita que os problemas com os voos no aeroporto de Joinville podem se reverter nos proximos meses, trazendo de volta o passageiro que está viajando por Curitiba. “Com o corte das árvores e o tempo colaborando, teremos uma melhora gradual no movimento”, diz o superintendente regional da Infraero, Sérgio Santiago Ribeiro.

A realidade é outra. A situação de 2000 (veja abaixo evolução do movimento), quando quatro companhias chegavam à cidade e havia voos para dez cidades, está bem distante. Além de depender da liberação da Aeronáutica tão cedo não há possibilidade de novos voos para a cidade.

Joinville está, no momento, fora dos planos da Trip e da Azul, as empresas que mais estão crescendo no País. TAM e Gol que voam para a mais populosa cidade catarinense não têm expectativas de ampliar o número de frequências. O argumento é que a cidade sempre esteve com a oferta de voos adequada à demana,

Ao mesmo tempo, o movimento cresce em cidades da região Sul, com perfil parecido ao de Joinville. As operações em Londrina cresceram 2,65% nos oito primeiros meses do ano, comparativamente ao mesmo período de 2008, mesmo contando com um forte concorrente a 100 quilômetros (Maringa).

O fluxo de passageiros em Navegantes, que serve a Blumenau e Itajaí, aumentou 29,43%. Em um raio de 100 quilômetros, há outros dois aeroportos: Joinville e Florianópolis.

A concorrência com Curitiba preocupa Ribeiro. Há alguns meses foi encomendado um estudo para saber quantos passageiros o terminal perde para Curitiba. De acordo com o superintendente, o trabalho foi suspenso por causa do problema do corte das árvores.

“Primeiro vamos resolver este assunto”, diz. Com as questões estruturais resolvidas e a liberação de toda a pista, Ribeiro acredita que fica afastado o risco de eventuais desculpas das empresas aéreas.

E os passageiros?

Com poucas opções e restrições a voos, movimento encolhe no aeroporto de JoinvilleA maioria dos aeroportos brasileiros está mais movimentada. Os aviões estão partindo mais cheios. Mas, em Joinville, a situação é a inversa.

No ano, até agosto – um mês antes de a Aeronáutica proibir o pouso de aeronaves à noite e com tempo chuvoso – passaram 149,3 mil passageiros, entre os que embarcavam e desembarcavam pelo terminal local. É uma queda de 14,63%, em relação a 2008, segundo a Infraero. No País, o movimento cresceu 5,01% (veja gráfico abaixo).

A determinação da Aeronáutica em suspender voos noturnos por conta da falta de poda nas árvores no entorno da pista acentuou ainda mais o problema. Hoje, partem três voos pela manhã e um no início da tarde para o aeroporto de Congonhas. Em 2000, eram oito frequências diárias.

A melhor saída, por enquanto, é Curitiba. A consultora Ivonette Cardozo é uma das moradoras de Joinville que encontra problemas. “Temos muitas empresas de grande porte e um aeroporto que não funciona. “Para ela, enquanto os horários de voos não forem normalizados, a solução será recorrer à capital paranaense para poder chegar nos compromissos fora da cidade.

O empresário Ricardo Vogelsanger viaja com frequência para São Paulo e Porto Alegre e, além de ter de conciliar a agenda de compromissos com a dos clientes, precisa ficar atento aos horários dos voos que partem e chegam a Joinville. “Quando tenho que marcar uma reunião em São Paulo perco o dia todo mesmo que o compromisso dure apenas uma hora.”

Uma das soluções encontrada por ele e por muitos que usam o terminal como ponto de partida é seguir até Curitiba e voar por lá. “O valor das passagens são muito mais interessantes, o que é um diferencial bem significativo. Mesmo com o combustível, tarifa de estacionamento e uma hora de viagem a mais, ainda vale a pena.”

Quem também se sente prejudicado pela situação do aeroporto é o consultor Pedro Mandelli. Morador de Joinville, ele tem um escritório em São Paulo e usa o terminal pelo menos duas vezes por semana. Se o destino é ir para outros Estados, ele nem pensa duas vezes e embarca direto por Curitiba. “O problema dos voos diurnos está na incerteza do tempo. Tenho negócios e não posso ficar a mercê disso”, explica.

Clique e veja (em .pdf):

Os problemas

Embarques pelo Aeroporto de Joinville

Movimento nos Aeroportos

Fonte: Ana Paula Fanton (A Notícia)

Crianças carentes voam pela primeira vez em Carazinho (RS)

Ação ocorreu em parceria da FAB com o Aeroclube local

Crianças de Carazinho andaram pela primeira vez de avião neste final de semana

Crianças que participam de projetos sociais em Carazinho, no norte do Estado, tiveram a chance de voar pela primeira vez neste final de semana. Uma parceria entre o Aeroclube local e a Força Aéra Brasileira (FAB) levou 104 delas para seu primeiro voo.

Durante toda a tarde de sábado, um avião Brasília da FAB realizou sobrevoos sobre as redondezas da zona urbana do município. Com duração de 20 minutos, os passeios emocionaram a turma que viu o mundo do alto. Foram quatro viagens para levar todos os participantes.

Fonte: Leandro Belles (Zero Hora) - Foto: Jean Pimentel

Novo relatório aponta sondas Pitot como causa do acidente do voo Rio-Paris

As sondas Pitot, que medem a velocidade, provocaram o acidente do voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris, afirma um sindidato de pilotos após uma nova investigação que terá os resultados anunciados nesta semana à justiça, informa o jornal francês Journal du Dimanche (JDD).

O Bureau de Investigações e Análises (BEA), responsável pela investigação técnica na França da tragédia do Airbus A330, que matou 228 pessoas em 1º de junho entre Rio e Paris, afirmou em suas primeiras conclusões em 2 de julho que uma falha das sondas Pitot era "um elemento, mas não a causa do acidente".

No relatório, dois pilotos, Gérard Arnoux, comandante de bordo em aviões A320 e presidente do Sindicato de Pilotos da Air France (SPAF), e Henri Marnet-Cornus, também comandante de A330, já aposentado, afirmam que o acidente "sem dúvida poderia ter sido evitado".

"Tal acontecimento não se resume a uma causa única. Mas é uma verdade incontestável que devemos repetir sem cessar: sem a falha das sondas Pitot, o acidente não teria acontecido", afirmou Arnoux em entrevista ao JDD, que dedica a primeira página ao relatório.

As sondas Pitot, que forneceram dados incoerentes no caso do AF447, permitem ao piloto controlar a velocidade do avião, um elemento crucial para o equilíbrio do voo.

"O BEA tenta minimizar o papel desempenhado pelas Pitot porque não fez as fiscalizações que as leis e regulamentos exigem, pelo menos desde o alerta feito pelo seu equivalente alemão em 1999 e, de qualquer modo, desde os incidentes de 2008", completou Arnoux.

Em uma nota interna divulgada em junho aos pilotos, a Air France registrou nove incidentes com sondas Pitot congeladas entre maio de 2008 e março de 2009, oito deles em aviões de longo alcance A340 e um em uma aeronave A330.

"Todos subestimaram o problema das sondas", conclui Arnoux.

Fonte: AFP

FAB quer cocluir neste mês relatório sobre caças

Na sexta, as três empresas apresentaram as melhorias de suas propostas, reabertas no dia 8 de setembro

O Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou na manhã deste domingo, 4, que até o final de outubro a Comissão Gerencial do Projeto F-X2, deverá concluir os trabalhos de avaliação das propostas enviadas pelas empresas concorrentes à venda dos caças para a Força Aérea Brasileira. "Pretendemos concluir até o final de outubro", disse o comandante, referindo-se à finalização do relatório da comissão apontando qual a melhor opção entre o F-18, SUPERHORNET, da BOEING, o RAFALE, da Dassault e o GRIPEN NG, da SAAB. "Se Deus quiser até lá teremos o relatório final", comentou. As declarações do comandante foram dadas à imprensa, ao final da cerimônia de troca da bandeira, na praça dos Três Poderes.

Na última sexta-feira, as três empresas apresentaram as melhorias de suas propostas, reabertas no dia oito de setembro, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no dia sete de setembro, ter classificado a França como "parceiro estratégico" e ter anunciado a abertura das negociações com a Dassault. Diante do problema criado, com insatisfação das demais concorrentes, já que o processo de avaliação técnica da FAB ainda estava em curso, o governo resolveu abrir um novo prazo com a possibilidade de todas as empresas apresentarem melhorias em suas ofertas.

