Embora tivesse adesivo da Havan, aeronave não pertence à empresa. Caso foi registrado em Porto Belo.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou um processo administrativo para apurar a tentativa do pouso de um helicóptero com adesivo da Havan próximo a um píer de uma pousada na praia Caixa D’Aço, em Porto Belo, Litoral Norte catarinense. Se constatada irregularidade, poderá haver aplicação de penalidades aos responsáveis pela operação.
O caso envolvendo a aeronave PT-HPL, de propriedade de uma empresa de serviços náuticos com operação de outra de serviços aéreos especializados, foi registado no sábado (20). Ninguém foi atingido e não houve feridos. Apesar da plotagem, o helicóptero não pertence à frota da Havan (veja mais abaixo).
Tentativa do pouso de um helicóptero com adesivo da Havan em Porto Belo |
Um vídeo com imagens do helicóptero circulou nas redes sociais e mostra duas tentativas de pouso no píer. As manobras foram feitas próximo do mar e também de banhistas, que estavam em caiaques e outras embarcações.
Na primeira tentativa de pouso, um homem tentou abrir a porta, mas o piloto desistiu e decolou novamente. Na segunda tentativa, a aeronave pousa novamente fora da estrutura do píer, chega a ficar inclinada a arremete.
O piloto José Viana, de Balneário Camboriú, que trabalha na empresa que é a operadora do helicóptero, afirmou que tinha ido buscar o filho na pousada de um amigo, mas as rajadas de vento não permitiram o pouso no píer.
“O helicóptero deu uma inclinada, vamos dizer que não é normal, mas não foi nada assim tão grave, tanto que eu decolei com o helicóptero e fui para outro lugar”, disse.
Imagens mostram as duas tentativas de pouso em píer de pousada |
Viana disse que já fez outros pousos no local em outras ocasiões e que as pessoas estavam afastadas e fora do raio do voo. "Não coloquei ninguém em risco", afirmou.
“Não causei nenhum tipo de dano. Essa polêmica aí, se não tivesse o adesivo da Havan no helicóptero teria saído um, dois, três vídeos e acabou. O problema aí está no nome”, explicou o piloto.
Por conta do episódio, a Havan emitiu uma nota e informou que não se trata de helicóptero da frota da empresa, apesar da plotagem. Segundo a rede de lojas, trata-se de uma aeronave que usa o heliponto de propriedade da Havan e, em troca, usa o adesivo com a marca para fazer publicidade.
A Havan possui três helicópteros a serviço da empresa (veja fotos abaixo).
As redes sociais da pousada indicam que é comum que helicópteros desçam no píer. O G1 procurou os responsáveis pela pousada e também da empresa a qual pertence a aeronave, mas não conseguiu contato até as 14h30.
A Anac informou que o pouso em local não homologado é permitido “em alguns casos”. A Agência afirma que, se durante o processo for identificada irregularidade em relação às normas de aviação civil, os responsáveis pela operação poderão ser penalizados. Viana disse que ainda não foi notificado pela Anac sobre a abertura do processo administrativo.
Outro caso
O mesmo helicóptero já foi alvo de investigação na Anac em 2019, quando o piloto Viana fez um show pirotécnico no réveillon sobrevoando a orla de Balneário Camboriú, minutos antes da virada de ano. Na época, a Superintendência de Ação Fiscal da Anac entendeu que o registro da aeronave não permitia esse tipo de atividade.
Helicóptero faz show de fogos em Balneário Camboriú (Foto: Reprodução/ NSC) |
Via G1 SC / NSC
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