Tecnologia de satélite para pouso de aeronaves em teste nos EUA tem como objetivo economizar combustível e reduzir atrasos
À medida que o capitão Mike Adams freava seu simulador de voo de um Boeing 737, colocando as turbinas no automático para que o avião pudesse pousar sem que ele fizesse nenhum esforço, ele demonstrava o que o futuro reserva para todos os aeroportos americanos.
No começo de junho, é isso que a Alaska Airlines fará quando começar a testar o uso da tecnologia de satélite para pousar no Aeroporto Internacional de Seattle: tudo será feito com o intuito de economizar combustível e reduzir os atrasos.
Pilotos da Alaska Airlines checam sistema de Boeing em aeroporto de Seattle
Os aviões que utilizarem essa nova tecnologia irão reduzir em cerca de 48 quilômetros sua rota de descida para o aeroporto. Eles não precisarão sobrevoar a pista de aterrisagem para aguardar permissão de pouso. E os pilotos não terão mais que mexer nos controles para manter a altitude de aterrisagem atribuída pelos controladores de tráfego aéreo.
"Isso nos ajuda a usufruir do espaço aéreo de uma maneira muito mais eficaz", disse Adams. "Além de reduzir o congestionamento. Essa é a solução para nossos problemas."
Tecnologia
O experimento de Seattle marca uma das primeiras aplicações extensivas da tecnologia de satélite depois de anos de planejamento e disputas políticas em Washington.
Substituir o sistema de controle aéreo baseado em radares, que os aeroportos do país utilizam desde a década de 1940, é um empreedimento enorme e caro. Uma estimativa oficial feita pelo governo afirma que o preço para a implementação do sistema NextGen pode chegar a custar US$ 42 bilhões até 2025.
A agência já aprovou testes para aterrisagens feitas com guias por satélites no Aeroporto Internacional de Phoenix Sky Harbor e outros testes deverão acontecer ainda este ano em Washington, Atlanta, Charlotte, Carolina do Norte e Dallas. A Delta Airlines, Southwest Airlines e a JetBlue estão experimentando com vários aspectos da navegação por satélite.
Para as companhias aéreas, aterrissagens mais eficientes podem significar uma grande economia de combustível. As autoridades estimam que as companhias aéreas que utilizam o Aeroporto Internacional de Hartsfield-Jackson em Atlanta, um dos mais movimentados do mundo, voariam cerca de 2 milhões de quilômetros a menos a cada ano, economizando quase cerca de 2,9 milhões de litros de combustível por ano, o que também permitirá que quase cerca de 10 aviões a mais possam decolar por hora.
Mas o NextGen também tem sido atrasado por divergências existentes entre as companhias aéreas e órgãos reguladores federais sobre quem irá pagar a conta. Equipar um único avião com um sistema de GPS pode custar mais de US$ 340 mil.
Fonte: Jad Mouwad (The New York Times) via iG - Fotos via NYT
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