quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pulverização de agrotóxicos por aviões tem normas mais rígidas

Principal mudança está relacionada com lavagem das aeronaves.

A partir de janeiro, empresas terão que usar equipamento que desativa veneno.




O Ministério da Agricultura definiu, neste ano, normas mais rígidas para a pulverização de agrotóxicos por aviões. A principal mudança está relacionada com a lavagem das aeronaves.

As regras do Ministério da Agricultura reforçam procedimentos de segurança para aeronaves, bem como o uso de equipamentos de proteção e cuidados com os produtos químicos e o destino das embalagens vazias.

A pulverização não é permitida em áreas que ficam a menos de 500 metros de comunidades e 250 metros de rios usados para captação de água.

A principal novidade é o investimento que as empresas de aviação agrícola terão que fazer para adequar os locais onde os aviões são lavados após a pulverização no campo.

Filtro

Por enquanto, na lavagem dos aviões é exigido apenas que a água seja despejada numa caixa de contenção. O problema é que isso não elimina totalmente o risco dessa água contaminar o lençol freático.

Por isso, a partir de janeiro do ano que vem, as empresas terão que utilizar um equipamento que é capaz de desativar o veneno agrícola. Ele foi desenvolvido no interior de São Paulo por uma equipe coordenada pelo engenheiro agrônomo Marcos Vilela Monteiro. “Hoje, são 1,2 mil aviões em operação e nós temos que adotar procedimentos mais agressivos e mais precisos", afirmou ele.

O equipamento funciona como uma espécie de filtro. Estudos revelam que o ozônio destrói as moléculas do agrotóxico. “O ozônio é um gás produzido pela descarga elétrica de cargas muito fortes, produzidas em um equipamento. O equipamento produz quatro gramas de ozônio por hora", explicou Monteiro.

Investimento

Empresários de aviação agrícola, como Adauto Neves, estão preocupados com o preço do equipamento. Dependendo do tamanho, pode chegar a R$ 20 mil. Isso sem contar os custos de manutenção. “A gente vai procurar comprar e estar dentro das normas o mais rápido possível", disse.

"Quem não respeitar a legislação, pode sofrer suspensão do registro do produtor, da empresa ou até chegar a multa e cassação do registro”, avisou Paulo Parente, fiscal agropecuário. As multas podem chegar a R$ 5 mil.

Fontes: G1 / Globo Rural

Um comentário:

Anônimo disse...

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