sábado, 8 de janeiro de 2022

Irã afirma que começou a indenizar famílias de passageiros de avião ucraniano abatido


O Irã afirmou que começou a indenizar algumas das famílias das vítimas da queda de um avião ucraniano há dois anos, um incidente que matou 176 pessoas, disse o Ministério das Relações Exteriores de Teerã nesta sexta-feira (7).

"O ministério dos Transportes fez pagamentos a algumas famílias [das vítimas] de acordo com a regulamentação em vigor", disse a chancelaria em nota na véspera dos dois anos desde a tragédia.

O voo PS752 da Ukraine International Airlines que cobria a rota Teerã-Kiev foi abatido logo após decolar pelas forças armadas iranianas.

As 176 pessoas a bordo morreram no incidente, a maioria iranianos e canadenses, muitos dos quais tinham passaportes dos dois países.

De acordo com o vice-diretor da Aviação Civil do Irã, Arash Jodai, citado pela agência oficial Irna, uma quantia de US$ 150 mil foi entregue a algumas famílias e um processo foi iniciado para outras.


O funcionário especificou que esta compensação "não impede a continuação do processo judicial".

Pouco depois do incidente, as forças armadas iranianas reconheceram que abateram o avião "por engano" e, em 2020, Teerã indicou sua disposição de entregar US $ 150.000 ou seu equivalente em euros às famílias dos mortos no incidente.

O anúncio foi fortemente criticado na época, em particular por Kiev e pelo chefe da diplomacia canadense na época, François-Philippe Champagne.


Na segunda-feira, o Tribunal Superior de Ontário anunciou uma indenização de 107 milhões de dólares canadenses (74 milhões de euros, 80 milhões de dólares), mais juros, para as famílias de seis vítimas.

Nenhum detalhe foi dado sobre como o Irã efetuaria o pagamento, mas os advogados das famílias ameaçaram no dia seguinte com um embargo aos ativos de Teerã no Canadá ou no exterior.

Via AFP

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