sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atlantis: Astronautas concluem substituição da Câmera do Hubble

Custou toda experiência do astronauta Andrew Feustel como mecânico e como restaurador de antigos Jaguars para substituir as lentes da câmera do telescópio espacial Hubble nesta quinta-feira (14).

Astronautas trabalham no Hubble

O astronauta John Grunsfeld, topo, fazedo a reparos com o seu colega Drew Feustel durante a primeira caminhada espacial de recuperação do Hubble

A primeira tarefa dos 5 dias de reparações e trabalhos de manutenção era instalar a nova câmera, conhecida como Wide-Field Camera 3 (Câmera de Campo Amplo de dimensão 3) no Hubble. Porém, para colocar a nova, os astronautas tinham de tirar a antiga através de um processo que incluía remover um parafuso de cerca de 3 metros de comprimento conhecido como "A", que foi removido pela última vez em 1993 na primeira missão de restauração ao observatório.

A princípio o parafuso não queria mover-se. Por quase uma hora, Dr. Feustel, trabalhou na extremidade da mão robôtica, tentando um série de técnicas computacionais para resolver o problema, sem sucesso.

Finalmente, os controladores da missão deram-lhe permissão de aplicar tanto óleo lubrificante e força quanto quizesse mesmo correndo risco de que o parafuso quebrasse. Se isto acontecesse, a câmera antiga haveria de continuar no telescópio a câmera nova de cerca de US$126 milhões teria de regressar a casa sem ser usada – definitivamente não seria das melhores maneiras de começar os trabalhos da missão.

Entretanto, o parafuso finalmente cedeu e foi removido. "Woo hoo, está a mover-se, está a sair", disse Dr. Feustel.

"Esteve lá por 16 anos", disse John Grunsfeld, especialista da missão.

"E não queria sair", respondeu Dr. Feustel.

"Decidiu ser um adolescente teimoso", acrescentou Dr. Grunsfeld.

Cerca de uma hora depois, Dr. Feustel estava colocando a nova câmera no telescópio e apertando um novo parafuso.

Entre os features da nova câmera se destacam a capacidade de graver imagens do ultravioleta invisível e na banda do infravermelho próximo do espetro eletromagnético, assim como na luz visível. A captação no infravermelho aumenta a capacidade de alcance do Hubble em relação ao passado porque a expansão do Universo alonga o comprimentode onda da luz de galáxias para e elas tornam-se mais vermelhas e mais longas.

Durante as restantes horas da caminhada espacial da quinta-feira, os astronautas planejaram substituir um roteador e um instrumento da caixa de comando que avariou no Outono passado e estava funcionando num canal alternative. O novo roteador vai restaurar um redundância vital para as operações do Hubble.

Os astronautas começaram a sua tão aguardada chamada de serviço quando eram 9:00 EST (10:00 horas de Brasília).

Fonte: IBTimes Brasil - Fotos: Dennis Overbye / NASA

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