Uma nova “dor de cabeça” relacionada com corrosão surgiu para a Airbus, mas não em um jato comercial e sim no seu maior avião militar, o A400M.
(Foto: Divulgação / Airbus) |
O cargueiro militar foi um dos projetos mais ousados da fabricante europeia junto ao A380, e igualmente feito para derrotar o concorrente americano, neste caso o Lockheed Martin C-130 Hércules, que está próximo de chegar aos 70 anos de operações.
Enquanto o A380 teve poucas encomendas por ser considerado ineficiente para muitas rotas e grande demais para muitos aeroportos, o A400M pecou por outro lado: seu tamanho, bem maior que o C-130, além de seus novos motores (que são os maiores e mais potentes turboélices já feitos), trouxeram custos e problemas, que afastaram novos clientes.
Com isso. sua operação ficou limitada a um pequeno grupo de 10 países. Um dos principais deles é o Reino Unido, que também é parceiro no desenvolvimento da aeronave junto a Alemanha, França, Espanha e outros.
Corrosão
Recentemente, problemas de corrosão afetaram os A350 da Qatar Airways, que quebrou relações com a Airbus, mas não se limitou a eles, vindo também a atingir o A400M, mas de maneira bem diferente.
Segundo uma fonte na Royal Air Force (RAF) disse ao portal Aviation Source, a corrosão está comendo o “o anel de conexão elétrica, hidráulica, presilhas e parafusos”, indicando que não é algo tão estético e externo como no A350, que é feito de materiais compostos, ao contrário do A400M que usa o tradicional alumínio aeronáutico.
A corrosão foi parte da decisão da RAF de aposentar os antigos C130, mesmo tendo sua última versão, a C130J Super Hércules, ainda no seu inventário. No entanto, os A400M são muito mais novos que os Hércules e isso gerou descontentamento dos pilotos, que querem continuar a voar no C130.
A própria Airbus confirmou a ocorrência ao portal, dizendo que “foi encontrada uma corrosão na baía do trem de pouso (onde as rodas ficam guardadas), durante uma inspeção de rotina em alguns aviões da RAF. Estamos trabalhando junto dos britânicos e um reparo já está disponível e sendo aplicado nos aviões, para garantir a sua operação segura”.
Segundo dados da plataforma de rastreamento de voos RadarBox, existe um A400M, de matrícula ZM410, que não voa desde o ano passado e está parado na sua base de Brize Nortone poderia ser um dos aviões afetados pela corrosão.
O Hércules, por sua vez, tem aposentadoria programada para 2023 na RAF, a qual já foi postergada várias vezes, exatamente pelos problemas com o A400M.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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