Com as antigas e novas propostas em mãos, a comissão da FAB, composta por mais de 60 especialistas em diversas áreas,e presidida pelo brigadeiro Dirceu Nôro,fará uma nova avaliação e irá elaborar o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes. Este relatório, então, será apresentados aos Oficiais Generais integrantes do Alto Comando da Aeronáutica. Em seguida, a Aeronáutica encaminhará seu relatório ao Ministério da Defesa, que o entregará ao presidente da República.

O brigadeiro Juniti Saito acredita que o presidente Lula deverá convocar, então, o Conselho de Defesa para definir a questão. Mas Lula já manifestou a sua preferência estratégica pelo caça francês, embora tenha se queixado diretamente a Sarkozy do preço do avião, pedindo que ele fosse objeto de revisão. O relatório de análise técnica, no entanto, é pautado pela valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia.

Fonte: Tânia Monteiro (O Estado de S. Paulo)

Acidente da GOL: Americano é processado por defender pilotos do Legacy

Todo o cidadão brasileiro que se sentir ofendido em sua honra tem o direito de pedir uma retratação. A partir desta premissa, a viúva Rosane Gutjhar, que perdeu o marido no choque do jato Legacy com o avião da Gol, em 2006, abriu processo contra o jornalista norte-americano Joey Sharkey. Segundo Rosane, o jornalista, que era um dos passageiros do Legacy, ofendeu a nação brasileira por tratar o país como terra “tupiniquim” e “arcaica” em blog que criou para postar opiniões e fatos sobre o acidente. O processo corre na 18ª Vara Cível de Curitiba.

Especializado em aviação, Joe Sharkey recebeu a notificação em sua casa em New Jersey, nos Estados Unidos, no início de setembro. A intimação judicial pede que ele publique um pedido de desculpas ao Brasil em seu blog e ainda cobra uma indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil. O pedido, feito pelos advogados Oscar e Carla Fleischfresser, reforça que o objetivo é “restabelecer a dignidade da autora, não pelos valores financeiros, mas para provar que há Justiça no Brasil”.

Os advogados acusam o americano por ter se referido ao Brasil como “país arcaico”, “terra de tupiniquins e bananas” e descrevendo o o país como terra do “carnaval, futebol, bananas, ladrões e prostitutas”. A notificação acusa ainda o jornalista de relacionar a imagem dos brasileiros com a dos “Três Patetas”, ofender o presidente da República, os controladores de voo do país e outras personalidades. O processo também cita o fato de o jornalista ter dito que Santos Dummont só conseguiu inventar o avião porque não morava no Brasil. “Todo o brasileiro que se sentir ofendido, tem legitimidade para reparar a sua honra. Ela, no caso, é uma viúva que sofreu muito por conta do acidente e sofre de problemas emocionais até hoje por conta do desastre não é obrigada a conviver com este tipo de ofensa”, explica Fleischfresser. Segundo os advogados brasileiros, o jornalista tem 15 dias para se defender da acusação na Justiça.

Enquanto isso, JOe Sharkey se defende por meio de seu próprio blog e de sites americanos especializados em jornalismo. “Estou completamente surpreso com as acusações de que eu insultei a honra do Brasil tentando transformar os pilotos americanos em heróis”. Ele diz não entender a acusação, já que em seus textos nunca se referiu à viúva em questão.

Em notas recentemente publicadas, ele afirma não ter dúvidas de que os posts no blog foram pesados. “Eu argumentei fortemente, utilizando muitas fontes e evidências da indústria aérea para dizer que o Brasil cometia um erro em se apressar a criminalizar um acidente aéreo, impedindo uma livre e honesta investigação”. Ele também assume ter publicado fotos do seriado Keystone Cops (Guardas Keystone, um seriado humorístico de 1912) e vídeos dos Três Patetas, para “ilustrar que eu considero particularmente uma odiosa conduta por parte das autoridades brasileiras. De forma tardia, francamente, eu queria não ter ido tão longe na ridicularização”.

Sharkey afirma, porém, nunca ter se referido ao Brasil como país “o mais estúpido dos estúpidos”, por exemplo, e nunca disse que o Brasil é o país do “Carnaval, futebol, bananas, ladrões e prostitutas”. O que ocorreu é que citações deste tipo foram feitas em comentários e outros links na internet feitos a partir dos posts dele, como no site Brazzil, que, segundo sua própria definição, “desde 1989 tenta entender o Brasil”. Se merecer uma leitura mais atenta da autora da ação e de seus advogados, corre o risco também de ser processado por ofensas à dignidade da nação brasileira.

O texto da ação contra Sharkey argumenta que “os mesmo pilotos que foram recebidos nos Estados Unidos como heróis por terem salvado seis pessoas, esqueceram-se da morte de 154 brasileiros”, segundo o documento, causadas por estes sobreviventes. “Como um dos passageiros do Legacy, com grande influência na mídia, lançou uma campanha subliminar em seu blog em favor dos pilotos”. “É importante lembrar que eu sempre expressei profunda mágoa e compaixão pelos parentes das vítimas do desastre, que eu penso serem extremamente mal servidos pelas autoridades brasileiras”, afirma. Sharkey, em seu blog, tem reclamado da ligeireza com que as autoridades tentaram incriminar os dois pilotos americanos do Legacy.

Para Fleischfresser, a publicação de texto em sua defesa no blog mostra que ele está “tentando se convencer de que ele não tem culpa”. “Não é dessa forma que ele deve resolver. Ele é parte, é testemunha”, afirma. “Ele estava dentro do avião. A partir de então, divulgou no blog dele, matérias falando do caos aéreo brasileiro. Dizendo que o Brasil era uma terra de patetas e índios ignorantes. Ele ofendeu a todos os brasileiros. Ele não estava falando como jornalista, porque é parte do ocorrido”, explica Fleischfresser.

O jornalista também se mostra preocupado com a questão de jornalistas e estudiosos estarem totalmente à mercê do entendimento de outros países sobre difamação. Ele lembra do caso da escritora e acadêmica Rachel Ehrenfeld que perdeu uma causa em que foi acusada de calúnia. Ela foi processada por um empresário saudita no Reino Unido por ter associado seu nome ao grupo terorista Al Qaeda livro Funding Evil (Financiando o Mal).

O Comitê de Proteção aos Jornalistas (Committee to Protect Journalists), uma organização independente de defesa da liberdade de imprensa com base em Nova York, publicou nota em apoio ao jornalista, pedindo que a Justiça brasileira rejeite o caso, que é baseado na reclamação tênue sobre comentários que tenham insultado a nação brasileira. “Nós acreditamos que o processo contra Sharkey é infundado e se baseia em comentários erroneamente atriubídos ao repórter”, diz Carlos Lauría, coordenador do CPJ para as Américas. “Sharkey tem o direito de noticiar dados sobre o trágico acidente e publicar sua opinião sobre a investigação em andamento”. Segundo Carlos, o Brasil deveria atualizar suas leis de difamação para que elas possam proteger a reputação do indivíduo assegurando um debate saudável sobre o tema”.

O acidente

O Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus para o Rio com previsão de fazer uma escala em Brasília. Ao sobrevoar a região norte do país, ele bateu em um Legacy da empresa de taxi aéreo americana ExcelAire, em 29 de setembro de 2006.

Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 quilômetros do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA). O jornalista Joe Sharkey era um dos passageiros do Legacy. Especialista em aviação comercial, ele viajava com a intenção de escrever uma reportagem sobre no avião fabricado pela Embraer e adquirido por uma empresa americana de taxi aéreo.

Fonte: Consultor Jurídico via Mato Grosso Mais

No Araguaia de helicóptero: Em busca dos desaparecidos, uma floresta que sumiu

Por Ricardo Kotscho

Nossa viagem no helicóptero do Exército que partiu de Marabá na manhã de sexta-feira era em direção aos fundões da selva amazônica, no sul do Pará, cenário da Guerrilha do Araguaia, quase 40 anos passados.

Mas selva mesmo, aquela da mata imensa e fechada que a gente conhecia, não há mais.

Em meia hora de vôo, dava para ver ao longo dos 120 quilômetros, até São Geraldo do Araguaia, os trágicos resultados da destruição da mata que mudou completamente a paisagem neste período. Neste pedaço sempre conflagrado do sul do Pará, desde os anos 1970, após a abertura da Transamazônica, a maior floresta do mundo foi derrubada e queimada sem dó, virou pasto.

Com a terra árida pisoteada pelo gado e após um longo período de estiagem, mais parece que estamos chegando ao sertão nordestino. Sim, aqui neste pedaço sempre conflagrado do sul do pará, a selva já virou sertão.

