Em 11 de fevereiro de 1958, Ruth Carol Taylor, a primeira comissária de bordo afro-americana nos Estados Unidos, começou a exercer suas funções.
Taylor inicialmente treinou como enfermeira antes de decidir se tornar comissária de bordo. Ela se candidatou pela primeira vez à Trans World Airlines (TWA) em 1957. No entanto, seu pedido foi rejeitado por causa da cor de sua pele.
Isso irritou Taylor, e ela apresentou uma queixa contra a TWA na Comissão de Discriminação do Estado de Nova York. Nenhuma ação foi movida contra a companhia aérea. Mas outras empresas começaram a repensar suas políticas de contratação de tripulantes “minoritários”.
Mohawk Airlines fez história
Uma dessas empresas foi a Mohawk Airlines e, quando a companhia aérea abriu seu recrutamento, 800 afro-americanos se inscreveram. Taylor foi o único candidato aprovado e foi contratado em dezembro de 1957.
Seu primeiro voo foi do Aeroporto Regional Ithaca Tompkins (ITH) para Nova York (JFK). Esse momento inovador levou a TWA a reverter sua decisão e contratar Margaret Grant, a primeira grande operadora dos Estados Unidos a contratar um afro-americano.
Infelizmente, o tempo de Taylor na MO foi de curta duração. Embora sua contratação quebrasse barreiras raciais dentro do setor, seria outra regulamentação da época que levaria à sua saída apenas seis meses após a contratação. Ser mulher casada era proibido pelas companhias aéreas da época.
Taylor havia sido contratado antes de ser contratado pela companhia aérea. Com a aproximação do dia do casamento, ela foi forçada a renunciar.
A Mohawk se tornou a primeira companhia aérea regional nos Estados Unidos a operar aviões a jato quando introduziu o BAC One-Eleven em 1965 |
Continuando a Luta
Sua luta pela igualdade racial não parou quando ela deixou Mohawk. Taylor continuou trabalhando para melhorar os direitos civis, relatando a Marcha de 1963 em Washington e tornando-se uma ativista de defesa do consumidor e dos direitos das mulheres.
Falando à JET Magazine em 1995, Taylor admitiu que nunca quis se tornar uma comissária de bordo. Ela apenas fez isso para quebrar as barreiras raciais que existiam na indústria: “Me irritou que as pessoas não permitissem que pessoas de cor se inscrevessem… Qualquer coisa assim me faz ranger os dentes.”
Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu com informações da Airways Magazine - Fotos: Domínio Público
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