segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Varig vai adotar a cor laranja da Gol

*Novo visual será apresentado ao público na terça-feira (23).
*Haverá mudança na pintura dos aviões e uniforme das tripulações.

A Varig apresenta nesta terça-feira (23), no Rio, sua nova identidade visual. A marca Varig e a cor azul na estrela que há 80 anos é o símbolo da companhia seguem predominantes, mas ganha toques de laranja, a cor da sua nova dona, a Gol, segundo o diretor comercial da empresa, Lincoln Amano. Novos uniformes da tripulação também serão apresentados.

A Gol anunciou no final de março a compra da Varig, por US$ 320 milhões. Na época, a empresa disse que manteria a marca, focando as operações da Varig nas rotas internacionais.

O diretor comercial da Gol diz que a companhia encontra dificuldades de implementar sua expansão internacional, conforme planejamento feito com antecedência, por causa da escassez de aviões em todo o mundo, o que gera atrasos nas entregas de aviões já arrendados.

Falta de aviões

Essa falta de aviões obrigou a Varig a remanejar aviões e suspender temporariamente alguns vôos para garantir que suas rotas internacionais não sejam canceladas.

A Varig planeja retomar a rota Rio-Frankfurt no dia 3 de dezembro. Esse vôo foi suspenso desde o dia 20 de setembro por causa da falta de aviões, segundo Amano. Nesse mesmo dia, iniciou a rota São Paulo-Paris-Roma com o avião que voava do Rio para a Alemanha.

Atualmente a companhia tem quatro aviões para viagens de longo curso, modelos Boeing 767-300, que estão sendo usados nos vôos para a Europa. Um quinto 767-300 já está no País. Até o final do ano, serão dez aviões desse porte, mais nove 737-300 e cinco 737-800. Santiago, Montevidéu, e Madri serão os próximos passos internacionais da Varig até o final do ano.

A falta de aviões tem duas explicações. A primeira delas é que o mercado está aquecido e existem poucos aviões para serem vendidos ou arrendados no mercado internacional. A outra razão é que as empresas de arrendamento de aviões estão cobrando parte das velhas dívidas de leasing da Varig, que chegam a R$ 2 bilhões, para poder liberar aviões de grande porte em seu poder. A Gol não quer pagar para não abrir um precedente de sucessão de dívidas.

Fonte: G1 / Foto: AFP

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