O solo típico do semi-árido nordestino só é salpicado aqui e ali por algumas nesgas de mata separando os latifúndios às margens das grotas, o outro nome dos igarapés da região. A única faixa de mata contínua ainda visível neste trecho é o da Reserva Indígena Sororó, dos índios sururi.

A primeira constatação que faço, antes mesmo da nossa primeira parada, na Grota do Mutuma, onde os membros do Comitê Interinstitucional do Ministério da Defesa acompanharão escavações que estão sendo feitas em busca dos corpos de 57 combatentes do PCdoB desaparecidos no Araguaia, é que neste lugar hoje seria impossível montar uma guerrilha.

Ficou inviável alguém montar nestas terras desmatadas uma operação militar clandestina, tão difícil como localizar os restos mortais dos desaparecidos, tantos anos passados, com a paisagem completamente alterada.

“Eles vieram para cá porque contavam com a defesa da mata para garantir o equilíbrio estratégico”, lembra Diva Santana, irmã da guerrilheira desaparecida Mariadiná, uma baiana decidida que integra o comitê de 11 membros formado por decreto presidencial para supervisionar os trabalhos do Grupo de Trabalho do Tocantins, criado em abril deste ano pelo governo federal.

Desde a anistia concedida pelo regime militar em 1979, Diva acompanha todas as incursões na região do Araguaia-Tocantins, até agora frustradas, em busca dos corpos na esperança de encontrar os restos morais de sua irmã.

Agora, ao lado dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e de Paulo Vanucchi, dos Direitos Humanos, que chefiam esta missão do governo, ela acompanha os trabalhos de escavação na Grota do Mutuma, onde ficava o “Destacamento C”, um dos três montados pelos guerrilheiros.

Após uma rápida explanação feita por Edmundo Müller Neto, do Ministério da Defesa, que é o coordenador de campo do GTT, Diva fica mais animada. “Esse é um ponto muito interessante, temos esperança de encontrar Mundico hoje. Várias testemunhas, ex-mateiros que foram guias do Exército e moradores antigos, indicaram este mesmo local em momentos diferentes do trabalho da ouvidoria”, informou Müller.

Mundico era o nome de guerra de Rosalindo de Souza, também baiano, um dos primeiros mortos nos combates, ainda em 1972, quando o Exército entrou na área pela primeira vez. As circunstâncias da sua morte até hoje estão envoltas em mistério: suicídio, acidente ou justiçamento feito pela própria guerrilha por estar namorando uma companheira.

Diva acredita mais que tenha sido um acidente causado pela própria arma e afasta a possibilidade de justiçamento. “Isto é até uma ofensa, não fazia parte do código moral da guerrilha”.

Uma equipe formada por dois antropólogos forenses, quatro geólogos e seis ajudantes abre dois buracos de 80 por 120 centímetros indicados pelo rastreamento do GPR (Ground Penetration Radar), um equipamento capaz de localizar anomalias no solo a até três metros de profundidade.

Para tristeza de Nayara Souza Alves, de 40 anos, sobrinha de Rosalindo, nada foi encontrado, mais uma vez (desde agosto, já foram investigados 36 alvos em 14 diferentes áreas do sul do Pará num total de 24.300 metros quadrados, tendo o GPR percorrido uma distância de 51 quilômetros em linha reta).

Nayara, que é de Itapetinga, na Bahia, assim como seu tio, veio de Araguaina, no Tocantins, onde vive atualmente, para acompanhar as escavações.

“Eu era muito pequena quando ele veio para lutar aqui, mas me lembro do sofrimento do meu avô Rosalvo, que morreu sem poder enterrar o corpo do neto. Para nós da família, ficou só esse vazio, este silêncio. Só temos algumas cartas dele guardadas. O tio falava sempre do seu ideal de fazer um país melhor para todos nós”.

Militares da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG) deixam o marco geodésico 1026 na terra para informar a quem passar por ali no futuro que aquele local já foi investigado.

De volta ao helicóptero, nossa próxima parada é a Fazenda Bacaba, na cidade de São Domingos do Araguaia ( antiga São Domingos das Latas), a 70 quilômetros de Marabá, uma das três bases do Exército durante o combate à guerrilha (as outras ficavam em Marabá e Xambioá).

Em mais meia hora de viagem de helicóptero, que sobrevoou a Serra das Andorinhas, da qual falarei mais adiante, os raros sinais de vida na floresta que virou pasto, vistos do alto, eram os rebanhos de gado branco correndo assustados com o barulho dos rotores do helicóptero.

Na base de Bacaba, o Exército construiu uma pista de pouso para apoiar as operações na área. A partir da análise de documentos recebidos pelo Ministério da Defesa e de diversos orgãos e entidades, incluindo as Forças Armadas, havia referências a inumações clandestinas de guerrilheiros nos entornos da pista.

Antes do início das escavações neste local, onde também nada foi localizado, o Comitê Interinstitucional, do qual faço parte, reuniu-se com as equipes do GTT, que fizeram uma longa explanação dos trabalhos até aqui cumpridos.

Todos falaram das dificuldades para obter resultados positivos nas investigações de campo em razão da mudança radical na geografia da região. O fato positivo é que a presença conjunta de militares e civis, incluindo representantes das famílias dos desaparecidos, tirou o medo de falar dos moradores da região, que passaram a colaborar com os pesquisadores.

Em nome das famílias, Diva Santa agradeceu o empenho das equipes técnicas e dos militares chefiados pelo general de brigada Mario Lúcio de Araújo, que garante os recursos financeiros e humanos e organiza toda a infra-estrutura. “A vontade do povo brasileiro é que a questão seja resolvida e esclarecida de uma vez por todas para que possamos virar esta página da nossa história”.

Diva fez um apelo aos militares que participaram da fase final das operações, em 1974, ainda na ativa ou já reformados, para que prestem informações capazes de auxiliar nas buscas.

Este é o grande desafio daqui para a frente. Os trabalhos de campo, que serão interrompidos no final de outubro, em razão do início do período de chuvas, e só poderão avançar no próximo ano com a colaboração destes militares.

Tanto os ministros Jobim e Vanucchi, como os membros das equipes técnicas e o ex-deputado Aldo Arantes, observador independente que representa o PCdoB no GTT, insistiram em suas falas na necessidade do convencimento dos militares que participaram do combate à guerrilha para contar o que aconteceu na reta final da campanha, ainda que dificilmente os corpos possam ser localizados.

“O nosso trabalho é a favor da verdade histórica, não é contra ninguém”, resumiu o ministro Nelson Jobim, que viajou acompanhado do comandante do Exército, Enzo Martins Peri, simbolizando o distencionamento que está havendo entre militares e civis na questão do Araguaia.

Um dos militares que participaram da terceira fase de operações militares no Araguaia, o coronel aviador reformado Pedro Correa Cabral, de 67 anos, estava presente à reunião, mas não falou.

A ser verdade tudo o que o coronel me contou em entrevista ao Balaio, depois da reunião, sobre o destino dado aos corpos dos guerrilheiros durante a chamada “Operação Limpeza”, no início de 1975, será impossível localizá-los. Trechos do seu depoimento:

“No último mes de combate, em dezembro de 1974, segundo os nossos controles, só restava um guerrilheiro vivo que não foi localizado e conseguiu fugir da área. Era o Angelo Arroyo (ele seria morto pouco tempo depois pelo DOI-CODI durante invasão feita na casa onde a direção do PCdoB estava reunida na Lapa, em São Paulo)”.

“Nós da FAB fomos chamados no início de janeiro para fazer a “Operação Limpeza” com a finalidade de não permitir, depois que os militares saíssem que a área fosse escarafunchada por jornalistas e familiares dos mortos, causando problemas ao governo e às Forças Armadas. A ordem eram sumir com os corpos dos guerrilheiros”.

“Um colega meu da FAB, o coronel Sergio Camargo, localizou um paredão de pedra ao norte da Serra das Andorinhas para fazermos este trabalho. Ele falou para o comando que já sabia para onde levar e queimar os corpos, mas foi transferido para Belém, e o serviço ficou para mim e outros pilotos. Só eu transportei uns 15 fardos com os corpos que foram cercados de pneus e queimados com gasolina. Cheguei a pousar lá quando os fardos levados por outro helicóptero ainda estavam queimando”.

“Isto foi feito entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro de 1975. Fui o último piloto a deixar a área. Conto tudo isso no meu livro “Xambioá — A guerrilha do Araguaia”, lançado em 1993. Já voltei três vezes á Serra das Andorinhas, mas não consegui encontrar o local exato onde os corpos foram queimados. Na primeira vez, fui com o pessoal da revista Veja, logo que o livro foi lançado. Em 2001, acompanhei uma missão do então deputado Luis Eduardo Greenhalg, com o apoio da FAB, e voltei em 2004 com um grupo interministerial”.

