terça-feira, 3 de julho de 2012

Expedição busca no Pacífico pistas da aviadora pioneira Amelia Earhart

Foto sem data, tirada nos anos 30,mostra Amelia Earhart em seu avião

Setenta e cinco anos depois do desaparecimento da americana Amelia Earhart no Oceano Pacífico, uma expedição de cientistas e admiradores partirá nesta terça-feira para tentar resolver o mistério do destino desta pioneira da aviação.

Earhart (1897-1937), uma das pilotos femininas mais importantes da história da aviação, desapareceu em 1937, aos 39 anos, quando tentava dar a volta ao mundo.

Apaixonados pela aviação do Grupo Internacional para a Recuperação de Aviões Históricos (TIGHAR) partirão para a remota ilha Nikumaroro, em Kiribati, na zona centro-oeste do Pacífico, em uma tentativa de estabelecer se Earhart pode ter sobrevivido à suposta queda de seu avião.

A expedição utilizará tecnologia de ponta para mapear o fundo do oceano, como um dispositivo de controle remoto semelhante ao que conseguiu encontrar as caixas pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico enquanto fazia o percurso Rio de Janeiro-Paris em 2009.

Um barco de carga que transporta o equipamento e uma tripulação de 20 cientistas partirá do Havaí para explorar durante dez dias tanto a ilha como um trecho submarino do recife no extremo-oeste do atol.

A expedição deve zarpar no dia 2 de julho, dia exato em que Earhart desapareceu, em 1937, a bordo de seu bimotor Electra Lockheed, mas a partida foi adiada para dar tempo para que um dos participantes chegasse a tempo de se integrar a ela.

--- Uma pioneira da aviação ---

Quando seu avião desapareceu em 2 de julho de 1937, Earhart estava voando com seu copiloto, Fred Noonan, na última etapa de uma ambiciosa volta ao mundo ao longo do equador, a rota mais longa.

A aviadora, detentora de vários recordes, entre eles o de primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, havia decolado de Papua Nova Guiné e se dirigia para a ilha Howland para abastecer, antes de voar um longo trecho final até Califórnia.

Em sua última mensagem de rádio, Earhart declarou que não conseguia encontrar Howland e que o combustível estava acabando.

Várias missões de busca e resgate foram ordenadas pelo então presidente Franklin Roosevelt, mas não houve mais notícias dela, nem de Noonan. Ambos foram considerados mortos para a tristeza nacional.

Seu desaparecimento gerou muitas teorias da conspiração. Uma afirmava que Earhart estava em mãos das forças imperiais japonesas como uma espiã. Outra assegurava que havia chegado a seu destino, mas que, depois de mudar de identidade, passou a viver em Nova Jersey (leste).

No entanto, supostos restos de avião foram encontrados por moradores da ilha nos anos seguintes. A equipe de investigação da TIGHAR acredita que o avião aterrissou sem problemas no recife e ali permaneceu durante vários dias antes de ser levado pelas ondas.

Os especialistas da TIGHAR acreditam que Earhart e Noonan chegaram à atual ilha Nikumaroro, então uma colônia britânica conhecida como Gardner, e conseguiram sobreviver durante um período indeterminado de tempo.

Os investigadores centrarão seus esforços em Nikumaroro visando a localizar e fotografar qualquer resto do avião de Earhart que ainda possa existir.

Este atol de corais desabitado, de apenas 6 km de extensão, está localizado 480 km a sudeste da ilha de Howland.

Richard Gillespie, diretor executivo da TIGHAR, afirmou à AFP que, caso seja encontrado algum resto da aeronave, este não será retirado, mas apenas fotografado.

O registro de sua localização servirá para uma futura expedição. A equipe de busca inclui três cinegrafistas que registrarão a expedição para um especial de tv previsto para o final deste ano.

Fonte: AFP via Yahoo Notícias - Foto: AFP

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