Cerca de 80% dos slots para voos regulares de transporte de passageiros estão ocupados por TAM e Gol nos dez aeroportos mais movimentados do país. As informações são de levantamento feito pelo iG com base em dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Brasil possui 17 companhias que oferecem o serviço em fevereiro, mas a maioria delas é de atuação regional e possui menos de 1% dos slots (horários para pousos ou decolagens) nos principais aeroportos do país.
A Anac informa que há slots disponíveis para voos regulares em todos os aeroportos do Brasil, com exceção de Congonhas. A ocupação destes espaços, no entanto, depende do interesse das companhias aéreas. Os dez aeroportos mais movimentados do Brasil são, respectivamente, Guarulhos, Congonhas, Brasília, Galeão, Salvador, Porto Alegre, Confins, Recife, Santos Dumont e Curitiba, segundo dados da Infraero.
Apesar de existirem espaços disponíveis, os horários mais atraentes já estão ocupados, afirma o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio. Segundo ele, Gol e TAM concentram estes slots porque iniciaram sua atuação nacional antes das concorrentes. “Elas ocupam esses espaços porque chegaram primeiro", diz Sampaio. "Sobreviveram a um período de crise na aviação, quando Varig, Vasp e Transbrasil faliram. Quando as outras companhias começaram a disputar o mercado de aviação nacional, esses espaços já estavam ocupados.”
A ocupação dos slots nos principais aeroportos do país acompanha a divisão do mercado de aviação comercial (veja gráfico abaixo). A TAM liderou este mercado em 2009, com 45,6% do volume de transporte de passageiros, seguida da Gol (41,4%), de acordo com dados da Anac. Esses aeroportos movimentaram 128 milhões de passageiros em 2009, 56% do volume transportado em todos os 67 aeroportos administrados pela Infraero.
A Azul é uma exceção neste caso. A empresa ficou em quarto lugar no ranking de transporte de passageiros em 2009, mas é a sexta em número de slots nos aeroportos mais movimentados do país. Para o diretor de relações institucionais da Azul, Adalberto Febeliano, a maior taxa de ocupação dos voos da companhia justificam esse resultado. “Em janeiro, essa taxa ficou cerca de 15% acima da média do mercado”, diz ele.A Anac informa que há slots disponíveis para voos regulares em todos os aeroportos do Brasil, com exceção de Congonhas. A ocupação destes espaços, no entanto, depende do interesse das companhias aéreas. Os dez aeroportos mais movimentados do Brasil são, respectivamente, Guarulhos, Congonhas, Brasília, Galeão, Salvador, Porto Alegre, Confins, Recife, Santos Dumont e Curitiba, segundo dados da Infraero.
Apesar de existirem espaços disponíveis, os horários mais atraentes já estão ocupados, afirma o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio. Segundo ele, Gol e TAM concentram estes slots porque iniciaram sua atuação nacional antes das concorrentes. “Elas ocupam esses espaços porque chegaram primeiro", diz Sampaio. "Sobreviveram a um período de crise na aviação, quando Varig, Vasp e Transbrasil faliram. Quando as outras companhias começaram a disputar o mercado de aviação nacional, esses espaços já estavam ocupados.”
A ocupação dos slots nos principais aeroportos do país acompanha a divisão do mercado de aviação comercial (veja gráfico abaixo). A TAM liderou este mercado em 2009, com 45,6% do volume de transporte de passageiros, seguida da Gol (41,4%), de acordo com dados da Anac. Esses aeroportos movimentaram 128 milhões de passageiros em 2009, 56% do volume transportado em todos os 67 aeroportos administrados pela Infraero.
O tamanho das aeronaves também permitiu que a Azul transportasse mais passageiros em 2009 que Oceanair e Trip, mesmo com menos slots do que elas, afirma Sampaio. Segundo o levantamento, a média de acentos por voo da Azul é de 109, ante 100 e 55 da Oceanair e Trip, respectivamente.
Concorrência
Quem perde pela concentração de slots nos principais aeroportos do País é o consumidor, diz Sampaio. Ele cita o exemplo da rota Rio-São Paulo, feita pelos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, que oferece tarifas reduzidas na Gol e na TAM nos horários praticados pela Oceanair. “As tarifas cairiam se Webjet, Azul e Oceanair ganhassem espaço nos principais aeroportos”, diz.
As companhias menores, como Passaredo, Air Minas e NHT, não possuem presença significativa nesses espaços porque operam outro segmento de mercado, a aviação regional, que explora rotas de baixa densidade. “Elas não têm condições de competir com as grandes nesses aeroportos”, diz Sampaio.
Uma mudança na legislação brasileira pode reduzir a concentração, segundo a Anac. A agência defende um aumento na participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas permitida pela lei, hoje de 20%. “Se o Congresso aprovar a mudança, o setor pode receber mais investimentos, fortalecer outras companhias e ajudar na desconcentração de mercado."
Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Arte: iG
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