“Espero que o grupo que agora está aqui convoque o coronel Sergio Camargo para vir para cá e colabore com as buscas porque foi ele que descobriu o paredão das Andorinhas e sabe voltar lá. É possível que a gente encontre lá pelo menos restos do aço que é empregado na fabricação de pneus para provar que os corpos foram mesmo queimados ali”.

Ao nos despedirmos, o coronel Cabral estava bastante emocionado com o que acabara de assistir e ouvir na reunião. “Não esperava viver para ver isso que vi hoje, ver o comandante do Exército participando de uma reunião ao lado do Aldo Arantes, do PCdoB, com o mesmo objetivo de encontrar a verdade. É um outro Exército, um outro país, muito melhor, mais próximo da democracia”.

Ao final da missão, de volta a Brasília na noite de sexta-feira, depois de passar o dia todo subindo e descendo de avião e de helicóptero militares, os joelhos moídos, mais quebrado que arroz de terceira, também tive esta sensação de que o Brasil mudou muito, e para melhor, desde que fui fazer minhas primeiras reportagens na Amazonia no começo dos anos 70. A notícia triste, é que a floresta está sumindo.

Fotos obtidas pela Folha de S.Paulo mostra três homens do Exército junto aos cadáveres. As fotografias exibem ainda a chegada do helicóptero militar que os tirou da selva, a arrumação dos cadáveres em lonas e a partida do helicóptero - Clique na imagem para ampliá-la

Fonte: Ricardo Kotscho (Blog Balaio do Kotscho) via Portal Vermelho - Foto: José Antônio de Souza Perez/Arquivo pessoal

MAIS

Sobre a Guerrilha do Araguaia:

Guerrilha do Araguaia - Luta armada no campo (UOL Educação)
Principais fatos sobre a Guerrilha do Araguaia (O Globo)
Guerrilha do Araguaia (Wikipédia)
Guerrilha do Araguaia - As Faces Ocultas da História (vídeo)

Curitiba descobre o helicóptero

Capital concentra dois terços dos 42 helicópteros do Paraná. É a sexta maior frota do país, que tem 1.255 dessas aeronaves

Edifícios de Curitiba começam a ser construídos com helipontos. Em todo o estado há 126 locais de pouso, embora nem todos estejam homologados pela Anac

O Brasil mais do que dobrou sua frota de helicópteros em 15 anos, passando de 496, em 1995, para os atuais 1.255. É a maior do mundo fora dos Estados Unidos. A rápida expansão começou em São Paulo, onde voar virou alternativa ao trânsito congestionado. Não demorou e o Rio de Janeiro experimentou a “popularização” da aeronave, por causa do trânsito caótico e da insegurança, logo seguido por Minas Gerais, primeiro estado a equipar a polícia com helicópteros, além de usá-los na inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica. Agora, de forma tardia e moderada, o Paraná começa a descobrir as vantagens do helicóptero.

Com 42 aeronaves, o Paraná aparece em sexto no ranking nacional, atrás de Santa Catarina (44), Distrito Federal (49), Minas Gerais (124), Rio de Janeiro (264) e São Paulo (528), cuja capital tem a maior frota do mundo depois de Nova York. Com acréscimo de 71 unidades por ano, o avanço do helicóptero no Brasil começou em 1994, a partir da estabilidade econômica trazida pelo Plano Real. Na época, a gigante americana do ramo, a Bell Helicopter, chegou a fazer cursos de treinamento para pilotos em português, por causa do aumento da demanda no país. Aumento que se deve aos engarrafamentos e à violência no trânsito.

Com 15 mil horas de voo, o comandante Paulo Brittes Martins tem percebido um crescente interesse pelo helicóptero em Curitiba

Cada vez mais, executivos, banqueiros e grandes empresas têm optado pelo helicóptero como meio de transporte, pela forma eficiente, embora cara, de vencer grandes distâncias com rapidez e segurança. Devido ao já congestionado tráfego aéreo paulista, essa modalidade de transporte começa a ganhar espaço em Curitiba, que concentra metade dos helicópteros em circulação no Paraná. Um dos reflexos dessa tendência está no topo dos edifícios mais novos da capital, já planejados com heliponto. A procura, por enquanto, é mais por parte de órgãos públicos, mas os curitibanos estão descobrindo o potencial dessas aeronaves para passeios turísticos.

Construído há cinco anos, o Crowne Plaza é o único hotel de Curitiba com heliponto. O lugar tem capacidade para equipamentos de até seis toneladas, mas o uso ainda é eventual. Entre os hóspedes, a média de cinco pousos por mês está condicionada à realização de grandes eventos na cidade. De acordo com o gerente geral do hotel, Paulo Ventura, quando há prova da Stock Car, por exemplo, o vaivém de pilotos fecha num só dia a média do mês inteiro. Contudo, não são os hóspedes que, até o momento, justificam o investimento.

No caso do hotel, o movimento se dá mesmo por causa do convênio mantido com a Yapó Aerotáxi, que faz voos turísticos usando a estrutura do hotel e o heliponto no Parque Barigui, onde o passeio pode ser contratado. “A maioria das pessoas pensa que é só para quem se hospeda, mas não é. Basta comunicar com 15 minutos de antecedência e é possível organizar o pouso”, diz o gerente. Ele acredita que para a Copa do Mundo o heliponto será o grande diferencial do hotel em relação aos demais. Em todo o Paraná há 126 dessas estruturas, embora apenas 10 estejam homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para ordenar o tráfego de aeronaves em Curitiba, a exemplo de São Paulo, a Anac criou os “corredores aéreos”, espécie de avenida imaginária de onde não se pode sair. Os corredores se situam geralmente sobre pontos favoráveis a pousos de emergência. A capital tem 11 helipontos, cinco deles liberados para pouso e decolagem, três em análise da Anac para renovar a habilitação e três interditados. Há outros dois em análise para construção. Em todo o estado existem 126 locais para pousos eventuais, embora nem todos homologados, segundo o site especializado www.aisweb.aer.mil.br. No interior, são mais comuns em fazendas e campos de futebol.

Fonte: Mauri König (Gazeta do Povo) - Foto: Albari Rosa

O Campo de Aviação de Teresina

Aeroporto Petrônio Portella

Falar em aeroporto internacional no Piauí pode até dar Ibope para os gestores, mas é uma falácia. Se comparado aos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Maceió e São Luis, todos no Nordeste, o aeroporto de Teresina não passa de um Campo de Aviação.

Não tem um aeroporto no Piauí que possa assim ser considerado, nem mesmo o da capital, até porque ele só está autorizado para vôos domésticos. Ali falta o detector de metais (aquele que o passageiro passa por uma espécie de porta), equipamento onde possa ser visualizado o conteúdo da malas, ILS (Instrument Landing System), que permite o pouso de aeronaves através de instrumento. O Aeroporto de Teresina também não tem radar para controle de aeronaves que passam pelo Piauí, sendo considerado como ponto cego da aviação brasileira, todo o controle é feito via rádio, não há imagens. O sistema ali existente é somente usado em estados de países subdesenvolvidos.

Outra necessidade para o aeroporto de Teresina é dotar de posto de aduana e da Polícia Federal, para receber voos internacionais, além de um equipamento de visualização de bagagens para detectar contrabandos, armas e drogas.

Outro dia um passageiro entrou com uma faca de cozinha em um avião da TAM no Aeroporto de Teresina Petrônio Portella, o que provocou uma alerta nacional segurança de voo pela gravidade da situação. Por causa da entrada indevida de uma faca de cozinha em um avião, a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) editou resolução nacional proibindo a venda da revista "Caras", com facas, garfos e instrumentos de cozinheiros de brinde em espaço da sala de embarque. O leitor pode comprar a revista, mas recebe um vale para receber o brinde após o desembarque. O gerente de Segurança do Aeroporto de Teresina, Marcílio Mauro, afirmou que a faca foi encontrada por uma comissária da Tam quando o avião já estava em pleno vou. Isto aconteceu no voo 3883, de Fortaleza (CE), Teresina e Brasília.

O governador Wellington Dias (PT), já sentiu na pele o que a maioria dos passageiros sente quando desembarca em Teresina no Aeroporto Petrônio Portela: a falta de uma melhor estrutura no aeroporto. O avião que lhe trouxe de Brasília, onde foi participar da solenidade em comemoração a Batalha do Jenipapo, atrasou o pouso por conta da intensa neblina no local. O pouso estava marcado para as 7 horas, mas o avião só aterrissou às 8h, porque o aeroporto não dispõe de um equipamento chamado ILS (Instrument Landing System), que permite o pouso de aeronaves através de instrumentos. Por diversas vezes o governador tem chegado debaixo de chuva, além de ser uma aterrisagem de risco o governador tem que ser levado atá o saguão com um guarda chuvas, porque não tem túneis de embarque ou desembarque que se conecta à porta da aeronave e leva direto para salão de desembarque. Ainda tem a questão da localização, os urubus, etc.

