terça-feira, 7 de agosto de 2012

Polícia ouve controlador de voo que é testemunha de acidente aéreo em MG

Delegado vai ouvir mais três testemunhas do caso ainda nesta semana.

Desastre em Juiz de Fora deixou 8 mortos, dentre eles executivos da Vilma.


O controlador de voo responsável pela comunicação com o piloto no dia do acidente aéreo em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, prestou depoimento na 2ª Delegacia de Polícia Civil, na tarde desta segunda-feira (6). O desastre, que ocorreu no dia 28 de julho, deixou oito mortos, no total. Dentre as vítimas, estão executivos da empresa Vilma Alimentos.

A Polícia Civil informou nesta teça-feira (2) que o delegado Roni Ervilha Cabral, que preside o inquérito, pretende ouvir mais três testemunhas do caso ainda nesta semana. Funcionários do aeroporto e da pousada que fica no terreno onde a aeronave caiu, além de hóspedes, vão prestar depoimento. Uma das testemunhas deve ser ouvida por Cabral na quarta-feira (8) e outras duas na quinta-feira (9). A assessoria da corporação informou que não vai divulgar o conteúdo das oitivas, pois isto poderia atrapalhar as investigações.

O objetivo do inquérito policial é apurar se houve algum responsável pelo acidente e puní-lo criminalmente. O delegado aguarda o laudo da perícia feita no local do desastre e o laudo técnico da Aeronáutica. 

Acidente

Morreram na queda do avião o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa; o filho dele, Gabriel Barreira Costa; o vice-presidente de Marketing e Vendas, César Roberto de Pinho Tavares; a gerente de Controladoria, Lídia Colares de Souza Lima, que estava grávida de dois meses; a gerente de Recursos Humanos, Adriana da Conceição Rocha Ezequiel Vilela; o analista de geomarketing, Tiago Felipe Cardoso Bretas; o piloto Jair Barbosa e o co-piloto, Rodrigo Henrique Dias da Silva. 

Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apura as possíveis causas do acidente. Os dados da caixa-preta, que foi encontrada no dia do desastre, já estão em análise. O centro informou que não há prazo para concluir a apuração que tem por finalidade evitar a ocorrência de novos acidentes com as mesmas características. 

O piloto havia sido avisado que as condições de voo não eram favoráveis para pouso, segundo informações do gerente da Sinart, empresa que administra o terminal de Juiz de Fora. "As condições no momento não eram favoráveis para pouso. A gente faz o procedimento, ele (o avião) atinge uma certa altura e (o piloto) tem que avistar a pista. Quando ele atinge aquele limite, ele (o piloto) avistando a pista, ele prossegue com o pouso. Caso negativo, ele arremete e faz um novo procedimento", disse o gerente da Sinarte, Cipriano Magno. 

"Ele (o piloto) não falou que queria pousar. (Ele) falou que tava vindo para o pouso. Após aquela posição, ele não falou mais com a rádio", completou Magno. 

"Com essas condições desfavoráveis, o piloto assume a responsabilidade do próprio voo", disse ao G1 o coronel Paulo Santos, chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3), órgão da FAB que irá apurar a tragédia. Não há previsão para divulgação de laudo sobre as causas do acidente. 

Fonte: G1 - Foto: Google Maps

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