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Speed tape, que parece a silver tape, é uma fita adesiva especial para pequenos reparos em aviões (Imagem: Montagem/Reprodução/Instagram)
A cena é rara, mas, vez ou outra, aparece nas redes sociais: um mecânico usa uma fita prateada, parecida com a silver tape, para fazer um remendo quando acontece algum problema no avião. Tudo pronto, o avião decola, e a fita ainda está lá, fixa no lugar.
O passageiro pode até achar que é um reparo qualquer, algo malfeito. Mas, o que pode parecer uma gambiarra é, na verdade, uma técnica certificada e autorizada pelos fabricantes dos aviões para fazer pequenos consertos nas fuselagens.
Essa tira prateada é a speed tape, uma fita adesiva metálica para altas velocidades, feita com alumínio e que tem um poder de colagem maior que o de outra fita comum. Ela é resistente a água, solventes, e aos raios ultravioleta, além de dilatar e contrair junto com o corpo do avião. Ainda consegue aguentar velocidades superiores a 1.000 km/h sem se soltar.
Não à toa, seu preço é elevado. Um rolo desta fita para uso aeronáutico com largura de 10 cm pode custar até US$ 700, cerca de R$ 3.500.
Onde é usada?
Sua aplicação pode ocorrer na manutenção de partes não críticas de um avião, como quando ocorre um dano estético, mas que não compromete o voo. Um exemplo é uma pequena rachadura em alguma capa de proteção dos mecanismos de voo, algo que não coloque a segurança da viagem em risco.
Essas partes não são críticas para a operação da aeronave, e podem ser consertadas com essa fita antes da troca por outra peça nova. Caso isso não ocorresse, o voo não poderia decolar até que uma outra proteção igual chegasse ao aeroporto onde o avião está parado.
Fita metálica conhecida como speed tape sendo utilizada para proteger a carenagem de flape de um avião (Imagem: Divulgação/Chris Bainbridge)
Quando ela é utilizada, a aeronave pode voar, mas enfrenta algumas restrições. Uma delas, por exemplo, é o número de pousos e decolagens que poderão ser realizados ou horas voadas até que o problema anteriormente encontrado seja sanado definitivamente.
Outro uso é para a proteção dos selantes aplicados nos para-brisas das aeronaves, que impedem que umidade entre na fuselagem. Esse produto é como se fosse o silicone usado nos boxes de banheiro, e têm um tempo de cura que pode chegar a até 24 horas.
Nesse tempo, para o avião não ficar parado, o selante fica protegido com a fita metálica, que evita a incidência de luz e umidade no local. Ainda é possível usar essa fita metálica para proteger um furo onde está faltando um parafuso (desde que essa falta não seja motivo para impedir a decolagem).
Na guerra, essa fita também tinha um papel importante. Ela era usada para consertar os furos causados por tiros na fuselagem dos aviões.
Outras funções
Devido ao seu custo elevado, é difícil encontrar a mesma fita sendo utilizada em outros locais além da aviação. Mas mesmo assim é usada nas corridas de Fórmula 1.
Frente de um Boeing 787-8 Dreamliner com diversos pedaços de speed tape (Imagem: Divulgação/Aceebee)
Como essa fita metálica resiste muito bem à pressão do ar e ao calor, é utilizada em reparos estratégicos, como quando uma asa dianteira é danificada em uma corrida.
Modelos mais simples dessa mesma fita, mas que não necessariamente sejam homologadas para o uso em aviões, estão à venda por valores inferiores a R$ 100. Esse tipo de adesivo é usado para reparos estruturais leves, como em carros que tiveram a lataria rasgada.
Prática conhecida como 'retrofit', que é comum no setor, contempla 74 jatos, 30 deles dedicados ao mercado doméstico.
Embarcar num avião com iluminação arrojada, poltrona cheia de equipamentos eletrônicos e ar-condicionado tinindo não significa exatamente que você está prestes a voar num aparelho novo. No setor aéreo, vale a máxima que diz que avião não tem idade.
O que importa para o conforto e a segurança é o seu estado de conservação. Por isso as companhias aéreas costumam investir pesado no retrofit, como o setor chama a renovação de aviões que já contam anos de serviços prestados.
A Latam havia anunciado em 2019 um ambicioso plano de US$ 400 milhões (pouco mais de R$ 2 bilhões) para a reconfiguração do espaço das aeronaves de sua frota, mas uma pandemia, no início de 2020, paralisou tudo, inclusive boa parte dos aviões da empresa.
Com a retomada dos voos domésticos, a empresa descongelou os investimentos e trabalha em ritmo acelerado na readequação de aviões no centro de manutenção que mantém em São Carlos, no interior de São Paulo. Um dos objetivos é aumentar o número de assentos em cada um deles.
