Aeronave faria escala em Florianópolis, mas piloto preferiu pista mais longa.
Passageiros consideraram um risco de voar nessas condições e reclamaram.
Rachadura no vidro da cabine do avião obrigou pouso no Salgado Filho
Um voo que decolou na tarde desta terça-feira (17) do Rio de Janeiro pousou em Porto Alegre por problemas técnicos. Uma rachadura no vidro da cabine obrigou o piloto a descer na capital gaúcha, sem fazer a escala prevista em Florianópolis. Houve tumulto no Aeroporto Salgado Filho.
O voo 5818 da empresa Webjet saiu do Aeroporto do Galeão por volta das 15h30 com cerca de 70 passageiros a bordo. A viagem tinha uma escala prevista na capital catarinense antes do destino final, no Rio Grande do Sul. Segundo o relato de passageiros, ao sobrevoar Santa Catarina, o piloto informou que, por problemas técnicos, seguiria direto para Porto Alegre.
A aeronave aterrissou com segurança no Salgado Filho por volta das 17h30. Mas ao desembarcarem e constatarem a rachadura no vidro, alguns passageiros se revoltaram. Eles questionaram os funcionários da companhia aérea sobre o risco de voar nessas condições. Para eles, o piloto deveria ter pousado o mais breve possível, em Florianópolis. Houve um princípio de confusão no saguão, e a Polícia Federal foi chamada para controlar o tumulto.
Com os ânimos acalmados, o avião danificado foi encaminhado para a manutenção e os cerca de dois terços dos passageiros que iriam para a capital catarinense foram recolocados em outro voo, que decolou pouco antes das 20h de Porto Alegre com destino a Florianópólis.
A assessoria de imprensa da Webjet informou que o piloto seguiu os procedimentos de segurança. Segundo a companhia, é muito raro um vidro trincar, mas isso pode acontecer em função de mudanças de pressão e temperatura. Nesta situação, diz a empresa, é recomendável pousar em uma pista maior, para diminuir a pressão na hora da frenagem. Por este motivo, o piloto teria escolhido o Salgado Filho, cuja pista mede 2.280 metros, em vez de o Hercílio Luz, no qual a pista utilizada seria de 1,5 mil metros.
Fonte: Luciane Kohlmann (RBS TV) - Foto: Carlos Autran (RBS TV)
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