A Rolls-Royce está habituada a criar modelos à medida dos desejos dos seus clientes, mas este Phantom Oribe passou dos limites. Foi encomendado para combinar com um jato privado e tem a exclusividade Hermès.
Yusaku Maezawa. O nome pode não lhe dizer nada, mas assim se chama o empresário japonês por detrás da última criação customizada da Rolls-Royce, o Phantom Oribe, um one-off concebido em colaboração com a reputada marca Hermès (como se o nível de personalização que o construtor britânico é capaz de proporcionar não bastasse), que tem a particularidade de ter sido encomendado para fazer conjunto com um jato privado que o colecionador de arte nipônico também adquiriu recentemente (não encontramos imagens do novo avião, apenas do anterior que ele colocou a venda em 2019).
E para que nada destoe nesta definição de luxo, até a cor verde que a Rolls criou propositadamente para o Phantom Oribe foi cedida para que também o avião privado alinhe na decoração.
Por fora e por dentro, a missão dos artesãos que se dedicaram a este Rolls-Royce sob medida foi refletir nele a paixão que Yusaku Maezawa tem pela cerâmica esmaltada Oribe, característica do século XVI.
O processo foi tudo menos simples, segundo o construtor de Goodwood, que realça que só o verde Oribe demorou “muitos meses” até chegar ao ponto de conseguir obter o brilho esmaltado da louça japonesa que tanto apaixona o colecionador.
Ainda segundo o fabricante de luxo do Grupo BMW, o pedido do cliente foi bastante claro: Maezawa queria um “jato para andar na estrada”, um avião sobre rodas que colocasse no asfalto o conforto e a exclusividade de quem viaja não em primeira classe, mas sim na sua própria aeronave.
Como é o caso, aliás. Recorde-se que o empresário japonês já negociou com Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, uma ida à lua com vários artistas, naquela que será a primeira viagem comercial deste tipo, prevista para 2023.
O resultado desta nada comum encomenda é um Phantom onde cada componente mereceu a atenção da Rolls-Royce de da Hermès, ao mais ínfimo detalhe. Do volante ao seletor de velocidades, dos comandos do ar condicionado ao revestimento dos pilares interiores, tudo é revestido a pele – até o porta-luvas e e o compartimento da bagagem. Alta-costura, portanto, devidamente etiquetada com a inscrição Habillé par Hermès Paris na tampa do porta-luvas.
À parte a “indumentária” de griffe, a Rolls-Royce não realizou quaisquer alterações na mecânica, pelo que o Phantom Oribe deve continuar a contar com o V12 de 6,5 litros com dois turbocompressores, capaz de entregar 571 cv às 5000 rpm e 900 Nm de binário, logo a partir das 1.800 rpm. Números que permitem a este luxuoso “avião” acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,3 segundos e só parar nos 250 km/h porque a isso está limitado eletronicamente, para voar baixinho.
Por Observador.pt
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