A frota da Latam Brasil, cuja holding está em recuperação judicial nos EUA, tem idade média de 15 anos.
É baixa se comparada à média internacional, mas maior que a concorrência Gol (11,3 anos) e Azul (6,3 anos desconsiderando 16 aviões Cessna).
O retrofit da Latam deve ser concluído até setembro de 2022. Serão modernizados aparelhos Airbus nos modelos A320 e A321.
Dos 74 aviões, 30 são da frota destinada ao Brasil, que consomem metade do orçamento do programa. Antes da pandemia, 44 aeronaves da Latam já passada passada pela renovação.
Eficiência em foco
Na aviação, o retrofit pode ser feito para aumentar a eficiência dos aviões com a inclusão de mais assentos e a modernização do interior das aeronaves mais antigas com equipamentos eletrônicos de entretenimento e outros diferenciais de conforto para os passageiros.
O retrofit da Latam deve ser concluído até setembro de 2022. Serão modernizados aparelhos Airbus nos modelos A320 e A321
O processo não está necessariamente ligado à idade dos aviões, que os especialistas dizem não ignorados na segurança de aparelhos que passam por rigorosos procedimentos de manutenção e trocas de peças periódicas.
Em 2015, por exemplo, uma alemã Lufthansa reformulou todas as cabines de seus 106 jatos e inaugurou um novo padrão de sua primeira classe sem comprar nenhum novo.
Os sanitários serão alocados para uma entrada de fila de cadeiras
As companhias brasileiras adotam a estratégia de ter uma frota mais que a média mundial por outros motivos, como manter uma alta comparada entre si e reduzir custos, principalmente com combustível.
A vida útil de um avião ultrapassa os 20 anos, em geral, podendo chegar a 30. No Brasil, porém, a praxe nas companhias é aposentá-los antes dos 15.
Os atuais assentos de aeronaves de corredor único por poltronas que possuem USB
No seu plano de modernização, a Latam vai trocar os atuais assentos de corredor único por poltronas conectadas com USB, além mudar a localização dos banheiros e das cozinhas de cada aeronave. Os A320, hoje com 174 poltronas, passarão a 180.
Já os A321, de 220 para 224. Para dar mais espaço aos passageiros, a área da tripulação, no fundo, será reduzida. O espaço entre fileiras aumenta na frente, na categoria Premium Economy, que passa a ser de 34 polegadas (86,4 cm). A empresa não divulgou como fica na classe econômica.
Com retrofit, terá maior número de assentos. Os aviões A320, hoje com 174 poltronas, passarão a 180. Já os A321, de 220 para 224
Para a empreitada, a Latam contratou 80 mecânicos para o projeto, em duas linhas de montagem. Até o fim do ano serão mais cem contratações, de acordo com Alexandre Peronti, diretor de manutenção da aérea.
Apenas em custos de mão de obra, a empresa aplica ao menos US$ 140 mil por aeronave (R$ 736 mil). As equipes trabalham em três turnos. A companhia não divulga o custo dos materiais, como componentes eletrônicos, poltronas e outros itens.
Para a empreitada, a Latam contratou 80 mecânicos para o projeto, em duas linhas de montagem. Até o fim do ano, serão mais cem contratações
Passageiros de volta
Essa retomada de investimentos visa capturar a parte da demanda na aviação doméstica, que se recupera gradualmente. Na Latam Brasil, o volume em julho é 77% da pré-pandemia. Uma companhia prevê atingir o nível de 2019 ainda neste ano, segundo Peronti.
Para dar mais espaço aos passageiros, uma área da tripulação, no fundo, será reduzida
- A procura na aviação doméstica tem voltado em ritmo acelerado, o que exigiu que retomássemos contratações. Cada avião demora ao menos 15 dias para ficar pronto, e fazemos dois ao mesmo tempo com 80 pessoas. Até dezembro, nosso centro em São Carlos pode trabalhar em cinco aeronaves simultaneamente - diz Peronti.
Menos viagens de negócios
Os planos correm paralelamente à tentativa da Latam de aprovar um plano de recuperação judicial junto a seus credores. A companhia deve enfrentar a Azul, que tem interesse em comprar sua operação no Brasil e vai tentar convencer credores a aprovarem um plano alternativo que preveja a venda.
A consultoria Bain & Company prevê que, entre dezembro e janeiro, a demanda do setor como um todo seja levemente superior ao registrado na alta temporada de 2019.
