Companhia aérea do Cazaquistão alegou em ação judicial que cinco jatos regionais Embraer E190-300 estão com problemas de segurança; Embraer diz que vai recorrer.
Avião da Air Astana (Foto: Divulgação) |
A principal companhia aérea do Cazaquistão, a Air Astana JSC, processou a Embraer SA em pelo menos US$ 11,9 milhões, acusando a fabricante de aviões brasileira de alugar aeronaves "inseguras para voar" e cujos voos tiveram de ser suspensos.
Em sua ação, movida na Suprema Corte de Nova York, em Manhattan, nos Estados Unidoss, de acordo com uma cláusula da lei de contrato de locação de empresas, a Air Astana acusou a Embraer de se envolver em "conduta que foi (na melhor das hipóteses) grosseiramente negligente e que ostenta uma temerária indiferença pela vida humana."
A Embraer disse em um comunicado que a empresa negou ter violado quaisquer obrigações com a Air Astana e que irá "se defender vigorosamente" contra quaisquer reclamações.
"A Air Astana está reivindicando compensação por sua decisão unilateral de suspender as operações das aeronaves (e) foi a única companhia aérea que suspendeu o uso de aeronaves E2, e o fizeram apenas temporariamente e desde então retomaram todas as operações", disse o comunicado.
A Air Astana alegou na ação judicial que cinco jatos regionais Embraer E190-300 que alugou da empresa brasileira estavam com sérios problemas de segurança. Entre as falhas, incluem-se falha do sistema anti-gelo das asas, que, segundo a companhia, podem causar a necessidade de pouso de emergência, uma "falha em cascata" dos sistemas hidráulicos durante aterrissagem, mudanças não comandadas na altitude e falhas mecânicas que resultariam em abordagens perigosas, segundo a denúncia.
O perigo foi agravado pelo "terreno traiçoeiro e clima desafiador" do país da Ásia Central e pelo fato de ter apenas 19 aeroportos em seus mais de um milhão de milhas quadradas que podem acomodar um pouso de emergência de aviões, disse a empresa.
Em comunicado no sábado (3), a Embraer disse que em novembro de 2020 um Air Astana E190-E2 havia passado por um problema técnico com um componente, o que levou os reguladores brasileiros a solicitarem tempos mais curtos de substituição deste tipo de peça em toda a frota.
Por Brendan Pierson, da Reuters
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