Em 19 de dezembro de 1949 o avião Douglas C-47A-30-DK Dakota III, de prefixo PP-AXG, da empresa Aerovias Brasil, batizado como "Amazonas", levantou voo no Aeroporto de Vitória para um voo de treinamento com seis pessoas a bordo.
O comandante Carlos Gomes do Rego, um dos mais experientes da companhia, pilotava a aeronave "Amazonas" de maneira experimental para testar reparos no motor.
O Douglas DC3 PPAXG fazia a linha Natal - Rio de Janeiro e pousou em Vitória acusando grave defeito num dos motores. Jornais da época informaram que outro avião passou a fazer a linha para que o Douglas fosse consertado. De São Paulo, a empresa enviou um motor, que foi devidamente trocado.
No voo de experiência estavam, além do comandante, o co-piloto Luiz Gutierrez, o radio-operador Egídio Cardoso, o mecânico J. Brasiliano e ainda Antonio Gomes Filho e Albino de Tai, dois funcionários da administração do Porto de Vitória, que insistiram em fazer o "passeio".
A aeromoça Elvira Antunes de Sousa e dois mecânicos da tripulação permaneceram em terra e escaparam do misterioso destino do avião.
As buscas
A Aerovias Brasil providenciou trabalhos de pesquisa para a descoberta do avião. A Força Aérea Brasileira (FAB) deslocou duas aeronaves para realizar as buscas, que continuaram insistentemente por quase duas semanas, somando por fim cinco aviões e várias embarcações, já que a principal suspeita era de que o avião tivesse caído no litoral do Estado.
O mistério ficou marcado na história da aviação também por ter sido o primeiro acidente da companhia Aerovias Brasil, uma das poucas que fazia trajetos estrangeiros em 1949.
A fundação Flight Safety, por meio do site Aviation Safety Newtwork, cataloga de maneira atualizada aeronaves e seu paradeiro. Uma consulta recente realizada pela reportagem observa que o avião continua desaparecido e o destino presumido é uma queda no mar. Os seis tripulantes da aeronave são dados como mortos.
O avião
A aeronave "Amazonas", um Douglas C-47A-30-DK Dakota III (similar ao da foto acima), voou pela primeira vez em 1944. O modelo teve uma produção de 13 mil unidades e utilizava a propulsão de dois motores. O avião pesava 12.700 quilos.
Esta Capixapédia foi produzida com o auxílio técnico do Centro de Documentação do jornal A Gazeta - Edição: Jorge Tadeu
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