quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Restos humanos do 11 de Setembro foram para aterro sanitário

Revelação faz parte de relatório sobre necrotério militar em Dover.

Pentágono já havia admitido que restos de soldados haviam ido para aterro.

Restos humanos encontrados após o 11 de Setembro foram incinerados e levados para um aterro sanitário, informou nesta terça-feira (28) o Departamento americano da Defesa.

Foto: AP Photo/Steve Ruark
A revelação faz parte de um relatório sobre o necrotério militar da Base Aérea de Dover (Delaware, leste), criticado em novembro passado pela má administração dos restos de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão.

Alguns foram extraviados ou misturados; outros acabaram num vertedouro na Virgínia (leste). Mas não são aparentemente os únicos.

O general da reserva John Abizaid, da subcomissão de Saúde da Defesa, durante apresentação do relatório no Pentágono, nesta terça-feira (28 - Foto: Win McNamee (Getty Images/AFP)

"Vários fragmentos de ossos vindos do atentado contra o Pentágono e do local onde caiu um avião em Shanksville", no dia 11 de setembro de 2001, também foram enviados a um aterro sanitário, segundo o relatório desta terça-feira.

"Uma vez incinerados, os restos foram colocados em contêineres lacrados entregues a uma firma terceirizada, encarregada do tratamento do lixo hospitalar", segundo o relatório.

O Pentágono reconheceu no ano passado que os restos dos soldados mortos no Iraque e no Afeganistão e tratados em Dover tinham sido incinerados e jogados num aterro na Virgínia. A revelação causou revolta entre as famílias de soldados e desencadeou uma nova política.

Esta prevê que os restos incinerados, não identificados, sejam submersos.

O relatório desta terça-feira está em contradição com uma versão anterior da Força Aérea, para quem não havia vestígios de como os restos humanos não identificados tinham sido administrados, antes de 2003.

O secretário americano da Força Aérea, Michael Donley, disse nesta terça-feira que o setor aceita "a responsabilidade e a culpa" pela má gestão denunciada em Dover, e trabalha para que esta espécie de erro não se repetisse mais.

Fonte: France Presse via G1

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