Os planos de reformar 74 aviões, 30 deles dedicados ao mercado doméstico brasileiro, foi paralisado no início de 2020 por causa da pandemia
Posteriormente, o volume de passageiros deve voltar a cerca de 80% do pré-pandemia porque as viagens corporativas tendem a se manter em um patamar mais baixo devido à disseminação da cultura de videoconferências.
Para André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, o plano de padronização da frota por retrofit da Latam segue uma tendência de busca por maior eficiência e indica otimismo da Latam com o seu processo de informática nos EUA, já que é um plano que consome caixa e que poderia ser adiado caso a empresa quisesse poupar recursos no curto prazo.
A Latam retomou os planos de modernizar grandes aviões com idade útil próxima aos 15 anos, no centro de manutenção da Latam Brasil em São Carlos
Via O Globo - Fotos: Edilson Dantas/Agência O Globo
O bilionário Richard Branson chegou com sucesso à fronteira do espaço a bordo de foguete desenvolvido pela sua empresa Virgin Galactic.
O empresário britânico voou acima do Novo México, nos Estados Unidos, no veículo que sua companhia vem desenvolvendo há 17 anos. A viagem foi, segundo ele, a "experiência de uma vida".
Branson voltou em segurança para a Terra pouco mais de uma hora depois de deixar o solo.
"Sonhei com esse momento desde que era criança, mas, honestamente, nada pode prepará-lo para a visão da Terra do espaço", disse ele em entrevista coletiva após o voo. "A coisa toda foi simplesmente mágica."
A viagem também o torna o primeiro dos novos pioneiros do turismo espacial a experimentar seu próprio veículo, vencendo Jeff Bezos da Amazon e Elon Musk da SpaceX.
O Unity voa no céu do Novo México
A altura atingida por Branson no avião-foguete, conhecido como Unity, foi de 85 km.
O empresário foi acompanhado na missão pelos dois pilotos do veículo, Dave Mackay e Michael Masucci, e por três funcionários da Galactic - Beth Moses, Colin Bennett e Sirisha Bandla.
O trio e Branson receberam Asas de Astronauta Comercial após o voo, pelas mãos do ex-comandante de estação espacial e astronauta canadense Chris Hadfield. O emblema é distribuído pela FAA (Administração Federal de Aviação, agência que regulamenta a aviação civil nos Estados Unidos) a tripulantes de voos espaciais comerciais realizados em segurança.
Branson classificou o voo como um teste da experiência de turismo espacial que ele espera começar a vender a clientes no próximo ano.
"Eu estava com meu caderno e anotei 30 ou 40 pequenas coisas que tornarão a experiência da próxima pessoa que for para o espaço conosco muito melhor", disse ele. "A única maneira de você encontrar essas pequenas coisas às vezes é entrar em uma espaçonave, ir ao espaço e experimentar por si mesmo."
Richard Branson se tornou o primeiro dos novos pioneiros do turismo espacial a experimentar seu próprio veículo, vencendo Jeff Bezos e Elon Musk
Cerca de 600 pessoas já fizeram depósitos para passagens que vão custar até US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão).
São pessoas que desejam atingir uma altura em que possam ver o céu escurecer e se maravilhar com o horizonte da Terra enquanto ele se curva ao longe. O voo também deve proporcionar a essas pessoas cerca de cinco minutos de ausência de peso, durante os quais eles poderão flutuar dentro da cabine do Unity.
Foi um longo caminho para Branson chegar a este ponto. Ele anunciou sua intenção de fazer um avião espacial em 2004, com a crença de que poderia iniciar um serviço comercial em 2007.
Mas dificuldades técnicas, incluindo um acidente fatal durante um voo de desenvolvimento em 2014, fizeram do projeto espacial um dos empreendimentos mais desafiadores de sua carreira.
Pilotos e tripulantes da Virgin Galactic
O turismo espacial é um setor que está reaquecendo após hiato de uma década, e está prestes a se tornar muito competitivo.
Ao longo dos anos 2000, sete indivíduos ricos pagaram para visitar a Estação Espacial Internacional (ISS). Mas esse turismo, organizado sob o patrocínio da agência espacial russa, cessou em 2009.
Agora, novas iniciativas não faltam. Além da abordagem de Branson, há projetos vindos do fundador da Amazon, Jeff Bezos, e do empresário de tecnologia da Califórnia Elon Musk.
Os russos também estão reeditando seus voos comerciais para a ISS, e há até quem queira lançar estações espaciais privadas para as pessoas visitarem. Entre eles está a Axiom, empresa fundada por um ex-gerente do programa ISS da Nasa.
Branson flutua na cabine de seu avião-foguete Unity
Elon Musk viajou ao Novo México para apoiar seu amigo e, após o voo, Bezos enviou seus parabéns. Há claramente, no entanto, uma aresta no relacionamento Branson-Bezos.
