sábado, 31 de outubro de 2009

Relatório do Cenipa sobre queda de avião da TAM será apresentado aos familiares hoje

O relatório da Aeronáutica sobre o acidente da TAM, que deixou 199 mortos em julho de 2007, afirma que "o piloto pode ter inadvertidamente mantido o manete (alavanca) em aceleração" no momento do pouso, provocando o acidente. A conclusão do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) será apresentada na tarde de hoje, em Brasília, para os familiares das vítimas.

A conclusão do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi adiantada com exclusividade pelo jornal Diário de S.Paulo em junho e está contida no texto que explica um dos fatores apontados no documento que podem ter contribuído para a tragédia, denominado "Esquecimento do piloto".

Segundo o relatório, são 8 fatores contribuintes e seis considerados como "indeterminados", sobre os quais os peritos possuem indícios de que colaboraram para o erro do piloto no manuseio dos manetes, mas que não conseguiram provar sua contribuição, devido à morte da tripulação. a versão final dos fatores contribuintes: são 8 fatores contribuintes e 6 indeterminados. Os fatores são:

1) Aspecto médico: dor e cansaço - Indeterminado - o piloto reclama de dor de cabeça e cansaço durante a viagem;

2) Aspecto operacional: instrução - formação teórico só com simulador - contribuiu;

3) Aplicação dos comandos - tentou fazer manobra errada - indeterminado;

4) Esquecimento do piloto - indeterminado;

5) Coordenação de cabine - contribuiui - "gerenciamento inadequado das tarefas de cada tripulante";

6) Perda da consciência situacional - contribuiu;

7) Influência do meio ambiente - luz, chuva como fator psicológico - indeterminado;

8) Pouca experiência do piloto - tinha só 200 horas de voo - contribuiu;

9) Supervisão gerencial - contribuiu - dois comandantes sem formação de copiloto e sem formanção para atuar na função;

10) Falta de percepção - não fizeram o piloto ver o erro a iluminação e o falta do alarme - contribuiu;

11) Planejamento de voo - indeterminado - a caixa-preta não gravou as horas antes do pouso que poderiam confirmar se houve ou não planejamento do pouso por parte da equipe;

12) Indisciplina de voo - erro intencional, tentou fazer manobra errada - indeterminado;

13) Regulação - norma da Anac que previa que aviões sem reverso não poderiam pousar - contribuiu;

14) Projeto do Airbus - ficou provado que os manetes podem ficar em posições diferentes no pouso - contribuiu.

Todos estes fatores, aponta a FAB, fizeram com os pilotos tivessem perda de consciência da situação e falta de percepção do que estava ocorrendo no momento do pouso, impossibilitando-os de corrigir a posição das manetes e evitar a tragédia.

Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo - Foto: Arquivo/Diário de S.Paulo

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