sábado, 27 de fevereiro de 2010

Avião da FAB viaja para o Chile levando autoridades do país vizinho

O governo brasileiro autorizou neste sábado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a levar duas autoridades chilenas, o procurador-geral Sabas Chahuan, e o ministro da Justiça Jorge Toledo, de volta para o Chile. Eles vieram ao Brasil participar de um encontro de ministros da Justiça e Procuradores-Gerais da República, mas não puderam retornar a Santiago por voos regulares.

Desde a madrugada, a aviação comercial brasileira cancelou os voos com destino ao aeroporto internacional de Santiago . Eles vão coordenar parte das ações de segurança e resgate das vítimas do terremoto que atingiu vastas áreas do território chileno.

O avião da FAB partiu da Base Aérea de Brasília por volta das 15h30m com Jorge Toledo e dois assessores. Antes de seguir para o Chile, o jato fará ainda uma escala em São Paulo, onde está previsto o embarque de Chahuan. Se não obtiverem autorização para pousar no aeroporto de Santiago, os pilotos terão como alternativa o aeroporto em Viña del Mar. Pela previsão, a volta a Brasília deve acontecer já na madrugada de domingo (28). Não há previsão de que o avião, que tem capacidade para 12 passageiros, traga brasileiros na volta do Chile.

A liberação do jato foi acertada entre os ministros da Justiça, Luiz Paulo Barreto, da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da Aeronáutica, Juniti Sato. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o governo brasileiro dê toda ajuda necessária ao Chile.

- Estamos à disposição para o que for preciso - disse Barreto.

Antes do embarque de Toledo, Barreto ofereceu ao governo chileno cães farejadores da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no resgate das vítimas do terremoto. Mas Toledo disse que, por enquanto, não seria necessário. Toledo e Chahuan estão mais preocupados no momento com os riscos de distúrbios sociais. Relatórios preliminares que chegaram do Chile no final da manhã e início da tarde faziam referências a possíveis saques e cenas de violências em algumas áreas atingidas.

- Por isso é que eles (Toledo e Chauhan) tiveram que voltar para o Chile - disse Barreto.

Fonte: Jailton de Carvalho (O Globo)

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