terça-feira, 7 de abril de 2009

Conheça o trabalho dos 'flanelinhas' de aviões

Fiscais de pátio do Aeroporto de Congonhas explicam rotina.

'Eu sou os olhos do comandante', diz fiscal de pátio.



Na hora de manobrar o carro, muita gente conta com a ajuda dos flanelinhas para parar direitinho na vaga. Imagine como seria estacionar um avião, sem poder errar um milímetro.

Esse é o tipo de manobra que os pilotos nunca realizam sem a ajuda dos fiscais de pátio. O SPTV recebeu uma autorização especial pra entrar na pista do Aeroporto de Congonhas.

Quem comanda as manobras dos aviões são os fiscais de pátio. No Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do Brasil, com quase 800 pousos e decolagens por dia, existem 81 fiscais. Dez deles são mulheres.

Michele Ferreira é uma delas e exerce a profissão há três anos e meio. Antes, era esteticista. “Eu sou os olhos do comandante. Se eu puxar ele muito para o lado e a asa ficar muito próxima da outra, fica bem perigoso. Tem que ser em movimentos bem leves. A nossa velocidade é a velocidade que ele vai vir”, afirma Michele Ferreira

Além de raquete de cores fortes, podem ser usadas também luvas igualmente chamativas, como as que o fiscal de pátio Eduardo Fabri usa. Ele já manobrou aviões com muita gente famosa. “Cláudia Raia, Juliana Paes. (A mão) não tremeu. A gente é treinado”, brinca.

Existe também a manobra eletrônica, que é feita com muito barulho. Cada sinal dá uma informação diferente ao piloto, para que ele pare exatamente em cima da linha amarela. Nem um milímetro errado.

Só pelos faróis, o piloto segue exatamente a linha. Desvia um pouquinho para cá, ou para lá, mas para sempre no lugar certo. “Esse é um equipamento caro e ele não pode entrar, assim, aleatoriamente. Ele tem que depender do fiscal e, algumas vezes, até das pontas de asas, para entrar com tranqüilidade dentro do box”, explica Leonardo Santoro, encarregado de pátio.

Fontes: G1 / SPTV

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