Cinco tripulantes estavam na aeronave; um deles está em estado grave.
Helicóptero da Polícia Civil caiu durante treinamento; ataque foi descartado.
Foto: Paulo Araújo/Agência O Dia
"Foi um susto. Pensei que eu fosse morrer. Parecia um liquidificador de ferro. Estou com o corpo todo dolorido. Fiz tomografia e raio-x. Nossa maior preocupação agora é com o Cláudio", disse Marcos, referindo-se ao tripulante Cláudio Cobo Fernandes, o único internado em estado grave, com traumatismo craniano, no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul.
Marcos, que tem 11 anos de polícia, foi levado junto com o copiloto Murilo Cesar da Silva Saibro e outro tripulante, Disney da Silva Ribeiro Lopes Júnior, para o Souza Aguiar, todos com ferimentos sem risco de morte. Ricardo de Resende Herter, que pilotava a aeronave, também foi para o Miguel Couto e seu estado de saúde não é grave. Todos são da Coordenaria de Recursos Especiais (Core).
Policial foi ferido na Mangueira há 4 anos
"Eu vi pela televisão, sabia que ele estava de plantão. Aí liguei para o celular dele e um policial me avisou. Já é o segundo susto. Há quatro anos ele foi baleado em uma operação na Mangueira", diz Wanda Lopes, mãe de Disney, de 33 anos.
Policiais da Core disseram que eles tinham acabado de levantar voo e que o piloto e que o copiloto já tinham voado nesta quinta-feira para Itaipava com a mesma aeronave. Ainda segundo eles, o helicóptero estaria a 30 km/h quando caiu.
O helicóptero da Polícia Civil prefixo PP-EIH caiu no Centro de Treinamento da Polícia Civil. Segundo a Secretaria de Segurança, cinco policiais civis da ficaram feridos, um deles em estado grave.
Vistoria em março
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o helicóptero passou por uma vistoria no dia 19 de março deste ano. O Grupamento Aéreo da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros do quartel do Caju foram para o local e, por volta das 16h30, um helicóptero do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM sobrevoava a região.
A Aeronáutica enviou homens do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 3 do Rio de Janeiro (Seripa) para o local para investigar a queda.
A aeronave ficou com a parte da frente parcialmente destruída e com a hélice para cima, como se o piloto tivesse feito um pouso forçado. A queda foi próxima ao estande de tiros do Centro de Treinamento da Polícia Civil.
Testemunha relata a queda
O motorista de caminhão da Comlurb Wagner Vieira, de 35 anos, disse que estava manobrando quando viu o acidente. "Achei que fosse fazer uma manobra. De repente, a hélice ficou para baixo e a barriga para cima", contou.
Ao ouvir o estrondo, Wagner disse que correu e quando chegou perto da aeronave viu o piloto preso ao cinto de segurança, bem machucado. "Os demais não pareciam estar tão machucados", disse.
Fonte: Lívia Torres e Luís Bulcão (G1 Rio)
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