Até os planos de voo para o interior, feitos inclusive pelo governador, a maioria são fraudados, pois a maior parte dos aeroportos existentes no interior do estado são irregulares, não reconhecidos pela Infraero.

A coluna do Arimatéia Azevedo, do PortalAZ de hoje, 03 de outubro, traz em seu editorial uma crítica contundente sobre o Aeroporto de Teresina, denominado de Aeroporto Senador Petrônio Portela.

Veja na íntegra o editorial do Portal AZ

“Revoltai-vos!

É um absurdo o que acontece no aeroporto de Teresina. Primeiro o número limitado de linhas aéreas em operação, deixando Teresina ilhada entre São Luís e Fortaleza, tirando o Piauí das rotas do Turismo. Para piorar, outras capitais do Nordeste, como Salvador e Aracajú são acessíveis apenas através de Brasília.

Outro ponto inadmissível é a situação física do terminal de passageiros! É muito simplória, comparada apenas com instalações de campos de aviação em cidades do interior, pois sem as mínimas condições de operação! O serviço de som não funciona a contento, deveria ser mais audível. No setor de embarque, antes do Raio X, ninguém consegue saber que aeronave está pousando porquê, pasmem, tem-se dois desembarques e, claro, dois embarques entre 15 e 16 horas, congestionando as instalações precárias existentes. Tem-se, ali, uma foto colorida do caos. Stress no pico de demanda e subseqüente vazio nas instalações e no comércio no aeroporto, mostrando um amadorismo de programação e logística inadmissíveis. Um problema absolutamente equacionável por qualquer cidadão da iniciativa privada, não foi ainda tratado como deveria ser pela Infraero. Será possível que as autoridades que se utilizam diariamente do aeroporto não se deram conta dessa aberração? Se eles vissem os moderníssimos aeroportos de Maceió, Natal, Fortaleza e, bem ali, em São Luís, seguramente estariam revoltados. A não ser que enxerguem o velho aeroporto de Teresina com a mentalidade tacanha de só pensar o mínimo para o Estado.”

Fonte: José Wilson (Blog do José Wilson)

Nasa sem dinheiro para monitorar asteroides

Cerca de mil astros de 1 km de diâmetro vão rondar a Terra até 2020. Mas apenas um terço deles já foi rastreado por cientistas

Não parece, mas até terça-feira o fim do mundo vai nos acompanhar de perto. É o período em que o asteroide ST 19, que para alguns cientistas tem tamanho suficiente para causar uma “catástrofe global”, vai ficar na mesma órbita que o planeta, a “apenas” duas vezes a distância da Terra para a Lua. Apesar da distância, considerada pequena, o que assusta mais não é a rocha gigante, que já não tem perigo de acertar a Terra, mas a falta de recursos para a Nasa mapear outros corpos celestes tão assustadores.

Segundo relatório recente, a agência espacial americana só concluiu até agora um terço da meta de monitorar, até 2020, 90% dos asteroides que podem se aproximar da Terra. Estima-se que mil asteroides com mais de 1 km de diâmetro se aproximarão da Terra até a próxima década. Cerca de 150 dos outros 1.072 já descobertos foram rotulados de “potencialmente perigosos”. Alguns deles cruzam a órbita da Terra, como o ST 19, que, em 2038, voltará a se aproximar, sem riscos de colisão.

A observação de outros planetas vem mostrando que nem sempre a história termina tão bem. Em julho, um asteroide não-mapeado se chocou com Júpiter, causando uma “cicatriz” do tamanho da Terra. Atualmente, a Nasa ainda negocia a liberação de verba de no mínimo 300 milhões de dólares para conseguir rastrear pelo menos os asteroides mais perigosos. Seriam necessários 800 milhões para se monitorar os menores.

Por enquanto, entretanto, não há sinais que o dinheiro será liberado. Mas, para se ter uma ideia, em março o asteroide DD45 passou a um sexto da distância da Terra para a Lua. Ele tinha 40 metros de diâmetro. O tamanho, dependendo da composição do objeto, era suficiente para acabar com uma cidade do tamanho do Rio.

Segundo o astrônomo Domingos Bulgarelli, da Fundação Planetário do Rio, como os recursos para a Nasa não estão tão abundantes como em outras décadas, a tendência é que a responsabilidade de mapear os asteroides seja dividida com outros países.

“O Brasil, por exemplo, faz parte do programa Impactron que, com o auxílio de um observatório recém-inaugurado, vai rastrear objetos no Hemisfério Sul”, conta. Ele adverte, entretanto, que o risco de algum asteroide só ser detectado quando estiver bem próximo do planeta vai continuar existindo.

Estratégias já são discutidas

Atualmente, um órgão ligado à ONU é o principal fórum de debates sobre o que deve ser feito caso um asteroide confirmadamente esteja a caminho da Terra. A Força Aérea Americana também já chegou a fazer reuniões para debater o tema.

Várias estratégias têm sido discutidas para rechaçar ameaças do tipo. A mais conhecida é o disparo de um míssil da Terra que despedaçaria o asteroide. Destroços do corpo celeste, entretanto, poderiam cair na própria Terra, causando estragos, o que tem causado restrições à tática. Outra possibilidade é coloca um foguete no asteroide para impulsioná-lo para outro lado do espaço.

Fala-se ainda em enviar outro foguete que desvie a força gravitacional também para empurrar a ameaça para longe e até em espelhos que reflitam a luz solar sobre o astro. Nada disso, porém, jamais foi testado na prática. Por enquanto, resta ver filmes sobre o assunto e torcer para que as rochas gigantes fiquem bem longe.

Fonte: João Ricardo Gonçalves (O Dia Online)

Pilotos e tripulantes da Air India chegam às vias de fato durante voo internacional

A Polícia de Nova Deli iniciou um inquérito para investigar uma briga em pleno voo entre os pilotos e alguns membros da tripulação da Air India, neste sábado (3).

O incidente ocorreu sábado pela manhã, quando o voo IC-884 estava cruzando o território paquistanês, a cerca de 3 horas e 45 minutos da aterrissagem no Aeroporto Internacional Chaudhary Charan Singh (Aeroporto Amausi) em Lucknow, na Índia.

Segundo fontes da companhia aérea, a briga foi uma continuação de uma troca verbal de insultos entre os dois lados durante o briefing pré-voo antes da decolagem do Aeroporto Internacional de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos.

Fontes disseram que um membro da tripulação, de sexo masculino, não seguiu as instruções de procedimento e foi então foi chamado à cabine de comando pelo capitão. Lá ocorreu uma troca de socos entre o copiloto e o comissário de bordo. O comissário foi colocado para fora da cabine, que foi trancada em seguida.

Uma comissária, que também participou da discussão no cockpit, está fazendo acusações de abuso sexual contra o copiloto, disseram as fontes. A polícia informou que a comissária de bordo, de 24 anos, apresentou acusações contra o copiloto alegando que ele havia feito observações sexuais durante o briefing pré-voo em Sharjah. Ela exigiu um pedido de desculpas, porém alegou que acabou sendo molestada. Quando ela resistiu ao assédio, foi empurrada para fora da cabine. A polícia confirmou que a aeromoça apresentava contusões e ferimentos em sua mão.

O caso foi registrado nos termos dos artigos 323 (dano causado voluntariamente), 354 (agressão ou uso da força criminal contra uma mulher com a intenção de molestá-la) e 34 (intenção comum) do Código Penal Indiano.

O copiloto negou qualquer tumulto no avião, mas acusou o comissário de bordo de falta grave, comprometendo seriamente a segurança do voo.

"Eu preciso falar com a Air India primeiro. Uma vez que estamos sob grande choque, eu ainda não fui capaz de falar com eles. Mas não houve briga entre nós no voo", afirmou.

Enquanto isso, a Air Índia estabeleceu uma investigação sobre os três membros da tripulação para conduzir um inquérito sobre o incidente em separado.

O Airbus A320 levava 106 passageiros e sete membros da tripulação e chegou a Lucknow às 06:00 (hora local) de sábado, quando a ocorrência foi relatada.

A Diretoria Geral de Aviação Civil da Índia (DGAC) também abriu um inquérito para apurar o caso.

