As peças de aeronaves da Vasp e da Transbrasil arrematadas em leilões do Conselho Nacional de Justiça foram roubadas nos pátios dos aeroportos. A Jovem Pan conversou com os proprietários dos aviões, que estão revoltados e se recusam a retirá-los da forma em que se encontram.
Eles alegam que os modelos adquiridos estavam depenados quando foram buscados por causa de roubos realizados nos principais terminais do país. Paulo Renato Pires, que arrematou dois aviões da Being 767 da Transbrasil que estão no aeroporto de Brasília, classificou a situação como absurda.
Os roubos ocorreram em aviões estacionados nos pátios de aeroportos internacionais e de expressiva visibilidade como os de Guarulhos e Brasília. Todas as aeronaves foram leiloadas no programa espaço livre dos aeroportos promovido pelo CNJ para liberar as áreas ocupadas pelas companhias falidas.
O responsável pela empresa AZ2, da cidade de Franca que não quis se identificar, disse que arrematou um Airbus 300 da Vasp que está em Guarulhos. Ele revelou à Jovem Pan que levou um susto quando viu grande parte da aeronave depenada e conta que a GRU Airport não assume a responsabilidade.
O especialista em aviação, Roberto Peterca fala do perigo de peças roubadas serem vendidas num mercado paralelo, colocando em risco a segurança de vôo. Falando ao repórter Daniel Lian, considera inadimissível roubos em aeronaves estacionadas e diz que a responsabilidade é da autoridade aeroportuária.
Os empresários salientaram que apenas aeronaves da FAB, como o Sucatão, não tiveram peças roubadas, porque estavam no pátio da Aeronáutica. A denúncia feita à Jovem Pan coloca em xeque a segurança dos principais aeroportos do país.
Fonte: Jovem Pan - Fotos: Daniel Lian
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