terça-feira, 15 de abril de 2008

Companhias aéreas Delta e Northwest anunciam fusão nos EUA

Se aprovado, negócio criará maior companhia aérea do mundo.

Delta vai comprar a Northwest em um acordo completamente em ações.

Aeronaves das duas companhias lado a lado no aeroporto em Minnesota, EUA, nesta segunda

A Delta Air Lines e a Northwest Airlines informaram na segunda-feira (14) que acertaram uma fusão que, se aprovada pelas autoridades norte-americanas, criará a maior companhia aérea do mundo, segundo o jornal "New York Times".

Segundo o site da publicação, o valor do negócio será de US$ 3,1 bilhões e deve impulsionar outras aéreas a realizarem suas próprias fusões.

A Delta vai comprar a Northwest em um acordo efetuado completamente em ações. Os acionistas da Northwest receberão 1,25 papel da Delta por cada um da Northwest que possuírem.

A nova empresa, que substituirá a American Airlines como a maior companhia de transporte aéreo de passageiros, se chamará Delta e terá receita anual estimada em mais de US$ 35 bilhões e cerca de 75.000 empregados.

O presidente-executivo da Delta Air Lines, Richard Anderson, vai liderar a nova empresa aérea. A fusão oferecerá maiores opções de destino a tarifas competitivas e permitirá criar uma empresa que poderá competir com linhas aéreas estrangeiras que nos últimos anos aumentaram seus serviços nos Estados Unidos.

"Tínhamos dito que aceitaríamos a consolidação, se fosse positiva para todos: a Delta e a Northwest se adaptam perfeitamente", assinalou Anderson em comunicado.

O executivo acrescentou que a transação combina redes que abrem um mundo de oportunidades para os clientes e empregados da companhia. "Estamos criando a maior linha aérea dos EUA, financeiramente segura, com capacidade de investir em seus empregados e em seus clientes e criada para progredir em um mercado cada vez mais competitivo".

Para entrar em vigência, o acordo deve ser aprovado pelas autoridades que avaliarão se a fusão não causará dano à concorrência do setor.

Dificuldades

O anúncio da fusão foi emitido um ano depois que as duas empresas se declararam em quebra e se enquadraram nas disposições do Capítulo 11 da lei de falências dos EUA para se proteger de seus credores.

A indústria da aviação comercial sofreu uma série de altos e baixos que se tornam mais graves desde os atentados de 11 de setembro de 2001 e agravaram nos últimos meses por causa da alta dos combustíveis.

Fontes: G1 / EFE / AFP / Reuters - Foto: Eric Miller (Reuters)

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