Fontes: NDTV News (Índia) / ASN / Aviation Herald

Dois pilotos da Força Aérea Boliviana morrem em acidente de helicóptero

Foto do helicóptero envolvido no acidente

Dois pilotos da Força Aérea Boliviana (FAB) morreram ontem (3) de manhã, quando a o Lama helicóptero Aerospatiale/Helibras HB 315B Lama, prefixo FAB-730, caiu no morro Challviri, entre Sucre e a cidade mineira de San Cristobal, na região de Potosí, na Bolívia.

Segundo o relatório de El Potosí, os mortos são o coronel reformado Carlos Ismael Echalar Cardona e o suboficial técnico Saúl Calle Crispín.

Não é possível estabelecer se o helicóptero estava carregando as outras pessoas, embora algumas versões informam que transportava dois outros passageiros.

O helicóptero partiu cerca de 09:00 (hora local) de Sucre e tinha que chegar ao destino às 12h00. Assim que o horário não foi cumprido, a FAB imediatamente ativou seus serviços de busca.

O helicóptero foi fabricado entre 1974 e 1975 no Brasil. O modelo foi retirado de circulação em 1990.

O Estado adquiriu, em 1985, um lote dessas aeronaves, mas há dez anos a Aerospace/Helibras, empresa que os produziu, pediu à Força Aérea para deixá-los usar.

O perito militar Samuel Montano explicou que esse pedido se deu devido a empresa ter parado de produzir peças de reposição para esse modelo e para os helicópteros Alouette.

O helicóptero Lama é considerado uma aeronave de ligação, ou seja, é útil para transportar até quatro pessoas em distâncias relativamente curtas.

Sua desvantagem é que ele tem um motor muito barulhento. Em espaços abertos, como o planalto, ouvesse o ruído a cerca de 22 quilômetros de distância.

Essa aeronave foi utilizada em 17 de Outubro de 2003 por Gonzalo Sánchez de Lozada, sua esposa e os ministros Javier Torres Goitia, Carlos Sánchez Berzaín, José Guillermo Justiniano e Yerko Kukoc, para escapar da fúria popular.

Os fugitivos embarcaram no helicóptero no Colegio Militar do Exército e na Academia Nacional de Polícia para chegar ao aeroporto militar de El Alto, de onde voaram para Santa Cruz.

Em dezembro de 2003, o Lama foi usado para resgatar as vítimas do colapso da antiga ponte Gumucio Alfonso Reyes, na nova estrada entre Cochabamba e Santa Cruz sobre o rio Chapare, cuja inundação varreu a velha estrutura provocado a morte de mais de 50 pessoas.

Em 27 de fevereiro de 2006, teve que fazer um pouso não programado por precaução e foi levado para manutenção, perto da cidade de Santivanez, em Cochabamba, quando transportava o vice-president Álvaro García Linera de Oruro para a capital do vale.

Fontes: La Presa (Bolívia) / ASN

Avião derrapa para fora da pista em Istambul, na Turquia

Um Boeing 737-300 saiu da pista na manhã deste domingo (4) em Istambul, na Turquia. Todos os passageiros e tripulantes sairam ilesos.

As autoridades turcas anunciaram que todos os 125 passageiros e seis membros da tripulação foram "evacuados com segurança".

O Boeing 737-3H9, prefixo YU-ANV, da transportadora nacional da Sérvia, a JAT Airways, derrapou cerca de 50 metros fora da pista do Aeroporto Atatürk, em Istambul, antes de parar.

Oc tempo chuvoso que deixou a pista molhada e escorregadia foi responsabilizada pelo acidente. O trem de pouso dianteiro afundou na lama e precisou ser escavado para ser retirado.

Em Belgrado, a Jat Airways emitiu uma declaração dizendo que ninguém ficou ferido, "neste pequeno acidente".

O avião havia decolado do Aeroporto Nikola Tesla, em Belgrado, na Sérvia e o acidente ocorreu às 12:40 (hora local) após o pouso na Turquia (voo JU-420).

Fontes: cnnturk.com / ASN / Aviation Herald - Fotos: Tanjug/Anatolia

sábado, 3 de outubro de 2009

Foto do Dia

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Boeing 747-412, prefixo TF-AMB, da Iberia, fotografado ao decolar do Aeroporto Tenerife Norte-Los Rodeos (GCXO), nas Ilhas Canárias (Território da Espanha) em agosto de 2004.

Foto: Vidal Méndez-Atlantic Aviation (JetPhotos)

Dois mortos e um ferido na queda de avião no México

Duas pessoas morreram e uma ficou ferida com a queda de um pequeno avião no estado de Guanajuato, no centro do México, quando tentava aterrissar no aeroporto internacional da localidade, informaram hoje fontes oficiais.

Um porta-voz de segurança pública do município de Silao disse que o acidente ocorreu na manhã deste sábado (3), quando a aeronave Beechcraft A36TC Bonanza, prefixo XB-CGU, caiu em uma área na comunidade Mezquite, a 500 metros da pista do aeroporto.

No acidente, morreram o piloto e um tripulante. Uma terceira pessoa ficou ferida e foi encaminhada para um hospital na cidade de León.

Segundo as autoridades, aparentemente, a aeronave caiu por causa de uma falha mecânica, que ocorreu depois do avião decolar rumo a Toluca, capital do estado do México. Quando o avião se preparava para pousar acabou caindo.

Segundo a imprensa local, o piloto foi identificado como Francisco Javier Martínez Solís, de 28 anos.

Fontes: EFE via G1 / proceso.com.mx - Atualizado em 04/10/09 às 16:20 hs. com dados do avião

Sistema de controle aéreo na Escócia volta ao normal após falha

O sistema de controle aéreo na Escócia voltou a funcionar após a falha de hoje, que obrigou a deixar em terra vários voos transatlânticos que deveriam sair hoje do Reino Unido, informou a NATS, responsável da gestão aérea.

A falha ocorreu às 4h de Brasília de hoje no centro de controle do aeroporto de Prestwick, em Glasgow, e afeta o espaço aéreo internacional de Shanwick, uma zona do Atlântico Norte.

Uma porta-voz da NATS indicou que os engenheiros resolveram o problema e não há mais restrições sobre o uso do espaço aéreo no Atlântico Norte.

Devido à falha, ficou impedido que os aviões entrassem no espaço aéreo do Atlântico Norte, enquanto as aeronaves que chegaram ao Reino Unido utilizaram os sistemas manuais para a aterrissagem, sem que houvesse problemas, acrescentou a NATS.

Uma porta-voz de BAA, proprietária dos principais aeroportos britânicos, afirmou hoje que os atrasos afetaram os passageiros que viajavam para destinos no oeste dos EUA e Canadá.

Segundo a NATS, o aeroporto londrino de Heathrow foi o mais afetado pelos atrasos.

Fonte: EFE via iG

Governo de Mato Grosso do Sul pagará R$ 20 mi em área para ampliar aeroporto

O Governo estadual irá gastar cerca de R$ 20 milhões na desapropriação de uma área de mil hectares para ampliar o Aeroporto Internacional de Campo Grande. A informação é do secretário estadual de Obras e Transporte, Edson Giroto.

O objetivo é ampliar a área destinada ao aeroporto de 800 para 1,8 mil hectares, conforme o secretário. A medida assegura a área para ampliar a unidade até 2013, garantindo cerca de R$ 500 milhões a serem investidos pela Infraero.

“Estamos fazendo todo o planejamento do sítio aeroviário de Mato Grosso do Sul”, explicou Giroto. O Governo tem interesse em dotar o aeroporto de transporte de cargas no futuro e ampliar sua capacidade.

Pelo projeto, o local passará a contar com duas pistas de três mil metros de comprimento com 45 metros de largura

Área do aeroporto atualmente:

Estudo preliminar da Infraero:


Fonte: Edivaldo Bitencourt (Campo Grande News) - Imagens: Infraero via CampoGrandense

Aeroporto Marechal Rondon (MT) receberá R$ 82 milhões em investimentos para Copa

O aeroporto Marechal Rondon passará por obras emergenciais na área de desembargue, que terá seu espaço físico aumentado, além da inclusão de novas esteiras de bagagem, obras no pátio e de revitalização da pista de pousos e decolagens. O anúncio foi feito nessa sexta-feira (2) pelo presidente da Infraero, Murilo Barboza. Ao todo, R$ 82 milhões serão investidos e a expectativa é que as obras sejam concluídas até março de 2010.

