Avião perde peças e destrói carros em Almada
O
Boeing 777-2M2/ER, prefixo
D2-TEF, avião da companhia aérea angolana
TAAG Angola Airlines, que partiu do aeroporto de Lisboa às 11h11 (hora local) desta segunda-feira (6), foi forçado a regressar ao Aeroporto da Portela por problemas técnicos. Pelo caminho, teria deixado cair no Bairro de Almada alguns pedaços metálicos da fuselagem, que atingiram um veículo, mas não teriam causado feridos.
“O avião levantou voo do aeroporto da Portela e voltou pouco tempo depois, por volta das 11h30, para fazer uma aterrissagem de emergência devido a um problema técnico”, confirma o porta-voz da ANA, Rui Oliveira. A mesma fonte adiantou que a aterrissagem decorreu normalmente e que não houve problemas com os passageiros, mas não confirma que os pedaços encontrados esta manhã nas ruas de Almada pertençam ao aparelho.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Almada, Vítor Espírito Santo, as peças atingiram um carro que estava estacionado na Rua Lourenço Pires de Távora. “Foi encontrado um pedaço de fuselagem, com cinco centímetros de largura e 10 a 15 centímetros de altura, e partiu o vidro traseiro do carro, que estava vazio no momento”, explica o comandante.
Foi encontrada ainda outra peça com a mesma dimensão, na mesma rua, no chão, e outra na Avenida D. Afonso Henriques, que fica ali perto. No local, estão os bombeiros de Almada e de Cacilhas à procura de outras peças metálicas que possam ter também caído.
O alerta foi dado ao Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal por volta do meio-dia. A investigação está agora a cargo do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves. “Temos uma equipe a dirigir-se para o aeroporto para averiguar o estado do avião e iremos posteriormente para Almada para confirmar se as peças pertencem a esse aparelho”, disse ao 'Público' o tenente coronel Fernando dos Reis, responsável pelo organismo.
A TAAG Angolan Airlines integra a “lista negra” das companhias aéreas interditas na União Europeia, mas faz parte de um pequeno conjunto de dez transportadoras que estão autorizadas a operar dentro do espaço comunitário, condicionadas a rigorosas restrições de exploração.
Fontes: Marisa Soares (Público) / Aviation Herald / tvi24 - Fotos: tvi24