O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que se acidentou em um dos pontos mais fechados da floresta amazônica na manhã da última quinta-feira afundou minutos depois de pousar no Rio Ituí, no Amazonas. Mas, contrariando as previsões menos otimistas feitas horas depois do desaparecimento, a maior parte dos ocupantes conseguiu sobreviver. O piloto da aeronave, um C-98 Caravan fabricado pela norte-americana Cessna, conseguiu desviar das árvores e aterrissou no Igarapé (1)Jacupará, que fica na margem direita do rio. Das 11 pessoas a bordo, nove escaparam com ferimentos leves. As outras duas - um tripulante e um passageiro - continuavam desaparecidas.
A aeronave tinha quatro militares na tripulação: os tenentes Carlos Ottone e José Ananias Pereira, que estavam no comando, o sargento Edmar Simões e o suboficial Marcelo dos Santos. Também viajavam sete passageiros: Diana Rodrigues, Joã Abreu, Jositéia Vanessa, Marcelo Nápoles, Maria das Dores Carvalho, Maria das Graças Rodrigues e Marina de Almeida, todos prestadores de serviço da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que trabalhavam na vacinação de índios no Acre e retornavam para casa, em Atalaia do Norte (AM).
O avião desapareceu às 9h25 de quinta-feira e foi localizado às 10h de ontem. Médicos da Aeronáutica conseguiram chegar à região do acidente no fim da manhã. Três pessoas foram atendidas no local e não precisaram de internação.
As outras seis foram levadas por volta das 14h30 no horário local (16h30 no horário de Brasília) para o Hospital Regional de Juruá, localizado em Cruzeiro do Sul (AC), que convocou todos os 60 profissionais para reforçar o atendimento. Militares, inclusive mergulhadores, foram deslocados para trabalhar nas buscas do suboficial Marcelo dos Santos e do técnico em enfermagem João de Abreu Filho, 33 anos.
Aventura na selva
Os sobreviventes tiveram que nadar cerca de 150m desde o local do pouso, no meio da água, até a margem do rio e tiveram que enfrentar a noite na floresta. "Eles foram resgatados com escoriações, fome, picadas de inseto e bastante abalados psicologicamente. Foram mais de 24 horas na floresta", contou o diretor-técnico do hospital, Marcos Lima. Segundo o médico, uma das passageiras está grávida de 15 semanas. Os primeiros exames não apontaram complicações. A aterrissagem de emergência ocorreu entre as aldeias Rio Novo, da tribo dos Murugos, e Aurélio, da tribo dos Matis, que foram os primeiros a localizar os sobreviventes. A região é uma das mais isoladas do país e abriga etnias que tem pouco contato com os não índios.
O C-98 decolou de Cruzeiro do Sul às 8h30 de quinta-feira e deveria pousar em Tabatinga (AM) por volta das 10h15. Mas, 58 minutos depois, a Aeronáutica recebeu o sinal de emergência emitido pela aeronave e deslocou dois helicópteros e cinco aviões da força aérea, além de um helicóptero do Exército. As buscas atravessaram a madrugada, mas somente pela manhã os Matis notificaram a Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre o paradeiro dos sobreviventes. Ainda não se sabe o que motivou o pouso forçado. O C-98 Caravan voava a 2,7 mil metros de altitude e a cerca de 300 km/h. A aeronave era usada desde 1987 no transporte de carga e pessoal e era famosa pela resistência. Até agora, os investigadores sabem apenas que o tempo não estava chuvoso no momento do acidente.
Braço de rio
Igarapés são uma espécie de "braço de rio", normalmente mais estreitos e de menor profundidade, que correm no interior da mata. São comuns na Amazônia e muito utilizados na navegação, sendo muitas vezes a única opção de transporte para comunidades que vivem às margens dos rios na floresta.
Fonte: Correio Braziliense
A aeronave tinha quatro militares na tripulação: os tenentes Carlos Ottone e José Ananias Pereira, que estavam no comando, o sargento Edmar Simões e o suboficial Marcelo dos Santos. Também viajavam sete passageiros: Diana Rodrigues, Joã Abreu, Jositéia Vanessa, Marcelo Nápoles, Maria das Dores Carvalho, Maria das Graças Rodrigues e Marina de Almeida, todos prestadores de serviço da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que trabalhavam na vacinação de índios no Acre e retornavam para casa, em Atalaia do Norte (AM).
O avião desapareceu às 9h25 de quinta-feira e foi localizado às 10h de ontem. Médicos da Aeronáutica conseguiram chegar à região do acidente no fim da manhã. Três pessoas foram atendidas no local e não precisaram de internação.
As outras seis foram levadas por volta das 14h30 no horário local (16h30 no horário de Brasília) para o Hospital Regional de Juruá, localizado em Cruzeiro do Sul (AC), que convocou todos os 60 profissionais para reforçar o atendimento. Militares, inclusive mergulhadores, foram deslocados para trabalhar nas buscas do suboficial Marcelo dos Santos e do técnico em enfermagem João de Abreu Filho, 33 anos.
Aventura na selva
Os sobreviventes tiveram que nadar cerca de 150m desde o local do pouso, no meio da água, até a margem do rio e tiveram que enfrentar a noite na floresta. "Eles foram resgatados com escoriações, fome, picadas de inseto e bastante abalados psicologicamente. Foram mais de 24 horas na floresta", contou o diretor-técnico do hospital, Marcos Lima. Segundo o médico, uma das passageiras está grávida de 15 semanas. Os primeiros exames não apontaram complicações. A aterrissagem de emergência ocorreu entre as aldeias Rio Novo, da tribo dos Murugos, e Aurélio, da tribo dos Matis, que foram os primeiros a localizar os sobreviventes. A região é uma das mais isoladas do país e abriga etnias que tem pouco contato com os não índios.
O C-98 decolou de Cruzeiro do Sul às 8h30 de quinta-feira e deveria pousar em Tabatinga (AM) por volta das 10h15. Mas, 58 minutos depois, a Aeronáutica recebeu o sinal de emergência emitido pela aeronave e deslocou dois helicópteros e cinco aviões da força aérea, além de um helicóptero do Exército. As buscas atravessaram a madrugada, mas somente pela manhã os Matis notificaram a Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre o paradeiro dos sobreviventes. Ainda não se sabe o que motivou o pouso forçado. O C-98 Caravan voava a 2,7 mil metros de altitude e a cerca de 300 km/h. A aeronave era usada desde 1987 no transporte de carga e pessoal e era famosa pela resistência. Até agora, os investigadores sabem apenas que o tempo não estava chuvoso no momento do acidente.
Braço de rio
Igarapés são uma espécie de "braço de rio", normalmente mais estreitos e de menor profundidade, que correm no interior da mata. São comuns na Amazônia e muito utilizados na navegação, sendo muitas vezes a única opção de transporte para comunidades que vivem às margens dos rios na floresta.
Fonte: Correio Braziliense
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