Revelação faz parte de relatório sobre necrotério militar em Dover.
Pentágono já havia admitido que restos de soldados haviam ido para aterro.
Restos humanos encontrados após o 11 de Setembro foram incinerados e levados para um aterro sanitário, informou nesta terça-feira (28) o Departamento americano da Defesa.
Foto: AP Photo/Steve Ruark |
A revelação faz parte de um relatório sobre o necrotério militar da Base Aérea de Dover (Delaware, leste), criticado em novembro passado pela má administração dos restos de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão.
Alguns foram extraviados ou misturados; outros acabaram num vertedouro na Virgínia (leste). Mas não são aparentemente os únicos.
O general da reserva John Abizaid, da subcomissão de Saúde da Defesa, durante apresentação do relatório no Pentágono, nesta terça-feira (28 - Foto: Win McNamee (Getty Images/AFP)
"Vários fragmentos de ossos vindos do atentado contra o Pentágono e do local onde caiu um avião em Shanksville", no dia 11 de setembro de 2001, também foram enviados a um aterro sanitário, segundo o relatório desta terça-feira.
"Uma vez incinerados, os restos foram colocados em contêineres lacrados entregues a uma firma terceirizada, encarregada do tratamento do lixo hospitalar", segundo o relatório.
O Pentágono reconheceu no ano passado que os restos dos soldados mortos no Iraque e no Afeganistão e tratados em Dover tinham sido incinerados e jogados num aterro na Virgínia. A revelação causou revolta entre as famílias de soldados e desencadeou uma nova política.
Esta prevê que os restos incinerados, não identificados, sejam submersos.
O relatório desta terça-feira está em contradição com uma versão anterior da Força Aérea, para quem não havia vestígios de como os restos humanos não identificados tinham sido administrados, antes de 2003.
O secretário americano da Força Aérea, Michael Donley, disse nesta terça-feira que o setor aceita "a responsabilidade e a culpa" pela má gestão denunciada em Dover, e trabalha para que esta espécie de erro não se repetisse mais.
Fonte: France Presse via G1
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