Com a queda do avião na manhã de ontem já somam quatro os acidentes com aeronaves de pequeno porte no Pará somente no mês de fevereiro deste ano. Em uma infeliz coincidência, o corpo de uma das vítimas do acidente ocorrido no município de Cametá - quando o avião bimotor prefixo PT-LOU, da empresa Norte Jet Táxi Aéreo, caiu após decolar no município de Cametá em direção a Belém - ainda estava sendo velado no aeroclube no momento em que a aeronave que transportava o deputado levantou voo.
Neste acidente ocorrido no dia 18 de fevereiro, quatro pessoas morreram. O bimotor estava a serviço da empresa Prosegur, que faz transporte de valores.
O primeiro incidente ocorreu no dia 9 de fevereiro, quando um avião modelo King Air F 90, prefixo PT – OFD, caiu com o piloto e três passageiros, próximo à Base Aérea de Belém. O acidente aconteceu a aproximadamente 5,4 Km de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, quando a aeronave se preparava para pousar. Todos os ocupantes conseguiram se salvar. Foi preciso mais de uma semana para retirar o avião do fundo da baía.
Em outro momento tenso da aviação destas últimas semanas, um helicóptero “esquilo” (AS350 B2), do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), fez um pouso de emergência na última quarta-feira, 22, em um terreno próximo à rodovia BR-316, no município de Marituba, na região metropolitana de Belém. O impacto com o solo provocou avarias na aeronave e ferimentos leves em seus ocupantes. Quatro pessoas estavam a bordo: o comandante, major Alessandro Zell; o delegado Éder Mauro, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos; e dois servidores (um médico e uma enfermeira) da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Outras tragédias
Apesar de entrecortado por rios que se espalham nos vários municípios da região, o Estado do Pará sempre foi pródigo em ocorrências de acidentes aéreos que vitimaram dezenas de pessoas, desde simples passageiros até políticos – como aconteceu agora com o deputado Alessandro Novelino – e empresários, como Jair Bernardino e Luiz Rebelo, que alcançaram ampla repercussão nacional.
Jair Bernardino era um dos mais pródigos da sua geração. Goiano de nascimento, Bernardino construiu um sólido império industrial de mais de trinta empresas, tendo à Rede Brasil Amazônia de Televisão (RBA), inaugurada em 15 de dezembro de 1988 em Belém, afiliada à Rede Manchete à época.
Bernardino morreu no dia 5 de agosto de 1989, aos 44 anos, num acidente aéreo em que também faleceram o piloto, o co-piloto e seu irmão Nélson Luiz de Souza, na Ilha das Onças, no Pará. O empresário era dono do Learjet 35A e decolou com o piloto, co-piloto e o irmão Nélson Luiz de Souza na noite do dia 4 de agosto de 1989, de Belém com destino a Goiânia, para comparecer ao sepultamento de um tio em Morrinhos, falecido no final de julho. Próximo do pouso, já próximo a Belém, o avião desapareceu no radar nas proximidades da Ilha das Onças.
Pouco depois, os destroços de avião foram encontrados às proximidades de um clube localizado na Ilha das Onças. O avião só foi achado no dia 6 de agosto por barqueiros. Os corpos do acidente ficaram quase irreconhecíveis, o que levou à demora na perícia e os sepultamentos.
A perícia mostrou que houve erro humano: um dos pilotos não ‘resetou’ o altímetro na descida, segundo o site Wikipédia. Isso fez com que na fase final de pouso em Belém os instrumentos marcassem uma altitude maior que a real. Na época, surgiu a versão de que teria ocorrido sabotagem, já que o empresário tinha muita influência e poder em bastidores da política paraense e goiana. Até hoje essa versão não foi confirmada.
Vinte e um anos depois, na tarde do dia 25 de janeiro de 2010, mais um empresário é vitimado por um acidente aéreo. Mais uma vez um erro humano foi a causa da tragédia. A vítima desta vez foi o empresário Luis Rebelo, que morreu junto com o piloto da aeronave Bandeirante Cessna 210, da Piquiatuba Táxi Aéreo, que caiu na área de pasto da Fazenda Rosinha, pertencente ao grupo Reicon, localizada no Km 23 da PA-167, município de Senador José Porfírio. Outros seis passageiros saíram feridos do acidente.
Segundo relato dos sobreviventes, o piloto teria errado o cálculo e passado da pista de pouso e, ao tentar retornar a aeronave, perdeu altitude. Em seguida, o piloto tentou arremeter (subir novamente), mas a aeronave não conseguiu pegar altura e acabou caindo num pasto a 500 metros da sede da fazenda.
Fonte: Diário do Pará - Mapa via ocomunicador10.blogspot.com
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