domingo, 9 de novembro de 2008

Polícia investiga mais 3 comunidades que debocham acidente da TAM

A Polícia investiga outras três comunidades criadas num site de relacionamento que debocham o acidente da TAM, que deixou 199 mortos em julho do ano passado. Nesta sexta-feira, dois adolescentes que brincavam com a tragédia foram obrigados a comparecer à delegacia. Eles criaram uma comunidade (Churrasco da TAM) para zombar das vítimas e mostrar fotos dos cadáveres. A polícia conseguiu tirar a página do ar.

- Os pais ficaram surpresos quando souberam do envolvimento dos filhos. É preciso impor limites às crianças. Não de pode deixar um adolescente livre na internet - disse o delegado Wilson Roberto Zampieri, titular da 4ª Delegacia de Meios Eletrônicos do Deic.

R.D.M.S. tinha 12 anos quando criou a comunidade no Orkut no passado. O primo dele, E.R.S.C, de 16 anos, estava com ele. O delegado disse que ao chegar à casa do garoto mais novo, nesta sexta-feira, não encontrou os pais, que estavam trabalhando. O adolescente, que está na sétima série do ensino fundamental, admitiu que passava boa parte do tempo navegando na internet. O computador ficava no quarto do garoto, no fundo da casa, localizada no bairro da Vila Guilherme, zona norte de São Paulo. O primo dele mora em São Bernardo do Campo e passava alguns dias na casa de R.D.M.S.

A polícia terminou o inquérito que investiga essa comunidade somente agora, um ano e meio após a tragédia. O delegado reclamou da demora em conseguir a quebra do sigilo dos adolescentes na internet. Os garotos serão chamados para comparecer à Vara da Infância e Juventude. Eles podem receber uma advertência e até mesmo serem encaminhados para a Fundação Casa. Se fossem maiores de idade, teriam de responder por vilipêndio de cadáver, pena que vai de um a três anos de detenção.

As investigações continuam e o escrivão Márcio Antonio Pinto disse que está próximo de descobrir a identidade dos autores das outras comunidades: Churrastam, Churrascão 3054 e Churrascão 3054 em Congonhas. A primeira dessas três comunidades tinha uma foto do terrorista Bin laden na capa.

- Todas elas mostravam fotos de cadáveres e imagens que foram copiadas da própria internet. Os parentes das vítimas ficaram indignados - disse Pinto.

Fonte: Wagner Gomes (O Globo)

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