quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Após morte de pug, Gol proíbe cão de focinho curto em voos

A Gol passou a rejeitar o transporte de cachorros e gatos de focinho curto depois de um cão da raça pug ter morrido no compartimento de carga de um dos seus aviões, em 13 de setembro.

A regra entrou em vigor em 22 de setembro, três dias depois de o casal dono do pug ter colocado um vídeo na internet sobre o incidente.

Santiago, o pug, morreu de parada cardiorrespiratória após ficar dez horas dentro da caixa para transportar animais. O voo em que o animal estava, entre Congonhas e Vitória, atrasou Ðe Santiago ficou no porão do avião.

Foto: Divulgação/Mariana Castelar

Entre os recém-barrados estão gato persa, burmês, exótico e himalaio e cachorros boston terrier, boxer, pug chinês e holandês, chow chow, lhasa apso e shih tzu. Até então, a empresa só vetava buldogues.

Respiração

A Gol diz que consultou veterinários ao mudar a regra. Segundo a companhia, esses animais "não possuem grande capacidade respiratória, o que prejudica a regulação de temperatura corporal".

Por conta da alteração, o estudante Wemenson Braga, 28, não pôde levar um shih tzu de São Paulo a Manaus.

Ele havia comprado a passagem da Gol em 11 de setembro, antes da morte do pug, para viajar em 4 de outubro. Ao chegar ao aeroporto, foi informado da alteração.

"Até liguei um dia antes, confirmando. Levei os laudos exigidos, tudo certinho, mas não deixaram embarcar."

Ferreira e o shih tzu Hachi tiveram de viajar a Manaus em outro voo, da Trip, três dias depois.

Entre as empresas brasileiras, a Gol foi a única a impor restrições para cães e gatos de focinho pequeno. TAM, Webjet, Avianca e Trip não adotam ação semelhante.

Fonte: Ricardo Gallo (jornal Folha de S.Paulo)

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