Em entrevista a canal de TV da França, presidente rejeita sanções ao Irã.
Presidente Nicolas Sarkozy inicia visita ao Brasil neste domingo (6).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista veiculada neste domingo (6) pelo canal francês de televisão TV5 Monde que as negociações para a compra pelo Brasil de 36 aviões caça Rafale estão “muito avançadas”.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, estará com Lula em Brasília nesta noite para assinar acordos de cooperação militar, acertar detalhes sobre a construção de uma ponte entre o Brasil e a Guiana Francesa e acompanhar o Desfile de 7 de Setembro.
“As discussões com o presidente Sarkozy avançam muito rapidamente. Estamos no bom caminho, temos uma relação de confiança. Todo mundo sabe que uma das exigências do Brasil é ter acesso à tecnologia”, destacou Lula.
“Não podemos comprar um avião caça sem possuir a tecnologia e é justamente porque pensamos em produzir uma parte deste avião no Brasil. Temos uma importante empresa que é capaz de fazê-lo”, acrescentou o presidente, em referência à fabricante de aeronaves brasileira Embraer.
O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões e envolve a compra de pelo menos 36 aeronaves. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.
Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.
Irã
Na entrevista que foi ao ar neste domingo, Lula também defendeu que as forças ocidentais parem de condenar o Irã por causa de seu programa nuclear. Em uma campanha diplomática crescente para conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro tem adotado uma linha conciliatória quando o assunto é o Irã.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estipulou prazo ao Irã até o final de setembro para aceitar uma oferta norte-americana em conjunto com a Rússia, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha para discutir benefícios comerciais caso Teerã deixe de lado o enriquecimento nuclear. Do contrário, o país enfrentará restrições ainda mais severas.
Lula rejeitou a ideia de novas sanções, pedindo aos líderes ocidentais que conversem com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Acho que há muitas sanções e conversas insuficientes com o Irã. Parem de condená-lo. As autoridades do terceiro nível da ONU tomam decisões que punem o país e tornam-no mais e mais isolado. Será cada vez mais difícil chegar a um acordo", disse Lula.
Opep
Ao canal francês, Lula também afirmou que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não será usado para a compra de novas ações da Petrobras. Ele também voltou a dizer que o Brasil não pretende ingressar na Opep, a organização que reúne os maiores produtores mundiais de petróleo. Parte do conteúdo da entrevista havia sido divulgada no última quarta-feira (2).
Fonte: G1 (com agências) - Imagem: Arquivo do Blog
Presidente Nicolas Sarkozy inicia visita ao Brasil neste domingo (6).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista veiculada neste domingo (6) pelo canal francês de televisão TV5 Monde que as negociações para a compra pelo Brasil de 36 aviões caça Rafale estão “muito avançadas”.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, estará com Lula em Brasília nesta noite para assinar acordos de cooperação militar, acertar detalhes sobre a construção de uma ponte entre o Brasil e a Guiana Francesa e acompanhar o Desfile de 7 de Setembro.
“As discussões com o presidente Sarkozy avançam muito rapidamente. Estamos no bom caminho, temos uma relação de confiança. Todo mundo sabe que uma das exigências do Brasil é ter acesso à tecnologia”, destacou Lula.
“Não podemos comprar um avião caça sem possuir a tecnologia e é justamente porque pensamos em produzir uma parte deste avião no Brasil. Temos uma importante empresa que é capaz de fazê-lo”, acrescentou o presidente, em referência à fabricante de aeronaves brasileira Embraer.
O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões e envolve a compra de pelo menos 36 aeronaves. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.
Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.
Irã
Na entrevista que foi ao ar neste domingo, Lula também defendeu que as forças ocidentais parem de condenar o Irã por causa de seu programa nuclear. Em uma campanha diplomática crescente para conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro tem adotado uma linha conciliatória quando o assunto é o Irã.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estipulou prazo ao Irã até o final de setembro para aceitar uma oferta norte-americana em conjunto com a Rússia, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha para discutir benefícios comerciais caso Teerã deixe de lado o enriquecimento nuclear. Do contrário, o país enfrentará restrições ainda mais severas.
Lula rejeitou a ideia de novas sanções, pedindo aos líderes ocidentais que conversem com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Acho que há muitas sanções e conversas insuficientes com o Irã. Parem de condená-lo. As autoridades do terceiro nível da ONU tomam decisões que punem o país e tornam-no mais e mais isolado. Será cada vez mais difícil chegar a um acordo", disse Lula.
Opep
Ao canal francês, Lula também afirmou que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não será usado para a compra de novas ações da Petrobras. Ele também voltou a dizer que o Brasil não pretende ingressar na Opep, a organização que reúne os maiores produtores mundiais de petróleo. Parte do conteúdo da entrevista havia sido divulgada no última quarta-feira (2).
Fonte: G1 (com agências) - Imagem: Arquivo do Blog
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