terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Piloto de avião poderá notificar na internet uso indevido de raio laser

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser.


O piloto que for alvo de brincadeiras com o uso de raio lasers poderá notificar, pela internet, a ocorrência. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser. Em 2011, o órgão recebeu 332 notificações desse tipo nas proximidades dos aeroportos brasileiros.

O lançamento do formulário online também visa a dar informações para ajudar na criação de ações alertando sobre os riscos dessa prática, que é crime, especialmente nas regiões próximas a torres de controle e a aeroportos.

"Como atividade preventiva, será possível desenvolver campanhas educativas direcionadas a essas localidades de maior risco, com o apoio das secretarias de educação, por exemplo", explica o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, investigador do CENIPA, responsável pelo gerenciamento do Programa Relatório de Prevenção.

Os primeiros relatos sobre a prática ocorreram no início de 2010, e se intensificaram ao longo daquele ano e de 2011. Os fatos que começaram a chamar a atenção da comunidade aeronáutica ocorreram no Aeroporto de Londrina. Em 2011, essa mesma localidade foi a mais atingida pela brincadeira, com 111 relatos de pilotos surpreendidos pela luz verde. Galeão, Vitória e Campinas também estão entre os aeroportos mais rodeados por vizinhos inconsequentes.

Segundo a CENIPA, a probabilidade de que a incidência de raio laser cause um acidente com uma aeronave é baixa, mas ela pode ser um fator de distração para o piloto, em momentos que exigem concentração, como durante o pouso. "No entanto, por menor que seja o risco, as pessoas precisam saber que ele existe", defende o Major Mattos.

A Câmara dos Deputados também está atenta aos riscos do uso dos apontadores de laser. Tramita na Casa projeto que pune o uso indevido do objeto. O projeto prevê que será considerada infração, sujeita a prisão simples de três meses a dois anos e de multa, o uso do instrumento contra torre de controle de tráfego aéreo, cabine de aeronave, ou veículos motorizados.

Fonte: Agência O Globo via portal@d24am.com - Foto: FAB/Divulgação

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