Fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online
As companhias aéreas estão mais rigorosas com a bagagem de mão dos passageiros. Nesta semana, a Gol começou a usar gabaritos de metal - semelhantes aos usados pelas empresas americanas e europeias - para medir o tamanho das malas na porta do avião. Aquelas cujas dimensões (largura, altura e comprimento) somadas ultrapassam os 115 cm são etiquetadas e enviadas para o bagageiro da aeronave.
O processo é feito na fila de embarque por funcionários da companhia, ou seja, não é preciso voltar ao balcão de check-in do aeroporto para despachar a mala acima do limite.
A maior fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online. É quando o passageiro imprime o cartão de embarque em casa ou no totem de autoatendimento. Em alguns casos, usa apenas o smartphone para entrar na sala de embarque.
Com isso, o passageiro ganha independência: não pega filas e não tem contato com nenhum funcionário da companhia aérea até a hora de entrar no avião. Mas acaba levando uma bagagem que não cabe nos compartimentos da cabine.
"Isso causa problemas operacionais que atrasam o embarque. E normalmente tem mais seis ou sete voos depois, então acaba prejudicando um monte de passageiros", explica o gerente corporativo de aeroportos da Gol, Alessandro Minucci.
Por enquanto, a fiscalização da Gol ocorre apenas em Congonhas - mas será expandida para todos os voos da companhia em Cumbica, Galeão, Santos Dumont, Confins e Porto Alegre nas próximas semanas.
Para que a própria verificação do tamanho de cada bagagem não se transforme em um motivo de atraso do voo, funcionários da Gol estão fazendo a medição por amostragem - as malas que parecem maiores passam pelo teste do gabarito. Para isso, o embarque dos voos será adiantado.
"Vamos chamar para embarque cinco minutos antes do previsto. Com a fila formada, o agente do aeroporto circula e faz a avaliação", diz Minucci. No Brasil, o limite de bagagem é estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos Estados Unidos e na Europa, é determinado pelas empresas.
O desejo das companhias brasileiras é de que a Anac desregulamente o quesito bagagens. Com isso, o peso, o tamanho e o número de peças que cada um pode carregar poderá ser diferente dependendo de cada companhia. "Um laptop modelo antigo pode pesar 2 quilos e o limite de uma mala de mão hoje é de apenas 5 quilos", exemplifica Minucci. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Nataly Costa (Estadão Conteúdo) via Exame.com - Fotos: Getty Images / Reprodução
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