Na sexta-feira (09/07), a empresa espacial Blue Origin, do bilionário do varejo eletrônico, publicou um tweet que mirava o veículo Unity da Virgin Galactic.
From the beginning, New Shepard was designed to fly above the Kármán line so none of our astronauts have an asterisk next to their name. For 96% of the world’s population, space begins 100 km up at the internationally recognized Kármán line. pic.twitter.com/QRoufBIrUJ
A postagem repetia uma alegação de que qualquer pessoa que voasse no avião-foguete teria para sempre um asterisco ao lado do nome, porque não alcançaria a altitude "reconhecida internacionalmente" onde começa o espaço - a chamada linha Kármán de 100 km.
O governo dos Estados Unidos sempre reconheceu o limite do espaço como estando a cerca de 80 km de altura e concede Asas de Astronauta a qualquer pessoa que ultrapasse essa altitude. Antes desse domingo, apenas 580 pessoas haviam estado acima dessa altura.
A altura máxima alcançável pelo Unity é de aproximadamente 90 km
O avião espacial Unity
O Unity é um veículo suborbital. Isso significa que ele não pode atingir a velocidade e altitude necessárias para mantê-lo no espaço e dar a volta ao globo.
O veículo foi projetado para oferecer aos passageiros uma vista deslumbrante no topo da subida e permitir que eles experimentem a ausência de peso por alguns minutos.
O Unity é primeiro carregado por um avião muito maior a uma altitude de cerca de 15 km, onde é lançado.
O avião espacial tem muitas janelas, para permitir a melhor visão da Terra quando chega ao espaço
Um motor de foguete na parte traseira do avião é acionado para impulsionar a aeronave em direção ao espaço.
A altura máxima alcançável pelo Unity é de aproximadamente 90 km. Os passageiros podem se desafivelar para flutuar até uma janela.
O Unity dobra seus cones de cauda na descida para estabilizar a queda antes de deslizar de volta para casa.
O maior avião de transporte do mundo decolou para outro voo de Kiev. A decolagem foi capturada por um drone enquanto o An-225 MRIYA voava para Leipzig.
O piloto e copiloto sobreviveram ao acidente e tentaram salvar a vítima sem sucesso.
Uma operação contra o narcotráfico terminou em tragédia depois que um helicóptero que participava da perseguição a um barco de possíveis narcotraficantes caiu no mar. Um funcionário do Serviço de Vigilância Aduaneira perdeu a vida no acidente. Os eventos ocorreram na madrugada deste domingo (11) nas águas próximas à praia de Sotogrande, em São Roque (Cádiz).
Os outros dois ocupantes do navio conseguiram sobreviver. Na época do evento, o helicóptero Eurocopter SA 365N3 Dauphin 2, prefixo EC-JDQ, do Servicio de Vigilancia Aduanera, apoiava a lancha “Aguila IV” na perseguição de uma lancha suspeita de transportar drogas, quando a aeronave começou a perder altitude e acabou caindo no mar por motivos que estão sendo investigados.
Dois de seus ocupantes, o piloto e o copiloto, conseguiram sair da aeronave e retirar o observador, o oficial falecido, que estava inconsciente no momento e que foi reanimado. No entanto, pouco depois de chegar a terra, o homem teve uma parada respiratória. Uma UTI móvel tentou ressuscitá-lo por uma hora, sem sucesso, então ele finalmente morreu.
O acontecimento ocorreu numa madrugada bastante movimentada devido às tentativas dos traficantes de atravessar o estreito. Da Vigilância Aduaneira explicam que receberam amostras de condolências e apoio da Subdelegação do Governo da Andaluzia, da Polícia Nacional, da Guarda Civil e da polícia local da zona, bem como de colegas da Administração Fiscal.
Em mensagem em sua conta no Twitter, o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, lamentou a morte do funcionário e transferiu seu "carinho" à família, ao mesmo tempo em que expressa seu agradecimento a todas as tropas e forças e corpos de segurança que lutar contra o crime.
Imagem da apreensão de 1.000 quilos de cocaína em um veleiro apreendido nos arredores dos Açores (Foto: Roman Ríos/EFE)
A Polícia Nacional e a Agência Fiscal apreenderam 1.000 quilos de cocaína num veleiro apreendido nas proximidades dos Açores e que pertencia a uma rede de narcotráfico liderada por um ex-integrante da Marinha Real Britânica estabeleceu-se em Cádiz e introduziu drogas ao longo da costa sul da Espanha.