Murilo está em Cuiabá a convite da bancada federal de Mato Grosso. No último dia 15 de setembro, o presidente da Infraero se reuniu com a bancada, a pedido da coordenadora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), para discutir as obras de melhoria do aeroporto, por conta da necessidade de adequações e ampliações devido a Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Na oportunidade, o presidente da Infraero foi convidado a visitar o aeroporto e verificar in loco a situação da unidade.

Serys salientou que há tempos o projeto de ampliação do Marechal Rondon está em andamento e que é preciso agilidade, já que as obras têm que ficar prontas até dezembro de 2012. “Nosso aeroporto já não comporta o movimento atual de passageiros. Precisamos com urgência da agilização dessa obra”, cobrou a senadora, durante o encontro.

Na inspeção feita nessa sexta-feira, no aeroporto, Murilo Barboza reconheceu que o espaço precisa de adequações urgentes. “É uma prioridade atuarmos no aeroporto de Várzea Grande, com obras nas áreas de desembarque, ampliação da área de carga, que é muito deficitária, e obras no pátio e na pista”, reconheceu Barboza, que também chamou a atenção para a necessidade das prefeituras de Cuiabá, Várzea Grande e Governo do Estado se reunirem para viabilizar um estudo de melhoria de acesso até o aeroporto e também de ampliação do estacionamento.

O presidente da Infraero também prometeu enviar um ônibus para o transporte de passageiros da pista até o terminal de desembargue.O aeroporto Marechal Rondon tem hoje um movimento de 1,5 milhão/ano de embarques e desembarques.

Fonte: O Documento

MAIS

Projeto da Reforma, Ampliação e Cosntrução de um novo terminal do Aeroporto Internacional Marechal Rondon

Esquema de como irá ficar:

T1 - Terminal 1

Já existente e completamente reformado recentemente. Projetado para atender 1 milhão de passageiros por ano. O novo terminal conta com as alas Nacional e Internacional.

T2 - Terminal 2

Contará com um terminal inteiramente novo, com pontes de embarque e desembarque e sua construção está atrelada diretamente a escolha da cidade como sede para a Copa de 2014. O Terminal será o dobro do atual e contará também com um mini-shopping center com mais de 90 lojas (1 ancora), parque florestal e 3 hoteis em seu entorno, além de ser construida uma nova pista de pouso e decolagem.

Fonte: Notícias da Amazônia via RobertoBarrich26 (Cuiabá - Estrutura para a Copa de 2014)

GOL lança voos que ligam Porto Alegre a Salvador e Recife

Frequências diárias passam por Campinas (SP), que é suprida com quatro novos voos diários para essas capitais

A companhia aérea GOL lançará em 15 de outubro duas novas frequências diárias (voos de ida e volta) que ligarão Porto Alegre (RS) a Salvador (BA) e Recife (PE), passando por Campinas (SP).

Com as novas opções, a GOL suprirá a cidade do interior paulista com quatro novos voos diários diretos para as capitais do Rio Grande do Sul (2), Bahia (1) e Pernambuco (1). Além da GOL, operam no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, as empresas de aviação comercial TAM, Azul e Trip.

Fonte: Agência Estado

Rússia acredita que vencerá licitação para venda de caças ao Brasil

O Sukhoi SU-35

A empresa exportadora de armamentos russa Rosoboronexport afirmou nesta sexta-feira que tem boas chances de vencer a licitação para a venda de aviões de caça SU-35 ao Brasil, depois de a França ter se declarado favorita com o Rafale. O Comando da Aeronáutica recebeu nesta sexta-feira novas propostas com melhorias das ofertas ao projeto FX2, que visa substituir os caças Mirage.

"Acreditamos que nossa oferta tem muitas vantagens e temos boas chances de ganhar o contrato", declarou um porta-voz da Rosoboronexport, Viatcheslav Davydenko. "Nossa oferta contém um importante programa de transferência de tecnologias -serviço técnico, reparações- e tudo o que for necessário para a fabricação de Su-35 no Brasil", afirmou o diretor da empresa, Anatoli Issaykine. Além da Rússia, apresentaram ofertas fabricantes de França, EUA e Suécia.

No último dia 7, os presidentes do Brasil e da França, Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, assinaram o maior acordo militar da história recente do país, no valor de R$ 22,5 bilhões. Na ocasião, os dois anunciaram ainda a abertura de negociação para a compra de 36 caças Rafale, da francesa Dassault.

Apesar de ter defendido o processo licitatório, encerrado nesta sexta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim reconheceu que há uma opção política pela França. "Basta que eles façam cumprir a transferência de tecnologia e o valor final", afirmou o ministro.

Fonte: eBand (com AFP) - Foto: defesabr.com

Aeronáutica promete decisão isenta na escolha dos caças

O Comando da Aeronáutica divulgou nesta sexta-feira uma nota oficial informando que fará uma análise "isenta" com o apoio de mais de 60 especialistas em diversas áreas para elaborar o relatório final de análise técnica das propostas dos Estados Unidos, França e Suécia para a compra dos 36 aviões-caças que irão compor a Força Aérea Brasileira (FAB).

“O relatório de análise técnica permanece pautado na valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia", detalha a nota.

A instituição informa que não há ainda um prazo para encaminhar a avaliação da Aeronáutica para o Ministério da Defesa e, na sequência, para o Palácio do Planalto, uma vez que a decisão final está a cargo do Conselho de Defesa Nacional e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta sexta-feira termina o prazo de entrega da melhoria das propostas da Boeing (EUA), Dassault (França) e Saab (Suécia).

Fonte: Camila Campanerut (iG)

Webjet já oferece ônibus gratuito entre Congonhas e Guarulhos

Desde o dia 1 deste mês, a Webjet Linhas Aéreas passou a oferecer para seus passageiros transporte gratuito em ônibus executivo entre os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo. O serviço é fruto de uma parceria com a Redecard, com duração inicial de um ano.

O Web-Bus terá nove saídas diárias de Guarulhos com destino ao aeroporto do centro da capital paulista e oito saídas no sentido contrário. O transporte é gratuito, bastando apresentar o cartão de embarque ou bilhete da viagem. A facilidade está disponível para os passageiros em Guarulhos no piso de desembarque do terminal 1, e em Congonhas, em frente ao desembarque, na parada dos ônibus executivos.

O serviço visa a facilitar o deslocamento dos passageiros que voam pela Webjet de/para Cumbica e precisam de um meio de transporte ágil para o Centro, principalmente os passageiros corporativos que utilizam a Web-Ponte Santos Dumont/Guarulhos. A Webjet opera diariamente 34 voos saindo e chegando do aeroporto Internacional de Guarulhos, para nove cidades brasileiras.

Fonte: Aviação Brasil - Imagem: Webjet

Governo pensa em fechar a TAP e reabri-la como outra companhia

A hipótese não é inédita no setor. A Swissair e a Sabena passaram por idêntico processo

O Governo de Portugal está ponderando fechar a TAP, abrindo em seguida uma nova companhia aérea para onde serão transferidos os ativos e os funcionários da atual empresa.

Segundo a edição de ontem do semanário Sol, que refere "fontes governamentais", esta será a hipótese mais provável que o novo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações terá que analisar para assegurar o futuro da companhia aérea portuguesa, face à difícil situação financeira em que se encontra e ao fato de as regras europeias não permitirem que receba novas ajudas estatais.

A confirmar-se, não seria caso inédito no setor da aviação, nem na Europa. Tanto a congénere suíça Swissair, como a belga Sabena, passaram já pelo mesmo processo. Mas o secretário de Estado disse ao Sol que a hipótese "não tem qualquer fundamento" e que nunca houve qualquer proposta formal ou informal nesse sentido por parte da administração da companhia.

"A solução depende inteiramente do novo Governo", acrescentou Paulo Campos ao semanário".

Fonte: Diário de Notícias - Foto: Bruno Fonseca (Ag. Lusa)

Horizon Air recebe o mais importante prêmio de segurança para a manutenção da FAA

O FAA (Federal Aviation Administration) premiou a Horizon Air pelo décimo ano consecutivo com o Certificado Diamante de Excelência. O prêmio reconhece a companhia aérea por alcançar uma taxa de participação de 100 % pelo seu pessoal de manutenção do AMT (programa de prêmios para técnico de manutenção de aviação).

"Horizon Air continua a ser uma empresa líder, incentivando a educação continuada dos seus AMTs e participando do programa de premiação AMT", disse Jim Hultgrien, gerente da equipe do programa de segurança da FAA no Conselho Distrital de normas de vôo de Portland. "Nós acreditamos que um programa bem gerenciado, com treinamento atualizado, é um componente chave para a cultura de segurança da empresa. O programa de AMT da FAA é uma forma de reconhecer a dedicação da Horizon na capacitação e no compromisso de segurança.

