terça-feira, 3 de julho de 2012

Em nota, FAB diz que pagará prejuízos causados por caças em Brasília

Moradora do Lago Sul diz ter tido vidro quebrado e luminárias soltas.

Neste domingo, caça destruiu fachada de vidro do STF em voo rasante.

Vidros quebrados em casa da QI 11 do Lago Sul após sobrevoo de caça da FAB - Foto: Felipe Néri/G1

A Aeronáutica emitiu comunicado nesta segunda-feira (2) informando que as pessoas e instituições que tiveram prejuízo causado pelo sobrevoo de caças da Força Aérea Brasileira durante solenidade na Praça dos Três Poderes no domingo (1º) terão os prejuízos pagos. O e-mail para contato do Sexto Comando Aéreo Regional é ouvidoria.comar6@fab.mil.br

Os prejudicados devem comunicar nome, e-mail e telefone. No domingo, duas aeronaves do modelo Mirage 2000 executaram sobrevoo na Praça dos Três Poderes e uma "onda de choque causou danos às vidraças de alguns órgãos públicos", segundo nota da FAB. 

A aposentada Eloísa Moreira Alves, moradora da quadra QI 11 do Lago Sul, a cerca de 8 quilômetros do STF, disse ter sido afetada pelo sobrevoo dos caças. Ela afirmou que estava na igreja entre 9h30 e 10h30 e, ao voltar, percebeu que três luminárias tinham sido soltas do forro e uma vidraça da copa estava em pedaços. 

"A sorte foi que não tinha ninguém em casa. É preocupante que isso volte a acontecer e afete casas onde tem criança", disse a aposentada. 

Ela afirmou que não estimou o prejuízo e também não resgistrou ocorrrência na polícia. A aposentada declarou não pretender pedir ressarcimento. Ela também afirmou não saber se mais residências da quadra foram afetadas. Segundo Eloísa, outras aeronaves já sobrevoaram a região durante eventos públicos na Esplanada dos Ministério, sem nunca ter causado problemas.

De acordo com informações de agentes da 10ª Delegacia de Polícia do Lago Sul, moradores de três residências da QI 11 registraram ocorrência da quebra de vidros no momento do sobrevoo da FAB.

Presidente do STF tem sala interditada após danos causados por caça

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, despachou desde ontem em uma sala do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O gabinete dele no Supremo foi interditado após a fachada de vidro do prédio ter sido destruída neste domingo pelo voo rasante de um caça da Força Aérea.

Britto foi o único dos 11 ministros do STF a ter a sala interditada após a destruição das placas de vidro causadas por ondas sônicas de um Mirage F-2000, que participava da cerimônia da troca da bandeira na Praça dos Três Poderes.

Segurança olha fachada de vidro do Supremo destruída após passagem de 
caça da FAB em voo rasante neste domingo (1) - Foto: Fausto Carneiro/G1


Fonte: G1

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