Dois bombeiros morreram após a queda de sua aeronave durante o combate ao incêndio em Cedar Basin, no condado de Mohave, no Arizona (EUA), no sábado (10).
O incêndio em Cedar Basin foi provocado por um raio e queimou 300 acres perto de uma pequena comunidade de cerca de 100 pessoas.
Em um comunicado, o Bureau of Land Management afirma que o acidente ocorreu por volta das 12h, enquanto as equipes realizavam um ataque aéreo sobre o incêndio perto de Wikieup.
O Arizona Bureau of Land Management disse à KPHO-TV que a aeronave que ajudava a realizar o reconhecimento aéreo e o comando e controle do incêndio na Bacia de Cedar perto de Wikieup, uma pequena comunidade de cerca de 100 habitantes, caiu por volta do meio-dia.
“Dois membros da tripulação estavam a bordo e lamentamos informar que não havia sobreviventes. Forneceremos informações adicionais pendentes de notificação de parentesco próximo. Nossos corações estão com as famílias de nossos bravos bombeiros selvagens.'
The NTSB is investigating the crash Saturday of a Beech C-90 in Wikieup, Arizona. An investigator is responding to the crash scene.
O NTSB disse em um comunicado postado no Twitter que o avião era um Beechcraft C90 King Air.
O avião que realiza o reconhecimento aéreo ajuda a direcionar os recursos da aviação em resposta a um incêndio florestal, disse Dolores Garcia, porta-voz da agência, à República. Garcia disse que esses bombeiros são uma das primeiras pessoas a responder a um incêndio florestal.
O National Transportation Safety Board está investigando o acidente.
Em 11 de julho de 2011, o turboélice Antonov An-24RV, prefixo RA-47302, da Angara Airlines (foto abaixo), realizava o voo 9007, um serviço doméstico de Tomsk para Surgut, na Rússia. O An-24RV havia sido fabricado em 1975 e, na época, tinha 36 anos e acumulava mais de 48.000 horas de voo. Era movido por dois motores turboélice Ivchenko AI-24 .
O voo IK9007 (reportado também como voo SP5007) decolou do Aeroporto de Bogashevo, em Tomsk, às 10h10 (hora local - UTC+7) com destino ao Aeroporto Internacional de Surgut, com 33 passageiros e quatro tripulantes a bordo.
O Antonov An-24RV, prefixo RA-47302, da Angara Airlines, envolvido no acidente
Por volta das 11h36, enquanto a aeronave estava navegando a 6.000 metros (20.000 pés), um detector de chip magnético sinalizou a presença de partículas no sistema de óleo do motor da porta (esquerda).
O capitão decidiu continuar o voo, mas 8 minutos depois, um cheiro de queimado encheu a cabine e o alarme de incêndio do motor de bombordo foi brevemente ativado. O motor foi acelerado, mas não desligado, e o suprimento de ar de sangria foi fechado.
A tripulação iniciou um desvio para o aeroporto de Nizhnevartovsk e, às 11h52, após uma queda repentina na pressão do óleo e o início de vibrações severas, a tripulação percebeu que o motor estava realmente pegando fogo, momento em que o motor foi desligado e o sistema de supressão de incêndio ativado.
No entanto, o fogo não se extinguiu e, às 11h56, a tripulação decidiu amerissar imediatamente no rio Ob, a 14 km (8.8 mls) a sudoeste de Strezhevoy, na Rússia. O "pouso" na água foi captado pelo vídeo de segurança abaixo.
Devido às águas rasas e à presença de ondulações no leito do rio, a aeronave foi severamente danificada na amerissagem. Sete das 37 pessoas a bordo morreram. Dezenove pessoas foram tratadas por ferimentos.
O Comitê de Aviação Interestadual (IAC/МАК) da Comunidade de Estados Independentes abriu uma investigação sobre o acidente. Tanto o gravador de voz da cabine quanto o gravador de dados de voo foram recuperados e examinados.
Em agosto de 2011, o West Siberian Transportation Prosecution Office anunciou que a manutenção da aeronave não estava em conformidade com os regulamentos russos e que as verificações de manutenção para o detector de chip magnético foram anotadas no registro técnico da aeronave, mas nunca foram realizadas. Dois funcionários da Angara Airlines foram acusados.
Em dezembro de 2013, o MAK divulgou seu relatório final. Constatou que o incêndio do motor teve origem na falha de um mancal de suporte do rotor do compressor, possivelmente por defeito de fabricação ou remontagem incorreta do motor após a manutenção.
O relatório também citou como fator contribuinte a aparente relutância do capitão em desligar o motor afetado, apesar de várias indicações anormais, que permitiram que o fogo se desenvolvesse e se tornasse inextinguível.