Criado em 1991, o programa AMT homenageia o pessoal de manutenção da aviação e os empregadores que participam das oportunidades de treinamento que excedem os requisitos regulamentares da FAA. O Certificado de Excelência de Diamante é a mais alta honraria que o programa pode conferir a uma empresa.

" Esta é uma homenagem aos funcionários de manutenção da Horizon," disse Celia Sherbeck, vice-presidente de manutenção e engenharia da Horizon. "Eles são extremamente dedicados e continuam refinando e expandindo sua expertise técnica para sustentar e reforçar a segurança de nossa empresa".

Horizonte serve 48 cidades ao longo do Arizona, Califórnia, Oregon, Washington, Idaho, Montana, Nevada, Baja California Sur (México) e British Columbia e Alberta (Canadá). Juntos, a Horizon Air e Alaska Airlines servem mais de 90 cidades e são subsidiarias do Alaska Air Group, Inc.

Fonte: Aviação Brasil

Monotrilho vai ligar Aeroporto de Congonhas e Estádio do Morumbi

1ª fase tem conclusão prevista para dezembro de 2010, já como parte dos investimentos para a Copa de 2014

O governo de São Paulo prevê lançar o edital para construção da Linha 17-Ouro do Metrô até novembro. Vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi, num traçado de 21,5 quilômetros de extensão. Será feita em três etapas e poderá ter verba federal. A primeira fase tem conclusão prevista em 15 meses, dezembro de 2010, já como parte dos investimentos paulistas para a Copa do Mundo de 2014. "Entre 30 e 60 dias o edital estará nas ruas e o projeto funcional da linha está concluído. Prevemos o início das obras para janeiro. É possível que o trem esteja rodando em dezembro de 2010 num primeiro trecho", prevê o secretário adjunto de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, João Paulo de Jesus Lopez.

Mas não será um metrô convencional. A proposta é fazer um monotrilho suspenso em pilares. As composições terão tração elétrica e sustentação sobre pneus. A pista suspensa deverá ocupar o canteiro central de avenidas como a Jabaquara, Bandeirantes, Washington Luís, Roberto Marinho. De acordo com Lopez, a definição pelo monotrilho levou em conta número menor de desapropriações, embora não tenha adiantado o número de imóveis a serem derrubados.

O custo total do projeto é estimado em R$ 3,3 bilhões. Foi solicitado ao governo federal financiamento de R$ 2,4 bilhões, por meio de recursos do Programa de Aceleração dos Crescimento (PAC) da Mobilidade. "Também haverá participação da Prefeitura de São Paulo na terceira fase das obras, na região do Morumbi", disse Lopez.

Para efeito de comparação, a Linha 4-Amarela do Metrô, que entrará em operação em 2010, tem custo de mais de R$ 3 bilhões. Os 12,8 quilômetros de extensão entre a Vila Sônia e a Estação Luz são todos subterrâneos. Na Linha 17-Ouro, as vias e estações deverão ser construídas a uma altura entre 12 e 15 metros.

Para segurança dos passageiros durante o embarque, é prevista porta de plataforma em todas as estações. Essas portas são feitas de vidro e se abrem simultaneamente com as portas dos trens. A demanda prevista para as três fases juntas é de transportar 230 mil usuários por dia, segundo o Metrô.

A Linha 17-Ouro é o segundo projeto em monotrilho na capital. O governo estadual também prevê a construção do Expresso Tiradentes entre a Vila Prudente e Cidade Tiradentes, na zona leste, nesse formato, num trecho de 22,3 quilômetros em vias elevadas.

Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, Fernando Okimoto, a escolha pelo monotrilho deve levar em conta problemas a serem gerados com o elevado, como desvalorização de regiões e agressão à paisagem urbana. "Pode-se resolver o problema do transporte e provocar um outro, urbanístico. Veja o problema do Elevado (Minhocão), que tem ao lado unidades habitacionais ociosas porque ninguém consegue morar lá."

Ligação entre aeroporto e metrô levará 6 minutos

Primeiro trecho da Linha 17 será inaugurado em dezembro; segunda fase inclui uma estação intermodal

A viagem pelo monotrilho da Linha 17-Ouro entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô, o primeiro trecho a entrar em operação, em dezembro de 2010, vai demorar seis minutos. Essa etapa de 3,8 quilômetros de extensão tem duas estações, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, e uma demanda prevista de 18 mil usuários por dia.

O trecho 2, São Judas-Estação Morumbi, com interligação na Estação Jabaquara do Metrô, movimentará 100 mil usuários/dia. O Metrô projeta intervalo de 5 minutos para cada composição e capacidade de transportar até 20 mil pessoas por hora, em cada sentido, nos horários de pico. Essa fase deve começar a operação em 2012 e terá mais 10,8 quilômetros e 12 estações. Vai fazer ligação com as Estações Morumbi, da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e Jabaquara da Linha 1-Azul do Metrô.

Nessa segunda etapa haverá uma estação intermodal para quem utiliza carros, ônibus urbano e interurbano e metrô, na Avenida Roberto Marinho, logo após o cruzamento com a Avenida Washington Luís, na zona sul. Haverá ainda interligação com ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e a Linha 5-Lilás do Metrô. E os 6,9 km da última etapa farão ligação com a Estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela do Metrô, e outras cinco estações. Esse trecho tem previsão de operação em 2014, antes da Copa.

Para o consultor Elmir Germani, diretor da TTC Engenharia de Tráfego e Transportes, é importante verificar se o monotrilho se inserirá de forma adequada na paisagem e se a população se adaptará ao modelo. "Temos recursos escassos. Se esse modelo der certo, bom. Mas com poucos recursos ainda defendo que a melhoria dos ônibus é a solução", afirma.

Já o adido de Transportes da Embaixada da França no Brasil, Jean-François Fritsche, disse que há grande interesse do país nos projetos de São Paulo, mas destaca que o monotrilho é muito caro. Fritsche defende veículos leves sobre trilhos (VLTs) "Não é preciso fazer túneis, como o metrô convencional, e as obras evoluem rápido. O monotrilho não se integra ao ambiente. O VLT pode ser construído no chão e precisa desapropriar muito pouco."

O VLT francês, fabricado pela Alstom, assegura o adido, custa entre R$ 47,5 milhões e R$ 57 milhões o quilômetro. O metrô subterrâneo custa entre R$ 285 milhões e R$ 380 milhões o quilômetro. A estimativa da Linha 17 está em R$ 157 milhões o quilômetro. "Não procede essa questão do preço. O monotrilho terá menos intervenções urbanas. Será criado um corredor menor do que o VLT precisaria, sem contar que não haverá cruzamentos de vias. Esse outro projeto exige mais desapropriações", rebate o secretário adjunto de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, João Paulo de Jesus Lopez.

Fonte: Eduardo Reina (O Estado de S. Paulo) - Foto: metro.sp.gov.br

Parentes de vítimas do acidente da TAM mostram indignação com resultado de inquérito

Em nota divulgada hoje (3), a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam) manifestou indignação com a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) que apontou como culpados apenas os dois pilotos mortos no acidente.

Segundo o presidente da associação, Dário Scott, os parentes ainda não tiveram acesso à investigação da PF, que corre em segredo de justiça. No entanto, eles foram informados pela imprensa sobre o resultado enviado ao Ministério Público Federal (MPF). "Em muitas oportunidades, a quebra do sigilo foi solicitada por nós e sempre negada, e aí está o resultado", destacou a associação.

Em entrevista à Agência Brasil, Scott disse que os parentes das vítimas estão "esperançosos de que o MPF realmente denuncie os responsáveis por esse crime". Ele ressaltou que a apuração das causas do acidente não terminou com o fim do inquérito da PF. De acordo com o presidente da associação, o Ministério Público pode ainda utilizar as informações da investigação realizada pela Polícia Civil e ouvir por conta própria outros envolvidos.

O fato de o inquérito feito pela Polícia Civil ter apontado 11 pessoas como responsáveis pela tragédia é, segundo Scott, algo que traz estranheza aos parentes. "É muito estranho para nós ver duas investigações que têm os mesmos elementos com resultados tão díspares", ressaltou.

O delegado responsável pela apuração da PF, Ricardo Sancovich, foi convidado a participar do próximo encontro da Afavitam, no dia 17 de outubro em Porto Alegre, para explicar os resultados da investigação aos parentes das vítimas.

O acidente da TAM, no dia 17 de julho de 2007, causou a morte de 199 pessoas. O avião percorreu toda a pista do Aeroporto de Congonhas sem conseguir parar e bateu em um prédio na área externa do terminal.

Fonte: UOL Notícias