A empresa teve problemas com o projeto no final do ano passado e no começo deste, sendo obrigada, em ambas as ocasiões, a atrasar seu cronograma de entregas em seis meses. No total, agora o projeto está defasado em cerca de um ano em relação à previsão original.
Os testes (da fuselagem) foram muito bem sucedidos - não poderiam ter sido melhores, disse o chefe de testes do 787, Kevin Davis.
Segundo a Boeing, o teste envolveu colocar a fuselagem sobre pressões crescentes até o limite de carga máxima, para simular as condições mais extremas esperadas para a vida útil do avião. Depois, a carga foi elevada para 50% além do limite, que é o patamar exigido para certificação.
Por fim, a fuselagem foi exposta a uma carga ainda mais intensa, no limite de sua integridade estimada. Segundo a fabricante, embora os engenheiros tenham ouvido sons de rachaduras e quebras, a fuselagem resistiu a pressão sem ser destruída como era esperado.
A preocupação da Boeing em divulgar esse tipo de testes tem a ver não apenas com o fato de querer mostrar que não haverá mais atrasos - o que afetou duramente a concorrente Airbus no caso do superjumbo A380. A intenção é, também, demonstrar a segurança da fuselagem, uma das primeiras projetadas e fabricadas principalmente a partir de compostos, e não de alumínio ou outros metais comuns na aviação, para uso em jatos comerciais. Jatos militares já utilizam esses materiais há alguns anos.
O 787 Dreamliner, apresentado no meio do ano passado, deve entrar em operação comercial apenas no início do ano que vem, segundo a Boeing. A previsão inicial era entregar o primeiro avião ainda no primeiro semestre deste ano.
Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)
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