Os destroços do voo 9007 sendo removidos do leito do rio
No dia 11 de julho de 1991, a peregrinação a Meca terminou em desastre a bordo do voo 2120 da Nigeria Airways. Quando o avião decolou de Jeddah, Arábia Saudita, com destino a Sokoto, na Nigéria, um incêndio irrompeu a bordo e 261 passageiros e tripulantes encontrados lutando por suas vidas no que se tornaria um dos desastres aéreos mais dramáticos de todos os tempos.
O que se segue é a história da negligência que derrubou o avião e as tentativas dos pilotos de salvá-lo mesmo quando a aeronave se desintegrou ao seu redor.
O voo 2120, realizado pelo McDonnell-Douglas DC-8-61, prefixo C-GMXQ, da companhia aérea canadense NationAir (foto acima) foi, na verdade, operado pela Nigeria Airways, como parte de seu serviço de fretamento no exterior.
O avião canadense e a tripulação canadense realizavam os chamados voos Hajj que transportavam peregrinos de todo o mundo muçulmano de e para Jeddah, na Arábia Saudita, o aeroporto mais próximo de Meca, onde fica o local mais sagrado do Islã.
Como a peregrinação do Hajj é necessária para a maioria dos muçulmanos, os voos geralmente serviam a residentes muito pobres de países subdesenvolvidos, muitos dos quais nunca tinham visto um avião antes.
Acima uma imagem não relacionada de peregrinos a bordo de um voo Hajj de Bangladesh
O voo 2120 foi um desses voos, trazendo os peregrinos de volta para casa, no noroeste da Nigéria, depois de terem completado o Hajj.
Com o voo 2120 se preparando para decolar no dia 11 de julho, o cenário já estava armado para um problema. O avião estava voando há uma semana com dois pneus mal cheios no trem de pouso traseiro esquerdo, ambos abaixo dos requisitos legais de pressão.
Os mecânicos em Jeddah queriam encher os pneus, mas não conseguiram encontrar nitrogênio para abastecê-los. Sob pressão para evitar atrasos que ameaçariam o contrato de fretamento da NationAir, o gerente de projeto - que não era engenheiro de manutenção nem piloto - ordenou que eles esquecessem e decolassem mesmo assim.
Como resultado, os mecânicos falsificaram documentos para fazer parecer que a pressão dos pneus atendia aos mínimos regulamentares. Os pilotos não foram informados de que os pneus estavam insuflados.
O avião taxiou por 5 quilômetros no intenso calor do verão árabe, queimando os pneus enquanto eles rolavam no asfalto quente. O calor causou derretimento parcial de alguns elementos dos pneus, enfraquecendo-os consideravelmente na hora em que o avião iniciou sua rolagem de decolagem.
À medida que o avião avançava pela pista, os pneus com pressão insuficiente não estavam fazendo sua parte para sustentar o peso do avião. Essa tensão foi transferida para os pneus próximos a eles no mesmo conjunto de engrenagens. Os pneus parcialmente derretidos, mas totalmente cheios, não aguentaram esse estresse extra e, quando o avião decolou, os dois pneus explodiram, um após o outro.
O metal nu das rodas agora estava exposto ao asfalto quando o avião arremessou pela pista, e aqueceu extremamente rápido, a ponto de disparar um incêndio autossustentável no conjunto do trem de pouso traseiro esquerdo.
Os pilotos suspeitaram que estouraram um pneu, mas isso não era incomum e era considerado mais seguro continuar no ar do que abortar a decolagem. Assim, o voo 2120 decolou da pista com o trem de pouso em chamas.
Os pilotos, sem saber do fogo, retraíram o trem de pouso. Isso trouxe o fogo para dentro do avião, onde rapidamente começou a consumir tudo nas proximidades. O fogo primeiro queimou o poço da roda, fazendo com que a pressurização da aeronave falhasse.
Os pilotos relataram o problema de pressurização ao controle de tráfego aéreo, mas o controlador ficou confuso porque outro avião estava relatando o mesmo problema. Os pilotos e o controlador trocaram repetidamente informações e ordens contraditórias e confusas devido a esta discrepância.
Pouco depois, o fogo começou a queimar as principais linhas hidráulicas que permitem aos pilotos manipular os controles de voo. Por volta dessa época, um comissário de bordo informou que o avião estava pegando fogo, pois a fumaça entrava na cabine.
Percebendo que a situação estava se tornando extremamente perigosa, os pilotos resolveram a falha de comunicação e começaram a voltar em direção ao aeroporto quando estavam a cerca de trinta quilômetros da cabeceira da pista.
