Inchaço nas pernas e ressecamento de pele e olhos são comuns.
Cuidados para diminuir incômodos começam antes da decolagem.
Corredor de avião - Foto: Creative Commons/Uggboy
Inchaço nas pernas, barriga estufada, pressão no ouvido, ressecamento dos olhos e da pele... Incômodos como esses são comuns durante viagens de avião, principalmente nas de longa duração, mas podem ser evitados ou, ao menos, reduzidos.
Confira a seguir dicas elaboradas a partir da sugestões da presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, Vânia Melhado, e da “Cartilha de Medicina Aeroespacial”, do Conselho Federal de Medicina:
1) Alimentação
Os cuidados devem começar antes do voo. A partir do dia anterior ao embarque, evite bebidas gasosas, comidas ricas em fibras e que fermentem (como feijão, repolho e pepino), pois isso vai piorar a sensação de inchaço na barriga, comum entre os passageiros.
Evite, também, bebidas alcoólicas, pois o álcool diminui a capacidade de as células cerebrais utilizarem o oxigênio –que está diminuído a bordo da aeronave.
As mesmas recomendações alimentares valem durante o voo. Evite os alimentos acima e prefira comer massas e beber água e sucos de frutas.
Para manter a hidratação, recomenda-se beber um copo de água ou suco a cada duas horas de voo.
2) Enjoos
Quem costuma ter enjoos durante a viagem deve tentar se sentar em uma poltrona na janela, preferencialmente perto da asa.
Também vale evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes.
3) Inchaço nas pernas
É um dos sintomas mais comuns durante o voo, e surge devido ao grande tempo sentado. É possível evitar o problema mesmo sem sair da poltrona: movimente a batata da perna e faça exercícios de rotação com os pés.
Quem costuma sentir mais desconforto pode também usar meias elásticas em viagens acima de quatro horas, o que reduz bastante o problema.
4) Alergia
Pessoas com rinite ou outro tipo de alergia devem levar soro ou hidratante para o nariz, além de medicamentos específicos, caso estejam usando.
Antes do pouso, vale usar descongestionante nasal para evitar a dor causada pelo aumento da pressão no interior da orelha média.
Quem estiver em fase de crise deve conversar com o médico para obter orientações antes de viajar.
5) Olhos e pele
Leve na bagagem de mão um hidratante e passe nas mãos, no rosto e em outros áreas do corpo que fiquem ressecadas.
O ideal é viajar sem lentes de contato, para evitar um ressecamento ainda maior do que ocorre normalmente com os olhos durante o voo. Se o passageiro estiver de lente durante a viagem, deve levar uma solução para umedecê-la durante o voo.
6) Incômodo no ouvido
Na hora do pouso, ocorre um aumento da pressão na região da orelha média, e é por isso que se sente uma sensação de semi-surdez no ouvido. Mascar chicletes ou apertar o nariz e depois soprar são dois truques para reduzir essa sensação.
No caso de bebês ou crianças muito pequenas, dê mamadeira ou chupeta um pouco antes do pouso. Isso também ajuda a reduzir essa pressão.
7) Remédios
Não se esqueça de levar na bagagem de mão medicamentos de uso contínuo.
Tomar remédios para dormir não é recomendado e pode ser perigoso. Se houver qualquer intercorrência e for necessário desembarcar rapidamente, o passageiro ficará prejudicado.
8) Doenças pré-existentes
Pessoas com doença cardíaca ou pulmonar crônica, mesmo que estiverem com o problema controlado, devem consultar o médico antes de viajar, para ver se é necessário fazer algum ajuste no tratamento.
9) "Jet lag"
A diferença de fuso-horário pode causar, ao chegar ao destino, cansaço, dificuldade para dormir, irritabilidade e incompatibilidade entre a fome e os horários das refeições. Segundo um cálculo básico, para cada hora de fuso-horário a mais ou a menos, é necessário um dia para se adaptar.
Se sua viagem for durar poucos dias, o ideal é começar essa adaptação quatro ou cinco dias antes de embarcar. A recomendação dos médicos é tentar se aproximar o máximo possível do horário do destino. Se a diferença for de duas horas a mais, por exemplo, tente dormir e comer duas horas mais tarde do que está habituado. Se não for possível seguir exatamente o fuso, aproximar-se mais dele já ajuda.
Fonte: G1
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