Dez meses depois de fechar o maior negócio do mercado da aviação civil brasileira, a Gol ingressou em janeiro deste ano com um pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês) para cobrar a devolução de metade dos US$ 320 milhões pagos à VarigLog para comprar a Nova Varig. A segunda maior companhia aérea do Brasil cobra ressarcimento por superavaliação dos ativos adquiridos, em março do ano passado, do fundo de investimentos americano Matlin Patterson, controladora indireta da VarigLog por meio da Volo do Brasil.
Na prática, a manobra da Gol arrastou para cortes internacionais a polêmica que envolve todos os negócios do "salvamento da Varig", intermediados pelo escritório de Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sob suspeita de ingerência do Planalto. O gabinete presidencial foi o palco para a comemoração da transação pelos empresários e seus advogados.
Apesar de estar em fases preliminares, a disputa na CCI e na Justiça americana promete ofuscar a briga na Corte federal de São Paulo e as discussões na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que informalmente já dá sinais de que não vai querer interferir no negócio Gol-Varig. Corre apenas um prazo de adequação do limite do capital estrangeiro concedido à VarigLog, aérea especializada em carga. Este vence em 7 de julho.
O Globo obteve documento da CCI, de 4 de fevereiro deste ano, que confirma o pedido de arbitragem feito pela GTI, subsidiária da Gol criada para gerir a Varig. Os três árbitros indicados são os brasileiros Pedro Batista Martins e Gustavo Tepedino e o espanhol Juan Fernandez Armesto - todos advogados e professores especializados em disputas empresariais. Para garantir o andamento do processo de arbitragem, a Gol foi instada a depositar uma "entrada" de custos de US$ 157,5 mil.
Fonte: O Globo
Na prática, a manobra da Gol arrastou para cortes internacionais a polêmica que envolve todos os negócios do "salvamento da Varig", intermediados pelo escritório de Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sob suspeita de ingerência do Planalto. O gabinete presidencial foi o palco para a comemoração da transação pelos empresários e seus advogados.
Apesar de estar em fases preliminares, a disputa na CCI e na Justiça americana promete ofuscar a briga na Corte federal de São Paulo e as discussões na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que informalmente já dá sinais de que não vai querer interferir no negócio Gol-Varig. Corre apenas um prazo de adequação do limite do capital estrangeiro concedido à VarigLog, aérea especializada em carga. Este vence em 7 de julho.
O Globo obteve documento da CCI, de 4 de fevereiro deste ano, que confirma o pedido de arbitragem feito pela GTI, subsidiária da Gol criada para gerir a Varig. Os três árbitros indicados são os brasileiros Pedro Batista Martins e Gustavo Tepedino e o espanhol Juan Fernandez Armesto - todos advogados e professores especializados em disputas empresariais. Para garantir o andamento do processo de arbitragem, a Gol foi instada a depositar uma "entrada" de custos de US$ 157,5 mil.
Fonte: O Globo
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