Pesquisadores indicam que a IA poderá atuar no controle do tráfego de modo a garantir um fluxo ordenado e seguro, além de ajudar a evitar desastres entre aeronaves autônomas e tradicionais.
Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criaram um piloto de avião que permite que aeronaves autônomas naveguem, com segurança, em um espaço aéreo lotado. Segundo a equipe, a solução, baseada em inteligência artificial (IA), evita colisões, prevê a intenção de outras aeronaves e se comunica, por rádio, com pilotos e controladores de tráfego aéreo. A expectativa do grupo é de que o novo sistema tenha uma performance indistinguível à de humanos.
A equipe testou a funcionalidade do projeto em dois simuladores de voos — um controlado por mãos humanas e outro, pelo software — sobrevoando o mesmo espaço aéreo e aprovou os resultados. Eles indicam que a IA poderá atuar no controle do tráfego de modo a garantir um fluxo ordenado e seguro, além de ajudar a evitar desastres, como colisões, entre aeronaves autônomas e tradicionais, segundo os criadores.
O piloto artificial tem seis câmeras e um sistema de visão computacional para rastrear e prever a atividade de outros aviões. Para se comunicar com outras aeronaves sem interferência, usa visão e fala natural, o que torna a navegação segura e socialmente compatível. Para montar o banco de dados e treinar o software de IA, o grupo reuniu dados coletados em aeroportos estadunidenses. As informações incluíram padrões de tráfego aéreo, imagens de aeronaves e transmissões de rádio, entre outras.
Baixa altitude
O uso do piloto automático já é comum em aviões comerciais e outras aeronaves, mas, nessas condições, eles voam em altitudes mais altas. Por outro lado, é um desafio para a indústria aeroespacial criar um sistema que permita o tráfego de baixa altitude. "Esse é o primeiro piloto de IA que funciona no espaço aéreo atuais. Não vejo esse espaço aéreo mudando para veículos aéreos não tripulados. Ao contrário, esses veículos terão que fazer parte do espaço aéreo", enfatiza, em comunicado, Sebastian Scherer, membro da equipe de criadores.
Segundo a equipe, o avanço em aeronaves autônomas ampliará as oportunidades de operação de drones, táxis aéreos, helicópteros e outras aeronaves — movendo pessoas e mercadorias, inspecionando infraestrutura, tratando campos para proteger plantações e monitorando caça ilegal ou desmatamento, entre outras funções. "Precisamos de mais pilotos, e a IA pode ajudar", diz Jay Patrikar, integrante do grupo. Os testes com aeronaves reais ainda serão conduzidos.
Via Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário