Colapso na economia Aliada a outros fatores, crise interfere no transporte de cargas aéreas e reduz movimento no Leite Lopes
Crise na exportação, falta de aeronaves grandes e baixa competitividade nos preços fizeram com que o total de cargas aéreas em Ribeirão Preto despencasse 39,9% no primeiro trimestre de 2009, de acordo com especialistas da área. O volume transportado no Aeroporto Leite Lopes de janeiro a março, que era de 173,9 toneladas em 2008, ficou em 104,6 toneladas este ano —uma perda de quase 70 toneladas.
Em compensação, os números do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) indicaram que o total de voos no Leite Lopes cresceu 10,3%, passando de 7.714 para 8.512 nesse mesmo período. O fluxo de passageiros também aumentou: a alta foi de 8,4% (97.509 usuários contra 89.974 nos três primeiros meses do ano passado). O professor Rudnei Toneto Júnior, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Fearp) da Universidade de São Paulo (USP), apontou a crise como principal motivo da queda do transporte de mercadorias. “Em geral, todo o setor de cargas teve queda, porque as exportações nos aeroportos caíram. A tendência é que o número de usuários também comece a cair.”
Já Wilson Píccolo Soares, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Ribeirão e Região (Sindetrans), disse que o frete rodoviário tem preços mais competitivos e que falta estrutura. “Carga de avião precisa de espaço, mas as grandes aeronaves não pousam mais em Ribeirão. A maioria das cargas da região viaja até Campinas e é despachada por Viracopos.”
Uma das empresas da região que deixaram de enviar cargas pelo aeroporto de Ribeirão foi a Samello, de Franca. “Nesse período a Samello reduziu as exportações, mas nos momentos de maior volume, facilitaria ter uma entrega mais rápida. Precisaríamos de um custo-benefício melhor”, disse Áurea Piacentini,. encarregada de exportação da empresa.
Redução não desanima empresa
A queda no volume de cargas em Ribeirão Preto não deve ser impedimento para o projeto do terminal internacional de cargas do Leite Lopes, segundo a Tead, empresa vencedora da licitação. Para Rubel Thomas, diretor da Tead, a carga doméstica é diferente da carga internacional e por isso um bom mercado deve ser mantido. “É preciso ver ainda que as empresas reduziram atividades em Ribeirão: a Gol não opera mais e a TAM baixou de cinco para três voos diários, cosequentemente há menos carga”, disse Thomas. A obra depende do laudo da curva de ruído, que tem previsão de ser entregue dia 30.
Fonte: Danielle Castro (Gazeta de Ribeirão)
Crise na exportação, falta de aeronaves grandes e baixa competitividade nos preços fizeram com que o total de cargas aéreas em Ribeirão Preto despencasse 39,9% no primeiro trimestre de 2009, de acordo com especialistas da área. O volume transportado no Aeroporto Leite Lopes de janeiro a março, que era de 173,9 toneladas em 2008, ficou em 104,6 toneladas este ano —uma perda de quase 70 toneladas.
Em compensação, os números do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) indicaram que o total de voos no Leite Lopes cresceu 10,3%, passando de 7.714 para 8.512 nesse mesmo período. O fluxo de passageiros também aumentou: a alta foi de 8,4% (97.509 usuários contra 89.974 nos três primeiros meses do ano passado). O professor Rudnei Toneto Júnior, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Fearp) da Universidade de São Paulo (USP), apontou a crise como principal motivo da queda do transporte de mercadorias. “Em geral, todo o setor de cargas teve queda, porque as exportações nos aeroportos caíram. A tendência é que o número de usuários também comece a cair.”
Já Wilson Píccolo Soares, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Ribeirão e Região (Sindetrans), disse que o frete rodoviário tem preços mais competitivos e que falta estrutura. “Carga de avião precisa de espaço, mas as grandes aeronaves não pousam mais em Ribeirão. A maioria das cargas da região viaja até Campinas e é despachada por Viracopos.”
Uma das empresas da região que deixaram de enviar cargas pelo aeroporto de Ribeirão foi a Samello, de Franca. “Nesse período a Samello reduziu as exportações, mas nos momentos de maior volume, facilitaria ter uma entrega mais rápida. Precisaríamos de um custo-benefício melhor”, disse Áurea Piacentini,. encarregada de exportação da empresa.
Redução não desanima empresa
A queda no volume de cargas em Ribeirão Preto não deve ser impedimento para o projeto do terminal internacional de cargas do Leite Lopes, segundo a Tead, empresa vencedora da licitação. Para Rubel Thomas, diretor da Tead, a carga doméstica é diferente da carga internacional e por isso um bom mercado deve ser mantido. “É preciso ver ainda que as empresas reduziram atividades em Ribeirão: a Gol não opera mais e a TAM baixou de cinco para três voos diários, cosequentemente há menos carga”, disse Thomas. A obra depende do laudo da curva de ruído, que tem previsão de ser entregue dia 30.
Fonte: Danielle Castro (Gazeta de Ribeirão)
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