O fogo então se espalhou na área ao redor do poço da roda direita, destruindo os controles do aileron do copiloto. O capitão assumiu e conseguiu alinhar para a pista enquanto ainda tinha algum controle, e o avião começou a se aproximar de volta a Jidá.
Nesse ponto, o fogo começou a se espalhar pela cabine de passageiros, explodindo no piso da aeronave. Passageiros em pânico, sufocando com a fumaça densa, correram para a frente do avião, mas não havia onde se esconder. O incêndio se espalhou rapidamente pela cabine, incinerando assentos, carpetes, bagagens e passageiros.
O avião estava agora a onze milhas da pista, sobrevoando a cidade de Jeddah, e o fogo estava devastando tanto o interior quanto o exterior da aeronave. Os pilotos baixaram o trem de pouso, mas o fogo já havia queimado o chão da cabine, então agora havia um buraco direto no avião.
Pedaços da aeronave e corpos de passageiros - muitos deles mortos em seus assentos - caíram do avião e caíram na cidade abaixo.
A abertura na fuselagem também permitiu que o ar entrasse, alimentando ainda mais o fogo. Ainda assim, enquanto o fogo queimava os componentes estruturais mais básicos do avião, os pilotos continuaram voando, tentando desesperadamente pousar o jato atingido.
No entanto, não havia esperança para o voo 2120 da Nigeria Airways. A menos de três quilômetros da pista, o avião começou a se desintegrar no ar.
Quando a aeronave se separou, os pilotos perderam todo o controle e o DC-8 mergulhou no deserto com uma atitude de nariz inclinado para baixo e uma alta velocidade.
O avião - ou o que restou dele - foi destruído com o impacto, matando todos a bordo. A análise pós-acidente revelou que até um terço dos 261 passageiros e tripulantes já haviam morrido queimados antes de o avião atingir o solo.
Nove dos quatorze tripulantes foram identificados, mas "nenhuma tentativa foi feita para identificar os passageiros".
A investigação do acidente revelou enorme negligência por parte da NationAir e, em certa medida, por parte dos pilotos. A companhia aérea permitiu que seu pessoal violasse abertamente procedimentos que deveriam ter evitado que os pneus explodissem.
Mas a investigação também descobriu que, uma vez que o avião estava no ar, os pilotos demonstraram pouca consciência situacional, não seguiram as listas de verificação de emergência e exibiram fracas habilidades de gerenciamento de recursos da tripulação.
Uma resposta do NTSB dos Estados Unidos também acrescentou que os pilotos deveriam ter abortado a decolagem, embora o relatório saudita afirmasse que a decisão de continuar era inteiramente consistente com seu treinamento.
O acidente aumentou consideravelmente a reputação desastrosa da NationAir, uma vez que a companhia aérea já era amplamente conhecida pelo serviço precário e práticas de manutenção perigosas. As consequências do acidente, juntamente com um bloqueio de 15 meses de comissários de bordo sindicalizados, levaram a companhia aérea à falência.
A NationAir deixou de existir em 1993 e seu proprietário se confessou culpado de oito acusações de fraude relacionadas às atividades da empresa, mas nunca cumpriu pena de prisão e seu paradeiro hoje é desconhecido.
A falência da empresa impediu que as famílias das vítimas ganhassem acordos no tribunal, então a NationAir nunca pagou qualquer indenização. Em 1997, Robert Obadia , proprietário da Nationair Canada e da sua empresa-mãe Nolisair, confessou-se culpado de oito acusações de fraude relacionadas com as atividades da empresa.
Logo após o acidente, um grupo de comissários de bordo da Nationair Canada em Toronto juntou fundos para criar uma placa memorial, com os nomes das vítimas inscritos. O memorial, completo com uma cerejeira plantada para homenagear seus colegas que morreram em Jeddah, recebeu um lar permanente na sede da Autoridade de Aeroportos da Grande Toronto.
E 30 anos depois, o horror do acidente e a injustiça que se seguiu ainda não desapareceram da memória.
Por Jorge Tadeu (com Admiral Cloudberg, Wikipedia e ASN)
Em 11 de julho de 1983, um Boeing 737 da TAME se acidentou quanto voava em uma rota doméstica do Aeroporto Internacional de Quito para o Aeroporto de Cuenca, colidiu com uma colina durante a aproximação final, a apenas 1,6 km de seu destino final, matando todas as 119 pessoas a bordo.
O acidente foi o primeiro e mais mortal da história da TAME e continua sendo o acidente de avião mais mortal da história do Equador. Uma investigação determinou mais tarde que o avião caiu devido a falta de experiência da tripulação de voo no modelo de aeronave.
