Lançado do ar por um caça MiG-31K ou um bombardeiro Tu-22M3, artefato é uma adaptação de um míssil balístico e teria capacidade de atingir Mach 10.
O MiG-31 com o enorme míssil Kinzhal: novas missões para o antigo caça (Foto TASS/Alexei Nikolsky) |
A Rússia afirmou ter disparado mísseis hipersônicos Kinzhal na sexta-feira, 18, em direção a um armazém de armamentos na parte ocidental da Ucrânia, numa clara demonstração de intimidação contra as forças de defesa do país e a OTAN.
Transportado por um imenso caça MiG-31K ou um bombardeiro Tu-22M3, o Kinzhal, também conhecido pela designação Kh-47M2, é uma adaptação do míssil balístico Iskander-M, de curto alcance.
Ele é transportado sob o MiG-31K e tem cerca de 8 metros de comprimento e um metro de diâmetro. A Rússia projetou o artefato como uma arma capaz de atingir alvos de grande importância como instalações militares, embarcações já que ele pode transportar uma ogiva nuclear – o país insinua que o Kinzhal poderia ser usado até para derrubar satélites no espaço.
Kinzhal: o míssil hipersônico usado pela Rússia na Ucrânia |
Graças a sua enorme velocidade, de Mach 10 (10 vezes a velocidade do som), o Kinzhal pode em tese driblar defesas anti-aéreas por não permitir tempo hábil para uma reação.
Desde 2018, a Força Aérea da Rússia demonstra o míssil em voo, que teria um alcance de até 2.000 km se disparado do MiG-31 ou de 3.000 km se for transportado pelo Tu-22M3.
Falso míssil hipersônico
A despeito de ser classificado pela Rússia como um míssil ar-terra “hipersônico”, para muitos analistas ocidentais o Kinzhal é uma arma mais simples, cujo desempenho é o mesmo de mísseis balísticos, projetados para atingir altas velocidades.
Um míssil hipersônico moderno utiliza um sistema de propulsão “scramjet”, em que o motor queima uma mistura de combustível com ar comprimido em alta temperatura em vez de usar um propulsor semelhante a um foguete.
O míssil balístico Iskander-M, que teria dado origem ao Kinzhal |
Seja como for, é uma arma a ser temida e que demonstra a intenção de Vladimir Putin de continuar a escalar o conflito.
Via Ricardo Meier (Airway)
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