Aeronave
A aeronave envolvida no acidente era o Boeing 737-2V2 Advanced, prefixo HC-BIG, da TAME Ecuador (foto acima), fabricado em 1981, que fez seu primeiro voo em 11 de junho daquele ano e era equipado com motores Pratt & Whitney tipo JT8D-17.
Quando a Boeing o entregou, estava registrado como N8283V, mas quando chegou à frota da TAME em outubro do mesmo ano, seu registro mudou para HC-BIG. A aeronave foi batizada de "Ciudad de Loja" no momento da entrega à TAME. Foi o único Boeing 737 operado pela companhia aérea.
O avião era pilotado pelo capitão Jorge Peña e um primeiro oficial não identificado. No total, haviam 1119 pessoas a bordo, sendo 111 passageiros e oito tripulantes, que vieram do Equador, da Colômbia e dos Estados Unidos.
Voo e acidente
Na manhã de 11 de julho de 1983, a aeronave decolou do Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, para um voo doméstico com destino ao Aeroporto Mariscal Lamar de Cuenca com 111 passageiros e oito tripulantes.
A aeronave encontrou condições de neblina durante a aproximação final ao Aeroporto Mariscal Lamar, mas as condições meteorológicas daquele dia foram relatadas como claras. A tripulação entrou em contato com a torre de controle de Cuenca para obter permissão para pousar o avião, que foi concedida.
Durante os minutos finais do voo, os pilotos estavam distraídos durante uma conversa (supostamente discutindo problemas trabalhistas na TAME) e não sabiam que o avião estava voando perigosamente baixo em direção a uma montanha. Além disso, ao mesmo tempo, eles estavam experimentando alguns dos controles e sistemas da aeronave.
Segundos antes de o avião atingir a montanha e a 1 milha (1,6 km; 0,87 nm) do aeroporto, o Sistema de Alerta de Proximidade do Solo (GPWS) foi ativado, anunciando uma colisão iminente no terreno e soando um alarme.
O capitão e o primeiro oficial tentaram sair da montanha aplicando potência total nos motores e fazendo uma subida íngreme, mas era tarde demais. O jato raspou o pico da colina Bashún (que dá para a pista do aeroporto Marsical Lamar), explodiu e escorregou para dentro de uma ravina; não houve sobreviventes.
Dois minutos depois que o sinal do avião foi perdido da tela do radar, o controle de tráfego aéreo (ATC) de Cuenca declarou emergência. No dia seguinte, aeronaves de busca e equipes de resgate chegaram à última posição conhecida do avião. Devido ao afastamento e à dificuldade de acesso ao local do acidente, o pessoal de resgate demorou várias horas para chegar ao local.
"Rota da Morte"
A catástrofe ocorreu no que é conhecido no Equador como a rota da morte, onde, desde 1976, ocorreram cinco acidentes graves. Em agosto daquele ano, um avião Vicker Viscount desapareceu com 57 ocupantes. Um ano depois, outra aeronave caiu ao solo por motivos desconhecidos com 52 pessoas a bordo.
Em dezembro de 1977, um visconde Vicker também caiu perto de Cuenca, matando 25 pessoas. Finalmente, em 29 de abril, um Caravelle se dividiu em dois, em uma área próxima a Guayaquil, com um total de sete mortos.
Um dos casos mais espetaculares em que um avião explodiu no ar ocorreu na Espanha em dezembro de 1972, quando um Convair Coronado da empresa Spantax explodiu com 155 pessoas a bordo.
O avião, que transportava um grupo de turistas alemães, explodiu pouco depois de decolar do aeroporto Los Rodeos, em Santa Cruz de Tenerife.
Investigação
Temores iniciais de uma possível sabotagem foram avançados pelas autoridades da aviação civil depois que uma estação de rádio relatou testemunhas de uma explosão no ar. Durante a investigação, isso foi descartado devido à falta de evidências. As autoridades civis da aviação iniciaram uma investigação, com a cooperação da Boeing, Pratt & Whitney e do National Transportation Safety Board (NTSB) dos Estados Unidos.
Os resultados da investigação foram apresentados vários meses depois e concluíram que o erro do piloto foi uma causa direta do acidente.
Vários fatores foram identificados: o treinamento dos pilotos não foi entregue corretamente pela TAME para o Boeing 737-2V2 Advanced, a tripulação não estava totalmente familiarizada com os controles da aeronave e a tripulação estava distraída ao tentar localizar a pista em meio a nevoeiro pesado como consequência, o avião caiu abaixo da altitude mínima segura em uma região montanhosa com a tripulação ignorando os comandos de voz do radar de proximidade até segundos antes do impacto.